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domingo, 21 de setembro de 2014

Comportamento | Sociedade Celta.





Os povos celtas estiveram espalhados por quase todo o continente europeu. Não formaram um império, nem possuíam um governo centralizado. Não tinham um sistema de escrita e, portanto, a precisão cronológica sobre seu surgimento se baseia em escavações e em muitas pesquisas, datando de 1800 a 1500 a.C., na Europa Central e Ocidental.

Para os celtas, o mundo estava em constante transformação, noção baseada na experiência de observação e de adoração da natureza; o importante é o presente, o momento, a harmonia e a saúde do corpo e do espírito.

Foto: reprodução Internet.
Dentro da sociedade celta, a mulher dominava a religião. Podia ser uma guerreira e podia escolher o seu parceiro. Quando ela se casava, trazia para o casamento seus bens, e se eles fossem superiores aos do marido, ela se tornava chefe do casal. 

No casamento, privilegiava-se o amor, ao mesmo tempo em que era visto como um contrato que poderia ser rompido, pois existia o divórcio. 

São concepções interessantes para uma época tão distante porque, na verdade, a mulher celta era tudo o que a mulher de hoje “briga” muito por ser. A primeira grande lição que os celtas nos dão é a da observação e do respeito pela natureza. A filosofia de vida celta era muito simples: Para eles, a vida era um eterno movimento cíclico de transformação permanente: "nascemos, crescemos, morremos e renascemos". 

Há o momento certo para cada coisa: arar a terra, semear, colher. As estações do ano são a prova da Natureza de que sempre, após um inverno rigoroso, a chegada da primavera. Eles nos mostram que é preciso aprender a perder para ganhar depois. Outra coisa muito bonita e importante nos ensinamentos celtas é o valor que eles davam à amizade, ultrapassava qualquer fronteira, qualquer plano. 
Existe a expressão gaélica que retrata muito o valor que davam à amizade, anam cara (amigo da alma). 
Por Ana Elisabeth Cavalcanti da Costa, formada em  História e Estudos Sociais.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Sociedade: Convulsão Social

"Apertem os cintos, o bom senso sumiu". Ando desconfortável e acho preocupante essa "Convulsão Social" segundo significado ( um evento do qual a estrutura social, incluindo estratificação ( população separada por classes), distribuição de renda, hábitos culturais, enfim saem do controle e assola o nosso país, parece que de uma vez só liberamos todos os nossos demônios internos e entramos em ebulição.
imagem: Idade Medieval. google.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Medieval: O por que do Mês de Maio ser o mês das noivas.

 




Foto: noivacomclasse.com

Durante a idade média, a maioria se casava no mês de junho (início do verão, para eles), porque como tomavam o primeiro banho do ano em maio, em junho o cheiro ainda estava mais ou menos suportável. Entretanto, como já começavam a exalar alguns "odores", as noivas tinham o costume de carregar buquês de flores junto ao corpo, para disfarçar. Daí surgiu Maio como o "mês das noivas" e a origem do buquê explicadas. 

Para os celtas era o início do Festival de Beltane, o da fertilidade, simbolizando a união entre as energias masculina e feminina, o casamento entre o Deus e a Deusa, a Rainha de Maio, a Virgem. 


Uma festa alegre, em que as mulheres usavam coroas de flores e todos dançavam ao redor das fogueiras. Eles acendiam duas fogueiras, pois o costume é de passar entre elas para se livrar de todas as doenças e energias negativas. Nos tempos antigos, costumava-se passar o gado e os animais domésticos entre as fogueiras com a mesma finalidade.
Daí veio o costume de "pular a fogueira" nas festas juninas.



 













Uma das mais belas tradições, trata-se de um mastro enfeitado com fitas coloridas. Durante um ritual, cada membro escolhe uma fita de sua cor preferida ou ligada a um desejo. Todos devem girar trançando as fitas, como se estivessem tecendo seu próprio destino, colocando-os sob a proteção dos Deuses. É costume pagão jamais se casar em Maio, porque o festival era dedicado a honra da deusa.

Com o domínio da Igreja Católica e a criação da Inquisição, cujo objetivo era eliminar de vez as antigas crenças, e 1200 para cá, a Igreja Católica proibiu qualquer espécie de festividades, desde o casamento que não fosse outorgado por eles e declarou Maio como o mês de Maria, a mãe e rainha, transformado a festividade em rito da igreja. 


Como vemos nada é novo, apenas adaptado.
Fonte e Foto: Blog Site Google: Livros sobre História Medieval,  Tradições Celtas e Inquisição e Igreja.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Mundo Celta: Casados há um ano e um dia

 

Cultura Celta: Eu sou apaixonada pela era medieval, fascinada pela Cultura Celta.
Uma devoradora de romances a respeito e encantada por países como a Irlanda, Escócia, os  cavaleiros e guerreiros, vikings, normandos e os saxões..

Casamento Celta:

—Você me pertence. Eu te pertenço. Juntos formamos um só ser .
Uma das coisas, que me chamou atenção nos livros, e das quais fui aprofundar no assunto, trata-se do casamento celta, seus rituais, realizados ao ar livre e, que os noivos através de um contrato, por palavra ou assinado, contraiam matrimônio por 365 dias + 1 dia, ou seja, após um ano e um dia, eles poderiam oficializar a união permanente ou não, exceto se gerasse uma criança.


















O ritual é lindo e um dos costumes sagrados, é o Handfasting ou a "União das Mãos", onde os noivos fazem votos de fidelidade e amor um ao outro.




















Significado do Handfasting:
Segundo o estudo, trata-se é um antigo costume celta que era praticado em vários países europeus, incluindo Alemanha e Escócia e não foi de todo um ritual pagão. Ele realmente nasceu por necessidade.

Era uma prática comum na Europa para uma série de anos como um meio para um casal praticamente realizar sua cerimônia de casamento própria.

Observe que, para qualquer método de casamento medieval, o casamento para ser válido, não importava se houvesse qualquer testemunha ou não, com testemunhas apenas seria mais fácil de provar, não importava se havia padre presente ou não, se o casamento fora abençoado, nem sequer importava se o casamento fora consumado ou não.

Um casal que trocava consentimentos nas matas, cercados por esquilos apenas como as testemunhas, contra a vontade de seus pais, e nunca teve relações sexuais era legal pela lei de ambos: Igreja e Estado. O costume continuou a ser observado na Escócia, mesmo depois de Senhor Harwicke, um advogado e Lorde Chanceler decretar que qualquer casamento não realizado por um membro do clero era ilegal.

Embora a Lei do Casamento de 1753, como era chamado, fez muito para reduzir o número de casamentos clandestinos realizados sem o benefício do clero, observe que o casamento do período medieval foi regulamentado pelo direito canônico, não direito civil, a Escócia ainda persistia em reconhecer esses casamentos de “consentimentos” e assim foi feito até 1939. Desde 1200 que a Igreja Católica interferiu nos casamentos por consentimentos, como eram conhecidos, e em 1560 surgiu assim o divórcio e o recasamento para casos de parentesco, jovens demais ou já casados.

Enfim, handfasting acabara de ser considerado pecado perante uma sociedade católica, onde o domínio era do Clero e do Estado em conjunto. Um algum lugar no final do século 18, um mito que surgiu handfasting poderia ser usado como uma espécie de “julgamento” ou temporário casamento com duração de um ano e um dia, e depois desse período de tempo, ainda mais se o casal concordou em continuar com o casamento permanentemente.

No entanto, durante esse ano e um dia, se uma criança nasceu da união, o casamento era realmente considerado permanente.A partir deste mito, muitos grupos pagãos aderiram o handfasting, como um meio para que uma cerimônia de casamento fosse realizada, sem as bênçãos da igreja e sem necessariamente ser juridicamente vinculativo.

Amarrando o nó
















Handfasting é um ato físico de ligação das mãos do casal, juntamente com uma tira de pano, uma corda, ou o que quer que possam estar disponíveis.O casal cruza as mãos, mão direita para mão direita, da esquerda para a esquerda, fazendo uma figura oito, o símbolo do infinito.Para um handfasting estilo celta, durante a repetição dos votos que significam um compromisso com a outra pessoa e consigo mesmo, a corda é enrolada em torno das mãos do casal por três vezes. Outro embrulho mais complexo consiste em enrolar a corda no sentido das mãos cruzadas, no símbolo do infinito, terminando com um nó sobre as mãos cruzadas.

A tradição do Cordão Handfasting


Cordões Handfasting são mais práticos e atraentes para a maior parte do que fitas e tiras de pano e são geralmente usados em conjuntos de três.Os três cordões podem ser mantidos separados ou trançados em conjunto.Apesar de o casal poder escolher qualquer cor, na tradição usa-se o branco, pela pureza, o azul da fidelidade, e vermelho para a paixão.

Os cordões com variações de cores medem geralmente dois metros de comprimento.Na Polônia, um handfasting é chamado de “zrekowiny” e o costume é usar somente branco nos cordões.
Em muitos casamentos, os cordões são passados entre os convidados para que cada um deles dê uma bênção ao casal, antes de ser entrelaçado nas mãos dos nubentes.

fotos e fonte: pesquisa by google - domínio público - blogs diversos.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

O FEUDALISMO NA ERA MEDIEVAL

"Aquele que botar as mão sobre mim para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo." Proudhon.

                           



FEUDALISMO

O feudalismo foi o sistema sócio-econômico dominante na Idade Média. É derivado de feudo: área de direito do senhor sobre as pessoas, coisas e terras.

Periodização: Séc. III - VIII - formação do Feudalismo, tem início com as primeiras invasões bárbaras; Séc. VIII - XI - apogeu do Feudalismo; Séc. XI - XV - decadência.

O feudalismo ocorreu entre o século V e XV, após a queda do Império Romano e que se divide em pequenos reinos, porém esses reinos não foram capazes de solucionar os problemas de segurança das pessoas, e no século V a população começa a fazer um êxodo urbano, pois a população estava indefesa contra os ataques  dos Germanos procurando assim se esconder dos ‘‘bárbaros’’. 

A sociedade feudal formada pela aristocracia proprietária de terras (composta pelo alto clero e pela nobreza) e pela massa de camponeses (servos e vilões não proprietários). O clero ocupa papel relevante na sociedade feudal. Os sacerdotes destacavam-se como servidores de Deus, detentores da cultura e administradores das grandes propriedades da Igreja, além de sua marcante ação assistencial aos desvalidos. A Igreja procurava legitimar o modo de agir da aristocracia, afirmando que Deus tinha distribuído tarefas específicas a cada homem e que, portanto, uns deviam rezar pela salvação de todos (o clero), outros deviam lutar para proteger o povo de Deus (a nobreza) e os outros deviam alimentar com seu trabalho, aqueles que oravam e guerreavam (os camponeses). 

O feudo

Em geral, um feudo, que era uma grande propriedade rural, tinha o castelo (residência do senhor feudal, sua família e empregados), a aldeia (onde moravam os servos), a igreja, a casa paroquial, os celeiros, os fornos, os açudes, as pastagens comuns e o mercado.

As terras eram divididas em manso senhorial, manso servil e manso comunal. As terras aráveis dividiam-se em três faixas: uma para o plantio da primavera, outra para o plantio do outono e outra que ficava em repouso. A cada ano, invertia-se a utilização das faixas de forma que sempre uma estivesse em descanso. Esse sistema de plantação é conhecido como “sistema de três campos”.

A sociedade feudal

A sociedade feudal possuía uma rígida divisão entre os grandes proprietários de terras e os despossuídos desse bem.

O primeiro grupo era composto pelos nobres, conhecidos também como senhores feudais, e o segundo pelos servos da gleba. Os servos eram os responsáveis por todo trabalho braçal, desde a agricultura até o trabalho artesanal. Viviam presos à terra do seu senhor e não podiam abandoná-la; em troca, recebiam proteção e não podiam ser vendidos como os escravos. Pagavam pesadas obrigações, sendo as principais:

  • Corveia – Constituía no trabalho obrigatório do servo nas terras do senhor, durante alguns dias da semana.
  • Talha – Era o pagamento feito pelo servo, correspondente a uma parte da produção obtida no manso servil.
  • Banalidades – Eram os pagamentos feitos pelo servo pelo uso do forno, do moinho ou de qualquer outra dependência pertencente ao senhor feudal.
  • Mão-morta – Quando um servo morria, seus herdeiros pagavam uma taxa para o senhor feudal a fim de continuar na terra e assumir o lugar do pai.
  • Tostão de Pedro – Relativo ao dízimo pago pelo servo à Igreja.

A posição social a ser ocupada por um indivíduo era determinada pelo seu nascimento. Dessa maneira, um filho de nobre era sempre um nobre, enquanto um filho de servo seria sempre um servo. Isso demonstra que o feudalismo era uma sociedade estamental, ou seja, um indivíduo que pertencesse a um determinado grupo dificilmente passaria a pertencer a outro. Quase não havia mobilidade social.

A divisão mais conhecida e aceita da sociedade feudal era: aqueles que guerreavam (os nobres), aqueles que rezavam (o clero da Igreja Católica) e aqueles que trabalhavam (os servos). Contudo, é preciso ressaltar que havia ainda pequenos proprietários rurais, cujas ter­ras, além de pequenas, ficavam em áreas não muito propícias à agricultura, o que os torna­va dependentes dos grandes senhores. Esses homens, chamados vilões, recebiam um trata­mento mais brando do que os servos da gleba.




A sociedade feudal era totalmente rural, pois a vida girava em torno dos feudos. As cidades, por essa época, ficaram praticamente abandonadas. A riqueza, portanto, consistia na posse de terras, privilégio detido apenas pelos nobres e pela igreja e que eles tratavam de manter somente para si. As leis, baseadas na tradição e nos costumes (Direito Consuetudinário, herdado dos germânicos), juntamente com a Igreja Católica, legitimavam as relações sociais.

A economia feudal

A economia era agrária e de subsistência, pois cada feudo produzia o necessário para sua reprodução. Os poucos excedentes eram trocados entre seus produtores, sem a utilização de moeda. A essa troca natural de um produto por outro sem a intermediação monetária damos o nome de escambo.

A propósito, a atividade comercial monetarizada era praticamente inexistente. Lembre-se de que a Europa se encontrava feudalizada, entre outros motivos, devido exatamente ao seu isolamento em relação a outros mercados, como o Oriental, por exemplo.

A política feudal

A política era marcadamente descen­tralizada, ou seja, cada senhor feudal tinha o comando de seu feudo como se fosse seu “pequeno país”. Isso era uma consequência do enfraquecimento do poder real, ocorrida a partir do século IX, na divisão do Império Carolíngio.

Como a posse da terra era a essência do poder, as relações senhoriais baseavam-se nos laços de suserania e vassalagem. Um senhor feudal dava uma parcela de sua propriedade a um outro nobre. O nobre doador passava a ser o suserano e o nobre recebedor, o vassalo.

Estabelecia-se entre ambos relações de direitos e deveres: o suserano devia ao vassalo proteção militar, garantia de posse ao feudo doado, tutela sobre os herdeiros e sobre a viúva do vassalo morto; o vassalo, por sua vez, tinha a obrigação de colocar seu exército à disposição do suserano, dar-lhe hospedagem e contribuir para o dote e armação dos seus filhos.

A cerimônia de atribuição de um feudo compreendia, primeiro, a homenagem, na qual o vassalo se colocava de joelhos e jurava fidelidade; em seguida, o senhor permitia que ele se levantasse e então realizava a investidura, representada por qualquer objeto, simbolizando a terra enfeudada.

Como a doação de terras ocorria apenas entre nobres, essa postura mantinha o poder político apenas nas mãos desse estamento, de maneira descentralizada. Os descendentes do poder real tornaram-se os primeiros grandes suseranos, mas não tinham poder além de suas terras.


Aspectos culturais do feudalismo:

A preponderância da Igreja Católica

A Igreja Católica, dividida em alto clero (bispos, cardeais e papa) e baixo clero (padres) foi a mais importante instituição da Europa à época do feudalismo, pois foi a única que conseguiu sobreviver e ainda se fortalecer durante as invasões ocorridas durante a Alta Idade Média.

Por esta razão, a Igreja tornou-se responsável pela cultura essencialmente teocêntrica que marcaria não apenas o feudalismo, mas toda a Idade Média. Entende-se por cultura teocêntrica uma visão de mundo na qual Deus está no centro do universo e de todas as ações, ocorrências e realizações. Nada acontece sem que Deus queira. Em síntese: a vida gira em torno da vontade de Deus.

A sociedade, a economia e a política típicas do período feudal foram justificadas e legitimadas pela Igreja. Todos os setores da atividade humana eram controlados por ela. Nas artes, os temas eram de inspiração religiosa; as ciências partiam dos pressupostos bíblicos para explicar os fenômenos naturais; na literatura, predominaram a produção e a reprodução de obras religiosas, todas escritas na língua oficial da Igreja, ou seja, o latim. O lucro e a usura (cobrança de juros) eram proibidos, o que desestimulava ainda mais a prática do comércio.

A educação era monopólio eclesiástico. A escrita e a leitura eram privilégios de religiosos. A nobreza dependia de assessores oriundos da Igreja para comporem seus quadros administrativos.

A permanência dos grupos sociais nos seus estamentos de origem era defendida pelo clero católico, com a justificativa de que se tratava de algo natural, isto é, do resultado da vontade de Deus.

Foi também a iniciativa da Igreja que resultou na formação das Cruzadas, expedições ao mesmo tempo militares e religiosas, cujo fundamento central era combater os “infiéis” muçulmanos. Contudo, as Cruzadas abriram um novo tempo para a Europa, provocando, inclusive, o fim do feudalismo.

Acréscimo: Outras taxas cobradas:

  • capitação: imposto pago por cada membro de uma família
  • formariage: taxa paga para se casar.
  • albergagem: alojamento e produtos para os senhores em viagem.
  • justiça - Quando um servo requeria o julgamento de um senhor feudal 

Transcritos das Fontes:

Para ler na íntegra acesse os links abaixo:

FEUDALISMO - 2013

www.coladaweb.com/historia/feudalismo  

Mais assuntos relacionados ao Feudalismo:

https://sites.google.com/site/historia1958/feudalismo