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quinta-feira, janeiro 07, 2021

DIA DO LEITOR

      Ler para adquirir conhecimento, discernimento e imaginação.

Hoje, 7 de Janeiro, "Dia Do Leitor", porém, nós deveríamos diariamente selecionar um livro para ler. Ler é dar azo à imaginação, descobrir novos caminhos, confrontar ideias e ter o mundo dentro de si sem sair do lugar, desenvolver capacidade cognitiva e fugir do senso comum.



Imagem de mohamed Hassan por Pixabay

A leitura, na visão de outras pessoas sobre mundo, sociedade, sistema e coisas são ‘parâmetros’ para nossas inquietações, angústias, incertezas, dúvidas, questionamentos e indagações. Os livros são cruciais para a construção de uma pessoa mais humanizada, civilizada e educada.

Infelizmente, a pesquisa de 2015 a 2019 em relação à última elaborada e disponibilizada em setembro de 2020 e se encontra à disposição para leitura ou download no site do Instituto Pró-Livro pelo link direto https://www.prolivro.org.br, não traz boas perspectivas.

De acordo com a pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil" apresentada pelo Instituto Pró-Livro (IPL) em 2016, 44% da população não lê e 30% nunca comprou um livro.

Segundo Luís Antonio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL) em entrevista dada para a Edição Do Brasil  (2018) esse fenômeno se deve ao falta de estímulo, o "hábito da leitura se dá em casa", por meio dos pais ou responsáveis e, em segundo lugar, o professor". 

Houve um considerável retrocesso na busca pelo conhecimento, ao contabilizar 4,6 milhões de leitores de quatro anos para cá que deixaram de ler, lamentávelmente. Deveriámos ser incessantes na busca pelo saber, pensamento crítico e não leitores de um livro só, mas livres de alienação.

                                    LEI TAMBÉM:


 
“O estudo, realizado de 4 em 4 anos desde 2007 (sendo a edição de 2001 realizada por Abrelivros, CBL, Snel e Bracelpa), pelo Instituto Pró-Livro, é o mais completo estudo do comportamento leitor do brasileiro. A intenção é avaliar o comportamento do leitor no país e contribuir para o estabelecimento de politicas públicas que favoreçam o estímulo à leitura. 

Esta edição foi realizada em parceria com o Itaú Cultural, contando com um total de 8.076 entrevistas, em 208 municípios, sendo 5.874 nas capitais de 26 estados e Distrito Federal. Os resultados podem ser analisados para o total do Brasil, pelas cinco regiões e por capitais.
 
Entre as novidades desta edição, constam os hábitos e interesses do leitor de livros de literatura, tanto em papel como em outras plataformas. Todos os dados foram ponderados considerando os dados
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) de 2017, do IBGE”. Para ler todas as edições, acesse link Download das Edições

Sem grana para comprar um livro? Aham, eis a solução: Basta acessar o site Domínio Público e terá diversas obras à disposição!

Aproveita e leia gratuitamente. Eu vou repitar as minhas palavras em 2019 e as reflita bem devagar:

“Viver sem pesquisar, sem conhecimento e sem ler é passar pela vida às cegas, sendo guiado por ideias daqueles que as desejam passar suas ideias como suas verdades, sem questionar, ditadas para o senso comum para satisfazer a pessoa mediana na sua zona de conforto”.

Faça uma Boa Viagem!

domingo, agosto 02, 2015

O ESPELHO E O NOSSO VERDADEIRO EU

“Nada menos de duas almas. Cada criatura humana traz duas almas 
consigo: uma que olha de dentro para fora, outra que olha de fora para entro... Espantem-se à vontade, podem ficar de boca aberta, dar de ombros, tudo; não admito réplica." -   Machado de Assis em "O Espelho".


 
Ufa, finalmente terminei de ler e a complexidade de Machado
não é fácil, mexe com nossos sentimentos mais profundos e reflexão.

Eu fiz uma pesquisa com as amigas Marta e Vanda na semana passada
para ver o que elas pensavam a respeito dessa citação tão impactante.

E elas tinham opinião parecida com a minha. Em algumas análises
que li, alguns acham que o autor se refere à alma, no sentido espiritual,
uma está interligada com a outra e não podem se dividir. Com a ruptura, 
se encolhe e se perde na sua essência.

Eu entendo mais como personalidade e o ego. De que passamos a ser
e a viver de acordo com a imagem que os outros fazem de nós, e 
esquecemos do nosso verdadeiro eu, da essência real.

Na maioria das vezes, confundidos com a função social da qual exercemos, assumimos a identidade da qual a sociedade nos reconhece, incorporamos 
um personagem de modo a angariar prestígio e mais respeito.

No entanto, o espelho é o nosso verdugo, porque ele nos mostra nosso
verdadeiro eu sem máscaras, aquilo que somos quando não estamos 
diante dos outros, representando nosso papel, sem nossa armadura externa. 

A impressão é que, ao tentar separar essas duas almas, a analogia entre 
"alma e laranja" ou seja, quando repartida em duas, se veem pela metade, incompletas.

Um rápido resumo de “O espelho” Machado de Assis descreve sobre
Jacobina, um alferes (posto militar na época)que orgulhava-se de
sua farda e vivia em Santa Teresa, bairro conceituado do RJ.

Orgulho de toda família, passou a ser chamado de "Sr. Alferes" e
durante suas férias na fazenda de sua tia, pelo status alcançado
lhe foi destinado o melhor quarto, mobília e um espelho enorme,
oriundo da família real. Começou a se ver como os outros lhe viam, 
e não mais como o seu eu verdadeiro.

Ao ficar sozinho na fazenda, passou a ter como companhia o espelho,
e a angústia de que sua alma externa havia também o abandonado.

Ao trocar a farda por um pijama, com o tempo percebe que sua imagem 
refletida no espelho estava desaparecendo e sumindo. Já não era mais o respeitado Alferes, então vestia sua farda, e ao estar diante do espelho, lá se reconhecia novamente.
Mas sempre se sentia incompleto.



Finalizando, valorizamos mais a imagem externa do que nosso interior.
Muitas vezes, ganhamos esse respeito, não por quem somos, mas pelo
que representamos. E no fim, quando sós a nossa consciência é o nosso
espelho, que se revela de forma angustiante, sem a nossa pele externa, 
estamos desprotegidos e passamos a ser um indivíduo comum,
inseguros com a pela interna.

Sem a primeira, a segunda perde o seu glamour perante os olhos dos outros. 
Vem de encontro ao filme "A pele que habito" inspirado no livro "Tarântula" de Thierry Jonquet.

E a pergunta que não quer calar:
— Estamos nós, confortáveis com a "pele" em que vivemos?.
"A roupa faz o homem" diz o ditado, mas quanto à essência?

imagens: Reprodução. /internet

Livros de Machado de Assis - Acesse a Biblioteca do MEC Machado de Assis e o Site Domínio Público 

domingo, fevereiro 10, 2013

300 LIVROS VIRTUAIS PARA BAIXAR E LER













Descartes dizia: "Penso, logo existo" , traduzindo... Se penso, logo duvido,  pesquiso e logo existo, como um ser individual, não massificado.
E para aqueles que fugiam da leitura porque achavam livros caros não há mais desculpas.

Desde 2004, o governo brasileiro inaugurou o site  Domínio Público,  tem por missão divulgar a cultura gratuitamente para todos os brasileiros, com mais de 700 obras, dentre as quais 300 são as mais importantes para a literatura brasileira, sendo marcadas como questões comuns em concursos públicos, vestibular e ENEM, o site da www.vejaisso.com/300-livros  disponibilizou o link dos mais importantes. 

A meu ver todos devem, sem exceção buscar por conhecimento e cultura, independente de qualquer outro objetivo ou meta. Tudo  pode ser roubado, tomado, perdido, menos o Conhecimento. 


Antes que alguém questione se isso é ético devido ao direito à propriedade intelectual, segundo o jornalista Alessandro Martins do blog livroseafins.com  há 04 leis brasileiras diferentes e de épocas distintas que dizem quando uma obra entra em domínio público – isto é, determina quando os direitos autorais expiram -, de acordo com o ano em que seu autor morreu e a última delas - a  Lei nº 9.610 de 1998 revogou a lei de 1973 aumentando o prazo de proteção para 70 (setenta anos), fluindo esse prazo a partir de janeiro do ano subsequente ao falecimento do autor. Se o autor morreu em setembro de 1999, por exemplo, o prazo passa a contar a partir de janeiro de 2.000. Em janeiro de 2071, a sua obra já estará em domínio público.

Embora, baixar os livros não é crime, porém, de acordo com o site Consultor Jurídico  desde que seja sem  o "intuito de lucro" somente para seu uso privado,  segundo entendimento do STF, de acordo com artigo 184 do Código Penal Brasileiro”-  fora isso é crime e passivo de prisão.

 
"O coração, se pudesse pensar, pararia".
"Tudo me interessa e nada me prende. Atendo a tudo sonhando sempre. 
Se escrevo o que sinto é porque assim diminui a febre de sentir. 
O que confesso não tem importância, pois nada tem importância". 

«Os meus hábitos são da solidão, que não dos homens»; não sei se foi Rousseau, se Senancour, o que disse isto. Mas foi qualquer espírito da minha espécie — não poderei talvez dizer da minha raça.

Trechos de Desassossego - por Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa).


Imagens extraídas do site Pixabay - grátis.