sexta-feira, janeiro 05, 2024
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, segundo Camões, mas nem sempre para melhor como deveria!
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O que observo diante do sol escaldante...
Sinceramente, nunca vi gente tão malcriada, grosseira e vulgar como essas a partir do final da década passada nesse lugar. Parece que saíram dos esgotos e dominaram a vila. E pior não são os jovens, mas os que deveriam dar o exemplo, os mais velhos e meia-idade.
Pessoas ignorantes,
estúpidas, hipócritas, egoístas e individualistas que acreditam que o mundo gira em torno de suas vontades e contravenções. Mesmo
com novos ares, esperança em dias melhores, reconstrução de valores, ainda persistem nos hábitos perniciosos.
“O que é bom ninguém semeia” (Tião Carreiro).
Não obedecem mais regras, não respeitam o espaço alheio. Gente raivosa
despeja nas pessoas seus dejetos, frustrações e traumas. Não pensam duas vezes
para depreciar, ofender, um desrespeito total. Reza a psicologia que falta autorrespeito, autoestima e autocuidado.
Só conhecem palavreado de baixo calão, e certamente nunca ouviram falar de Schopenhauer (A Arte de ter razão), mas dominam a técnica como
nunca quando afrontados sobre seus abusos e suas inconveniências.
Estou quase concordando com Hobbes, “o homem nasce mau e como tal precisa de regras para aprender a viver em sociedade”. Se aproveitassem as qualidades negativas como “arrogância e soberba” para transformá-las em positivas, o mundo seria mais tranquilo. E pior eles projetam nas outras pessoas (Freud explica) o que eles são: grosseiros, vulgares, mal-educados, irresponsáveis, abusadores do espaço alheio e público, verdadeiros boçais. Isso não pode ser coisa de Deus.
Imagem de reenablack por Pixabay
Deus mora onde há respeito, verdade, justiça, empatia, solidariedade, lealdade, bondade, caridade, compaixão e imparcialidade. Nunca soube que ele reside na mentira, falsidade, ingratidão, desonestidade intelectual, abuso de direito, lei da vantagem, a isso eu conhecia como Lúcifer, Pã, Satanás, diabo...
De acordo com Aristóteles: O homem é um ser social. O que vive, isoladamente, sempre, ou é um Deus ou uma besta. A razão orienta o ser humano para que este evite o excesso ou o defeito (a coragem - não a cobardia ou a temeridade). O homem deve encontrar o meio-termo, o justo meio; deve viver usando, prudentemente, a riqueza; moderadamente os prazeres e conhecer, corretamente, o que deve temer.
fonte: https://www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/paulosergio/filosofia.html
Concluindo: “Nem tanto ao mar nem tanto a terra, precisamos buscar o meio, o equilíbrio”.
Portanto, se o berço, as leis, a filosofia, o bom-senso, a reflexão e autoconhecimento não norteiam o caráter, use o Taoísmo para reflexão: “Só é crédulo aquele que ama seu irmão como a si mesmo” ou a ética cristã: “Amai o próximo como a si mesmo”.
Porém, eu desconfio que a maioria nem se ame, caso contrário, não existiria tanta gente sem noção nesse mundo e dispersa, sabendo que a única certeza é o retorno à última morada e voltando a ser o que era desde o começo, apenas pó e mesmo assim insiste em trazer sofrimento, constrangimento aos outros.
Mas o tempo passa tão rápido
Nunca adie as coisas
Nunca espere para dizer o que precisa ser dito.
Você sempre diz a si mesmo que tem muito tempo...
(frase do Filme: Encontrando o amor em Nebrasca). Sinopse: Avô viveu anos remoendo mágoas da filha que falecera sem desejar nenhum contato mais, após ela se casar com rapaz de família rival e reflete ao conhecer sua neta adulta agora.
Foi um dos filmes que
vi durante as celebrações natalinas e festas do final do ano quando me
desliguei bastante do mundo virtual, até para dar leveza à alma e elaborar
textos verdadeiros em sentimentos e palavras como gosto de fazê-los.
Mas a realidade social
está tão pior quanto, motivo esse do meu queixume e desse desabafo.
Belchior já observou isso:
Mas não se preocupe meu amigo
Com os horrores que eu lhe digo
Isto é somente uma canção
A vida realmente é diferente
Quer dizer, ao vivo é muito pior...
Qual dos mundos está mais nocivo, isso sim, é uma escolha difícil!
sábado, maio 11, 2013
"Só pela compaixão se pode ser
bom." Joseph Joubert
Alguma vez você já se perguntou: – Até onde eu prejudico o outro com minhas ações e atitudes?
A partir do momento que separamos pessoas por classes, dogmas, orientação sexual, região, cor ou credo, perde-se o direito de se considerar religioso na real acepção da palavra, nega-se a máxima cristã "Faças ao seu semelhante somente o que queres para si mesmo".
A ética é padrão universal, mas se não é suficiente para entender, opta-se pela ética cristã numa linguagem mais simples.
Quando há um catástrofe, doação de sangue, acolhimento de feridos, desabrigados, aceitaremos de bom grado a ajuda do ateu, judeu, protestante, católico, agnóstico, evangélico, anglicano, espiritualista, pois a vida, a dignidade deve permanecer acima de qualquer sentimento mesquinho, interesse próprio e material. Imagine você prestes a cair num precipício, mas do nada aparece uma pessoa com uma corda. Duvido que uma pessoa que ama a vida vai trocá-la por estupidez.
Segundo o estudo abaixo, "Pessoas religiosas agem por compaixão menos que ateus e agnósticos", ou seja, são criteriosas e seletivas. A religião sempre dividiu pessoas em boas e más, abençoadas ou não, segundo seus critérios, sejam cristãos, calvinistas ou luteranos. "Ame o teu próximo como a ti mesmo" paira a dúvida que as pessoas odeiam a si mesmas muito mais do que se amam, faltam alguns “A” Autoconfiança, Amor-próprio, Autoestima. Alguém agiu como “pai crítico” desde a infância. Não interrompeu o ciclo e buscou por cura interior.
Segundo Robb Willer, coautor do trabalho e psicólogo social da Universidade da Califórnia, Berkeley (EUA), o estudo descobriu “que para pessoas menos religiosas, a força de suas conexões emocionais a outras pessoas é crítica para determinar se elas vão ajudar esta pessoa ou não. As pessoas mais religiosas, por outro lado, baseiam sua generosidade menos na emoção, e mais em outros fatores, como doutrina, identidade comunal, ou preocupações com a reputação”.
Quando se trata de ajudar o próximo, ateus e agnósticos são mais propensos a agir por compaixão do que pessoas religiosas. Pelo menos foi o que um novo estudo descobriu.
Os resultados não querem dizer que pessoas que são altamente religiosas não fazem doações ou não ajudam, mas sim que a caridade é movida por outras coisas, que não a compaixão.
O interesse nesta questão partiu de Laura Saslow, uma das coautoras e atualmente estudante de pós-doutorado na Universidade da Califórnia, São Francisco. Um amigo não religioso se lamentou ter doado dinheiro para a recuperação do terremoto no Haiti somente depois de ver um vídeo emocionante de uma mulher sendo retirada dos escombros, e não por uma compreensão lógica de que a ajuda era necessária.
A experiência de ateus sendo influenciados por emoções para mostrar generosidade para estrangeiros fora então replicada em três grandes estudos sistemáticos.
No primeiro, Saslow e colegas analisaram dados de uma pesquisa nacional que consultou mais de 1.300 adultos em 2004. Nesta pesquisa, atitudes de compaixão foram ligadas a comportamentos generosos, e se descobriu que esta ligação era mais forte entre ateus e pessoas com religiosidade fraca do que entre as que eram bem religiosas.
No segundo experimento, 101 adultos viram um vídeo neutro ou emocional sobre crianças pobres. Elas receberam então 10 dólares falsos e lhes disseram que poderiam dar quanto quisessem para um estranho. Os menos religiosos eram os que davam mais depois de ter visto primeiro o vídeo emocional.
Finalmente, 200 estudantes relataram seu nível atual de compaixão e então jogaram jogos econômicos em que eles recebiam dinheiro para compartilhar ou não com um estrangeiro. Os que eram menos religiosos, mas estavam passando por um momento de compaixão dividiram mais.
Para entender os fatores que motivam a generosidade nas pessoas religiosas são necessários mais estudos. Porém, a pesquisa recente mostra claramente que a compaixão e empatia não são os únicos fatores.
Willer resume as descobertas em uma frase:
“A pesquisa sugere que, apesar de pessoas menos religiosas tenderem a ser vistas com mais desconfiança nos EUA, quando elas sentem compaixão, são muito mais inclinadas a ajudar seus semelhantes do que pessoas religiosas”. [Huffington Post]
Cesar Grossmann é formado em Engenharia Elétrica.
Transcrito da Fonte: www.hypescience.com