quarta-feira, setembro 28, 2016
Imagem: Reprodução site rgdicas.blogspot.com
Uma certa confusão de conceitos bastante comum em sociedades atuais, conduz a pensar que uma pessoa com certas normas de comportamento e faz um discurso sobre a falha de caráter do outro é uma pessoa que "tem moral" e é virtuosa, no sentido de que conhece a virtude para poder falar sobre ela.
Não que tal pessoa não tenha moral.
Mas se ela realmente tem, como todos os seres racionais e conscientes do seus atos, isso não se dá porque é capaz de falar da ação do outro, e sim porque responde a si mesma.
Porque a condição de "Ser moral" é inseparável de nós, e nossos mínimos atos são atos morais, visto que não nunca deixamos de estar sujeitos ao julgamento de nossa própria consciência quando fazemos uso de nossa liberdade de pensamento e de ação.
O fato de apregoarmos regras, de emitirmos julgamentos, elogios e condenações dos atos alheios, não reflete propriamente nossa moral, a qual se exterioriza em atos e não em palavras.
Contudo, reflete nosso conceito de moralidade e imoralidade, que, quando se volta para o outro, deixa algumas vezes de ser moral para ser moralista. Agora, olhar para nós mesmos não significa que sejamos cegos para o que ocorre à nossa volta, ou ingênuos perante o que acontece no mundo.
Há um espaço onde pode se enxergar a realidade sem exercer o moralismo, que tantas vezes se subverte numa falsa moral ou hipocrisia.
Creio eu ser possível afirmar que uma das causas desse moralismo e hipocrisia é precisamente uma educação que visa moldar comportamentos em vez de atuar mediante o exemplo e convidar a reflexão, como queria Aristóteles.
Trata-se de uma forma de educação equivocada em seus meios e fins e que lida com o exterior que com o interior.
Tal educação não faz olhar para si mesmo, só para o que se demonstra socialmente, e leva a apreciar o comportamento do outro como quem tivesse o direito de arbitrar qual poderia ser ou teria sido a melhor conduta para ele em dada situação.
Uma educação verdadeiramente moral, interessada no desenvolvimento da virtude moral, nos conduziria a observar a nós mesmos, a compreender nossos atos e as motivações de nossos comportamentos, em vez de nos ensinar a definir o bom e o mau, certo e errado, para o outro.
Ela nos colocaria no caminho da verdadeira moral e do desenvolvimento da virtude, ensinando a pensar, deliberar e escolher sabiamente.
Contudo, não basta educar moralmente. A plenitude exige sua educação intelectual, a qual torna possível atingir a prudência, que consiste na inteligência de escolher os meios para a alcançar os fins para viver bem de modo geral.
Trecho da Revista - "Discutindo Filosofia".
Por Rita Foelker - escritora, jornalista e mestre em filosofia.
uma moralista invariavelmente, um bagulho." Oscar Wilde.
“Chamamos de ética o conjunto de coisas que as pessoas fazem quando todos estão olhando. O conjunto de coisas que as pessoas fazem quando ninguém está olhando chamamos de caráter.” Oscar Wilde
É sobre isso que reflete o texto acima da autora, representadas nas palavras do escritor Wilde, e as do sociólogo Paulo Freire.
Entre o agir, falar e ser precisa existir coerência, se a pessoa cobiça bons princípios e valores. Só podemos exigir dos outros, o que é referência em nós. Para que seja de fácil compreensão necessário distinguir entre ser uma pessoa de fato ou de opinião.
“Fato é algo objetivo, que aconteceu. Opinião, por outro lado, é a ideia de alguém sobre algo ou alguém, portanto, trata-se de algo subjetivo, ou seja, um julgamento pessoal, que pode alterar de pessoa a pessoa, de acordo com seus costumes socioculturais e seus interesses pessoais”.
Há um ditado português: “És um homem ou um rato?” A expressão é utilizada quando alguém está a se portar de modo canalha, irresponsável em seus atos e tenta por modos vis e desonestos a justificar sua falha de caráter. E se a filosofia, as regras sociais e coletivas não bastar, ainda resta a Ética cristã:
“Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.” Mateus 5:37.
“Se você agir sempre com dignidade pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na terra um canalha a menos”, frase atribuída a Millôr Fernandes.
sexta-feira, agosto 15, 2014
"Empresa Japonesa cria boneca quase humana que substitui namorada".— de que Renato Russo tinha razão ao afirmar que a "Solidão" era o mal deste século. E pior a solidão de almas. Touché. Estamos tão amedrontados com a falta de entendimento de uns com os outros, que já começam a criar mecanismos onde a presença do outro pode ser substituída para evitar o confronto, crise ou perda, frustração, decepção, sei lá quantos "aõs". — Será que pode mesmo?.
E amedrontados continuamos, gastamos horas a fio em criar soluções para suprir nossas necessidades e esquecemos que é no " vazio de alma", que precisamos re-construir nossos conceitos em relação aos outros.
Ao invés de gastar 1.000 libras esterlinas (mais de R$ 3,8 mil) para preencher esse ilusório comportamento, deveríamos investir em qualidade de relacionamento, quem sabe se deixarmos um pouco do egoísmo, individualismo, cinismo e todos "ismos" que criamos em torno de nós, e que aumentam o ABISMO e dificultam aproximações e podemos abrir a "Caixa de Pandora" e afugentar de vez todos os nossos males que nós próprios criamos? Se não podemos mudar o mundo, as pessoas que nos frustram mudamos nós, e buscamos novas pessoas, novos caminhos, novos rumos, novas possibilidades, perspectivas.
.— A felicidade nossa não pode depender e nem deve estar numa determinada coisa ou pessoa para sentirmos bem, nisso acredito faz anos. Humanos são insuportáveis, talvez seja nisso o encanto, não estarmos na mesmice todo o santo dia!. Mesmo assim, eu ainda prefiro os seres humanos com todas as imperfeições!.
Lembrando que é do do Japão, segundo pesquisa, a mais alta taxa de suicídio do mundo.
"As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de pontes." "O Pequeno Príncipe". Feedback baseando na reportagem conforme link abaixo:
Uma empresa japonesa criou uma evolução da 'boneca inflável' que, segundo o fabricante, é tão parecida com uma mulher real que quase não dá para notar a diferença.
http://portalcantu.com.br/noticias/brasil-mundo/item/14666-empresa-cria-boneca-quase-humana-que-substitui-namorada
sexta-feira, março 29, 2013
daquilo que não o enriquece e faz-me
verdadeiramente pobre”. William Shakespeare.
(simples, honesto, honrado, leal, justo, imparcial),
devido à corrida pela ascensão social e
competitividade, adotamos uma visão
equivocada a respeito de juízos de valor
Talvez, por ser difícil o entendimento,
e depende muito da cultura, educação,
experiência, vivência e dos princípios adquiridos
aos longos dos anos, que estão
intrinsecamente
ligados com a moral, bons costumes
impostos pelas
regras sociais ou familiares,
de acordo com a ética
destes de forma individual e o que as
para conviver e dificuldades encontradas
para se
harmonizar no coletivismo.
Muitas vezes se torna até circunstancial,
eu arrisco a dizer, depende
também da
maturidade "emocional" de cada
indivíduo.
Vivemos numa sociedade,
todo o momento sendo
'bombardeados' pela inversão de valores,
e poupados
pelo "jeitinho brasileiro"
de viver,
onde as coisas que no
final das contas,
acaba tudo em pizza, ou seja,
"deixa pra lá".
Seguindo a linha deste conceito social,
poucos
conseguem, mas é preciso
explorar sentimentos como
empatia
(colocar se no lugar dos outros),
compaixão
(ter respeito pelo sentimento alheio),
assertividade
(falar o que se pensa ou sente,
de forma apropriada,
no momento oportuno e
sem agredir o outro),
trata-se de uma habilidade
das mais raras e essenciais
para a civilidade,
afirmar a sua vontade de maneira
clara, direta e simples, sem com
isso violar os direitos ou dimiuir a
outra pessoa.
Em outras palavras, um
“Meio-termo”,
(uma atitude moderada, onde o excesso
seria a agressão e o contrário a submissão).
Quanto menos providos de autorrespeito
e autoestima e conhecimento,
mais
despreparados
emocionalmente e imaturos
com
relação aos outros,
como
criança birrenta
(Eric Berne explica) vai 'atacar'
os outros, um cão raivoso, ou
um trem desgovernado, ou uma panela
em ebulição prestes a explodir
porque falta equilíbrio e maturidade
emocional, o respeito as diversidades,
da visão linear e míope restritas ao seu
universo particular.
Geralmente, pessoas que não aceitam
seus erros,
defeitos ou foram repreendidas
duramente na infância
se acham sempre no limite e
da razão, não baixam a
guarda,
por falta de autoestima.
Freud explica que está ligado
com as fases em que vivemos
na infância,
e de acordo com elas,
quando adultos uma
personalidade mesquinha, doentia,
egoísta, arrogante, desconfiada,
introspectiva e avarenta.
Pessoas assim terão dificuldades em
con (viver) socialmente,
não são humildes,
solidárias ou empáticas.
Quando enfrentadas se sentem afrontadas
e violadas, partem para o rechaço,
a ironia e cinismo, não entendem que
há uma linha
tênue de civilidade, o respeito e
cuidado com
os outros, agirão com
ações dissimuladas,
invertendo os papéis, se passando
por vítima.
Segundo o Duque de La Rochefoucauld:
"Raramente conhecemos alguém de
bom senso, além daqueles que
concordam conosco."
Conceitos:
é a avaliação do procedimento
de uma pessoa e estado social baseado
nas adoções daquele indivíduo e
ações.
Consideração ou homenagem à virtude,
ao talento, às boas qualidades humanas.
Sentimento, que leva o homem a
procurar merecer e manter a
consideração pública. dignidade, recato,
respeito, honra, mérito, pudor.
Respeito:
Ação ou efeito de respeitar.
Sentimento que leva alguém a tratar
outra pessoa com grande
atenção, profunda deferência,
consideração ou reverência:
respeito filial.
“Se meus inimigos pararem de dizer
mentiras a meu respeito, eu paro de
a respeito deles.”
Adlai Stevenson.
Dignidade:
O respeito que merece alguém
ou alguma coisa:
a dignidade da pessoa humana.
Maneira de se comportar de forma a
demonstrar
certo respeito pelo outro.
Consideração pelos próprios
sentimentos.
A dignidade é essencialmente
um atributo da pessoa humana:
pelo simples fato de "ser" humana,
a pessoa merece todo o respeito,
independentemente de sua
origem, raça, sexo, idade,
estado civil
ou condição social e econômica.
Em tempo:
os conceitos de Honra, Respeito e
Dignidade foram
retirados de fontes do
Google, dicionário online.