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segunda-feira, janeiro 07, 2019

DIA DO LEITOR

Hoje, como todos os dias, é dia de ler, mas a data específica para o “Dia do Leitor” é 7 de Janeiro.


Imagem de Hassan Nawaz por Pixabay












Sempre é bom lembrar daquilo que, faz a diferença no mundo, sociedade e sistema, são as pessoas. Somos nós que mudamos a partir do conhecimento, leitura e pensamento crítico, voltado para o coletivo.

Eu diria que é uma segunda pele, da qual nos deixa muito confortável nela. Viver sem ler, sem conhecimento ou pesquisar é passar pela vida às cegas, sendo guiado por ideias  
daqueles que desejam passar suas "verdades", sem questionar, ditadas para o senso comum e satisfaz a 
pessoa comum na sua zona de conforto.

Infelizmente, poucas pessoas se sentem atraídas pelos livros!

De acordo com a pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil" apresentada pelo Instituto Pró-Livro (IPL) na 
 edição, 44% da população não lê e 30% nunca comprou um livro.

Segundo Luís Antonio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL) em entrevista para a Edição Do Brasil apresentam alguns motivos que levam ao desinteresse da população: 

Por que parte da população ainda não têm o hábito de ler?
O hábito da leitura se dá em casa, por meio dos pais ou responsáveis e, em segundo lugar, o professor. Existe mais um dado que vai reforçar a minha reposta. Cerca de 30% dos nossos professores também se declaram não leitores. Nós temos famílias e educadores que leem pouco, uma média de 4.96 livros lidos por pessoa ao ano, o que está muito abaixo do ideal para um país como o nosso.

E também tem uma questão que o próprio sistema de ensino não propicia o hábito da leitura. O livro na escola é sempre encarado como objeto apenas para fazer uma prova e tirar nota. A relação do estudante com o livro é ruim. Eles leem não por prazer ou vontade, mas porque o colégio exigiu. E isso é uma coisa que acompanha o aluno até o vestibular e causa reflexos na vida adulta.

Quais os benefícios do hábito da leitura? Quais problemas a falta dela pode trazer?
A leitura é bastante transformadora. A gente percebe isso desde a mais tenra idade. As crianças que têm o hábito da leitura e gostam de contar histórias possuem uma outra forma de pensar. A prática desde cedo traz conhecimentos enriquecedores para a vida adulta.

Hoje estamos vivendo, por exemplo, o problema das fake news e visto verdadeiras barbaridades compartilhadas pelas redes sociais. As pessoas não têm se interessado em se aprofundarem nos assuntos, pois não leem. Também temos um enorme contingente de leitores analfabetos, que são aqueles que sabem ler, mas não conseguem interpretar o conteúdo, acabando por replicar essas notícias falsas.

Acredito que sem a leitura plena, a educação fica prejudicada. Por exemplo, nos exames do Enem há uma grande quantidade de respostas erradas por falta de interpretação das questões.

Conclusão: Sabe aquelas cantigas "Dorme, nenê, que a cuca vem pegar, papai foi pra roça, mamãe foi passear", tão doce, na verdade uma ameaça se o bebê não obedecia, seria levado já que os pais estariam ausentes. Assim, é a cruzada contra o conhecimento, para nos tornar servos e não Cervos.

Porque Ler é dar azo à imaginação, descobrir novos caminhos, confrontar ideias e ter o mundo dentro de si sem sair do lugar.

Posso me arrepender de muitas coisas, jamais do conhecimento adquirido ao longo desses anos e continuo buscando.

A leitura, a visão de outras pessoas sobre mundo, sociedade, sistema e coisas são ‘parâmetros’ para nossas inquietações, angústias, incertezas, dúvidas, questionamentos e indagações, são cruciais para a construção de uma pessoa mais humanizada, civilizada e educada.



Imagem: Educar para crescer/ Reprodução Google.

Importante diferenciar que, cultura, escolaridade e conhecimento são diferentes, e se a pessoa não souber interpretar o significado da leitura poderá cometer equívocos.

De nada adianta a sabedoria sem discernimento ou capacidade cognitiviva é como um trem desgovernado. Assim como ser iletrado não significa uma pessoa sem conhecimento ou sabedoria, tampouco ignorante, pois muitas vezes a experiência vivenciada, a percepção sobre o mundo a sua volta a faz entender a dinâmica social e o contexto moral e ético até melhor daqueles que são considerados letrados ou cultos, independe de berço e aprendidos no seio familiar, mas 
capacidade cognitiva e assertiva em se posicionar diante da vida e viver em sociedade, de forma mais  harmoniosa e justa.

Na atual conjuntura, um livro é melhor companhia do que conviver com muitas pessoas que estão por aí, ao invés de grosserias e inverdades, ocupe-se de um livro, aprenda algo novo, até como 
entretenimento, não importa, mas o conhecimento nunca é demais e educação também.

Se aventure na leitura e faça uma boa viagem!

quarta-feira, fevereiro 17, 2016

GENTILEZA OU RUDEZA – A ESCOLHA É NOSSA

“Até que ponto você vai na vida depende de você ser gentil como jovem, compassivo com o idoso, misericordioso com o esforçado e tolerante com o fraco e o forte. Porque algum dia na vida você terá sido todos eles.” - George Washington Carver - botânico, inventor, cientista e agrônomo norte-americano.


Imagem: Giusseppe Domínguez poeta.

Reza a lenda que pessoas machucadas ferem outras, há fundamento, porque por trás de uma pessoa raivosa ou arrogante, há alguém que quer externar ao mundo suas dores, angústias, frustrações e amarguras passadas. Mas não podemos transferir aos outros, todas as nossas tristezas e desapontamentos, mazelas como uma metralhadora giratória. Só vamos acumular mais dores e desconcertos. Muitas vezes ferir também as pessoas erradas. 

No filme ParaNorman – há uma frase assim: “Passou tanto tempo lembrando-se das pessoas más, que se esqueceu de lembrar-se das boas”. 


 
É verdade, focamos tanto nas experiências ou pessoas que nos feriram, sabotaram e  foram indiferentes que não lembramos mais que nos alegraram, deram oportunidades e fizeram a diferença em nossa vida, em algum momento. Devemos ser mais gentis conosco, porque só assim seremos mais assertivos com os outros. 

Os outros também têm o direito de
suas escolhas de não compartilhar de nossos sonhos, sentimentos ou ideais, o que não quer dizer, que por isso somos menos respeitados, mas talvez as afinidades, propósitos não sejam compatíveis com os nossos. Nem sempre tomamos o caminho certo e escolhemos as pessoas certas que nos faz felizes, mas certamente naquela ou em outra ocasião era a escolha mais correta. 

 
A internet tem sido palco dessas ações, pessoas sempre com uma pedra na mão, julgando, criticando, condenando, desdenhando das outras e quando não atingem o objetivo, se fazem de vítimas da situação. Não expõe suas opiniões, mas provocações.

Não podemos fazer dos outros o depósito para despejar nosso 
lixo emocional. Porque certamente elas também em algum momento tiveram ou têm experiências parecidas como as nossas, no entanto, buscam umcomportamento mais assertivo e menos antissocial. Se assim não fosse, só restariam dois lugares para nós: a prisão ou o hospício. Para isto, que existem as regras sociais, a tal da polidez. 
 
Schopenhauer dizia que “Polidez é inteligência; consequentemente, impolidez é parvoíce. Criar inimigos por impolidez, de maneira desnecessária e caprichosa, é tão demente quanto pegar fogo na própria casa”. 



















As más experiências ou frustrações que vivenciamos não farão as nossas atitudes e vida melhores agora, ou apagar de  dentro de nós as cicatrizes, marcas ou perdas com as relações destrutivas ou voláteis. Podemos optar por alimentar essas mágoas e ressentimentos ou continuar vivendo e crescendo com as experiências.


O que fazer então?. 
 
Criar um novo padrão mental. Ocupar o nosso tempo para adquirir sabedoria, superação, cobrar ou nos culpar menos, perdoar-nos mais. Buscar por atitudes mais positivas, investindo pesado em nós, a começar pelo autorrespeito. 

"Só quem se respeita, consegue ter respeito
pelos outros". 
 
Ao invés de ocupar nosso tempo em maldizer, proferir palavras ferinas, provocar atritos, fazer fofocas, intrigas e se alimentar de energia negativa, vamos buscar entendimento, ler, estudar, buscar ajuda e autocura com profissioais especializados, pesquisar mais. 

Descobrir nossas reais habilidades, metas e sonhos.

 
Pode ser que o outro não nos amou como queríamos, mas nos amou de algum modo. Pode ser que aquele patrão ou chefe, não nos deu o devido valor, mas quem sabe não era o lugar que deveríamos estar, pode ser que aquele amigo nos magoou, mas nós também o machucamos até inconscientemente, algumas vezes. Pode ser que aquela vizinha chata, birrenta, altiva seja apenas um disfarce de sua inabilidade de lidar com os outros.Enfim...
 
O inferno nem sempre foram os outros.
 
 Às vezes lutamos, sabotamos, sofremos porque nunca nos perguntamos, se todas aquelas coisas de fato pertenciam a nós. São inúmeras as possibilidades para desbravar, alcançar a autorrealização, sem precisar se ferir sempre. 
 
Subam a montanha com Friedrich Nietzsche Aquilo que não me mata, só me fortalece” e desçam mais leves com a certeza de que se agirmos com retidão, compaixão, justiça, bondade, empatia e amor não seremos nós, os amargurados e raivosos mais. E nos libertamos das amarras do passado, das experiências mal-vividas, dos enganos e até das mágoas. Aquele fato, pessoa ou coisa não mais comanda nossas emoções!

 
 
A vida é muito breve e fugaz para agir e passar por ela como seres medíocres e mesquinhos que só provocam dores, sofrimentos, discórdias e constrangimentos aos outros, os malvadinhos, segundo a percepção zen budista. 
 
Em certas horas, sabemos que  não vamos suportar ser “gentis” 
com tanta parvoíce e falta de bom senso de alguns, mas
 deixa que eu lhe diga, humanos têm rompantes, é isso que
nos diferencia de outros seres, sentimentos. 

Mas voltamos para o trilho de novo, o caminho da gentileza, sim, nem sempre 'gentileza gera gentileza' como dizia profeta Gentileza, há aquelas cascas grossas, cheios de arrogância e quer que o mundo gire em torno de seu umbigo. 
 
O problema é deles, nós nos esforçaremos cada vez mais
para agregar educação, polidez e civilidade. 

Afinal, não é isso que nos diferencia dos selvagens? 
 
Deixa a raiva para quem tem e não se curou de suas mazelas passadas, um adulto em evolução ele sabe que  precisa enfrentar as crises existencias para seguir em frente, crescer e amadurecer, e que a vida não é para gente birrenta, mas disposta a aprender, dialogar, refletir e faz aos outros o que faria a si mesma. 
 
Nem por isso, vamos ser pinico para ninguém e permitir que seus dejetos sejam despejados em nós, se uma pessoa mal-educada, grosseira e vulgar nos desrespeita, é nosso dever que elas saiam de nossa presença, desconfortáveis, mas nunca ao contrário.

E, no fim, descobriremos que não 
existem finais, apenas recomeços, 
de outras maneiras.

sábado, junho 06, 2015

JARDIN BOTÂNICO REALIZA FEIRA INFANTIL DE LIVROS


O Jardim Botânico do Rio de Janeiro neste final de semana, ganha um charme ainda maior.  Além do passeio, uma oportunidade para prestigiar a segunda edição da Primaverinha dos Livros, Segundo Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil. Quem perdeu hoje, poderá apreciar neste domingo. São 30 estandes, com 50 editoras que levarão, além de 3 mil títulos infantojuvenis com até 50% de desconto, muita diversão para a criançada. As atrações incluem lançamento de livros, contação de história, peças de teatro, oficina de desenho, pintura, música e quadrinhos. O evento é gratuito e ocorre hoje (6) e amanhã (7), no Espaço Tom Jobim.

A feira é promovido pela Liga Brasileira de Editoras (Libre) e tem origem na Primavera dos Livros, uma grande feira literária independente no Rio de Janeiro, que este ano vai para a 15ª edição. De acordo com a diretora da Libre Camila Perlingeiro, a ideia de fazer o evento para o público infantojuvenil surgiu por causa da alta procura pelo espaço infantil do evento dedicado ao público adulto.
“Tinha um espaço infantil super concorrido e a gente viu uma demanda de fazer algo específico para as crianças. Era uma demanda também das nossas editoras, que buscavam uma visibilidade maior para seus catálogos infantis. Temos estande coletivo, para as editoras que têm um catálogo grande e no meio tem um ou dois infantis; têm editoras grandes especializadas em livro infantil; e há outras que têm catálogo grande de livro adulto e já tem peso no infantil”.

Divulgação/ Geo Comunicação
Na primeira edição da Primaverinha, em agosto do ano passado, a feira recebeu mais de 6 mil visitantes. Camila ressalta que o livro não deve ser visto apenas para fins educacionais e também não é um concorrente do entretenimento eletrônico.

“A gente vinha com vontade de levantar uma bandeira, da leitura em família, promover o vínculo afetivo das famílias através da leitura, oferecer literatura como entretenimento para as crianças. É aquela coisa: existe tablet, televisão, mas a gente não está concorrendo. É tudo entretenimento, um livro é tão importante quanto um joguinho no computador, tão divertido quanto assistir a um desenho na televisão”, defendeu Camila.

A diretora destaca que a feira também é uma boa oportunidade para conhecer escritores contemporâneos, que têm pouco espaço nas escolas em geral. “O grande problema que nós temos – editoras independentes que publicam sobretudo literatura contemporânea – é fazer com que a escola perceba que tem coisa nova acontecendo, obviamente sem desmerecer os clássicos, todos eles precisam ser lidos, mas a gente também precisa avançar, a gente precisa saber que tem mais coisa por aí, que tem coisa acontecendo agora, que foi publicado agora, que está falando de temas atuais”.
Fonte:clique no link agenciabrasil

sábado, abril 18, 2015

Entendendo Paulo Freire: “Educar é se encharcar de sentido”

Nome: Paulo Freire
Data de Nascimento: 19/09/1921
Cor dos olhos: Castanhos
Local: Recife/PE.
Raça: Humana.

Educar é se encharcar de sentido.”  Paulo Freire



















Aprender não é acumular conhecimento, estes são voláteis e superados, menos a capacidade de continuar, pensar a realidade.  
É sempre possível aprender, é um sujeito que aprende e não o mundo. 
Se educar é impregnar de sentido nossa vida. 

Educador é aquele que ajuda que constrói que dá sentido a isso. 
Ele é animador do que comunicador. 

O aluno tem que caminhar por si mesmo, com autonomia intelectual, a escola de cidadão para e pela cidadania. E não ser restritos, mas cidadãos plenos, segundo ele, a escola é a cidadã que exerce internamente, decisões democráticas. 

O aluno é protagonista, não em acatar normas
(eu entendo como aguçar a curiosidade, buscar pensar por 
si mesmo, formar opinião sobre, a escola deveria ser a ponte e não 
a solução suficiente e centralizadora em ideias).

O sistema segura, freia e não estimula pessoas para o aprendizado. 
Alguma coisa está errada, a escola não deveria 
ser burocrática, hierarquizada. 

O sistema tem dificuldade em aceitar Paulo Freire, não é lógico e (deveria ser dialógico / linguagem). 

E não ser apenas opressão, puramente unilateral e exercer o papel de doutrinalizador, mas o de formar gente em dialéticas. 
A contradição é o berço do diálogo. 

O conflito não pode gerar antagonismo. 

Solidariedade é condição de sobrevivência, conhecimento serviu para destruir o planeta, tornando o insustentável, a ética do mercado apregoa o Sonhar, mas Paulo nos mostra que este é um mundo possível, não pode fazer tudo, mas é possível melhorar. 

O mais importante é o Respeito
Freire respeitava o outro, não estressava e nem humilhava 
o outro, separando o bem do mal, mas busca pela teoria do diálogo, 
que se torna libertadora. 

Foi isso que chamou atenção de outras economias, 
o instituto Paulo Freire até o momento catalogou 90 países que 
estudam a teoria de Paulo Freire.   

Para ele, aprendiz é um sujeito, ele tem que ser respeitado em 
sua própria identidade. 
Só aprendemos quando aquilo faz parte 
de nosso projeto de vida. 

E isso faz parte da energia humana, capacidade de entender 
o porquê está neste mundo, a humildade diante do conhecimento 
e do mundo deve ser despertada por um professor.

Uma síntese copiada e retirada Canal TV Escola 
Instituto Paulo Freire 

Conheça mais sobre o  Paulo Freire considerado 
o mais célebre educador brasileiro, com atuação e 
reconhecimento internacionais, entre as maiores 
universidades renomadas, um dos mais importantes 
pedagogo do mundo, conhecido como o Patrono da Educação Brasileira.
 
Acesse a página do Instituto:

quarta-feira, outubro 15, 2014

DIA DO PROFESSOR

Alguém se lembra do (a) primeiro (a) professor(a)?


Imagem de Mote Oo Education por Pixabay











Eu me lembro. Foi a professora Irene quem me alfabetizou, mas os que me marcaram mais foram os da adolescência, português e literatura que, estimulava a leitura e a interpretar texto, deles vêm o gosto pela MPB e pelos livros, e o da faculdade de Administração, além de ensinar o pensamento sistêmico, ensinou-me o autocontrole, conflitos se resolvem com diálogo e assertividade, um ponto forte num administrador, além de estar no comando sobre as emoções, demonstra autoconfiança, ao falar com propriedade e defender suas ideias, sem agressividade, são qualidades raras que se encontra em verdadeiros líderes, um mediador de conflitos, não o tumultuador, provocador deles.

Por que estou a perguntar?

Porque 15 de outubro é Dia do Professor, deveria ser todo o dia 15 de cada mês, se não comemorado, reverenciado. Uma profissão tão nobre e desvalorizada com baixa remuneração. Deveria ser uma das mais bem pagas. Um povo que se levanta contra um professor é um povo indigno. Jamais deveria permitir uma afronta assim. 

Aos Mestres, educadores, professores, abençoados sejam por essa generosidade em passar aprendizado, incansáveis, mesmo diante da falta de reconhecimento e valor, muitas vezes, além de educador, pai, mãe, psicólogo, mediador de conflitos, salvador, conselheiro e protetor  que dividem sonhos quanto, lágrimas, uma profissão valorosa e que se deve ter sempre respeito.

A escola é a base, não a solução, mas o esqueleto que aos poucos vai criando forma aos nossos pensamentos, alimenta os nossos sonhos, diretrizes, ensina regras coletivas, essenciais para conviver harmoniosamente em sociedade, de forma civilizada, as escolhas cabe a cada um em firmar a estrutura e solidez na prática, mas a base foi construída. 

Se existem milagres, eu não posso afirmar, não vi, mas que os professores são verdadeiros milagreiros, isso posso opinar, porque eu vi. São capazes de transformar ideias, sonhos, em objetivos e ideais, assim visualizarmos um futurocarregado de esperança e realizações.

Um professor é tão pespicaz que ele percebe a ausência de amor, o desleixo, o abuso velado, a negligência no olhar, nas falas, nos desenhos e forma de comportar-se numa sala de aula de uma criança. 
São anjos alados em defesa do bem, do certo e da justiça moral, conhecimento e construção de uma sociedade mais igual. 

“A vocês, professores, eu me curvo, reverencio e digo ‘Muito Obrigada', por não desistirem jamais”. Já que estamos falando em Dia do Professor um filmaço para refletir é o
"Clube do Imperador" com Kevin Kline, no brilhante papel e bem propício para a época de agora. Para compreender, uma breve resenha sobre o filme: O Professor acredita que “O caráter de um homem é seu destino” e o lema do colégio é formar homens de caráter tendo por base a transmissão do saber e do conhecimento dos grandes vultos do passado, que contribuíram para uma verdadeira democracia.

Ele tenta impor valores éticos através do conhecimento, até a chegada de um novo aluno, "filho de um importante Senador", arrogante e prepotente, que faz suas próprias regras e manobras, dividindo as pessoas, e as manipulando pela sua influência. E assim continua até o fatídico dia do concurso, e com "cartas marcadas", ele só não contava com a brilhante manobra e estratégia do Professor.

"A juventude envelhece, a maturidade é superada, a ignorância pode ser educada, a embriaguez passa, porém, a estupidez... ela é eterna." Aristófanes, filósofo.

Assim, “O fim depende do começo”.  
A cena emocionante e marcante: 20 anos depois, quando reencontra o professor aposentado, em seu tom arrogante, diz em "alto e bom" som que sempre teve o poder e glória e ia se candidatar a presidente, não se importava com a mediocridade de um professor, que não passava de um "João ninguém", quando se depara com o filho pequeno, num inquietante olhar e inquisidor, ouvindo as bravatas do pai.

O olhar da criança diz tudo: "É isso que você tem a me ensinar e deixar como legado?" Ou seja, ele não venceu pelos méritos, mas por desonestidade, não teria nada do que se orgulhar na velhice, porque "O importante não é só vencer, mas viver com retidão".

Para assistir, se inspirar e refletir:

O Clube do Imperador

O Substituto

Sociedade dos Poetas Mortos

Mentes perigosas

Matilda

Preciosa – Uma história de esperança

Escritores da Liberdade

domingo, março 10, 2013

Cultura: poema árabe | Homens do Deserto

Esses homens do deserto
vêm puxados a camelo
com seus panos coloridos
envolvidos nos cabelos.
Retorno de tempos idos
muitos anos, isso é certo,
têm os traços bem vividos
esses homens do deserto.


















Esses homens do deserto
domadores de elefantes
têm os olhos bem abertos
como bons negociantes.
Venha logo, meu amigo,
venha ver o quanto antes
esses homens do deserto
domadores de elefantes.

Esses homens do deserto
com seu mármore esculpido
construíram os castelos
que encantaram o mundo inteiro.
Contemplaram as montanhas
com seus templos de marfim,
e hoje vendem por barganhas
belos cortes de cetim.

Esses homens do deserto,
esse clima quente e seco de um país largado a ermo.
Eu preciso ouvir de perto
a canção que não entendo
para ver se estou desperto
ou se os homens que enxergo
são miragens do deserto.

Esses homens do deserto,
esse clima quente e seco.
Eu preciso ouvir de perto
a canção que não entendo
para ver se estou desperto
ou se é uma que eu invento.

by Lucas Viriato - "Retorno ao Oriente".

foto: Sheikh Hamdan bin mohammed bin rashid al maktoum - fazza3.

terça-feira, fevereiro 19, 2013

Paradoxo: Pais educam, professores ensinam

“Pais educam, professores ensinam”.
Se você concorda, compartilhe!
Assim está no Facebook, hum! Eu vou 'pitacar' e discordar.




    Imagem de esconderijos.com.br


Não é tão simples assim, eu não acredito que “educação se aprende em casa, e que cabe à escola apenas ensinar conteúdos”. Eu acho um paradoxo, um paradigma que precisa ser mudado.


Por quê? Eu explico e sem Freud. Sim, seria o ideal o papel  da família, orientar as crianças, até mesmo nas regras básicas de convivência social, valores morais e éticos.

Essa tarefa não pode ser atribuída somente aos pais. A escola é responsável por ensinar regras coletivas e valorizadas pela cultura arraigadas na sociedade da qual nem sempre são seguidas ou admitidas no seio familiar, um dos fatores de impedimento em transmitir aos filhos as regras morais, éticas e sociais estão ligadas a desagregação familiar.


É de suma importância para os aprendizes, estudantes terem outras pessoas como ponto de referência, além de sua família. O professor é um deles. Considero a única bússola confiável e viável para orientação e regras coletivas. Muitos pais não têm ou não tiveram oportunidades de enquanto crianças, aprenderem as regras básicas de educação para seu filho.

Acredito que a escola tem o efeito transformador em aguçar, instigar e fazer com que desperte em cada um, a vontade de querer viver em sociedade mais harmoniosa. Ela precisa ser uma entidade de credibilidade e que passe confiabilidade ao aluno para que ele possa discernir até sobre quais caminhos no futuro pretende tomar como parâmetro, além de ensinar, educar, aguçar e estimular a curiosidade, a pesquisa e o pensamento individual aos alunos de modo a promover e expandir o campo de visão deles, para conviver em sociedade de forma coletiva, com valores assertivos e inclusão.

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay 


Educação nem sempre ou raramente vem de berço, se a família é desagregada, ausente, sem formação substancial, pouca cultura ou conhecimento, pautada apenas nas regras individuais de dogmas ou antepassados poderá ter dificuldades para entender a dinâmica do que ocorre ao redor.

Uma criança, por exemplo, que sofre abusos e se a família é omissa ou negligente com ela, pelo seu comportamento agressivo, retraído ou desconfiado, muitas vezes, o educador percebe que naquele lar há algo que não está correto.

Com a escola, a criança tem a oportunidade de comparação, de perceber o que pode ser permissivo ou não.

Um lar formado por pessoas despreparadas, iletradas, ignorantes ou doutrinadas pelo senso comum, dificilmente essas pessoas serão educadas e ensinadas com regras  sociais, morais, éticas e valores que diferenciam e formam cidadãos mais preparados para conviver no coletivo e do que é permissivo.

Portanto, o maior equívoco que um professor pode cometer é apoiar essa frase “Pais educam, professores ensinam” ao favorecer os que desejam desobrigá-los desta responsabilidade social e dar ênfase aos estudos privados, acesso à minoria e doutrinados pela classe dominante e com valores individuais, não coletivos.

A escola é a base, a estrutura de toda qualquer nação que almeja pessoas melhores, bem estruturadas emocionalmente e de pensamento crítico e individual, não uma sociedade doutrinada pelo sistema para beneficiar apenas os seus interesses ao bel-prazer.

E a pergunta que fica: A quem interessa a não educação sexual das crianças nas escolas? A quem interessa elas não saberem sobre seu corpo, sobre o que é abuso, permissividade e manipulação emocional?

Somente aqueles que se beneficiam destes atos repugnantes!
Proteger as crianças é papel do Estado e informação também para que cresçam como adultos saudáveis, com autoestima, autoconfiança e amor-próprio, e saibam desde cedo a diferenciar o que é afeto, respeito de invasão! Roubar a inocência de uma criança, aproveitar-se de seu purismo ou confiança é um dos maiores crimes contra a humanidade, uma sociedade doente e indigesta.

Atualizado em 21/06/2021

segunda-feira, outubro 29, 2012

Semana Internacional do Livro




'LER É PRECISO - LEIO "LOGO PENSO, LOGO EXISTO"
É a "Semana Internacional do Livro". Todo o dia deveria ser o "dia de ler".


 
Bendito mesmo, porque desde criança pequena adquiri esse hábito, oriundo do meu pai.
Por ser um homem intrínseco, reservado e de poucas falas, era desta forma que eu conseguia quebrar o gelo e vencer a barreira e a falta de diálogo. Passava horas perguntando, questionando e ouvindo-o contar "causos" - falar sobre diversos assuntos.  Meu pai era uma fonte de informações, incrível que desta leva de filhos, eu, a rapa do tacho é que desenvolveu esse gosto da leitura desde sempre.



Enquanto minha mãe, mantinha suas tradições religiosas e o moralismo arraigado na cultura recebida de seus pais italianos, até por completa ignorância (acreditava em tudo que ouvia menos no que via) com o tempo se tornaram "piegas" sob minha visão ("atravancava" meu progresso em todos os campos), tudo muito pudico, regrado. Meu pai era o contrário mostrava os dois lados sem impor, me deu um nome grego, oriundo da mitologia, após ler um livro, da qual sinto compaixão de minha mãe, risos, até hoje ela acha que se trata de um nome bíblico, (nem preciso dizer que li “de cabo a rabo” a bíblia para depois aos 14 anos descobrir que não faz parte). Compreendi que foi a maneira que meu pai, encontrou de burlar as regras da casa, que seguiam à risca nomes de santos. Mais uma vez, bendito seja santo meu pai, onde estiver, por isso e muito mais, por ser brilhante e criativo e quebrar esse paradigma desde então. Lá em casa, reza a lenda - segundo eles, que quando querem me 'criticar'... sic... risos - dão um livro para eu ler ou revista para folhear e eu ficarei inerte a qualquer som ao meu redor - é verdade, bem assim, me desligo completamente.

Eu tinha ânsia pelo saber, curiosidade em aprender e língua afiada para questionar, e como não obtinha as respostas convincentes, era no mundo particular de livros e romances, que eu encontrava alento. Eu fico entregue à leitura, devoro cada página e absorvo de fato o que leio, passando, claro, por um filtro, se estão de acordo com as minhas convicções, eu as assimilo.Sempre coloco emoção no que escrevo, ouço, assisto, não sei, mas, talvez seja por isso que até hoje, quando faço uma palestra, ou as aulas do curso de motivação pessoal, (projeto social que atuo como voluntária) ou defender um ponto de vista, eu faço de forma acalorada. Com tanta eloquência, parece que estou numa tribuna, defendendo uma causa, pela ênfase em cada palavra que estou proferindo. Tudo é intenso, verdadeiro e original.

Benditos sejam também os meus professores de português, os que aplicavam literatura, e, como lição de casa os textos, poemas, escritores ou músicas de artistas sagrados (os de vida inteligente), para eu interpretar e aprendi a ler nas entrelinhas também.

Eu fui uma aluna razoável, abaixo da média em ciências exatas, nunca me dei bem com números, contas, tudo que é concreto, regrado, programado, mas com a arte de sonhar, imaginar e criar era comigo mesma. Sempre encantada pelos livros, personagens, filmes e contos de romances, e, quando adolescente a veia de artista em escrever poesias, que com o tempo abandonei, por não confiar na minha habilidade.

Lembro que quando fazia os resumos de livros ou recriava em cima deles, como resenhas ou paráfrases, sempre levava as melhores notas e prêmios pelos feitos.

Nunca abandonei o hábito de ler, nem de motivar, incentivar os meus, ou em minha volta, de buscar conhecimento. Sempre incentivo às pessoas a lerem, quando faço dinâmicas nas aulas, são livros, CDs, que vou sortear ou premiar, levo listas de livros de diversos temas e abordagens, para os alunos lerem e sempre indico a biblioteca pública, como direito de todos, para acesso as informações e filmes. Minhas aulas possuem citações de poetas, músicos, escritores, dramaturgos, frases de filmes, livros, enfim, tudo que eu acho que vai agregar para eles se motivarem a ler. Geralmente cada módulo três autores que se divergem entre si.  O intuito é esse, o de abandonar a mente fechada ou alienada e se abrir para o novo, expandir as ideias, quebrar paradigmas e ter a tomada de decisão em nossas mãos. Sempre deixo para eles buscar a fonte, confrontar as ideias, informações e mesmo assim buscar novas e formar a sua opinião, pensar por si mesmo.

Considero que ser livre é quando estamos libertos de dogmas, rótulos ou padrões impostos, ou quando pensamos por nós mesmos e sem ser massificados e induzidos pelos outros ou por um sistema.Tudo tem que ter significado, saliência, sentido - se ouço uma música ela tem que me tocar a alma, o artista também, não consigo ver arte na mesmice, no que é "piegas" ou estritamente comercial ou apenas midiática, e arte não se encontra em coisas "piegas" ou comercial.

Quando eu ouço determinado artista ou leio algo, um escritor, um poema, um filósofo é como se eu vestisse a roupa daquela pessoa e viajasse pelas suas entranhas, capturasse os seus sentimentos e dentro dela sob o mesmo olhar, que a criação foi feita ou o porquê ele teve determinada reação ou inspiração, seja na música, no teatro, nos livros ou no cinema. E as coisas crescem com novo sentido, elas ganham significado de vida, maior entendimento.

Assim é com o genial Oscar Wilde, são nos detalhes minuciosos que fazem toda a diferença. Quando interpreto a obra, The Wall que muitos consideram sinistra e fúnebre de Pink Floyd. Porém, sob a visão de Roger Waters que envolve a perda do pai, quando bebê, numa guerra fria e sangrenta, enfim, ele coloca nas canções, toda a dor, indignação e carência, que isso causou em sua transição adulta. Fernando Pessoa, alguns o acham depressivo, vejo sobre outro prisma, que talvez ele considerasse o mundo à sua volta depressivo, cheio de pessoas maçantes e enfadonhas. “Não sou nada. Nunca serei nada, não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”


Navegando no universo deles, consigo compreender o porquê e o significado da visão deles sobre pessoas, o mundo, e a sociedade num todo, sem ser equivocada no julgamento. E assim é com tudo que admiro, não gosto de nada morno, nada superficial. Tem que ter significado, algo que desperte em mim, motivo para eu admirar.

A arte é a Arte sem comparação. Por isso que muitas vezes, achamos determinada obra, tensa, insana, gótica, depressiva, frágil, amoral, imoral ou conservadora, tudo depende do ponto de vista, para entender uma obra é preciso compreender o autor, voltar no tempo, o histórico de vida, e descobrirmos o quão é maravilhoso essas mentes geniais que deixaram seu legado, para que outros mortais como nós, pudéssemos aprender a confrontar ideias, atos e atitudes e a partir daí formar um novo pensamento, uma nova visão.

No Facebook hoje começou uma campanha assim: Pegue o livro mais próximo de você, vá até a página 52 e copie a partir da quinta frase, uma parte. Copie as regras como parte do seu status sem citar quem seria a autoria, como fiz abaixo: (adoro esse filósofo)...
- Por acaso, és uma força nova e um novo direito? Um movimento primeiro? Uma roda que gira sobre si mesma? Podes obrigar as estrelas a girar em torno de si?

.Ai! Existe tanta ansiedade pelas alturas! Há tantas convulsões de ambição! Demonstra−me que não pertences ao número dos cobiçosos nem dos ambiciosos! Ai! (Assim falava Zaratustra vulgo Nietzsche.

Semana Internacional do Livro - Deem uma chance a Leitura.
"Um público comprometido com a leitura é crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que alguns fazem passar por ideias." -
Mário Vargas Llosa.

"Um público que vêm a uma Feira de Livros é um público especial.Uma cidade que prestigia o Livro é uma cidade especial". - Almir Sater.