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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Sociedade Do Avesso

    Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, segundo Camões, mas nem sempre para melhor como deveria!


Imagem de Pexels por Pixabay

O que observo diante do sol escaldante...

Sinceramente, nunca vi gente tão malcriada, grosseira e vulgar como essas a partir do final da década passada nesse lugar. Parece que saíram dos esgotos e dominaram a vila. E pior não são os jovens, mas os que deveriam dar o exemplo, os mais velhos e meia-idade. 

Pessoas ignorantes, estúpidas, hipócritas, egoístas e individualistas que acreditam que o mundo gira em torno de suas vontades e contravenções. Mesmo com novos ares, esperança em dias melhores, reconstrução de valores, ainda persistem nos hábitos perniciosos. “O que é bom ninguém semeia” (Tião Carreiro). 

Não obedecem mais regras, não respeitam o espaço alheio. Gente raivosa despeja nas pessoas seus dejetos, frustrações e traumas. Não pensam duas vezes para depreciar, ofender, um desrespeito total.  Reza a psicologia que falta autorrespeito, autoestima e autocuidado.

Só conhecem palavreado de baixo calão, e certamente nunca ouviram falar de Schopenhauer (A Arte de ter razão), mas dominam a técnica como nunca quando afrontados sobre seus abusos e suas inconveniências.

Estou quase concordando com Hobbes, “o homem nasce mau e como tal precisa de regras para aprender a viver em sociedade”. Se aproveitassem as qualidades negativas como “arrogância e soberba” para transformá-las em positivas, o mundo seria mais tranquilo. E pior eles projetam nas outras pessoas (Freud explica) o que eles são: grosseiros, vulgares, mal-educados, irresponsáveis, abusadores do espaço alheio e público, verdadeiros boçais. Isso não pode ser coisa de Deus.



Imagem de reenablack por Pixabay

Deus mora onde há respeito, verdade, justiça, empatia, solidariedade, lealdade, bondade, caridade, compaixão e imparcialidade. Nunca soube que ele reside na mentira, falsidade, ingratidão, desonestidade intelectual, abuso de direito, lei da vantagem, a isso eu conhecia como Lúcifer, Pã, Satanás, diabo...

De acordo com Aristóteles: O homem é um ser social. O que vive, isoladamente, sempre, ou é um Deus ou uma besta. A razão orienta o ser humano para que este evite o excesso ou o defeito (a coragem - não a cobardia ou a temeridade). O homem deve encontrar o meio-termo, o justo meio; deve viver usando, prudentemente, a riqueza; moderadamente os prazeres e conhecer, corretamente, o que deve temer. 

fonte:  https://www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/paulosergio/filosofia.html 

Concluindo: “Nem tanto ao mar nem tanto a terra, precisamos buscar o meio, o equilíbrio”.

Portanto, se o berço, as leis, a filosofia, o bom-senso, a reflexão e autoconhecimento não norteiam o caráter, use o Taoísmo para reflexão: “Só é crédulo aquele que ama seu irmão como a si mesmo” ou a ética cristã: “Amai o próximo como a si mesmo”.

Porém, eu desconfio que a maioria nem se ame, caso contrário, não existiria tanta gente sem noção nesse mundo e dispersa, sabendo que a única certeza é o retorno à última morada e voltando a ser o que era desde o começo, apenas pó e mesmo assim insiste em trazer sofrimento, constrangimento aos outros.

Mas o tempo passa tão rápido
Nunca adie as coisas
Nunca espere para dizer o que precisa ser dito.
Você sempre diz a si mesmo que tem muito tempo...

(frase do Filme: Encontrando o amor em Nebrasca). Sinopse: Avô viveu anos remoendo mágoas da filha que falecera sem desejar nenhum contato mais, após ela se casar com rapaz de família rival e reflete ao conhecer sua neta adulta agora. 

Foi um dos filmes que vi durante as celebrações natalinas e festas do final do ano quando me desliguei bastante do mundo virtual, até para dar leveza à alma e elaborar textos verdadeiros em sentimentos e palavras como gosto de fazê-los.

 

Mas a realidade social está tão pior quanto, motivo esse do meu queixume e desse desabafo. 

 

Belchior já observou isso:
Mas não se preocupe meu amigo
Com os horrores que eu lhe digo
Isto é somente uma canção
A vida realmente é diferente
Quer dizer, ao vivo é muito pior...


Qual dos mundos está mais nocivo, isso sim, é uma escolha difícil!

sábado, 11 de maio de 2013

Estudo revela que religiosos tem menos compaixão

 

"Só pela compaixão se pode ser bom." Joseph Joubert


 Imagem de JooJoo41/Pixabay Free          
  

   Alguma vez você já se perguntou: – Até onde eu prejudico o outro com minhas ações e atitudes?

A partir do momento que separamos pessoas por classes, dogmas,  orientação sexual, região, cor ou credo, perde-se o direito de se considerar religioso na real acepção da palavra, nega-se a máxima cristã "Faças ao seu semelhante somente o que queres para si mesmo".

A ética é padrão universal, mas se não é suficiente para entender, opta-se pela ética cristã numa linguagem mais simples.

Quando há um catástrofe, doação de sangue, acolhimento de feridos, desabrigados, aceitaremos de bom grado a ajuda do ateu, judeu, protestante, católico, agnóstico, evangélico, anglicano, espiritualista, pois a vida, a dignidade deve permanecer acima de qualquer sentimento mesquinho, interesse próprio e material. Imagine você prestes a cair num precipício, mas do nada aparece uma pessoa com uma corda. Duvido que uma pessoa que ama a vida vai trocá-la por estupidez.

Segundo o estudo abaixo, "Pessoas religiosas agem por compaixão menos que ateus e agnósticos", ou seja, são criteriosas e seletivas. A religião sempre dividiu pessoas em boas e más, abençoadas ou não, segundo seus critérios, sejam cristãos, calvinistas ou luteranos. "Ame o teu próximo como a ti mesmo" paira a dúvida que as pessoas odeiam a si mesmas muito mais do que se amam, faltam alguns “A” Autoconfiança, Amor-próprio, Autoestima. Alguém agiu como “pai crítico” desde a infância. Não interrompeu o ciclo e buscou por cura interior.


 

                       Imagem de KirsiV/ Pixabay Free 

Segundo Robb Willer, coautor do trabalho e psicólogo social da Universidade da Califórnia, Berkeley (EUA), o estudo descobriu “que para pessoas menos religiosas, a força de suas conexões emocionais a outras pessoas é crítica para determinar se elas vão ajudar esta pessoa ou não. As pessoas mais religiosas, por outro lado, baseiam sua generosidade menos na emoção, e mais em outros fatores, como doutrina, identidade comunal, ou preocupações com a reputação”. 


Quando se trata de ajudar o próximo, ateus e agnósticos são mais propensos a agir por compaixão do que pessoas religiosas. Pelo menos foi o que um novo estudo descobriu.


Os resultados não querem dizer que pessoas que são altamente religiosas não fazem doações ou não ajudam, mas sim que a caridade é movida por outras coisas, que não a compaixão.


O interesse nesta questão partiu de Laura Saslow, uma das coautoras e atualmente estudante de pós-doutorado na Universidade da Califórnia, São Francisco. Um amigo não religioso se lamentou ter doado dinheiro para a recuperação do terremoto no Haiti somente depois de ver um vídeo emocionante de uma mulher sendo retirada dos escombros, e não por uma compreensão lógica de que a ajuda era necessária.

A experiência de ateus sendo influenciados por emoções para mostrar generosidade para estrangeiros fora então replicada em três grandes estudos sistemáticos.


No primeiro, Saslow e colegas analisaram dados de uma pesquisa nacional que consultou mais de 1.300 adultos em 2004. Nesta pesquisa, atitudes de compaixão foram ligadas a comportamentos generosos, e se descobriu que esta ligação era mais forte entre ateus e pessoas com religiosidade fraca do que entre as que eram bem religiosas.


No segundo experimento, 101 adultos viram um vídeo neutro ou emocional sobre crianças pobres. Elas receberam então 10 dólares falsos e lhes disseram que poderiam dar quanto quisessem para um estranho. Os menos religiosos eram os que davam mais depois de ter visto primeiro o vídeo emocional.


Finalmente, 200 estudantes relataram seu nível atual de compaixão e então jogaram jogos econômicos em que eles recebiam dinheiro para compartilhar ou não com um estrangeiro. Os que eram menos religiosos, mas estavam passando por um momento de compaixão dividiram mais.


Para entender os fatores que motivam a generosidade nas pessoas religiosas são necessários mais estudos. Porém, a pesquisa recente mostra claramente que a compaixão e empatia não são os únicos fatores.


Willer resume as descobertas em uma frase:
“A pesquisa sugere que, apesar de pessoas menos religiosas tenderem a ser vistas com mais desconfiança nos EUA, quando elas sentem compaixão, são muito mais inclinadas a ajudar seus semelhantes do que pessoas religiosas”. [Huffington Post]


Cesar Grossmann é formado em Engenharia Elétrica.
Transcrito da Fonte: www.hypescience.com

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Guimarães Rosa: “Viver é um descuido prosseguido”

Imagem de Sasin Tipchai por Pixabay

No Grande Sertão: Veredas, Rosa nos apresenta também o seu conhecimento sobre a vida e a dificuldade de viver e conviver. Em várias páginas desta obra, a vida marca as pessoas e esta marca oferece a oportunidade para a reflexão sobre si e sobre os outros. Ele diz: “o senhor sabe: o perigo que é viver…”; “Viver é um descuido prosseguido

Viver é perigoso porque a vida é única, pessoal, intransferível. Isto amedronta. É formidável. Quando se passam a outra pessoa as rédeas da própria vida, a pessoa se perde, se despersonaliza. Hoje, muitas pessoas se sentem incapazes de decidirem os rumos da sua vida. Dependem sempre de conselhos e de opinião de outras pessoas sobre si mesmas ou de leitura de livros de autoajuda.

Rosa escreveu que “cedo aprendi a viver sozinho”, isto é, aprendeu a decidir os rumos de sua vida desde pequenino. E, mais tarde, ele, feliz com a própria decisão, nos revela que “viver é muito perigoso, mesmo”.

Mas, a vida é sempre inédita, ela muda continuamente. E, Guimarães Rosa também descobre esta verdade e fica emocionado, ao afirmar que as pessoas vivem de maneira pessoal e que esta experiência é única. Ele diz: “viver é muito perigoso; e não é não. Nem sei explicar estas coisas. Um sentir é o do sentente, mas outro é o do sentidor”.

A vida é perigosa, mas é necessário o amor para viver perto da outra pessoa, sem o perigo de ódio. “Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura. Deus é que me sabe”.

Viver com a outra pessoa exige proximidade, olho no olho. Confidencialidade. “Viver perto das pessoas é sempre dificultoso, na face dos olhos”. O dia a dia leva muitas pessoas a não verem a outra pessoa. Tudo parece banalizado, sem sabor, sem sentimentos, sem paixão. O marido não percebe a esposa e os seus sentimentos, a esposa não sente a atenção do marido, pais e mães não conhecem os filhos, não conversam com eles. As relações são frias e interesseiras.

Esta experiência, às vezes, traz desconsolos e esperanças: “o senhor entende, o que conto assim é resumo; pois, no estado do viver, as coisas vão enqueridas com muita astúcia: um dia é todo para a esperança, o seguinte para a desconsolação”.

Ao mesmo tempo, pouco a pouco, há a alegria pessoal com a vida. Esta alegria supera a tristeza. É uma aprendizagem diária: “e fui vendo que aos poucos eu entrava numa alegria estrita, contente com o viver, mas apressadamente. A dizer, eu não me afoitei logo de crer nessa alegria direito, como que o trivial da tristeza pudesse retornar. Ah, voltou não; por oras, não voltava”.

Rosa nos mostra que ninguém nasce para permanecer perdido na vida. Cada pessoa tem a sua vida e pode descobrir a sua maneira única de viver consigo e com os outros. Sempre há caminhos, cada um tem o seu e sabe que tem. Ele mesmo quem diz:
 
Sempre sei, realmente. Só o que eu quis, todo o tempo, o que eu pelejei para achar, era uma só coisa – a inteira – cujo significado e vislumbrado dela eu vejo que sempre tive. A que era: que existe uma receita, a norma dum caminho certo, estreito, de cada uma pessoa viver – e essa pauta cada um tem – mas a gente mesmo, no comum, não sabe encontrar; como é que, sozinho, por si, alguém ia poder encontrar e saber? Mas, esse norteado, tem. Tem que ter. Se não, a vida de todos ficava sendo sempre o confuso dessa doideira que é. E que: para cada dia, e cada hora, só uma ação possível da gente é que consegue ser a certa”.

Na maturidade, (como é importante escutar os idosos, aprender com eles), Rosa nos diz que viver é aprender a viver: “O senhor escute meu coração, pegue no meu pulso. O senhor avista meus cabelos brancos… Viver – não é? – é muito perigoso. Porque ainda não se sabe. Porque aprender-a-viver é que é o viver, mesmo”.

Autoria by José Ildon Gonçalves da Cruz - Publicado em
Fonte: http://joseildon.wordpress.com/2008/08/09/guimaraes-rosa-na-abc-viver-e-muito-perigoso-mesmo-5/

domingo, 3 de outubro de 2010

Solidão - O mal do século

                               Imagem de Grae Dickason por Pixabay
                                                    
 Renato Russo profetizou: "a solidão é o mal do século" - provavelmente o artista não se referia à solidão de "estar só", mas à solidão de alma, um vazio, que não se preenche com palavras, protocolos e sociabilidade.

Com o advento da internet e a globalização, as pessoas se aproximaram mais, entretanto, se distanciaram dos laços parentais, familiares e amigos na vida real.

Não que isto seja de todo ruim, mas é algo para se refletir.

O que nos leva a agir assim?

Talvez, a impaciência de lidar com o outro, evitando choques e confrontos diretos, nos prepare para os elogios e não ao contrário.

Fica mais interessante acreditar em pessoas que nos dizem que somos lindos, perfeitos, inteligentes, virtuosos, enfim, o protótipo de tudo que realmente sonhamos ou desejamos ser, do que transformar nossas fraquezas e defeitos e trabalhar com elas em nosso favor para o bem.

Conviver com pessoas dá trabalho, estresse, pois requer flexibilidade, entrega, negociação, paciência, muitas vezes ceder, perder, fazer acordos, recuar, alma quebrantada, envolve discussão, diferenças, assertividade e reações cognitivas.

Mas é necessário, se a gente foge do embate, conflito ou atrito, uma hora temos que encarar de frente.

"É mais fácil viver de sombras do que de sóis", Zeca Baleiro diz em sua canção. Fato, pois é mais fácil criar um mundo imaginário do que enfrentar a nossa própria essência, e sobreviver viver às meias-verdades.

Guimarães Rosa cita: "A vida é assim, esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta.   O que ela quer da gente é coragem."

"Conheça a si mesmo", como já nos ensinou o filósofo Sócrates, é o primeiro passo para o autoconhecimento. 

Quem tem capacidade e discernimento para mapear seus próprios sentimentos e necessidades, enumerando seus pontos fortes (virtudes, qualidades e habilidades) e pontos fracos (defeitos, vícios e fraquezas), consegue, com maior rapidez, identificar os problemas que afetam seu desempenho pessoal e profissional no dia a dia. 

Tem mais condições de calcular os riscos, pedir ajuda se for necessário e construir ao redor um mundo mais equilibrado.

O segundo passo é o autocontrole - a capacidade de controlar as emoções, evitando agir/reagir por impulso. Quem é dotado de autocontrole contribui para reduzir os conflitos e disseminar a harmonia nos ambientes.

O terceiro passo é a Motivação

Uma característica marcante num verdadeiro líder, que pode ser traduzida como desejo realizado. Uma pessoa motivada, bem resolvida, busca realizar além das expectativas e tem paixão pelo que faz e desenvolve.

 Seu otimismo é seu compromisso e contribui para contagiar os funcionários ou familiares, os que estão ao seu redor.

Me pergunto: Como, diante de tantos desafios, empecilhos, sabotagens, pessimismo, diálogos ou carência, perseguir o otimismo?

Zig Ziglar dá uma dica: "As pessoas dizem frequentemente que a motivação não dura.  Bem, nem o banho - e é por isso que ele é recomendado diariamente".  👊

Faz parte do curso “Desenvolvimento Interpessoal”, do qual essa autora disponibiliza parte do seu tempo para voluntariado e voltado para o bem coletivo. 🧘‍♂️🙏