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domingo, 28 de março de 2021

Spoiler Literário

Spoiler segundo fontes é originário do verbo em inglês "spoil" que, significa literalmente um estraga-prazeres, pois, revela o conteúdo, o final e os personagens envolvidos num livro, uma série de tv ou num filme sob sua visão singular. Não permitindo o direito da outra pessoa assistir, se interessar e opinar por si mesma sobre a trama.


Imagem de Enrique Meseguer por Pixabay

Eu acho um desserviço, soa como desrespeito para com as demais leitoras ou reais apreciadores de leituras. "Ain, mas estou fazendo uma ’resenha’, é minha opinião, por isso mesmo que, chama “spoiler”, quem não quiser que não leia, blá- blá-blá", me questionou uma dessas desmancha-prazeres num grupo de romances.

E por isso, mesmo que, você deve permitir que as pessoas leiam o livro, assistam a série ou filme e exerçam o direito do seu pensamento crítico, sob suas percepções e não ser induzidas por uma opinião individual. 


Cada pessoa possui uma cultura, um juízo de valor, uma visão diferenciada da outra, é o que as torna especiais e interessantes. Assim são os autores e suas obras. Nós não fomos fabricados em séries como os carros de Henry Ford “O cliente pode ter o carro da cor que quiser, contanto que seja preto", ou seja, padronizado, todos iguais.

Então, tecer um ponto de vista, dar pitacos ou se expressar é saudável, mas são totalmente distintos, assim como a resenha, análise ou resumo de um livro, de um filme ou uma série para que as pessoas saibam do que se trata e instigar os demais para conhecer em sua essência, sem jamais expor o conteúdo total da obra e principalmente o final dela, mas despertar a curiosidade, o suspense.

E o pior como bem disse as que simpatizam com minha linha de pensamento, muitas vezes detonam o livro, a trama e quando a gente lê não é o que a estraga-prazeres fez as outras acreditarem. Faltou interpretação de texto ou lê-lo sob a visão do autor, a época e seu contexto social. 

Aí, o estrago já está feito. Opinião é uma forma inteligente de uma pessoa tecer um comentário a respeito, não há problema nenhum em citar passagens do livro, a personalidade dos personagens, o que não se pode é contar o final, destrinchar o mistério que envolve a trama, é isso que aguça a gente ler, eu, por exemplo, se pego um livro, leio até o fim, não consigo ler a conta-gotas, por isso mesmo que não vejo novelas, séries, eu não tenho paciência para esperar uma semana, um mês ou quase um ano para conhecer o final, quero devorá-los no mesmo dia.

Muitos desses livros clichés (romances de regência, históricos e medievais) de banca ou atuais são escritos conforme a situação e costumes vivenciados na época, então, muitos dele falam, denunciam o patriarcalismo, machismo, os direitos nulos das mulheres e a subserviência, o mercado de casamento eram as regras sociais, homens e mulheres difícilmente casavam por amor, mas por conveniência, fortunas e influências políticas. Amor, trovas, bardos e poemas, romantismo eram coisas e pertenciam à pessoas vulgares, segundo historiadores, mais precisamente as camponeses, pessoas rudes e sem fino trato.

Aprendo muito com essas leituras descompromissadas até para desanuviar a mente, imaginação e criatividade, além de instigar a curiosidade em saber até que ponto vai à ficção para a realidade.

E foi assim que eu aprendi sobre História medieval, confrontando os livros, enredos e tramas, costumes e hábitos sobre sociedade, sistema, poemas e sobre a escritora e filósofa Mary Wollstonecraft, precursora do feminismo, entre outros assuntos pertinentes. 

Para finalizar, a estraga-prazeres poderia fazer o contrário, ao invés de se indignar e ficar "vomitando" baboseiras deveria confrontar as informações voltadas para o pensamento crítico entre as épocas, permitindo as outras leitoras compreender o quanto é importante fortalecer o movimento feminista sobre empoderamento (autonomia sobre suas próprias decisões) e sororidade (união de mulheres que compartilham propósitos, ideais, apoio mútuo). Isso não quer dizer que, devemos apoiar quem não tem razão, difama ou mente para prejudicar outra pessoa, seja por vingança, ideologias ou benefícios próprios, isso é ‘falha no caráter’, seja qual for o sexo, é abominável. Ao comparar a hipocrisia social, o falso moralismo e a sujeição das mulheres como "moeda de troca" para atender às necessidades de uma sociedade patriarcal, imoral e dominadora, formada pela nobreza e reis.

Que faça um "spoiler" para enfatizar a evolução, as lutas e conquistas que essas valentes mulheres alcançaram ao longo do tempo para todas nós, mulheres resolutas, insolentes e inconformadas que não se deixam intimidar mesmo com as perdas, cancelamentos ou exclusões do convívio virtual ou real.

E principalmente quebrar o estigma que ser feminista é deixar de ser feminina, vaidosa, ter sonhos, ideais, amar, casar, mas o direito às escolhas sem a sociedade fazer cobranças descabidas e rótulos disso ou daquilo.

Em certas culturas, igrejas e o próprio sistema interessam criar essa polarização, onde a mulher seja submissa, cultura parca e agucem a vaidade delas para permanecerem assim, até porque o ponto de equilíbrio do capitalismo é a mão de obra gratuita das donas de casas.

Mas já repararam que as que incentivam isso são mulheres que trabalham, possuem cargos na política, outras enriquecem escrevendo livros sobre casamento e são pagas ou coopitadas para destituir-nos dos nossos sonhos das quais elas vivenciam, ou seja, eles querem "blindar’" a liberdade de escolhas minha, sua, da nossa vida, menos a delas. A sociedade paternalista deve ter grandes vantagens para o sistema, e que esse privilégio seja dado a poucas mulheres, de serem livres para suas próprias escolhas.

O que a gente quer é estar confortável em nossa pele, desbravadoras e livres para sermos o que quiser, dona de casa, cientista ou independente, autossuficiente. 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

DIA DO LEITOR

      Ler para adquirir conhecimento, discernimento e imaginação.

Hoje, 7 de Janeiro, "Dia Do Leitor", porém, nós deveríamos diariamente selecionar um livro para ler. Ler é dar azo à imaginação, descobrir novos caminhos, confrontar ideias e ter o mundo dentro de si sem sair do lugar, desenvolver capacidade cognitiva e fugir do senso comum.



Imagem de mohamed Hassan por Pixabay

A leitura, na visão de outras pessoas sobre mundo, sociedade, sistema e coisas são ‘parâmetros’ para nossas inquietações, angústias, incertezas, dúvidas, questionamentos e indagações. Os livros são cruciais para a construção de uma pessoa mais humanizada, civilizada e educada.

Infelizmente, a pesquisa de 2015 a 2019 em relação à última elaborada e disponibilizada em setembro de 2020 e se encontra à disposição para leitura ou download no site do Instituto Pró-Livro pelo link direto https://www.prolivro.org.br, não traz boas perspectivas.

De acordo com a pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil" apresentada pelo Instituto Pró-Livro (IPL) em 2016, 44% da população não lê e 30% nunca comprou um livro.

Segundo Luís Antonio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL) em entrevista dada para a Edição Do Brasil  (2018) esse fenômeno se deve ao falta de estímulo, o "hábito da leitura se dá em casa", por meio dos pais ou responsáveis e, em segundo lugar, o professor". 

Houve um considerável retrocesso na busca pelo conhecimento, ao contabilizar 4,6 milhões de leitores de quatro anos para cá que deixaram de ler, lamentávelmente. Deveriámos ser incessantes na busca pelo saber, pensamento crítico e não leitores de um livro só, mas livres de alienação.

                                    LEI TAMBÉM:


 
“O estudo, realizado de 4 em 4 anos desde 2007 (sendo a edição de 2001 realizada por Abrelivros, CBL, Snel e Bracelpa), pelo Instituto Pró-Livro, é o mais completo estudo do comportamento leitor do brasileiro. A intenção é avaliar o comportamento do leitor no país e contribuir para o estabelecimento de politicas públicas que favoreçam o estímulo à leitura. 

Esta edição foi realizada em parceria com o Itaú Cultural, contando com um total de 8.076 entrevistas, em 208 municípios, sendo 5.874 nas capitais de 26 estados e Distrito Federal. Os resultados podem ser analisados para o total do Brasil, pelas cinco regiões e por capitais.
 
Entre as novidades desta edição, constam os hábitos e interesses do leitor de livros de literatura, tanto em papel como em outras plataformas. Todos os dados foram ponderados considerando os dados
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) de 2017, do IBGE”. Para ler todas as edições, acesse link Download das Edições

Sem grana para comprar um livro? Aham, eis a solução: Basta acessar o site Domínio Público e terá diversas obras à disposição!

Aproveita e leia gratuitamente. Eu vou repitar as minhas palavras em 2019 e as reflita bem devagar:

“Viver sem pesquisar, sem conhecimento e sem ler é passar pela vida às cegas, sendo guiado por ideias daqueles que as desejam passar suas ideias como suas verdades, sem questionar, ditadas para o senso comum para satisfazer a pessoa mediana na sua zona de conforto”.

Faça uma Boa Viagem!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

DIA DO LEITOR

Hoje, como todos os dias, é dia de ler, mas a data específica para o “Dia do Leitor” é 7 de Janeiro.


Imagem de Hassan Nawaz por Pixabay












Sempre é bom lembrar daquilo que, faz a diferença no mundo, sociedade e sistema, são as pessoas. Somos nós que mudamos a partir do conhecimento, leitura e pensamento crítico, voltado para o coletivo.

Eu diria que é uma segunda pele, da qual nos deixa muito confortável nela. Viver sem ler, sem conhecimento ou pesquisar é passar pela vida às cegas, sendo guiado por ideias  
daqueles que desejam passar suas "verdades", sem questionar, ditadas para o senso comum e satisfaz a 
pessoa comum na sua zona de conforto.

Infelizmente, poucas pessoas se sentem atraídas pelos livros!

De acordo com a pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil" apresentada pelo Instituto Pró-Livro (IPL) na 
 edição, 44% da população não lê e 30% nunca comprou um livro.

Segundo Luís Antonio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL) em entrevista para a Edição Do Brasil apresentam alguns motivos que levam ao desinteresse da população: 

Por que parte da população ainda não têm o hábito de ler?
O hábito da leitura se dá em casa, por meio dos pais ou responsáveis e, em segundo lugar, o professor. Existe mais um dado que vai reforçar a minha reposta. Cerca de 30% dos nossos professores também se declaram não leitores. Nós temos famílias e educadores que leem pouco, uma média de 4.96 livros lidos por pessoa ao ano, o que está muito abaixo do ideal para um país como o nosso.

E também tem uma questão que o próprio sistema de ensino não propicia o hábito da leitura. O livro na escola é sempre encarado como objeto apenas para fazer uma prova e tirar nota. A relação do estudante com o livro é ruim. Eles leem não por prazer ou vontade, mas porque o colégio exigiu. E isso é uma coisa que acompanha o aluno até o vestibular e causa reflexos na vida adulta.

Quais os benefícios do hábito da leitura? Quais problemas a falta dela pode trazer?
A leitura é bastante transformadora. A gente percebe isso desde a mais tenra idade. As crianças que têm o hábito da leitura e gostam de contar histórias possuem uma outra forma de pensar. A prática desde cedo traz conhecimentos enriquecedores para a vida adulta.

Hoje estamos vivendo, por exemplo, o problema das fake news e visto verdadeiras barbaridades compartilhadas pelas redes sociais. As pessoas não têm se interessado em se aprofundarem nos assuntos, pois não leem. Também temos um enorme contingente de leitores analfabetos, que são aqueles que sabem ler, mas não conseguem interpretar o conteúdo, acabando por replicar essas notícias falsas.

Acredito que sem a leitura plena, a educação fica prejudicada. Por exemplo, nos exames do Enem há uma grande quantidade de respostas erradas por falta de interpretação das questões.

Conclusão: Sabe aquelas cantigas "Dorme, nenê, que a cuca vem pegar, papai foi pra roça, mamãe foi passear", tão doce, na verdade uma ameaça se o bebê não obedecia, seria levado já que os pais estariam ausentes. Assim, é a cruzada contra o conhecimento, para nos tornar servos e não Cervos.

Porque Ler é dar azo à imaginação, descobrir novos caminhos, confrontar ideias e ter o mundo dentro de si sem sair do lugar.

Posso me arrepender de muitas coisas, jamais do conhecimento adquirido ao longo desses anos e continuo buscando.

A leitura, a visão de outras pessoas sobre mundo, sociedade, sistema e coisas são ‘parâmetros’ para nossas inquietações, angústias, incertezas, dúvidas, questionamentos e indagações, são cruciais para a construção de uma pessoa mais humanizada, civilizada e educada.



Imagem: Educar para crescer/ Reprodução Google.

Importante diferenciar que, cultura, escolaridade e conhecimento são diferentes, e se a pessoa não souber interpretar o significado da leitura poderá cometer equívocos.

De nada adianta a sabedoria sem discernimento ou capacidade cognitiviva é como um trem desgovernado. Assim como ser iletrado não significa uma pessoa sem conhecimento ou sabedoria, tampouco ignorante, pois muitas vezes a experiência vivenciada, a percepção sobre o mundo a sua volta a faz entender a dinâmica social e o contexto moral e ético até melhor daqueles que são considerados letrados ou cultos, independe de berço e aprendidos no seio familiar, mas 
capacidade cognitiva e assertiva em se posicionar diante da vida e viver em sociedade, de forma mais  harmoniosa e justa.

Na atual conjuntura, um livro é melhor companhia do que conviver com muitas pessoas que estão por aí, ao invés de grosserias e inverdades, ocupe-se de um livro, aprenda algo novo, até como 
entretenimento, não importa, mas o conhecimento nunca é demais e educação também.

Se aventure na leitura e faça uma boa viagem!

sábado, 29 de outubro de 2016

DIA NACIONAL DO LIVRO - SAIBA O MOTIVO


                                      DIA NACIONAL DO LIVRO

   No dia 29 de outubro comemoramos o “Dia Nacional do Livro”, em virtude da transferência em 1810, da Real Biblioteca portuguesa para o Rio de Janeiro, originou-se a Biblioteca Nacional.

  O Brasil passou a editar livros a partir de 1808 quando D. João VI fundou a Imprensa Régia e o primeiro livro editado foi "Marília de Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga.




         Hoje não há mais desculpa para fugir da literatura, do saber,  a internet facilita o acesso, com sites para download  www.dominiopublico.gov.br ou ler online ebooks via PDF, word, epub, mobi entre outros.  

          Além das bibliotecas públicas que, cobram uma taxa irrisória e qualquer pessoa tem direito ao acesso para o livro físico.

          Duas coisas que dão sentido à vida, ao cotidiano, ao sonho e esperança: Música e Livros. Adquira ambos, eles sempre elevam a consciência e discernimento. 

          Muito além de ler, interpretar, se fazer entender e compreender sob a ótica do autor, para depois formular a nossa opinião e percepção. 

          Eu tenho por hábito ler autores que se divergem entre si, para no final, confrontar e formar um consenso ou contraponto e chegar à conclusão.

          Eu nunca vou por ali apenas. 



          Há artistas com essa percepção em estimular e promover a leitura, incentivar as pessoas a buscar informações e conhecimento, além da  boa música.

      Entre eles, Almir Sater um dos que sempre é requisitado para “shows” em Feiras literárias e eventos ou festivais de literaturas. Sater quando esteve em uma delas, declarou: 
"Um público que vêm a uma Feira de livros é um público especial. Uma cidade que prestigia o Livro é uma cidade especial".

     Recentemente o tenor Andrea Bocelli se expressou sobre: "Não abusem da música porque senão ela perde o grande poder terapêutico que ela pode ter sobre nós. Voltem a pegar os livros em suas mãos. Serão os seus companheiros de viagem, importantes para entender e julgar e analisar a realidade de uma maneira mais crítica".

    Ou seja, um complementa o outro, mas são distintos, no entanto, está correto afirmar que Música e Literatura são a receita certa para o alimento da alma, da mente e corpo.
                               
         Um detalhe importante é sempre ler o livro sob a visão do autor e o entendimento de onde ele nasceu, cresceu, viveu, sua cultura, costumes e valores de sua época. Vejo por aí "críticos" sobre Machado de Assis, sem nenhum critério, apenas superficial.
            "Medita bem, não me leias como os que têm pressa de ir apanhar o bonde; lê e reflete."  Machado em A Semana (1895)

          Infelizmente,  falta refletir antes sobre a época que o autor viveu (1839 – 1908), o Brasil possuía 70% ou mais de pessoas analfabetas e iletradas, somente a classe abastada e dominante tinham acessos a livros e jornais, e a cultura vigente que dominava era a grega, predominante da Europa.  Machado escrevia crônicas para jornais e o perfil do público era restrito, refinado.


        Uma breve história Machado e suas Obras-primas adaptadas para televisão, cinema e teatro e certamente não é nenhum exagero afirmar ser o maior escritor brasileiro de todos os tempos

 
Foto: Reprodução - Machado de Assis 

    Alguns escritores brasileiros entre tantos que vale a pena conhece-los sobre as suas divagações, poemas, crônicas, contos e obras: Machado de Assis, José de Alencar, Guimarães Rosa, Cora Coralina, Mario Quintana, Carlos Drummond de Andrade, Rachel de Queiróz, Paulo Freire, Gilberto Freyre, Cecília Meirelles, Chico Buarque, Castro Alves, Tomás Antônio Gonzaga, Manuel Bandeira, Darcy Ribeiro, Paulo Leminski e recentemente descobri Carolina Maria de Jesus, “O quarto do despejo” e  Mia Couto, entre outros.

  Os 28 escritores brasileiros que você deveria conhecer é a sugestão do site ebiografia , da qual eu também pretendo me aprofundar nessa ideia, dos que ainda não tive o prazer de lê-los.  

 Abaixo, uma das liras do poema do malfadado amor entre Marília e Dirceu (Publicado em "O Amor Infeliz de Marília de Dirceu").




Crédito Arte: Eduardo Schloesser.

Lira V
Marília, tu chamas?
Espera, que eu vou.
Aqui um regato
Corria sereno
Por margens cobertas
De flores, e feno:
À esquerda se erguia
Um bosque fechado,
E o tempo apressado,
Que nada respeita,
Já tudo mudou.
São estes os sítios?
São estes; mas eu
O mesmo não sou. 
  
Para conhecer essa história de amor  Marília de Dirceu
Para baixar o livro  Domínio Público

PS: Há controvérsias, alguns historiadores opinam diferente sobre quem seria de fato a "Marília" retratada no poema. Mas aí já é outra história, fica para depois. Ou como diria, Machado, "A conclusão, caros leitores, deixo para vocês".

Obs: Postagem atualizada em 29/10/2021. 

sábado, 19 de setembro de 2015

MAMPITECA SOLIDÁRIA | CLUBE INAUGURA ESPAÇO LITERÁRIO

MAMPITECA SOLIDÁRIA
A Sociedade Recreativa Mampituba, em Criciúma/SC, agora conta com mais uma inovação para os Associados, além do lazer, aguçar o hábito pela leitura. A inauguração será nesta segunda-feira, dia 21 de Setembro, às 19:30 h, no Complexo Aquático na Sede Campestre. O funcionamento da Mampiteca seguirá o exemplo das bibliotecas solidárias, onde as pessoas podem tanto doar livros para o espaço, como levar exemplares para casa, lê-los e depois devolvê-los, sem custo algum. Os interessados em doar livros devem entrar em contato com o Clube.


Fonte: Clube Mampituba

domingo, 16 de agosto de 2015

DIA DO FILÓSOFO E FILOSOFAR É PRECISO



O Dia do Filósofo é comemorado anualmente em 16 de Agosto, no Brasil. Já o Dia Mundial da Filosofia foi criado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO, e é comemorado anualmente na terceira quinta-feira de Novembro.


Eu não posso ensinar nada a ninguém, euposso fazê-lo pensar
                                                                                                                    Sócrates -400ac.

Seja qual data for não pode passar em branco. Filosofar é preciso. Dedicado  a reflexões e questionamentos sobre a sociedade, política, ética, religião, estética e os mais diversos temas relacionados à vida, no mínimo impactantes.

"O bom cientista não é aquele que oferece respostas boas, mas aquele que faz boas perguntas, e se permite mergulhar nas pesquisas em busca de elementos que ampliem sua compreensão. O bom cientista é aquele que coloca o saber da ciência e da vida em movimento, renovando-o constantemente" . Assim aplico também a filosofia, é sair do senso comum e partir para um processo investigatório, em questionar, indagar, argumentar, duvidar e discorrer, com fundamento e embasamento, não mais à partir de um pensamento simplista, e de senso comum. Assim, ousaram os grandes pensadores, inconformados, curiosos, e desconfortáveis diante de certezas limitadas ou absolutas.
pois "Eu duvido, logo penso, logo existo". Descartes.
Nietzsche, Rousseau, Maquiavel, Sartre, Sócrates, Proudhon, Voltaire, Locke, Aristóteles, Freud, Habermas, Descartes, e tantos outros sábios pensadores, minha eterna gratidão por terem ido mais avante e revolucionado ideias, pessoas,  fatos, e toda uma sociedade ao seu tempo.

sábado, 6 de junho de 2015

JARDIN BOTÂNICO REALIZA FEIRA INFANTIL DE LIVROS


O Jardim Botânico do Rio de Janeiro neste final de semana, ganha um charme ainda maior.  Além do passeio, uma oportunidade para prestigiar a segunda edição da Primaverinha dos Livros, Segundo Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil. Quem perdeu hoje, poderá apreciar neste domingo. São 30 estandes, com 50 editoras que levarão, além de 3 mil títulos infantojuvenis com até 50% de desconto, muita diversão para a criançada. As atrações incluem lançamento de livros, contação de história, peças de teatro, oficina de desenho, pintura, música e quadrinhos. O evento é gratuito e ocorre hoje (6) e amanhã (7), no Espaço Tom Jobim.

A feira é promovido pela Liga Brasileira de Editoras (Libre) e tem origem na Primavera dos Livros, uma grande feira literária independente no Rio de Janeiro, que este ano vai para a 15ª edição. De acordo com a diretora da Libre Camila Perlingeiro, a ideia de fazer o evento para o público infantojuvenil surgiu por causa da alta procura pelo espaço infantil do evento dedicado ao público adulto.
“Tinha um espaço infantil super concorrido e a gente viu uma demanda de fazer algo específico para as crianças. Era uma demanda também das nossas editoras, que buscavam uma visibilidade maior para seus catálogos infantis. Temos estande coletivo, para as editoras que têm um catálogo grande e no meio tem um ou dois infantis; têm editoras grandes especializadas em livro infantil; e há outras que têm catálogo grande de livro adulto e já tem peso no infantil”.

Divulgação/ Geo Comunicação
Na primeira edição da Primaverinha, em agosto do ano passado, a feira recebeu mais de 6 mil visitantes. Camila ressalta que o livro não deve ser visto apenas para fins educacionais e também não é um concorrente do entretenimento eletrônico.

“A gente vinha com vontade de levantar uma bandeira, da leitura em família, promover o vínculo afetivo das famílias através da leitura, oferecer literatura como entretenimento para as crianças. É aquela coisa: existe tablet, televisão, mas a gente não está concorrendo. É tudo entretenimento, um livro é tão importante quanto um joguinho no computador, tão divertido quanto assistir a um desenho na televisão”, defendeu Camila.

A diretora destaca que a feira também é uma boa oportunidade para conhecer escritores contemporâneos, que têm pouco espaço nas escolas em geral. “O grande problema que nós temos – editoras independentes que publicam sobretudo literatura contemporânea – é fazer com que a escola perceba que tem coisa nova acontecendo, obviamente sem desmerecer os clássicos, todos eles precisam ser lidos, mas a gente também precisa avançar, a gente precisa saber que tem mais coisa por aí, que tem coisa acontecendo agora, que foi publicado agora, que está falando de temas atuais”.
Fonte:clique no link agenciabrasil

domingo, 31 de maio de 2015

Historiador desenvolve projeto de leitura em regiões carentes



Há uma década, Clóvis Matos realiza 
trabalho itinerário de leitura; 
em 10 anos, doou mais 
de 25 mil obras.

‪#‎IssoMudaoMundo‬  |
Contato para doações ou qualquer incentivo :
 e:mail: clovismatos@hotmail.com | 
Celulares: (65) 81351176 (whatsApp) 
e (65) 99241029
Página Facebook: Inclusão Literária

Gabriel Soares                                                                                                       
 
















VINÍCIUS LEMOS 
DA REDAÇÃO

A caminhonete Rural Willys verde,
intitulada “Furiosa”, chama atenção 
pelas ruas de Cuiabá. Na carroceria, são
carregados mundos de conhecimentos, 
através 
de livros de literatura.


O veículo abriga o projeto 
“Inclusão Literária” e leva cultura 
para diversos municípios
de Mato Grosso.

Dirigindo o automóvel, o técnico administrativo
da Universidade Federal de 
Mato Grosso (UFMT), Clóvis Matos, 
de 60 anos, orgulha-se da
ação social, que está completando
uma década.

A paixão de Clóvis pelos livros 
surgiu 
na infância, quando morava
 no 
município de Iporá,
em Goiás.

Apesar de o lugar ser distante, 
o criador do “Inclusão Literária” 
conta que 
conheceu os primeiros livros 
da vida
a partir de hóspedes 
que 
passavam temporadas no
 hotel de sua família. 

O primeiro grande livro
 ao qual teve acesso
 foi 
“Cem Anos de Solidão”, 
do 
Gabriel Garcia Marquez.

“Na minha cidade não tinha 
livraria, nem asfalto. 
Os turistas levavam 
livros, gibis e revistas, 
foi a partir daí 
que 
comecei a me 
interessar 
pela leitura”, relembrou.

Formado em história, no ano de 1992, 
Matos teve a ideia de criar 
o
 “Inclusão Literária” após 
trabalhar 
como diretor de
 marketing 
em uma livraria da 
Capital 
mato-grossense.

Ele conta que criou um espaço 
de
leitura na loja, para que
 o público
pudesse ler trechos 
das obras. Porém, notou 
que muitas vezes
os leitores iam 
diversas vezes
ao local, para que 
pudessem
terminar de ler os livros, 
sem comprá-los.



“Eu percebi que as pessoas 
terminavam
 de ler na própria livraria, 
sem comprar os livros, porque 
eles eram caros. A partir de então, 
tive a ideia de facilitar 
a leitura
para quem não tinha 
condições financeiras”, 
explicou.

Criado em 2005, o “Inclusão Literária”
marcou uma nova fase na vida 
de seu criador. O primeiro passo 
foi a 
compra da “Furiosa”, que desde 

princípio foi utilizada para
 servir 
de biblioteca itinerante. 
Clóvis Matos sempre 
teve o objetivo de levar os livros
para as zonas rurais, como
Pantanal, Manso e Poconé.

Sem grandes apoios governamentais,
 o projeto teve pouco auxílio 
do governo. Clóvis relatou que o 
“Inclusão Literária” possuiu somente
uma ajuda custeada
 pelo 
Governo do Estado.

O início da ação social foi avaliado 
em R$ 94 mil. O valor foi encaminhado 
para o programa de 
Lei de Incentivo Estadual,
que concedeu apenas R$ 30 mil 
para ajudar na empreitada.

“Houve uma outra vez em que 
o projeto foi aprovado 
pela Lei de 
Incentivo Federal 
à Cultura e 
eu deveria captar
verba. 
Mas fiquei dois anos
e meio tentando e acabei 
não conseguindo nada”, lamentou.

Os gastos com gasolina, estadia e alimentação 
são pagos pelo próprio Clóvis, que não 
conseguiu 
nenhum tipo de ajuda financeira. 
Para auxiliá-lo na distribuição 
dos livros e na condução 
dos eventos, ele conta 
com voluntários. 
Alguns estudantes da UFMT 
costumam viajar com 
o técnico-administrativo 
para 
outros municípios.

Dificuldades de incentivo no Estado
Ele afirma que a falta de incentivo
 financeiro a projetos culturais ocorre
pelo 
fato de Cuiabá não fazer parte
dos grandes centros 
do Brasil.

“Somos periferia, se fosse 
Rio de Janeiro ou São Paulo, conseguiria
recursos 
mais facilmente. Aqui é muito difícil”, disse.

Além do projeto “Inclusão Literária”, 
Matos também costuma ensinar 
audiovisual aos jovens presentes 
nas regiões onde faz distribuição 
de livros. Ele ensina a produzir 
obras que incluem som e imagem
 a partir da leitura 
dos jovens.

Por enquanto, apenas os municípios
 próximos
 a Cuiabá foram contemplados 
com 
incursões da “Inclusão Literária”, 
que ocorrem em quase todos 
os finais de semana. 
As regiões periféricas 
são os alvos. As zonas rurais 
do Pantanal,
Manso, Barão de Melgaço, 
Chapada dos Guimarães,
Acorizal e Poconé foram
 algumas das áreas que 
receberam o projeto.

A próxima parada do projeto será 
Juína, no interior do Estado, 
dia 4 de junho. 
A “Furiosa” desta vez 
será deixada em casa, 
pois este será 
o primeiro evento 
de Clóvis 
com sua nova biblioteca
ambulante, 
uma Kombi branca. A nova ação
 tem empolgado o técnico-administrativo, 
que ainda está acertando 
os 
últimos detalhes do novo veículo.

Em uma década do “Inclusão Literária” 
foram distribuídos 25 mil livros. 
As obras são 
doadas às pessoas que 
participam 
dos eventos, pois Clóvis 
é 
contrário ao 
empréstimo literário. 
Ele compartilha do pensamento 
de que 
os livros devem circular e, 
por isso,
acredita que as doações contribuem 
para que mais pessoas tenham
 acesso à cultura.

“Os livros contribuem muito 
para ajudar intelectualmente 
as pessoas. Por isso, não quero que 
elas 
devolvam, mas que passem 
para frente. A intenção é fazer 
as obras circularem”, explicou.

A partir do ano que vem, 
Clóvis deve se aposentar. 
Ele espera que 
na nova fase da vida possa 
se dedicar mais aos projetos 
de incursões literárias.
Para ler na íntegra 
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