Mostrando postagens com marcador Psicologia social. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Psicologia social. Mostrar todas as postagens

domingo, 16 de julho de 2023

De onde vem o ódio?

 Essa postagem é baseada num ataque de ódio nos Estados Unidos por delinquentes brancos contra uma menina negra ocorrida em 2017, mas (infelizmente), condizente com a mudança brusca e grotesca ocorrida na sociedade no mundo todo, nem o nosso país antes considerado uma pátria alegre e gentil escapa das atrocidades descabidas.

Imagem de Dmitry Abramov por Pixabay


A polarização, o preconceito e não aceitação às diferenças culturais, raciais, sociais virou palco para disseminação do ódio, de "
likes" e de engajamento nas redes sociais para a realidade, tendo “Lúcifer” como o mentor em expurgar as relações e sentimentos assertivos como a ética da moralidade, o certo, o justo, a empatia, o respeito e lembrar que, não somos os donos do mundo, todos estão apenas de passagem e não temos o direito de cercear as escolhas, a liberdade alheia e tampouco agir como justiceiros. 

Abaixo um estudo detalhado através da Psicologia social para refletir e compreendermos que o ódio causa mais mal a quem o pratica do que a quem se dirige como na frase atribuída a Shakespeare: “Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra”. 

É preciso resolver os demônios internos e reprimi-los para que todos possam viver em uma sociedade mais harmoniosa e respeitosa, afinal, "Só quem tem respeito por si mesmo pode respeitar os outros".

Caros leitores, leia e refletem:

Infelizmente, de acordo com dados coletados pelo Southern Poverty Law left,  existem aproximadamente 917 grupos de ódio nos Estados Unidos.

A partir da análise da presença de comentários racistas e de incitação ao ódio e à discriminação nas redes sociais, um estudo recente destacou como a presença de “grupos de ódio” cresceu 900% nos últimos dois anos. Os estudiosos, portanto, perguntaram por que odiamos, e as razões podem ser vastas e complexas. 

Segundo o Dr. Marsden, professor do Beacon College em Leesburg, Flórida, uma das razões que impulsionam o ódio está ligada ao medo de tudo o que é diferente de nós.

A teoria da identidade social representa um dos principais modelos explicativos da psicologia social contemporânea, útil para a compreensão da dinâmica funcional entre grupos.

Dentro desta teoria, o grupo é conceituado como um lugar onde a identidade social ganha vida, pois no homem há uma tendência espontânea para formar grupos e fazer uma distinção entre o próprio grupo de pertencimento (in-group) e o de não-grupo. adesão (grupo externo).

Sublinhar esta diversidade é necessário para a consequente compreensão do conjunto de mecanismos cognitivos e comportamentais que são ativados face aos dois grupos: face ao in-group assistimos a um padrão de favoritismo e proteção da identidade partilhada, ao contrário do out-group em direção ao qual muitas vezes há uma competição doentia.

Dr. Patrick Wanis, um especialista em comportamento, referindo-se a esta teoria, aponta que quando nos sentimos ameaçados por "outros" percebidos como estranhos, nos voltamos instintivamente para o nosso próprio grupo, ou seja, aqueles com quem nos identificamos quase como se fosse um mecanismo de sobrevivência.

O Dr. Wanis explica que “o ódio é impulsionado por duas emoções básicas, como amor e agressão: amor pelo grupo favorecido e agressão pelo grupo externo como diferente, perigoso e considerado uma ameaça ao grupo interno”.

O MEDO DE NÓS MESMOS

De acordo com a Dra. Dana Harron, psicóloga clínica em Washington DC, os pensamentos odiosos que muitas vezes temos sobre os outros, na verdade, representam as coisas que tememos em nós mesmos.

Ela sugere pensar no grupo ou pessoa-alvo como uma tela de cinema na qual são projetados aspectos indesejados do eu. A ideia básica é “Eu não sou terrível; Você é!".

Esse fenômeno, conhecido como projeção, é um termo cunhado por Freud para descrever nossa tendência a rejeitar o que não gostamos em nós mesmos.

Em apoio a isso, o Dr. Brad Reedy descreve ainda a projeção como uma necessidade primordial de se sentir bem, o que nos leva a projetar "maldade" para fora e atacá-la: “Desenvolvemos esse método para sobreviver, para nos distanciarmos de qualquer 'malícia' que possa nos colocar em risco de sermos rejeitados ou deixados em paz. Assim, reprimimos todas as coisas que acreditamos serem ruins e negativas - tudo o que os outros nos disseram ou sugeriram que era desagradável ou moralmente repreensível - e nos aproveitamos do ódio e do preconceito contra os outros. Acreditamos que assim nos livramos de características indesejáveis, mas na verdade isso apenas perpetua a repressão, que leva a muitos problemas de saúde mental.”

FALTA DE AUTOCOMPAIXÃO

O antídoto para o ódio é a compaixão pelos outros, assim como por nós mesmos. Ter habilidades de autocompaixão significa aceitar a si mesmo como você é.

Doutor Ready acredita que, quando alguém colide com partes de si mesmo, consideradas inaceitáveis, o mais simples é atacar os outros para se defender da sensação dessa ameaça, mas "se estivermos em paz conosco, somos capazes de responder aos outros e seus comportamentos com compaixão. É somente quando aprendemos a ter compaixão por nós mesmos que podemos automaticamente ser capazes de mostrá-la também aos outros”.

PREENCHA UM VAZIO

Dr. Bernard Golden, autor de vários livros sobre comportamentos e estratégias de ódio, acredita que quando o ódio desencadeia a participação em um grupo, pode ajudar a promover um senso de conexão e camaradagem que preenche o vazio na identidade de alguém.

Ele descreve o ódio de indivíduos ou grupos como uma forma de se distrair da tarefa mais exigente e ansiosa, como a de criar a própria identidade.

Atos odiosos são tentativas de se distrair de sentimentos como solidão, desamparo, injustiça, inadequação e vergonha. Na verdade, o ódio toma forma a partir do sentimento de uma ameaça percebida.

É uma atitude que pode gerar hostilidade e agressão contra indivíduos ou grupos; assim como a raiva, o ódio nada mais é do que uma reação de distração a uma dor mais profunda e interior.

O indivíduo consumido pelo ódio acredita que a única maneira de recuperar o senso de controle sobre sua própria dor é atacando preventivamente os outros.

Nesse contexto, cada momento de ódio é uma trégua temporária do sofrimento interior.

FATORES SOCIAIS E CULTURAIS
O QUE VOCÊ PODE FAZER?

A resposta do por que odiamos, segundo Silvia Dutchevici, presidenta e fundadora do Critical Therapy left, está não apenas nos aspectos psicológicos e familiares, mas também no contexto histórico, político e cultural de pertencimento.

Vivemos em uma cultura de guerra que promove a violência e onde a competição se tornou um verdadeiro modo de vida!” diz a Dra. Dutchevici.
“Tememos que a conexão com o outro nos obrigue a revelar algo sobre nós mesmos; somos ensinados a odiar o inimigo, seja ele quem for, deixando pouco espaço para a exploração da vulnerabilidade do outro por meio do discurso empático e da compreensão. Na sociedade de hoje, estamos mais dispostos a entrar em campo para lutar, em vez de resolver o conflito.Aliás, a paz raramente é a opção que se tem em conta!”.

De acordo com o Dr. Golden, até mesmo o ódio deve ser ensinado para ser aprendido; “Todos nascemos com a capacidade de odiar e sentir compaixão; a tendência comportamental e mental que escolhemos para nós mesmos deve ser sempre o resultado de uma escolha consciente seja do ponto de vista individual, familiar, comunitário ou cultural. A chave para superar o ódio é a educação: em casa, nas escolas e na comunidade”.


Segundo Dutchevici, diante do medo de nos sentirmos vulneráveis e humanos,  somente estabelecendo uma conexão com o outro que aprendemos a sentir e amar.  “Em outras palavras, a compaixão pelos outros é o único contexto que pode nos curar!”

Retirado de PsychologyToday 

Para ler na íntegra: 

https://www.psiconline.it/area-professionale/ricerche-e-contributi/l-odio-come-paura-dell-altro-e-di-se-stessi.html

(Tradução e adaptação por Dra. Giorgia Lauro) em italiano e em português (pelo Google tradução). 

sábado, 7 de agosto de 2021

A Magia Dos Sorrisos E Risadas

 No capítulo 3 do Livro - Desvendando Os Segredos Da Linguagem Corporal - de Allan e Bárbara Pease discorre sobre “A Magia dos sorrisos e risadas” e por que o riso é o melhor remédio.

Imagem de Victoria_Borodinova por Pixabay

Segundo os autores, assim como acontece com o sorriso, a incorporação do riso como parte permanente da nossa personalidade atrai amigos, melhora a saúde e estende a vida.

Quando rimos, todos os órgãos do nosso corpo são afetados de forma positiva. A respiração se acelera, exercitando o diafragma, o pescoço, o estômago, o rosto e os ombros.  O riso aumenta a quantidade de oxigênio no sangue, o que não só ajuda os processos de cura como melhora a circulação e expande os vasos sanguíneos próximos à superfície da pele. É por isso que as pessoas ficam com rosto vermelho quando riem. 

O riso também tem o poder de diminuir os batimentos cardíacos, dilatar as artérias, estimular o apetite e queimar calorias.

O neurologista Henri Rubenstein descobriu que um minuto de boas gargalhadas proporciona até 45 minutos de relaxamento subsequente.

Quanto mais velhos mais sérios nos tornamos a respeito da vida. Um adulto ri, em média, 15 vezes por dia; uma criança em idade pré-escolar, 400 vezes.

Imagem de Pexels- por Pixabay

                                        Por que se deve levar o riso a sério

As pesquisas mostram que rir ou sorrir, mesmo quando não nos sentimos especialmente felizes, causa um surto  de atividade elétrica em uma parte  da  “zona feliz” do hemisfério esquerdo do nosso cérebro. Em um de seus números estudos sobre o riso, Richard Davidson, professor de psicologia e psiquiatria da universidade de Wisconsin, mediu, por meio de eletroencefalogramas, a atividade das ondas cerebrais de voluntários solicitados a assistir a filmes engraçados. 

O riso fazia  com que as zonas felizes do cérebro, “clicassem” loucamente. O professor Davidson  provou que a produção deliberada de sorrisos e risadas aproxima a atividade cerebral  da felicidade espontânea. Dois grupos passaram três semanas assistindo a filmes de vídeo. O grupo que assistiu a comédias obteve mais melhoras daquele que assistiu a vídeos não humorísticos.

O humor cura

O riso estimula a produção de endorfinas, analgésicos naturais do corpo e agentes de sensação do bem-estar que ajudam a aliviar o estresse e a curar doenças. As endorfinas são substâncias químicas liberadas pelo cérebro quando rimos, ela produz um efeito tranquilizante sobre o corpo, ao mesmo tempo em que se reforça o sistema imunológico. Isso explica por que as pessoas felizes raramente adoecem, e as infelizes e queixosas sempre parecem estar doentes.

Chorar de rir

Do ponto de vista psicológico, o riso e o choro estão intimamente ligados. Procure se lembrar da última vez que uma piada lhe provocou um acesso de riso incontrolável. Como você se sentiu em seguida¿.

Paul Ekman descobriu que uma das razões pelas quais somos atraídos por rostos alegres e risonhos é que, ao ver uma pessoa sorrindo, nós sorrimos também, e isso provoca a liberação das endorfinas. Quando cercados de pessoas tristes e infelizes, temos a tendência de imitar suas expressões e nos tornam taciturnos e deprimidos.

Onde comprar o livro segundo o Google

Concluindo: O segredo talvez seja em não deixar a nossa criança interior fenecer, se cercar de boas pessoas e energias. Vamos rir, mesmo que seja no desespero, a vida é curta demais, não sairemos vivos dela mesmo, então, façamos como o dito popular: “O que não tem remédioremediado está”. 

Sobre o casal de autores australianos:

Allan PeaseApesar de não ter formação em psicologia, neurociência ou psiquiatria, ele conseguiu se estabelecer como um "especialista em relacionamentos". Seus livros foram traduzidos para 53 idiomas e venderam mais de 25.000.000 de cópias. Allan é professor honorário de psicologia na ULIM International University, membro da Royal Society of the Arts (Reino Unido), membro do Institute of Management, membro da Lifewriters Association, membro Paul Harris (Reino Unido), senador do JCI e foi introduzido no Hall da Fama da National Speakers Association. (F: https://www.gspeakers.com/our-speakers/allan-pease/).

Barbara Pease é CEO da Pease é imensamente bem-sucedida empresa Pease International Pty Ltd. Ela controla a distribuição, marketing e vendas de livros de Allan & Barbara, CDs, DVDs e programas de treinamento nas áreas de comunicação, linguagem corporal, vendas, motivação, liderança e trabalho em equipe. Ela é coautora do grande best-seller de livros. (Fonte: Skoob, Editora Sextante). 

sábado, 21 de abril de 2018

Boxtrolls uma fábula sobre sistema e sociedade

"Pessoas são más e egoístas, são monstros." (Menino Ovo)
O mal, de modo a atender aos interesses próprios, muitas vezes vêm disfarçado de bem, cria-se um inimigo público para gerar a incerteza, espalhar o medo, a insegurança para conquistar o poder.

 


      

 

 

 

 

The Boxtrolls é uma fábula infantil, adaptada do livro “Here Be Monsters” e escrito por Alan Snow, de cunho  político, aborda a luta de classes. 

 Sobre um menino órfão que vive nos esgotos da cidade junto de criaturas consideradas a escória da sociedade, que sobrevivem dos restos deixados pelos humanos.


Cada um adota o nome das caixas de mercado (ovo, peixe, sapato) que encontram no lixo, como vestimentas. Pontequeijo é onde vive o povo da nobreza, a essa altura maravilhada com futilidades, adornos como chapéus elegantes, queijos requintados.

O Lorde que os representa destinou a verba de um hospital infantil para a fabricação de um laticínio com capacidade enorme para manter o abastecimento para a alta classe.

 



     

 

 

 

 

 

 


Isso desperta a cobiça de um caçador de pragas chamado Surrupião e seus comparsas, que desejam ter o mesmo tipo de vida social que a nobreza e para tal espalha o medo entre a população, que os Boxtrolls são perversos e cruéis e promete ao povo, exterminar com os "monstros" da cidade.

Segundo ele, sequestraram uma criança e confabulam nos subterrâneos para roubar seus queijos, mas em troca quer ter acesso ao requinte, e o tão diferenciado chapéu pontudo e branco, que o diferenciará da classe baixa.


“Isso não vai mudar quem você é; os queijos, as caixas e os chapéus eles não definem você. Você define você",  menino Ovo ao confrontar Surrupião, o impostor. Ou seja, não importa a posição que você ocupa, "ascendendo ou não", quem te define é o seu caráter, de acordo com suas atitudes.


Conseguirá o menino 'Ovo' com a ajuda de sua amiga e dos Boxtrolls livrar-se da tirania e vileza desse Rufião, desmascarar sua farsa montada, antes que o mal tome conta de tudo e todos?

Uma reflexão para gente adulta!
Leia o livro ou assista o trailler pelo YouTube:

sábado, 12 de novembro de 2016

MÁ ÍNDOLE - TRANSTORNO DE CONDUTA

A má índole se desenvolve como uma fobia de não conseguir o que quero, não ser reconhecido como espero. A criança pode passar a vida inteira sem demonstrar o transtorno de conduta. 

O que é transtorno de conduta? É a falta de noção de limite entre os seres, segundo o Psicopedagogo Augusto César Baratta, psicólogo especialista em Terapia de Grupos.

Reprodução: Internet 

 Texto de Jorge Sabongi:

A vida é um ping pong: Tudo o que você faz volta de alguma forma, para você. Pode demorar muitos e muitos anos, mas, tenha certeza, volta mesmo. Pena que não descobrimos isso quando somos crianças.  

Aprenderíamos desde cedo que lapidar nosso caráter traz um efeito benéfico e multiplicador ao longo da vida e nos faz viver com mais conforto, tranqüilidade e sucesso.

 É fácil perceber pessoas à nossa volta que têm problemas de índole e, por conseqüência, puxam seus próprios tapetes. Essa situação aparentemente caricata assemelha-se a um desenho animado, onde o personagem, no intuito de fazer algo em seu benefício, cai ao puxar o tapete em que está pisando.

   Vemos isso todos os dias!



Como dizer a essas pessoas que a deficiência está no caráter que elas desenvolveram? A má notícia é que, infelizmente, não existe cura. É o típico "pau que nasce torto, morre torto". Se você fizer o mesmo, 
obterá problemas em curtíssimo prazo. Não se arrisque a pisar no mesmo tapete!

A deformação no caráter de algumas pessoas desvirtua o objetivo de um grupo, cria animosidade nas relações e estabelece um clima tenso no dia a dia. São pessoas que não aprenderam a lidar com limites, desconhecem a noção de respeito e convivência, não se afinam nas relações interpessoais, exageram nas brincadeiras e vivem num mundo que é uma redoma de desconfiança e falsidade.

 Em suas mentes, todos podem participar e merecem uma boa vida, contanto que elas sejam as primeiras da fila e tenham sempre os melhores benefícios. Enfim, atrás de uma deficiência de caráter existem diversas ramificações perniciosas que trazem malefícios para quem se envolve.

A maneira como lidamos com nossas experiências cotidianas, alegrias, decepções, problemas e soluções formará um licor que poderá ser o mais puro néctar ou o pior dos vinagres. Para muitos, é difícil descobrir qual é o seu sabor real.

Boa índole não se ensina, infelizmente. 

Todavia, pode ser aprendida através dos exemplos e das experiências.
É paradoxal algo que não se ensina, mas que se aprende, não? É simples explicar aspecto tão controverso: ocasionalmente, fala-se algo,
por melhor que seja a alguém e não se obtém a devida audiência; entretanto,
ele aprende por meio da observação e das invertidas que lhe causam algum tipo de dor, seja sentimental ou física. É assim que funciona a índole. 
Trata-se de uma tendência do ser humano de se autodesenvolver e preferencialmente sem a imposição de terceiros.
O comportamento vem de dentro para fora.
Se a pessoa, desde a mais tenra infância, acostuma-se a resolver de forma amarga, preconceituosa ou mesmo desonesta as situações apresentadas pela vida, terá sérios dissabores e problemas.

 

Quer saber como é sua índole? 

Imagine se você estivesse sendo filmado (a) nos últimos 30 dias em todas 
as suas atitudes. Esqueça os momentos de sono e higienização.  
Leve em consideração suas “atitudes de bastidores” ou quando você está só. 
Quantas imagens você aprovaria para ir ao ar, sem cortes, em rede nacional?
Pessoas de índole má possuem atitudes que não podem ser mostradas publicamente. 
Elas têm comportamento problemático em seus bastidores.
Tudo o que fazem visa o benefício próprio ou o prejuízo de outrem.
Para ter noção do caráter de alguém, você precisa ser um observador do mundo, detendo-se, principalmente, nas atitudes de quem lhe rodeia.



O mundo corrompe o ser humano por meio de seus exemplos.     
Somos colocados à prova desde a primeira infãncia, isso permanece 
enquanto estivermos vivos. Seu conceito de valores (o que é importante e o que não é, o que é certo e o que é errado, etc.) é que evita a distorção de seu caráter. Traços de caráter são sulcos na personalidade, gravados para toda a existência.
 
Como não sucumbir diante da mediocridade? 
Diariamente somos expostos a ações que nos impelem a gerar reações impróprias. 
São os nossos princípios, desenvolvidos desde os primeiros anos de nossas vidas, que vão manter as bases estáveis para lançar  sua âncora no local preciso, permitindo que saiba até onde é permitido ir e quando parar.
Vivemos em sociedade, apesar de haver momentos que todos sonharíamos 
ser Robson Crusoé. Na medida do possível, a regra básica é formar um cinturão de equilíbrio em sua vida, no qual não haja espaço para a entrada de pessoas com má índole. Seu círculo social deve estar isento de pessoas assim.

Trecho "Indole e a capacidade de se autossabotar" (2004).
Por Jorge Sabongi 

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Comportamento: "O SER HUMANO É INSUBSTITUÍVEL"

Empresa japonesa cria uma evolução da 'boneca inflável' que, segundo o fabricante, é tão parecida com uma mulher real que, quase não dá para notar a diferença, segundo a manchete.

 

Foto: Reprodução docedeni.blogspot.com 

Trata-se de uma boneca quase humana que substitui  namorada real. 
Penso que Renato Russo tinha razão ao afirmar que a "Solidão" era o mal deste século. E pior a solidão de almas. Touché. Estamos tão amedrontados com a falta de entendimento de uns com os outros, que já começam a criar mecanismos onde a presença do outro pode ser substituída para evitar o confronto, crise ou perda, frustração, decepção, sei lá quantos "aõs". — Será que pode mesmo?

 Foto:  Reprodução
E amedrontados continuamos, gastamos horas a fio em criar soluções para suprir nossas necessidades e esquecemos que, no " vazio de alma",  através do autoconhecimento que podemos reconstruir nossos conceitos em relação aos outros e a nós mesmos. 

Em vez de gastar 1.000 libras esterlinas (mais de R$ 3,8 mil) para preencher esse ilusório comportamento, deveríamos investir em qualidade de relacionamento, quem sabe se deixarmos um pouco do egoísmo, individualismo, cinismo e todos "ismos" que, criamos em torno de nós, e só aumentam o abismo, dificultam aproximações, abrirmos a "caixa de Pandora" ao afugentar de vez todos os nossos males que nós próprios criamos?

 Se não podemos mudar o mundo, as pessoas que nos frustram, mudamos nós, e buscamos novas pessoas, novos caminhos, novos rumos, novas possibilidades e perspectivas.

A nossa felicidade não pode depender de fatores externso, coisa ou pessoa para sentirmos bem, nisso acredito faz anos. Mas h
umanos são "insuportáveis", alguns irão dizer, entretanto, talvez seja nisso que está o encanto. Nem sempre "o inferno são os outros", muitas vezes, dificultamos o entendimento com os outros. E nos custa ser como os outros, mas são os outros que nos faz ser inteiros.

Mesmo assim, eu ainda prefiro os seres humanos com todas as imperfeições do que objetos artificiais.

Obs.: Segundo pesquisa, o Japão possui a mais alta taxa de suicídio do mundo. 

"As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de pontes, trecho - O Pequeno Príncipe, Saint-Exupéry.

Pitaco embasado na reportagem conforme link abaixo:
http://portalcantu.com.br/noticias/brasil-mundo/item/14666-empresa-cria-boneca-quase-humana-que-substitui-namorada

sábado, 11 de maio de 2013

Estudo revela que religiosos tem menos compaixão

 

"Só pela compaixão se pode ser bom." Joseph Joubert


 Imagem de JooJoo41/Pixabay Free          
  

   Alguma vez você já se perguntou: – Até onde eu prejudico o outro com minhas ações e atitudes?

A partir do momento que separamos pessoas por classes, dogmas,  orientação sexual, região, cor ou credo, perde-se o direito de se considerar religioso na real acepção da palavra, nega-se a máxima cristã "Faças ao seu semelhante somente o que queres para si mesmo".

A ética é padrão universal, mas se não é suficiente para entender, opta-se pela ética cristã numa linguagem mais simples.

Quando há um catástrofe, doação de sangue, acolhimento de feridos, desabrigados, aceitaremos de bom grado a ajuda do ateu, judeu, protestante, católico, agnóstico, evangélico, anglicano, espiritualista, pois a vida, a dignidade deve permanecer acima de qualquer sentimento mesquinho, interesse próprio e material. Imagine você prestes a cair num precipício, mas do nada aparece uma pessoa com uma corda. Duvido que uma pessoa que ama a vida vai trocá-la por estupidez.

Segundo o estudo abaixo, "Pessoas religiosas agem por compaixão menos que ateus e agnósticos", ou seja, são criteriosas e seletivas. A religião sempre dividiu pessoas em boas e más, abençoadas ou não, segundo seus critérios, sejam cristãos, calvinistas ou luteranos. "Ame o teu próximo como a ti mesmo" paira a dúvida que as pessoas odeiam a si mesmas muito mais do que se amam, faltam alguns “A” Autoconfiança, Amor-próprio, Autoestima. Alguém agiu como “pai crítico” desde a infância. Não interrompeu o ciclo e buscou por cura interior.


 

                       Imagem de KirsiV/ Pixabay Free 

Segundo Robb Willer, coautor do trabalho e psicólogo social da Universidade da Califórnia, Berkeley (EUA), o estudo descobriu “que para pessoas menos religiosas, a força de suas conexões emocionais a outras pessoas é crítica para determinar se elas vão ajudar esta pessoa ou não. As pessoas mais religiosas, por outro lado, baseiam sua generosidade menos na emoção, e mais em outros fatores, como doutrina, identidade comunal, ou preocupações com a reputação”. 


Quando se trata de ajudar o próximo, ateus e agnósticos são mais propensos a agir por compaixão do que pessoas religiosas. Pelo menos foi o que um novo estudo descobriu.


Os resultados não querem dizer que pessoas que são altamente religiosas não fazem doações ou não ajudam, mas sim que a caridade é movida por outras coisas, que não a compaixão.


O interesse nesta questão partiu de Laura Saslow, uma das coautoras e atualmente estudante de pós-doutorado na Universidade da Califórnia, São Francisco. Um amigo não religioso se lamentou ter doado dinheiro para a recuperação do terremoto no Haiti somente depois de ver um vídeo emocionante de uma mulher sendo retirada dos escombros, e não por uma compreensão lógica de que a ajuda era necessária.

A experiência de ateus sendo influenciados por emoções para mostrar generosidade para estrangeiros fora então replicada em três grandes estudos sistemáticos.


No primeiro, Saslow e colegas analisaram dados de uma pesquisa nacional que consultou mais de 1.300 adultos em 2004. Nesta pesquisa, atitudes de compaixão foram ligadas a comportamentos generosos, e se descobriu que esta ligação era mais forte entre ateus e pessoas com religiosidade fraca do que entre as que eram bem religiosas.


No segundo experimento, 101 adultos viram um vídeo neutro ou emocional sobre crianças pobres. Elas receberam então 10 dólares falsos e lhes disseram que poderiam dar quanto quisessem para um estranho. Os menos religiosos eram os que davam mais depois de ter visto primeiro o vídeo emocional.


Finalmente, 200 estudantes relataram seu nível atual de compaixão e então jogaram jogos econômicos em que eles recebiam dinheiro para compartilhar ou não com um estrangeiro. Os que eram menos religiosos, mas estavam passando por um momento de compaixão dividiram mais.


Para entender os fatores que motivam a generosidade nas pessoas religiosas são necessários mais estudos. Porém, a pesquisa recente mostra claramente que a compaixão e empatia não são os únicos fatores.


Willer resume as descobertas em uma frase:
“A pesquisa sugere que, apesar de pessoas menos religiosas tenderem a ser vistas com mais desconfiança nos EUA, quando elas sentem compaixão, são muito mais inclinadas a ajudar seus semelhantes do que pessoas religiosas”. [Huffington Post]


Cesar Grossmann é formado em Engenharia Elétrica.
Transcrito da Fonte: www.hypescience.com

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Motivação Pessoal | A importância da Resiliência

RESILIÊNCIA: Fortaleza e Flexibilidade.

Quantas vezes nos deparamos com situações adversas que, muitas vezes não estamos preparados para digeri-las ou vive-las, mas mesmos assim somos condicionados a buscar uma força sobre-humana para que possamos dar a volta por cima e continuar.  Isso é um dos fatores que nos levam a ser considerados pessoas resilientes. 


Reprodução? Internet

Segundo a Professora e Dra. Sandra Maia Farias Vasconcelos, a palavra vem do latim “resílio”, que significa voltar ao estado natural. A resiliência é um termo oriundo da física. Trata-se da capacidade dos materiais de resistirem aos choques e que até a década de 60, era empregado somente para o campo da física mecânica, para descrever a capacidade de um material voltar ao seu ponto de origem após ter recebido um choque. Ex: a espuma.

Esse termo passou por um deslizamento em direção às ciências humanas e hoje representa a capacidade de um ser humano de sobreviver a um trauma, a resistência do indivíduo face às adversidades, não somente guiada por uma resistência física, mas pela visão positiva de reconstruir sua vida, a despeito de um entorno negativo, do estresse, das contrições sociais que influenciam negativamente para seu retorno à vida.

Assim, um dos fatores de resiliência é a capacidade do indivíduo de garantir sua integridade, mesmo nos momentos mais críticos, retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica”.

Na ecologia: é a capacidade que tem um ecossistema (ou uma espécie) de recuperar seu funcionamento ou desenvolvimento após ter sofrido um trauma;

Na economia: é a capacidade que tem de voltar a uma trajetória de crescimento após ter sofrido uma crise;

Na física: é a capacidade da resistência de um material diante de um choque.

Na Psicologia: é a capacidade de assumir e ultrapassar um trauma;

Na Informática: é a capacidade de um sistema ou rede continuar em funcionamento em caso de pane.

Com o passar dos anos, o termo fez seu caminho e foi adotado por inúmero estudiosos desejosos de mudar de ângulo de visão e focalizar as possibilidades do ser humano mais do que suas patologias e dificuldades, a seguir:

 A resiliência é uma capacidade inata de todo ser humano, de aproveitar [absorver] — consciente ou inconscientemente — os recursos [apoios] do seu entorno familiar e social [outros seres humanos], para desenvolver suas capacidades de viver, crescer, dar e cuidar de outras pessoas e, quando necessário, sobreviver [às situações dramáticas] e, a partir delas, aprender e fortalecer-se.”  (Resiliência: Um olhar diferente sobre a tragédia humana, por Carlos Arturo Molina-Loza).

 “As pessoas não podem saber se vão ou não ficar com raiva quando algo inesperado acontecer em suas vidas, mas podem sim definir quanto tempo vão querer ficar alimentando esse sentimento, assim como fazer para canalizar essa emoção com uma ação construtiva... Resiliência não é uma personalidade e sim uma habilidade de gerenciar um conjunto de características e/ou atitudes para lidar adequadamente com as situações consideradas adversas.” (Eduardo Carmello, autor do livro Supere! A Arte de Lidar com as Adversidades).

 80% das pessoas diminuem a eficácia de suas competências quando passam por situações que interpretam como imprevisíveis, adversas, turbulentas ou ameaçadoras. 20% conseguem manter-se competentes em ambientes de pressão e utilizam suas características afetivas, comportamentais e cognitivas para enfrentar uma situação adversa com sucesso... O ser resiliente é aquele que decidiu interpretar a adversidade como uma circunstância e um aprendizado da vida e escolheu a inteligência e a esperança em vez da vitimização e do desespero.” (Yeda Mazepa, psicóloga).

 “A ideia de resiliência pode ser comparada às modificações da forma de uma bexiga parcialmente inflada, se comprimida, adquirindo as formas mais diversas e retornando ao estado inicial, após pressões exercidas sobre a mesma. (Dr. Alberto D'Auria: 2005).

Situações imprevistas e inesperadas proporcionam simultaneamente riscos e oportunidades. Pessoas resilientes conseguem fazer do limão uma limonadaIndivíduos resilientes sonham alto, e os seus sonhos envolvem outras pessoas, que provavelmente se inspirarão com seus exemplos de humanidade e senso coletivo.” (Rosley Sulek Buche Barros, psicopedagogia).

Conclusão: 

Num mundo cada vez mais vazio, competitivo e individualista não é fácil ser como espuma, "amassada" e retornar ao estado natural, mas quem disse que a vida seria fácil?

 "Agora Inês é morta". ou seja, "Chorar não vai te ajudar, rezar não vai te fazer bem", como na canção de Led Zeppelin "When the Levee Breaks", que relata as agruras causadas pela grande enchente do Mississippi de 1927,  o fato já ocorreu mesmo. 

Agora é reunir força e seguir em frente, porém, sem deixar de olhar para trás (aprender com os erros e decepções) e dos lados. Pode ser que o que você precisa está justamente nas paisagens que você deixou de olhar quando seguia em frente!