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sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Tempos de rudeza

    Vivemos numa sociedade ansiosa e com gente mais apressada ainda. Não há tempo para rever conceitos, valores sociais e coletivos ou ter empatia com os outros. Nem desacelerar. Vencer a qualquer custo.

Imagem de Pixabay / licença free

 A “internet” virou um campo minado, por muito pouco pessoas pulam na jugular das outras.  Justamente num país onde segundo pesquisa Retratos da Leitura no Brasil lançada em 2020 e anteriores, o livro mais lido e conhecido entre os supostos leitores é o sagrado, a Bíblia, um paradoxo.

 Portanto, conhecem de cor e salteado os 10 mandamentos cristãos. 


       





Hoje, não se distingue mais quem é filho de Deus ou do capeta, engravatados, políticos, figuras públicas, artistas, pessoas comuns, mentores espirituais, religiosos e pudicos, pasmen, não se privam de nada. Tudo aquilo que antes era visto como pecaminoso, vulgar, boçal ou inadequado foi naturalizado. Justamente de onde deveria vir o exemplo, inclusive os da velha guarda e da comunicação. 

 Antigamente, se distinguia um cristão que se classificava como evangélico pelo linguajar, vestimenta e postura. Eles faziam questão de impor isso aos outros, como diferencial. Hoje, certos "religiosos" são as pessoas mais vulgares, com vocabulário de esgoto, e todos banalizam!

Nem as grandes corporações escapam deste contágio negativo que tomou conta no geral, em cumprir com a missão e objetivos, conforme propôs a fazê-lo atrelado a responsabilidade social. Isso ficou para trás. O valor agregado à marca mudou de patamar. Pelo poder e pela dominação vale tudo!.

 Dizem  que o “empregado é a cara do patrão”, subentende-se que o ambiente interno (“endomarketing”) influi em seu comportamento, sadio (valores éticos, assertivos e coletivos) ou tóxico ( individuais, egoístas e vis) determinará a sua postura perante a sociedade.  Talvez, por isso, falar em medo, demônios e crenças sobrenaturais é mais lucrativo que propagar amor, respeito e união.



           Jennifer Delgado, psicóloga espanhola especialista em “Neuropsicologia”, num de seus artigos publicados no Yahoo,  embasado em estudos científicos diz “todos nós podemos ser alvo de comentários ofensivos, insensíveis ou rudes, sejam de estranhos, amigos próximos ou familiares. No calor do momento, podemos lutar para administrar a situação de forma assertiva. Podemos acabar ficando com raiva e colocando lenha no fogo, ou podemos ficar paralisados ​​e não fazer nada, permitindo que a pessoa despeje sua hostilidade sobre nós”. 



     “Defeitos não fazem mal, quando há vontade e poder de os corrigir.” Machado de Assis.

As circunstâncias se tornaram voláteis, a civilidade e polidez ficaram no passado, justamente o que distinguia o rude camponês da classe da  “nobreza na idade média, da qual se orgulhavam pelo diferencial, era essencial mesmo que fosse um verniz social, mas necessário para conviver na sociedade, com boas maneiras. 

A vulgaridade, rudeza, descompostura, palavreado chulo eram coisas das classes mais baixas, dos aldeões, da leiteira, da taverna, hoje não têm mais disso não. São eles que incentivam as massas e minimizam a civilidade para atuar contra seus oponentes.

“Na verdade, hostilidade, comentários completamente inadequados e grosseria não apenas nos fazem sentir mal, mas afetam nosso desempenho e colocam nosso equilíbrio psicológico em xeque”, de acordo com  estudo conduzido pela Singapore Management University  “comportamentos rudes no trabalho geram muito estresse e podem causar problemas psicológicos e de saúde a longo prazo”.

A psicóloga também cita o experimento da Universidade da Flórida onde reuniram alguns participantes para uma pesquisa de 15 minutos e como resultado final “acreditam que a grosseria e a hostilidade são tão contagiosas quanto à gripe, embora nem sempre estejamos cientes disso. Se estivermos imersos em situações rudes ou hostis, teremos mais probabilidade de nos comportar da mesma maneira com as outras pessoas, o que alimenta emoções como raiva e frustração”. 

        “Não existe grandeza onde não há simplicidade, bondade e verdade.“ Liev Tolstói

 Nem Educação, postura, compostura, respeito, justiça e honra, ouso complementar.  E respeito é uma via de mão dupla.

Quando se acostuma a um ambiente tóxico, seja pessoal, profissional ou virtual, a retroalimentação será de emoções negativas e agressivas. Isso reflete que o “exemplo vem de cima”.

Uma sociedade de padrões invertidos se torna uma sociedade doente, indiferente, grotesca, incivilizada.  Sim, humanos  têm rompantes, mas não podemos fazer dos outros, a nossa privada, assim como não se deve deixar confortável aquele que  desrespeitou primeiro. 

Ninguém é obrigado a gostar de outra pessoa, mas entre o “gostar e respeitar” há uma linha tênue que as separa, em que a segunda deve prevalecer. Ao difamar, caluniar, injuriar, desqualificar, sabotar, cancelar, instigar pessoas ao Cyberbullying (crime cometido por qualquer meio digital),  muitas vezes por motivos torpes, revela mais sobre o caráter e má índole do autor do que da pessoa a ser descqualificada.

Para ler na íntegra, acesse o link https://es.vida-estilo.yahoo.com/comentarios-groseros-fuera-de-lugar-como-responder-160522023.html , a psicóloga revela 5 segredos para responder de forma inteligente à hostilidade, grosseria e insensibilidade.  



                                    Leia também

             O Respeito Na Escada Do Sucesso

                      Sociedade, juízo, valores

                  Sociedade, Respeito E Honra

                            Lei contra Stalkeadores

                    Como você deseja ser visto?

A vida é só um sopro, para que tanta vileza, egoísmo, inveja, julgamentos, medir as pessoas  e coisas por nossa régua, quando na verdade são opiniões e conceitos de acordo com nossa cultura, vivência e aprendizado.  Ao invés de regredir, devemos aproveitar o tempo que resta para evoluir, refletir e desenvolver sentimentos assertivos e coletivos. De acordo com Aristóteles, a virtude é algo que se adquire, praticando. Ou seja, rever nossos conceitos sempre. 

Uma pitada de educação, um grama de paciência e uma boa dose de respeito não fará mal nenhum, ao contrário, só  engrandece, mais civilizados e modelo para outros se inspirarem. Ser assertivo, justo e sincero não para agradar aos outros, mas para ter orgulho de si mesmo que não passou pela vida em vão e nem fez da vida dos outros, um inferno na terra, enquanto aguarda o paraíso! 

Para seguir a psicóloga nas redes sociais acesse seu site Jennifer Delgado

Obs.: As fotos com licença gratuita do site Pixabay, exceto a última do site Pratique o bem, o que vem a calhar: Pratique o bem, você também!

domingo, 1 de julho de 2018

O VALOR DO RESPEITO NA ESCADA DO SUCESSO




O que você procura na vida?
Que prêmios espirituais almeja? 
Você será capaz de reconhecer essas dádivas 
quando as 
encontrar?.


A Escada do Sucesso é a história de Fredrick Carter, 
segundo Ralph Ransom, um livro inspirador 
onde relata oito segredos para uma 
vida feliz. 
Carter reuniu cinco homens e três mulheres 
que conheciam os passos a seguir no 
caminho do sucesso. Cada um deles apresentou 
um degrau, escolhi o 7 para postar 
porque vem de encontro ao 
que sempre estimulo nas
redes sociais: 
RESPEITO. 

Karen Reese era jovem, negra e, 
deva-se acrescentar,
muito bonita.
Também era graduada em 
Direito e cursou a faculdade através
de 
suas aulas musicais
no bairro. 
No entanto, não se dedicava nenhuma e 
nem outra atividade, aos 38 anos já estava 
totalmente absorvida por uma carreira diferente, 
e passou a dedicar- se ao 
um jornal, que progredia muito bem. 
A habilidade de se relacionar com gente de todas 
as idades, níveis culturais e diferentes 
necessidades tornou-a uma oradora 
de assídua procura. 
Em um desses discursos fez a
seguinte oratória: 
— Meus caros amigos, para que se possa ser 
uma pessoa verdadeiramente bem-sucedida 
é necessário que se tenha profundo 
respeito por si mesmo e pelos outros. 
Este é o sétimo degrau da jornada da vida.
"Devo, antes de tudo, sentir profundo respeito
por mim mesma. 
Se me proponho 
'amar o próximo como a mim mesma',
então devo sentir verdadeiro amor 
por
mim mesma. 
Aqueles que sentem pouca 
estima
por si mesmos têm pouca 
estima pelas 
outras pessoas. 
O ladrão, o criminoso, a pessoa que odeia, 
o caluniador perde primeiro o 
autorrespeito e depois 
o respeito 
pelos outros.
Você não será capaz de ferir, 
destruir, ridicularizar 
se possuir 
autorrespeito.
             

"O homem é feito de duas partes. 
Em nossa jornada pela vida, 
viajamos com um corpo 
e uma alma. 
Deve haver um balanceamento entre
 estas duas facetas de nosso ser,
 para que haja um funcionamento 
adequado e harmonizado, 
entre a atenção e o tempo gastas
 com cada uma. 
Um espírito saudável depende de 
como o corpo se sente e 
como ele funciona. 
A saúde do corpo é essencial 
à produtividade 
do espírito.
"O respeito deve ser mostrado na prática. 
Se respeitamos nosso corpo, 
então só comemos certos alimentos
 e deixamos outros 
de lado. Comemos apenas o necessário. 
A pessoa respeitosa providencia para 
que seu corpo receba ar fresco, 
luz do sol, descanso e lazer, 
pois são instrumentos 
sagrados. 

"O espírito precisa dos 
mesmos cuidados. 
Os livros que lemos, os pensamentos que 
expresssamos, os amigos que escolhemos, 
tudo mostra uma atitude de 
respeito ou 
falta dele.
E assim também ter 
edificadores 
espirituais que sejam
o reflexo
 do verdadeiro amor
por 
nossa vida inteira. 



"Mostramos respeito por nós mesmos 
em 
diversos aspectos: o modo como 
nos vestimos, 
conversamos, pensamos 
e agimos.
 Um sinal de crescente autorrespeito é 
o respeito que você demonstra 
pelo próximo. 
Em verdade, você não estará demonstrando 
respeito por si próprio se procurar 
subjugar os outros seres humanos 
e se não respeitar o mundo 
em que vive. 
Os pertences individuais de cada homem
 são sagrados. No dia que não puder perceber 
a santidade contida nas 
propriedades e nas posses de 
um homem, como poderá apreciar a santidade 
de seus sentimentos, sua reputação,
 suas ideias, seus sonhos, 
sua cultura? 
O respeito não aparece antes de você 
sentir a santidade contida 
em toda a vida. 
O respeito é baseado da criação 
de Deus 
e no conceito de que 
cada pessoa
 com que você se
 encontra 
é feita à imagem e semelhança 
do Criador. 
Um homem que rouba não 
desrespeita a si mesmo — desrespeita seus irmãos.
Um homem capaz de ferir a outros não 
dá a menor importância à fraternidade humana. 
A maior de todas as riquezas que podemos
 passar 
a nossos filhos é o autorrespeito 
e o respeito 
pelo próximo.



"O respeito é uma forma de poder. 
É um poder interior da pessoa. 
É a dádiva que podemos oferecer 
a nós mesmos ou dividir 
com os outros.  Não o trata jamais com negligência.
Jamais assuma uma atitude que considere 
as pessoas estúpidas ou 
sem valor.



"Aquele que mostra respeito por si próprio 
e pelo próximo é uma pessoa honesta. 
Ele tem um compromisso com a verdade 
e é digno de confiança. 
Sua palavra é forte, ele é alguém com quem 
se pode contar. 
Ama a verdade, por mais dolorosa que possa 
vir a ser. 
A verdade o torna um homem livre. 
"Ele é uma pessoa agradável. 
Os homens honram esta virtude em 
qualquer ramo ou atividade. 
Você pode exigir muito de si mesmo 
e de outros, desde que seja uma 
pessoa agradável. 
Ser agradável inclui uma série de fatores: 
passar algum tempo com sua família, 
dividir sua parte do bolo com 
seus companheiros 
de trabalho, ouvir os outros
 com atenção e 
mente aberta. Ser agradável se 
consolida através do respeito 
que você sente 
pelo próximo.
"Grande parte de nossa felicidade 
depende do relacionamento que
 temos com o próximo.
Não há ninguém sem falhas 
e defeitos, mas precisamos de
outras 
pessoas se tivermos
a intenção 
de obtermos sucessos. 
O respeito que mostramos por quem
segue
 esta jornada conosco
nos 
é refletido e nos torna dignos 
do mesmo 
respeito. 


"O respeito gera um homem 
de caráter. 
Ter caráter não significa apenas 
ser alguém 
de fortes convicções,
haja vista alguns 
dos homens mais egoístas que 
já passaram pelo mundo terem 
apresentado, certamente, 
fortes convicções. 
A base de um caráter forte é
o compromisso 
com a verdade, honestidade e bondade. 
Estas três qualidades são os elementos 
que produzem 
o caráter. 



"O conceito de respeito deve ser 
amplo e irrestrito. 
Não se pode respeitar apenas um
determinado 
número de coisas, mas existir por toda
a vida.
 Respeito pelas crianças e velhos.
 À medida que nosso mundo fica cada vez mais
 coberto de cimento e menos flores, 
à medida que crescem 
os arranha-céus e desaparecem as àrvores, 
aumenta o barulho das máquinas e 
diminui o canto dos pássaros, 
torna-se necessário ampliar e 
aprofundar nosso respeito pelas 
pessoas e pela natureza. 
 Se algum dia perdemos nosso senso
 do sagrado e de respeito, 
então teremos destruído a nós mesmos 
e à Terra. Uma vez perdido o senso do respeito, 
teremos perdido a luz 
da bondade. 



Marco Aurélio Antonino escreveu: 
'A melhor maneira de vingar-se é não se tornar
 como aquele que provocou o mal.' 
Desta forma, a pessoa que sente respeito vive
 em permanente evolução 
criativa. 
Ela não é egocêntrica, sua luz brilha em todas as 
pessoas e em Deus. O lixo em nossas estradas, 
ruas e jardins permite-nos saber se somos 
respeitosos ou não. 
Pais que ensinam o ódio e a desconfiança a seus filhos, 
através de histórias alteradas ou 
deturpadas, comentários e depreciações de 
outras raças, 
mostram se somos um povo de respeito. 
O respeito e a falta dele transparecem em 
todas as nossas ações e todos os nossos
 pensamentos. 
O destruidor final de toda nação e 
toda civilização é a erosão 
do respeito. 
Ao perder o respeito, você perde o compromisso 
com a verdade, terá perdido 
a liberdade.
Meus amigos, nada possui maior valor, 
nada é mais glorioso de se obter. 
Realize qualquer sacríficio para se tornar uma 
pessoa de respeito. 
Toda pessoa bem-sucedida,
 toda família feliz e toda grande nação 
são donos da mesma qualidade básica: 
respeito por si mesmo e pelos outros.


Do livro "A Escada do Sucesso" - 
Ralph Ransom

Editora Record.
Imagens: pixabay 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

AMOR-PRÓPRIO NÃO É SE COLOCAR EM PRIMEIRO LUGAR

Amor-próprio é um dos A (s) necessários para alavancar nossa autoestima, mas não devemos confundir com egoísmo.





Ando meio incomodada quanto à interpretação de alguns sites, blogs e pessoas,
em confundir o significado de amor-próprio com egoísmo (colocar-se em primeiro lugar) e achar que estes são distintos, a fim de, talvez, justificar e amenizar as negligências, omissão e falta de sensibilidade nas relações interpessoais ou profissionais.

Vivemos num momento onde tudo é passageiro, assim como objetos agora os relacionamentos. E como tudo é volátil e na ânsia de chamar atenção, principalmente em redes sociais, as coisas se tornaram frívolas demais, não 
menos duradouras, alguns embarcaram neste pensamento de que não somos 
mais responsáveis pelo outro na realidade.





A vertente do cristianismo sempre esteve ligada ao “sofrimento e resignação”
(Deus não dá uma cruz maior que você não possa carregar), no entanto, estamos desobrigados agora por mais estreito que seja esse vínculo.

Devemos seguir em frente (Cada um pra si e Deus para todos), ajudar até, mas acompanhado do sentimento de negação (primeiro o bel-prazer, depois os outros).

O sociólogo Zygmunt Bauman ( in memoriam) em seus escritos, já sinalizava esse novo modelo de sociedade, em que visamos mais autopreservação, egoísmo e
individualismo do que outra coisa.

É comprovado que pessoas sem convívio social, adoecem ou até morrem mais cedo, por falta de afeto, solidão, segurança emocional, pois viraram peças decorativas nesta engrenagem. As pessoas não buscam mais consertar ou preservar relacionamentos.



Um jeito mesquinho de ficar isento de comprometimento, me dá preguiça em acatar essas interpretações — útil para aqueles que já caminham para esse processo da “individuação” da qual não se envolve com o outro. Mais triste averiguar que essa forma de pensar é endossada por pessoas influentes da mídia, onde o outro como não é mais útil para sua vida social ou material, então isento de culpa e responsabilidade, são deixados do lado, a isso chamam de amor-próprio (pensar em si antes de qualquer coisa).

Leia também:


Para entender melhor isso, a psicoterapeuta transpessoal, Elciene Maria Tigre Galindo, explica objetivamente: “Para ter amor-próprio, não significa que a pessoa deve ter sempre seus desejos satisfeitos, ser egoísta ou pisar, nos outros. O amor-próprio faz com que as pessoas ajam positivamente, procurem evitar pensar no passado, quando há tristezas ou mágoas, que procurem sempre lembrar que foi mais uma experiência para poder evoluir, procurando tirar proveito daqueles acontecimentos.Quem se ama de verdade, procura possuir controle emocional, procura compreender as pessoas e sempre se conhecer melhor, estar sempre, ou a maior parte do tempo, de bem com a vida, com paz interior e esquecer a opinião alheia, não guarda raiva, rancor, está sempre disposto a perdoar e ter coragem, amor, discernimento, visão aberta, confiança e segurança para recomeçar”.

O amor-próprio se une a dois conceitos essenciais e formam um tripé: autoaceitação (saber quem somos com todas as qualidades e limitações), autoestima (o sentimento que temos por nós mesmos, ligados a autoconfiança e o autorrespeito), para saber enfrentar adversidades e situações que exigem, e através do autoconhecimento, conseguimos compreender melhor isso, o artigo na íntegra da psicoterapeuta: https://www.linkedin.com/pulseAmor

Portanto, só quem se ama se respeita, e assim tem amor e respeito para dar aos outros, independente de qual modelo de vida que esteja caminhando. Os seres humanos não nasceram para viver separados, isolados ou relegados em segundo plano, estamos conectados mutualmente. Todos merecemos nascer, viver e morrer com dignidade, ao menos. Devemos tratar as pessoas como prioridades e não como mera opção. Reza a filosofia, que o bem é tudo aquilo que não causa sofrimento, dor ou danos a terceiros. Não podemos seguir (em frente) em detrimento do sofrimento de outros.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

GENTILEZA OU RUDEZA – A ESCOLHA É NOSSA

“Até que ponto você vai na vida depende de você ser gentil como jovem, compassivo com o idoso, misericordioso com o esforçado e tolerante com o fraco e o forte. Porque algum dia na vida você terá sido todos eles.” George Washington Carver - botânico, inventor, cientista e agrônomo norte-americano.

Imagem: Giusseppe Domínguez, poeta.

Reza a lenda que pessoas machucadas ferem outras, há fundamento, porque por trás de uma pessoa raivosa ou arrogante, há alguém que quer externar ao mundo suas dores, angústias, frustrações e amarguras passadas. Mas não podemos transferir aos outros, as nossas tristezas e desapontamentos, mazelas como uma metralhadora giratória. Só vamos acumular mais dores e desconcertos. Muitas vezes ferir também as pessoas erradas. 


No filme ParaNorman – há uma frase assim: “Passou tanto tempo lembrando-se das pessoas más, que se esqueceu de lembrar-se das boas”.

 
Nós focamos tanto nas experiências amargas, pessoas que nos feriram, sabotaram ou foram indiferentes que, não lembramos mais quem nos alegrara, nos deram oportunidades e fizeram a diferença em nossa vida, em algum momento. Devemos ser mais gentis conosco, porque só assim seremos mais assertivos com os outros. 


Os outros também têm o direito de suas escolhas em não compartilhar de nossos sonhos, sentimentos ou ideais, o que não quer dizer, que por isso somos menos respeitados, mas talvez as afinidades, propósitos não sejam compatíveis com os nossos. Nem sempre tomamos o caminho certo e escolhemos as pessoas certas que nos faz felizes, mas certamente naquela ou em outra ocasião era a escolha mais viável. 

A internet tem sido palco de ações nada saudáveis, algumas pessoas sempre com uma pedra na mão, julgando, criticando, condenando, desdenhando e polarizando. Quando elas não atingem o objetivo, se fazem de vítimas da situação. Elas não expõe opiniões, mas provocações, falas capciosas.  


Não podemos fazer dos outros, o depósito para despejar nosso 
lixo emocional, perdas ou fracassos. Certamente elas também em algum momento tiveram experiências parecidas com as nossas, no entanto, elas buscam um comportamento mais adequado e menos antissocial. Se assim não fosse, só restariam dois lugares para os agressivos: a prisão ou o hospício. 

Para isto, que existem as regras sociais, a tal da polidez.  Schopenhauer afirmou que, a “Polidez é inteligência; consequentemente, impolidez é parvoíce. Criar inimigos por impolidez, de maneira desnecessária e caprichosa, é tão demente quanto pegar fogo na própria casa”. 


As más experiências ou frustrações que vivenciamos não farão as nossas atitudes e vida melhores agora, ou apagar as cicatrizes, marcas ou perdas com relações destrutivas, frustradas ou voláteis. Podemos optar por alimentar essas mágoas e ressentimentos ou continuar vivendo e crescendo com as experiências.

O que fazer então? 
"O que não nos mata, só nos fortalece." Nietzche
 
Criar um novo padrão mental. Ocupar o nosso tempo para adquirir sabedoria, superação, resiliência, cobrar ou nos culpar menos, perdoar-nos mais. Buscar por atitudes mais positivas, investindo pesado em nós, a começar pelo autorrespeito. 
 
Ao invés de ocupar nosso tempo em maldizer, proferir palavras ferinas, provocar atritos, fazer fofocas, intrigas e se alimentar de energia negativa, vamos buscar entendimento, ler, estudar, buscar ajuda e autocura com profissionais especializados, pesquisar mais, priorizar autocuidado.


Descobrir nossas reais habilidades, metas e sonhos.



 
Pode ser que o outro não nos amou como queríamos, mas nos amou de algum modo, aquele patrão ou chefe, não nos deu o devido valor, mas quem sabe não era o lugar que deveríamos estar, o amigo que parecia legal nos magoou, mas nós também machucamos, inconscientemente ou não, algumas vezes. 


Pode ser que aquela vizinha chata, birrenta, altiva seja apenas um disfarce de sua inabilidade de lidar com os outros ou apenas um mecanismo de defesa. Pde ser que sua família não o compreenda, porque falta diálogo entre vocês. Enfim...
 
O inferno nem sempre foram os outros.
 
 Às vezes lutamos, sabotamos, sofremos porque nunca nos perguntamos, se todas aquelas coisas de fato pertenciam a nós. São inúmeras as possibilidades para desbravar, alcançar a autorrealização, sem precisar se ferir sempre. 
 
Subam a montanha com Friedrich Nietzsche, pois, Aquilo que não me mata, só me fortalece” e desçam mais leves com a certeza de que, se agirmos com retidão, compaixão, justiça, bondade, empatia e amor não seremos tão amargurados e raivosos mais. E nos libertamos das amarras do passado, das experiências mal-vividas, dos enganos e até das mágoas. Aquele fato, pessoa ou coisa não mais comandará as nossas emoções.
 
Em certas horas, haverá dificuldade em ser gentis com tanta parvoíce e falta de bom senso de alguns, mas deixa que eu lhe diga, humanos têm rompantes, é isso que nos diferencia de outros seres, sentimentos. Afinal, "Toda ação humana, quer se torne positiva ou negativa, precisa depender de motivação", segundo um monge budista.


Mas seguiremos o caminho da gentileza, nem sempre "gentileza gera gentileza'" como dizia o profeta Gentileza, há aquelas cascas grossas, cheios de arrogância e quer que o mundo gire em torno de seu umbigo. 
 
O problema é deles, nós nos esforçaremos cada vez mais para agregar educação, polidez e civilidade. Afinal, não é isso que nos diferencia dos selvagens? 

 "Simhá dois caminhos que você pode seguir. Mas na longa estrada.  sempre tempo de mudar. o caminho que você segue." (Led Zeppelin).
 
Deixa a raiva para quem tem e não se curou de suas mazelas passadas, um adulto em evolução e emocionalmente preparado sabe que, precisa enfrentar as crises existenciais para seguir em frente, entretanto, sempre olhando para trás e para os lados, a vida não é para gente birrenta. Mas, para quem cresce com os erros, transforma os pontos fracos (defeitos) em pontos fortes (virtudes). 
 
Nem por isso, devemos ser permissivos ao ponto de servir de penico para alguém despejar os seus dejetos em nós, se uma pessoa mal-educada, grosseira e vulgar nos desrespeita, é nosso direito que, elas saiam de nossa presença, desconfortáveis, mas nunca ao contrário, para aprender o valor do respeito. Ser bom não é ser tolo.

E no fim, descobriremos que, não 
existem términos, mas recomeços, de outras maneiras até melhores!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Sociedade: Respeito e Honra

"Eu não estou aqui pra alimentar sua autoestima." Cora Flora.

Foto: Reprodução Internet

















Muito comum ouvimos dizer que “educação vem de berço” mas, na prática é bem diferente. A julgar pela quantidade de falta de respeito, agressões verbais e manipulações na Internet. E por incrível que pareça não vêm de jovens os mais opressores, mas das pessoas maduras e muito delas em torno da terceira idade, infelizmente. 

Parece que a internet liberou tudo aquilo que essas pessoas por anos estavam entaladas dentro delas, reprimidas e maquiadas. Virtudes como a cordialidade, o bom-senso, a cortesia, empatia e o respeito passam longe, elas querem por querem, seu ego satisfeito. Respeito, honra e dignidade são coisas do passado.

E não se sentem envergonhados ou param sequer para refletir sobre a ação de suas palavras e quando não conseguem atingir o alvo, a manipulação emocional (de opressor para o oprimido) em segundos, o vilão virou a vítima. São crianças "birrentas" na visão psicanalista de Berne, elas não pedem, tomam, e se o jogo não as favorecem, elas simplesmente, abandonam a partida, não sem antes levar os brinquedos juntos, não sem antes, depreciar por falta de contra-argumento. 

O orgulho ou ego não as deixam admitir por não estar certas, ou receber uma resposta assertiva, mas sem amaciar o ego ou a vaidade, é pecado mortal para esse perfil de pessoas. Elas quase nunca aceitam uma negativa ou um limite para a insensatez e bom-senso. Como se todos tivessem obrigação de servi-las, adular e acatar suas ideias, por mais inusitadas que sejam. 

Eu acho que, a canção no final do texto da cantora canadense, Cora Flora, representa bem esses sentimentos: "Eu não estou aqui para alimentar sua autoestima" e nós precisamos crescer emocionalmente, e acredito que tudo começa com a cultura do autoconhecimento e humildade em querer evoluir e não caminhar em círculos e inflexíveis. 

"O importante não é o que fazemos de nós, mas o que nós fazemos daquilo que fazem de nós." SARTRE. Nós não vamos mudar o conceito que os outros fazem de nós, se não mudarmos o conceito que fazemos de nós mesmos. “Só se ofende quem não se conhece”, e passei a tomar como verdade. 

Quem tem autoestima, amor-próprio e autorrespeito, dificilmente parte para a ignorância e sedento pela humilhação do outro como prêmio pela incapacidade cognitiva ou misérias humanas. O outro não pode ser o depósito do lixo, dos erros, fracassos, desconcertos, depreciações, frustrações dessas pessoas.  Não devemos ser tolerantes com os propagadores de ódio, da desonestidade intelectual e tampouco ser permissivos com suas atitudes, ações, mas combatê-las. 

Há uma frase da qual passei a refletir e também adotar, mas desconheço a autoria: "Cuidado com o que você tolera, você está ensinando as pessoas como devem te tratar". Não permita que as pessoas se sintam confortáveis, te destratando. Isso chama autorrespeito!

Não podemos agir como crianças birrentas que não podem ser contrariadas, e os demais condicionados a agradar, a adular, satisfazer as nossas expectativas. Nem todas as pessoas vão nos amar, nem todas vão nos aceitar e nem todas vão nos valorizar, mas tem por obrigatoriedade seguir o código de ética, cividildade, respeitar.

É certo que não temos controle sobre pessoas, coisas, mas nós estamos conectadas a elas. Geralmente as pessoas machucadas sentem necessidade de machucar outras. Somos vítímas de outras vitímas. 
E isso também não é o caminho para a cura. Cria-se um ciclo da qual transfere-se para outras o que não curamos em nós. Busque ajuda, busque profissionais de saúde, psicólogos, pisquiatras, o autoconhecimento, o psicodrama. 

Sejamos menos rústicos, a vida é muito breve para tanta arrogância, agonia e competitividade. Se for para competir, que seja na elegância, na assertividade e autocontrole. E se isso não tiver reciprocidade, simplesmente feche a porta e olhe para os lados, certamente há outros caminhos, com gente que te valorize, respeite e tenha mais empatia e afinidades.

Há tantas estradas, portões e janelas esperando para serem abertas ou desbravadas. Não precisamos levar junto o lixo dos outros ou aquilo que levamos de traumas, apego ou raiva por não sermos amados, compreendidos ou respeitados. 


Reprodução/ Internet









Respect and Honour
Cora Flora – cantora canadense.
Respeito e Honra. Tradução
Para ouvir:  https://corafloramusic.bandcamp.com/track/respect-honour

Eu sou uma velha alma num corpo jovem
Nós somos todos infinitamente iguais com desafios e bênçãos
Únicas
Eu respeito e honro meus sentimentos
Eu respeito e honro a mim mesma
Eu acredito e canto meus verdadeiros sentimentos
Eu respeito a voz da minha alma
Eu não estou aqui para alimentar sua autoestima
Eu respeito e honro você, mas se você
não for recíproco eu vou embora.
Eu respeito e honro meus sentimentos
Eu respeito e honro a mim mesma
Eu expresso e honro meus sentimentos
Eu espero respeito em troca
Eu estou aqui para fazer brilhar a luz do meu amor
e ser minha verdadeira beleza azul e alma maravilhosa
E se a minha luz te mostrar suas sombras
Você pode resistir ou você pode crescer
E se sua luz me mostrar minhas sombras
Eu vou te honrar e crescer.
Julgamento, ciúmes, fofocas, menosprezar a energia
Estavam apenas nos impedindo de ser o melhor que podemos ser
Nós estamos designados para harmonia
Eu estou aqui para respeitar e honrar você
Enquanto eu estou me respeitando e me honrando também!
 
 🙏
Blessed Be!