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sábado, setembro 19, 2015

MAMPITECA SOLIDÁRIA | CLUBE INAUGURA ESPAÇO LITERÁRIO

MAMPITECA SOLIDÁRIA
A Sociedade Recreativa Mampituba, em Criciúma/SC, agora conta com mais uma inovação para os Associados, além do lazer, aguçar o hábito pela leitura. A inauguração será nesta segunda-feira, dia 21 de Setembro, às 19:30 h, no Complexo Aquático na Sede Campestre. O funcionamento da Mampiteca seguirá o exemplo das bibliotecas solidárias, onde as pessoas podem tanto doar livros para o espaço, como levar exemplares para casa, lê-los e depois devolvê-los, sem custo algum. Os interessados em doar livros devem entrar em contato com o Clube.


Fonte: Clube Mampituba

sábado, junho 06, 2015

JARDIN BOTÂNICO REALIZA FEIRA INFANTIL DE LIVROS


O Jardim Botânico do Rio de Janeiro neste final de semana, ganha um charme ainda maior.  Além do passeio, uma oportunidade para prestigiar a segunda edição da Primaverinha dos Livros, Segundo Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil. Quem perdeu hoje, poderá apreciar neste domingo. São 30 estandes, com 50 editoras que levarão, além de 3 mil títulos infantojuvenis com até 50% de desconto, muita diversão para a criançada. As atrações incluem lançamento de livros, contação de história, peças de teatro, oficina de desenho, pintura, música e quadrinhos. O evento é gratuito e ocorre hoje (6) e amanhã (7), no Espaço Tom Jobim.

A feira é promovido pela Liga Brasileira de Editoras (Libre) e tem origem na Primavera dos Livros, uma grande feira literária independente no Rio de Janeiro, que este ano vai para a 15ª edição. De acordo com a diretora da Libre Camila Perlingeiro, a ideia de fazer o evento para o público infantojuvenil surgiu por causa da alta procura pelo espaço infantil do evento dedicado ao público adulto.
“Tinha um espaço infantil super concorrido e a gente viu uma demanda de fazer algo específico para as crianças. Era uma demanda também das nossas editoras, que buscavam uma visibilidade maior para seus catálogos infantis. Temos estande coletivo, para as editoras que têm um catálogo grande e no meio tem um ou dois infantis; têm editoras grandes especializadas em livro infantil; e há outras que têm catálogo grande de livro adulto e já tem peso no infantil”.

Divulgação/ Geo Comunicação
Na primeira edição da Primaverinha, em agosto do ano passado, a feira recebeu mais de 6 mil visitantes. Camila ressalta que o livro não deve ser visto apenas para fins educacionais e também não é um concorrente do entretenimento eletrônico.

“A gente vinha com vontade de levantar uma bandeira, da leitura em família, promover o vínculo afetivo das famílias através da leitura, oferecer literatura como entretenimento para as crianças. É aquela coisa: existe tablet, televisão, mas a gente não está concorrendo. É tudo entretenimento, um livro é tão importante quanto um joguinho no computador, tão divertido quanto assistir a um desenho na televisão”, defendeu Camila.

A diretora destaca que a feira também é uma boa oportunidade para conhecer escritores contemporâneos, que têm pouco espaço nas escolas em geral. “O grande problema que nós temos – editoras independentes que publicam sobretudo literatura contemporânea – é fazer com que a escola perceba que tem coisa nova acontecendo, obviamente sem desmerecer os clássicos, todos eles precisam ser lidos, mas a gente também precisa avançar, a gente precisa saber que tem mais coisa por aí, que tem coisa acontecendo agora, que foi publicado agora, que está falando de temas atuais”.
Fonte:clique no link agenciabrasil

domingo, maio 31, 2015

Historiador desenvolve projeto de leitura em regiões carentes



Há uma década, Clóvis Matos realiza 
trabalho itinerário de leitura; 
em 10 anos, doou mais 
de 25 mil obras.

‪#‎IssoMudaoMundo‬  |
Contato para doações ou qualquer incentivo :
 e:mail: clovismatos@hotmail.com | 
Celulares: (65) 81351176 (whatsApp) 
e (65) 99241029
Página Facebook: Inclusão Literária

Gabriel Soares                                                                                                       
 
















VINÍCIUS LEMOS 
DA REDAÇÃO

A caminhonete Rural Willys verde,
intitulada “Furiosa”, chama atenção 
pelas ruas de Cuiabá. Na carroceria, são
carregados mundos de conhecimentos, 
através 
de livros de literatura.


O veículo abriga o projeto 
“Inclusão Literária” e leva cultura 
para diversos municípios
de Mato Grosso.

Dirigindo o automóvel, o técnico administrativo
da Universidade Federal de 
Mato Grosso (UFMT), Clóvis Matos, 
de 60 anos, orgulha-se da
ação social, que está completando
uma década.

A paixão de Clóvis pelos livros 
surgiu 
na infância, quando morava
 no 
município de Iporá,
em Goiás.

Apesar de o lugar ser distante, 
o criador do “Inclusão Literária” 
conta que 
conheceu os primeiros livros 
da vida
a partir de hóspedes 
que 
passavam temporadas no
 hotel de sua família. 

O primeiro grande livro
 ao qual teve acesso
 foi 
“Cem Anos de Solidão”, 
do 
Gabriel Garcia Marquez.

“Na minha cidade não tinha 
livraria, nem asfalto. 
Os turistas levavam 
livros, gibis e revistas, 
foi a partir daí 
que 
comecei a me 
interessar 
pela leitura”, relembrou.

Formado em história, no ano de 1992, 
Matos teve a ideia de criar 
o
 “Inclusão Literária” após 
trabalhar 
como diretor de
 marketing 
em uma livraria da 
Capital 
mato-grossense.

Ele conta que criou um espaço 
de
leitura na loja, para que
 o público
pudesse ler trechos 
das obras. Porém, notou 
que muitas vezes
os leitores iam 
diversas vezes
ao local, para que 
pudessem
terminar de ler os livros, 
sem comprá-los.



“Eu percebi que as pessoas 
terminavam
 de ler na própria livraria, 
sem comprar os livros, porque 
eles eram caros. A partir de então, 
tive a ideia de facilitar 
a leitura
para quem não tinha 
condições financeiras”, 
explicou.

Criado em 2005, o “Inclusão Literária”
marcou uma nova fase na vida 
de seu criador. O primeiro passo 
foi a 
compra da “Furiosa”, que desde 

princípio foi utilizada para
 servir 
de biblioteca itinerante. 
Clóvis Matos sempre 
teve o objetivo de levar os livros
para as zonas rurais, como
Pantanal, Manso e Poconé.

Sem grandes apoios governamentais,
 o projeto teve pouco auxílio 
do governo. Clóvis relatou que o 
“Inclusão Literária” possuiu somente
uma ajuda custeada
 pelo 
Governo do Estado.

O início da ação social foi avaliado 
em R$ 94 mil. O valor foi encaminhado 
para o programa de 
Lei de Incentivo Estadual,
que concedeu apenas R$ 30 mil 
para ajudar na empreitada.

“Houve uma outra vez em que 
o projeto foi aprovado 
pela Lei de 
Incentivo Federal 
à Cultura e 
eu deveria captar
verba. 
Mas fiquei dois anos
e meio tentando e acabei 
não conseguindo nada”, lamentou.

Os gastos com gasolina, estadia e alimentação 
são pagos pelo próprio Clóvis, que não 
conseguiu 
nenhum tipo de ajuda financeira. 
Para auxiliá-lo na distribuição 
dos livros e na condução 
dos eventos, ele conta 
com voluntários. 
Alguns estudantes da UFMT 
costumam viajar com 
o técnico-administrativo 
para 
outros municípios.

Dificuldades de incentivo no Estado
Ele afirma que a falta de incentivo
 financeiro a projetos culturais ocorre
pelo 
fato de Cuiabá não fazer parte
dos grandes centros 
do Brasil.

“Somos periferia, se fosse 
Rio de Janeiro ou São Paulo, conseguiria
recursos 
mais facilmente. Aqui é muito difícil”, disse.

Além do projeto “Inclusão Literária”, 
Matos também costuma ensinar 
audiovisual aos jovens presentes 
nas regiões onde faz distribuição 
de livros. Ele ensina a produzir 
obras que incluem som e imagem
 a partir da leitura 
dos jovens.

Por enquanto, apenas os municípios
 próximos
 a Cuiabá foram contemplados 
com 
incursões da “Inclusão Literária”, 
que ocorrem em quase todos 
os finais de semana. 
As regiões periféricas 
são os alvos. As zonas rurais 
do Pantanal,
Manso, Barão de Melgaço, 
Chapada dos Guimarães,
Acorizal e Poconé foram
 algumas das áreas que 
receberam o projeto.

A próxima parada do projeto será 
Juína, no interior do Estado, 
dia 4 de junho. 
A “Furiosa” desta vez 
será deixada em casa, 
pois este será 
o primeiro evento 
de Clóvis 
com sua nova biblioteca
ambulante, 
uma Kombi branca. A nova ação
 tem empolgado o técnico-administrativo, 
que ainda está acertando 
os 
últimos detalhes do novo veículo.

Em uma década do “Inclusão Literária” 
foram distribuídos 25 mil livros. 
As obras são 
doadas às pessoas que 
participam 
dos eventos, pois Clóvis 
é 
contrário ao 
empréstimo literário. 
Ele compartilha do pensamento 
de que 
os livros devem circular e, 
por isso,
acredita que as doações contribuem 
para que mais pessoas tenham
 acesso à cultura.

“Os livros contribuem muito 
para ajudar intelectualmente 
as pessoas. Por isso, não quero que 
elas 
devolvam, mas que passem 
para frente. A intenção é fazer 
as obras circularem”, explicou.

A partir do ano que vem, 
Clóvis deve se aposentar. 
Ele espera que 
na nova fase da vida possa 
se dedicar mais aos projetos 
de incursões literárias.
Para ler na íntegra 
Site Oficial da midianews

sábado, maio 16, 2015

ARTE-TERAPIA DO BEM: LIVROS DE COLORIR | FEBRE ENTRE ADULTOS




ARTE-TERAPIA DO BEM: LIVROS DE COLORIR:

Psicólogo explica sobre como essa prática, auxilia e alivia o estresse e a ansiedade, como também dos benefícios para a Terceira Idade. Os livros para colorir chegaram ao Brasil em dezembro de 2014 e já se tornaram febre entre os adultos. Segundo o psicólogo Agostinho Capolari afirma que a prática de pintar os livros já é aplicada em tratamento de pessoas ansiosas."Nós usamos em pessoas mais ansiosas livros como esses, quebra-cabeça com 500 peças, existem vários [procedimentos]. Agostinho explica que essa prática também é importante para pessoas da terceira idade. "Elas melhoram o raciocínio e ainda ajudam no início do tratamento do Alzheimer." 

Além de todos esses benefícios, o psicólogo destaca que o livro ainda é nostálgico, porque ajuda a relembrar a época de infância, o que traz bem estar aos adultos, ele ainda explica o motivo de tamanho sucesso.  "Você é obrigado ativar várias zonas diferentes do cérebro”. É como se você fizesse um exercício mental. Exercícios para o cérebro. Então você aciona novas conexões, e isso é que gera esse benefício todo.”.

O livro pode ser encontrado na Editora Alaúde, Livraria da Folha, Saraiva mas você pode também ser escolhido(a) para um grátis, ao dar um "pitaco" na Página no Facebook, da Cantora Cris d`Avila | MPEB veja a seguir: 

Tanto faz bem que a Página da Cantora Cris d`Avila e euzinha, não resistimos em oferecer esse presente, para que mais pessoas, se sintam conectadas e mais tranquilas, em seu viver. E estamos até o dia das Mães, em Maio, numa forma lúdica, de unir o útil ao agradável, Crisdavilamusica no Facebook, vamos presentear com o "Livro de Colorir" - nova febre entre os adultos da Editora Alaúde | Fantasia Celta ou Jardim Encantado ( a opção é sua). Afinal, Arte e Cultura caminham juntas.

A regra é simples: Curtir a Página Cris d' Avila https://www.facebook.com/crisdavilamusica para dar "pitaco" "Qual Música, a Cantora Intérprete deve acrescentar em seu Repertório em seus shows?.

Vem comigo?. \0/-Vamos despertar a "Criança Interior", afinal "A vida é muito importante para ser levada a sério" - Oscar Wilde. e merecemos ainda Sonhar!.

quinta-feira, junho 13, 2013

13 Junho - Aniversário de Fernando Pessoa
















Reprodução: Internet 



“Que posso eu dar ao teu destino? Nada.
Nem eu mesmo sou feito para dar.
Encontrei-te na curva de uma estrada 
E esqueci-me da curva e do lugar” . 

Hoje, é o Aniversário de nascimento do poeta, filósofo e escritor Fernando Pessoa. Setenta e oito anos depois da morte do poeta português, sua obra, que não foi editada em vida continua a ser fonte inesgotável de pesquisas e de novas publicações.


A Universia Brasil  separou 13 obras do escritor e poeta português disponíveis em domínio público para download gratuito. Os livros foram retirados do portal Dominio Público, biblioteca digital mantida pelo Ministério da Educação. Entre a selação estão inclusive obras de dois de seus heterônimos: Alberto Caeiro e Bernardo Soares, autores fictícios que possuem personalidade.

Veja a seguir as obras de Fernando de Pessoa para download no Canal do Ensino:


Fontes: Universia Brasil/ Canal do Ensino/ Domínio Público.

Obs: A postagem é de 13 de junho de 2013. Na data de hoje, 2022, Fernando Pessoa faria 134 anos.

quinta-feira, maio 02, 2013

LER É PRECISO: Sites para baixar livros gratuitamente



PORQUE LER É PRECISO!

“Penso, leio, duvido e logo existo”, parafraseando Descartes.  
Só assim exercitamos nossa capacidade cognitiva e o pensamento
 crítico.

A ignorância aguça a curiosidade, Sócrates dizia:
“Quanto mais eu penso que eu sei, menos eu sei, só sei que nada sei” e 
a partir da curiosidade, nasce a busca pelo saber, em confrontar ideias, 
sistema e sociedade.
Ler para aprender, ler para expandir a mente, ler para estimular a memória.  
Não importa o motivo que você dedica tempo para essa atividade, o que vale 
é aproveitar todos os seus benefícios, seja no papel ou nos modernos leitores digitais.

Confira as opções de leitura gratuita:




1. Universia – Reúne mais de 1.000 arquivos, incluindo biografias de cineastas, textos científicos sobre comunicação e clássicos da literatura universal.
2. Open Library – Projeto que pretende catalogar todos os livros publicados no mundo, já tem 1 milhão de títulos disponíveis para download. Podem ser encontrados livros em cerca idiomas.
3. Brasiliana – O site da Universidade de São Paulo (USP) disponibiliza cerca de 3000 mil livros para download de forma legal. Há livros raros e documentos históricos, manuscritos e imagens.
3. Blog Midia8 – Página reúne mais de 200 links de livros sobre comunicação em português, inglês e espanhol para ler online e fazer download.
4. Casa de José de Alencar – A Biblioteca Virtual do site do pai do romance brasileiro disponibiliza para download gratuito 14 de suas obras, incluindo romances e peças de teatro.
5. Read Print – Essa espécie de livraria virtual oferece mais de 8 mil títulos em inglês para estudantes, professores e entusiastas de clássicos.
6. Biblioteca Digital de Obras Raras – O site idealizado pela Universidade de São Paulo (USP) é direcionado a pesquisadores. Oferece mais de 30 obras completas em diferentes idiomas.
7. Portal Domínio Público - Biblioteca virtual criada para divulgar clássicos da literatura mundial, oferece download gratuito de mais de 350 obras. É possível baixar 21 livros de Fernando Pessoa.
8. Saraiva – A rede de livrarias disponibilizou recentemente 148 livros para download em PDF gratuito. O leitor precisa apenas fazer um cadastro e baixar o aplicativo de leitura para ter acesso às obras.
9. Biblioteca Nacional de Portugal – Entre os destaques do portal está um site dedicado ao escritor José Saramago. Nele estão disponíveis manuscritos do autor.
10. Machado de Assis – Criado pelo MEC, o site disponibiliza a obra completa do escritor – em pdf ou html – para leitura online. Estão lá crônicas, romances, contos, poesias, peças de teatro, críticas e traduções.
11. Biblioteca Mundial Digital – Oferece milhares de documentos históricos de diferentes partes do mundo. Multilingue, o material está disponível para leitura online.
12. Dear Reader – Esse é um clube virtual que envia por e-mail trechos de livros. Após o cadastro, o usuário passa a receber  diariamente um trecho, cerca de dois a três capítulos de livros.
13. eBooks Brasil – Oferece livros eletrônicos gratuitamente em diversos formatos.
14. Projeto Gutenberg – Tem mais de 100 mil livros digitais que podem ser baixados e lidos em diferentes plataformas eletrônicas.
 15.  Unesp Aberta - Criado pela reitoria da Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita”, o site disponibiliza material pedagógico gratuitamente. Desenvolvidos para os cursos da universidade, o material está aberto s para consulta em diversos formatos.


Fontes:
Google

300 livros grátis em Português parabaixar – 

Catraca livre 

terça-feira, abril 30, 2013

Textos de júbilo em Pollyanna





Um trecho do diálogo entre o reverendo Paul Ford e a menina Pollyanna em "sermões e a caixa de lenha" para refletir, a menina se questiona o motivo que leva o pastor a ser tão duro em seus sermões, sempre a apontar os pecados, erros e incutir o medo nas pessoas, e o compara com os ensinamentos aprendidos por seu falecido pai, também um pastor.
— Gosta de ser pastor?
— Se eu gosto? — Mas que pergunta estranha! Por que perguntas isso, minha menina?
— Nada. Pelo modo como olhava. Fez-me lembrar o meu pai. Ele costumava ter esse ar, às vezes.
O homem sorriu tristemente.— E o que é que ele dizia? — Claro que ele dizia sempre que sim, mas dizia também que não continuaria a ser pastor nem mais um minuto se não fosse por causa dos “textos de júbilo”.


— Era assim que o pai costumava chamar-lhes — disse ela a rir. — É claro, que a Bíblia não lhe chama assim, mas são todos aqueles que servem para animar e reconfortar as pessoas: Uma vez quando o pai se sentiu muito triste contou-os. Havia oitocentos textos desses.
— Oitocentos?
— Sim, textos que dizem às pessoas para ficarem contentes, para se alegrarem. Era a esses que o pai chamava “textos de júbilo”. — Ele dizia que se sentia logo melhor quando os contava. Dizia que se Deus se deu ao incômodo de nos dizer oitocentas vezes para ficarmos contentes e alegres era porque queria que nós também o disséssemos uns aos outros.

"O que as criaturas querem é encorajamento. Em vez de censurar constantemente os defeitos dum homem, falai às suas virtudes. Procurai tirá-lo da senda dos maus hábitos. Sustentai, fortificai o melhor do seu eu, a parte boa que não ousou ou não pode ainda manifestar-se. A influência dum belo caráter é contagiosa, e pode revolucionar uma vida inteira... As criaturas irradiam o que trazem no cérebro e nos corações. Se um homem se mostra gentil e serviçal, os seus vizinhos pagarão na mesma moeda e com juros...Quem procura o mal, esperando encontrá-lo, certo que o encontra. Mas quando alguém procura o bom, certo de encontrá-lo, encontra o bom".

— Deus que me ajude. – vou tentar! exclamou animadamente o pastor. Em seguida tomou as notas já escritas, rasgou-as e lançou-as para o ar, de modo que no chão, dum lado da cadeira, se podia ler: “A maldição eterna desça sobre voz” e do outro lado: “escribas, fariseus e hipócritas” e foi assim que o reverendo Paul Ford pronunciou no domingo um sermão famoso, verdadeiro toque de clarins em apelo ao que havia de melhor no imo de cada homem, de cada mulher, de cada criança que o ouviu.







Nota:
Pollyanna é um romance de Eleanor H. Porter publicado em 1913 e considerado um clássico da literatura infantojuvenil, republicado nos anos 90, narra a menina órfã que através do "Jogo do Contente" ensinado por seu pai, desenvolve sempre uma atitude otimista, mediante o pessimismo e os intempéries da vida.

Moral da História: “Não posso imaginar um Deus a recompensar e a castigar o objeto de sua criação." Albert Einstein.

segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Guimarães Rosa: Viver é muito perigoso mesmo.




No Grande Sertão: Veredas, Rosa nos apresenta também o seu conhecimento sobre a vida e a dificuldade de viver e conviver. Em várias páginas desta obra, a vida marca as pessoas e esta marca oferece a oportunidade para a reflexão sobre si e sobre os outros. Ele diz: “o senhor sabe: o perigo que é viver…”; “Viver é um descuido prosseguido

Viver é perigoso porque a vida é única, pessoal, intransferível. Isto amedronta. É formidável. Quando se passam a outra pessoa as rédeas da própria vida, a pessoa se perde, se despersonaliza. Hoje, muitas pessoas se sentem incapazes de decidirem os rumos da sua vida. Dependem sempre de conselhos e de opinião de outras pessoas sobre si mesmas ou de leitura de livros de autoajuda.

Rosa escreveu que “cedo aprendi a viver sozinho”, isto é, aprendeu a decidir os rumos de sua vida desde pequenino. E, mais tarde, ele, feliz com a própria decisão, nos revela que “viver é muito perigoso, mesmo”.

Mas, a vida é sempre inédita, ela muda continuamente. E, Guimarães Rosa também descobre esta verdade e fica emocionado, ao afirmar que as pessoas vivem de maneira pessoal e que esta experiência é única. Ele diz: “viver é muito perigoso; e não é não. Nem sei explicar estas coisas. Um sentir é o do sentente, mas outro é o do sentidor”.

A vida é perigosa, mas é necessário o amor para viver perto da outra pessoa, sem o perigo de ódio. “Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura. Deus é que me sabe”.

Viver com a outra pessoa exige proximidade, olho no olho. Confidencialidade. “Viver perto das pessoas é sempre dificultoso, na face dos olhos”. O dia a dia leva muitas pessoas a não verem a outra pessoa. Tudo parece banalizado, sem sabor, sem sentimentos, sem paixão. O marido não percebe a esposa e os seus sentimentos, a esposa não sente a atenção do marido, pais e mães não conhecem os filhos, não conversam com eles. As relações são frias e interesseiras.

Esta experiência, às vezes, traz desconsolos e esperanças: “o senhor entende, o que conto assim é resumo; pois, no estado do viver, as coisas vão enqueridas com muita astúcia: um dia é todo para a esperança, o seguinte para a desconsolação”.

Ao mesmo tempo, pouco a pouco, há a alegria pessoal com a vida. Esta alegria supera a tristeza. É uma aprendizagem diária: “e fui vendo que aos poucos eu entrava numa alegria estrita, contente com o viver, mas apressadamente. A dizer, eu não me afoitei logo de crer nessa alegria direito, como que o trivial da tristeza pudesse retornar. Ah, voltou não; por oras, não voltava”.

Rosa nos mostra que ninguém nasce para permanecer perdido na vida. Cada pessoa tem a sua vida e pode descobrir a sua maneira única de viver consigo e com os outros. Sempre há caminhos, cada um tem o seu e sabe que tem. Ele mesmo quem diz:

 
Sempre sei, realmente. Só o que eu quis, todo o tempo, o que eu pelejei para achar, era uma só coisa – a inteira – cujo significado e vislumbrado dela eu vejo que sempre tive. A que era: que existe uma receita, a norma dum caminho certo, estreito, de cada uma pessoa viver – e essa pauta cada um tem – mas a gente mesmo, no comum, não sabe encontrar; como é que, sozinho, por si, alguém ia poder encontrar e saber? Mas, esse norteado, tem. Tem que ter. Se não, a vida de todos ficava sendo sempre o confuso dessa doideira que é. E que: para cada dia, e cada hora, só uma ação possível da gente é que consegue ser a certa”.

Na maturidade, (como é importante escutar os idosos, aprender com eles), Rosa nos diz que viver é aprender a viver: “O senhor escute meu coração, pegue no meu pulso. O senhor avista meus cabelos brancos… Viver – não é? – é muito perigoso. Porque ainda não se sabe. Porque aprender-a-viver é que é o viver, mesmo”.

Autoria by José Ildon Gonçalves da Cruz  Publicado em
Fonte: http://joseildon.wordpress.com/2008/08/09/guimaraes-rosa-na-abc-viver-e-muito-perigoso-mesmo-5/

quinta-feira, novembro 17, 2011

O Rouxinol e a Rosa - Oscar Wilde


O Rouxinol e a Rosa 
Por Oscar Wilde  
Resumo



“Ela disse que dançaria comigo 
se eu lhe trouxesse rosas vermelhas...
 porém em todo o meu jardim 
não existe uma única 
rosa vermelha.”. 

Um rouxinol escuta o desabafo e 
encantado com a declaração de amor e 
o sofrimento do rapaz, fica em silêncio debaixo
 do carvalho 
pensando sobre os mistérios
 do amor. 
O lagartinho verde, 
a borboleta e a margarida 
riem
 da angústia do rapaz.

O rouxinol alça vôo para encontrar 
uma 
rosa vermelha que possa realizar 
os desejos decantados
 do jovem. 
Encontra roseiras de rosas brancas 
e amarelas e sob a janela 
do estudante, 
uma roseira de 
rosas vermelhas,
 mas que castigada pelo inverno 
não consegue dar vida à suas flores.
Só há um jeito de consegui-la, 
mas é muito terrível!

“Se quiser uma rosa vermelha, 
você terá de construí-la 
de música ao luar, 
tingindo-a com o sangue 
do seu próprio coração. 
Terá de cantar para mim 
a noite inteira, e o espinho 
terá de furar 
o seu coração, 
e o sangue que o mantém vivo 
terá de correr para
 as minhas veias, 
transformando-se em 
meu sangue.”


O rouxinol pensa que a vida 
é um preço alto por uma rosa, 
porém está convencido de que 
o amor é melhor do que a vida... 
Voa novamente como uma sombra 
pelo jardim e, 
ao encontrar o jovem ainda deitado 
na relva, 
afirma 
que ele terá sua rosa e
 só lhe pede em troca que 
“seja um amante fiel e verdadeiro, 
pois o Amor é mais sábio do que 
a Filosofia, embora ela seja sábia, 
e mais poderoso do que o Poder, 
embora este 
seja poderoso.”


O estudante não entende 
a profundidade das palavras 
do rouxinol, 
porque só conhecia as coisas 
que vêm escritas nos livros, 
mas o carvalho que abriga o ninho 
da família do rouxinol entende e 
pede uma última canção. 
O jovem diante do forte canto 
se questiona
 se o rouxinol teria sentimentos 
e conclui que como a maioria 
dos artistas ele é todo estilo, 
sem qualquer sinceridade. 
“Ele jamais se sacrificaria pelos outros.”


Quando a lua surgiu, o rouxinol voou 
para a roseira e cravou seu peito 
no espinho. 
Durante toda a noite, ele cantou o amor: 
o nascimento, a paixão entre a alma 
de um homem 
e uma mulher e o 
amor 
que fica perfeito com a morte...


A rosa ficou rubra, 
a lua se esqueceu da madrugada, 
mas o rouxinol não pode ver as 
pétalas florescendo 
ao frio do ar da manhã,
 pois estava caído na relva, 
morto com um espinho 
atravessado no peito.
O estudante acorda e 
vê a linda rosa,

Corre para a casa da filha 
do professor. 
Encontra a jovem sentada 
na porta
 e entrega 
a rosa vermelha:

“Aqui está a rosa 
mais vermelha 
do mundo inteiro. 
Use-a junto ao seu coração 
hoje à noite, e enquanto estivermos 
dançando 
eu lhe direi 
o quanto a amo.”


A moça, aborrecida, 
disse que a rosa não combinaria 
com seu vestido, além do mais 
ganhou
 uma jóia de verdade 
do sobrinho 
de 
um homem ilustre.


O estudante com raiva atira
 a rosa na rua, onde ela cai 
na sarjeta
 e uma carroça acaba 
passando por cima.
O estudante volta para 
seu quarto e começa 
a ler 
um livro
 empoeirado.

“Que coisa tola é o amor! 
Não tem a metade da utilidade
 da Lógica, 
pois não prova nada, 
e fica sempre dizendo 
a todo mundo coisas 
que 
não são verdades. 
Enfim, não é nada prático e, 
como hoje em dia ser
 prático 
é o importante, 
vou voltar à Filosofia 
estudar Metafísica.”

“O Rouxinol e a rosa” é um dos contos 
do livro “Histórias de fadas”, publicado pela
 primeira vez em 1888. 

O autor, Oscar Wilde, escreveu estas histórias 
para os próprios filhos e 
sua intenção era mostrar, 
além dos príncipes, gigantes e 
rouxinóis, 
a vida como ela é e 
como 
deve ser vivida.

 A beleza poética das histórias 
resgata a tristeza do tema: 
cada personagem assume 
a beleza e a feiura, 
a riqueza e a 
miséria humana. 

Adaptado por 
Helena Sut 

foto enviada por
Maria Helena Spirindioni/  FB