"Eu não estou aqui pra alimentar sua autoestima." Cora Flora.
Muito comum ouvimos dizer que “educação vem de berço” mas, na prática é bem diferente. A julgar pela quantidade de falta de respeito, agressões verbais e manipulações na Internet. E por incrível que pareça não vêm de jovens os mais opressores, mas das pessoas maduras e muito delas em torno da terceira idade, infelizmente.
Parece que a internet liberou tudo aquilo que essas pessoas por anos estavam entaladas dentro delas, reprimidas e maquiadas. Virtudes como a cordialidade, o bom-senso, a cortesia, empatia e o respeito passam longe, elas querem por querem, seu ego satisfeito. Respeito, honra e dignidade são coisas do passado.
E não se sentem envergonhados ou param sequer para refletir sobre a ação de suas palavras e quando não conseguem atingir o alvo, a manipulação emocional (de opressor para o oprimido) em segundos, o vilão virou a vítima. São crianças "birrentas" na visão psicanalista de Berne, elas não pedem, tomam, e se o jogo não as favorecem, elas simplesmente, abandonam a partida, não sem antes levar os brinquedos juntos, não sem antes, depreciar por falta de contra-argumento.
O orgulho ou ego não as deixam admitir por não estar certas, ou receber uma resposta assertiva, mas sem amaciar o ego ou a vaidade, é pecado mortal para esse perfil de pessoas. Elas quase nunca aceitam uma negativa ou um limite para a insensatez e bom-senso. Como se todos tivessem obrigação de servi-las, adular e acatar suas ideias, por mais inusitadas que sejam.
Eu acho que, a canção no final do texto da cantora canadense, Cora Flora, representa bem esses sentimentos: "Eu não estou aqui para alimentar sua autoestima" e nós precisamos crescer emocionalmente, e acredito que tudo começa com a cultura do autoconhecimento e humildade em querer evoluir e não caminhar em círculos e inflexíveis.
"O importante não é o que fazemos de nós, mas o que nós fazemos daquilo que fazem de nós." SARTRE. Nós não vamos mudar o conceito que os outros fazem de nós, se não mudarmos o conceito que fazemos de nós mesmos. “Só se ofende quem não se conhece”, e passei a tomar como verdade.
Quem tem autoestima, amor-próprio e autorrespeito, dificilmente parte para a ignorância e sedento pela humilhação do outro como prêmio pela incapacidade cognitiva ou misérias humanas. O outro não pode ser o depósito do lixo, dos erros, fracassos, desconcertos, depreciações, frustrações dessas pessoas. Não devemos ser tolerantes com os propagadores de ódio, da desonestidade intelectual e tampouco ser permissivos com suas atitudes, ações, mas combatê-las.
Há uma frase da qual passei a refletir e também adotar, mas desconheço a autoria: "Cuidado com o que você tolera, você está ensinando as pessoas como devem te tratar". Não permita que as pessoas se sintam confortáveis, te destratando. Isso chama autorrespeito!
Não podemos agir como crianças birrentas que não podem ser contrariadas, e os demais condicionados a agradar, a adular, satisfazer as nossas expectativas. Nem todas as pessoas vão nos amar, nem todas vão nos aceitar e nem todas vão nos valorizar, mas tem por obrigatoriedade seguir o código de ética, cividildade, respeitar.
É certo que não temos controle sobre pessoas, coisas, mas nós estamos conectadas a elas. Geralmente as pessoas machucadas sentem necessidade de machucar outras. Somos vítímas de outras vitímas.
E isso também não é o caminho para a cura. Cria-se um ciclo da qual transfere-se para outras o que não curamos em nós. Busque ajuda, busque profissionais de saúde, psicólogos, pisquiatras, o autoconhecimento, o psicodrama.
Sejamos menos rústicos, a vida é muito breve para tanta arrogância, agonia e competitividade. Se for para competir, que seja na elegância, na assertividade e autocontrole. E se isso não tiver reciprocidade, simplesmente feche a porta e olhe para os lados, certamente há outros caminhos, com gente que te valorize, respeite e tenha mais empatia e afinidades.
Há tantas estradas, portões e janelas esperando para serem abertas ou desbravadas. Não precisamos levar junto o lixo dos outros ou aquilo que levamos de traumas, apego ou raiva por não sermos amados, compreendidos ou respeitados.
Reprodução/ Internet |
Respect and Honour
Cora Flora – cantora canadense.
Respeito e Honra. Tradução
Para ouvir: https://corafloramusic.bandcamp.com/track/respect-honour
Nós somos todos infinitamente iguais com desafios e bênçãos
Eu respeito e honro meus sentimentos
Eu respeito e honro a mim mesma
Eu acredito e canto meus verdadeiros sentimentos
Eu respeito a voz da minha alma
Eu não estou aqui para alimentar sua autoestima
Eu respeito e honro você, mas se você
não for recíproco eu vou embora.
Eu respeito e honro meus sentimentos
Eu respeito e honro a mim mesma
Eu expresso e honro meus sentimentos
Eu espero respeito em troca
Eu estou aqui para fazer brilhar a luz do meu amor
e ser minha verdadeira beleza azul e alma maravilhosa
E se a minha luz te mostrar suas sombras
Você pode resistir ou você pode crescer
E se sua luz me mostrar minhas sombras
Eu vou te honrar e crescer.
Julgamento, ciúmes, fofocas, menosprezar a energia
Estavam apenas nos impedindo de ser o melhor que podemos ser
Nós estamos designados para harmonia
Eu estou aqui para respeitar e honrar você
Enquanto eu estou me respeitando e me honrando também!
🙏
Nenhum comentário:
Postar um comentário