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domingo, agosto 23, 2015
Cena da animação - "A Terceira Margem do Rio" de Viviane Faria Gomes.
A Terceira Margem do Rio do aclamado escritor mineiro Guimarães Rosa, um dos mais célebres de todos os tempos, está retratado de forma brilhante nesta ilustração.
Com trilha sonora de Almir Sater a belíssima instrumental Fronteira, o trabalho bem elaborado por Viviane Faria Gomes para a conclusão do curso de Design Gráfico.
Segundo ela viajou até Minas Gerais, para compreender toda a essência da obra, pesquisa em campo e pessoas diversas. E o resultado da Narrativa ilustrada de forma singela. Li algum tempo, mas trata-se de um conto em forma de metáfora, narrado pelo filho sobre a história de seu pai, que constrói uma canoa, para morar na terceira margem do rio, em busca de isolamento. Nos faz questionar nossa existência - regras das quais seguimos à risca, e até que ponto vivemos realmente? (Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho), abrimos mãos de nossos valores, sonhos, em prol das responsabilidades, convivência social e familiar, quando na verdade, estamos solitários até a alma.
Segundo ela viajou até Minas Gerais, para compreender toda a essência da obra, pesquisa em campo e pessoas diversas. E o resultado da Narrativa ilustrada de forma singela. Li algum tempo, mas trata-se de um conto em forma de metáfora, narrado pelo filho sobre a história de seu pai, que constrói uma canoa, para morar na terceira margem do rio, em busca de isolamento. Nos faz questionar nossa existência - regras das quais seguimos à risca, e até que ponto vivemos realmente? (Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho), abrimos mãos de nossos valores, sonhos, em prol das responsabilidades, convivência social e familiar, quando na verdade, estamos solitários até a alma.
Talvez no descer e subir das águas, no vai e vem das águas intrépidas, ora remansas, que contornam obstáculos das pedras, está a resposta, de que a vida assim como o curso do rio, não deveria seguir numa única direção e estagnada.e, eu, rio abaixo, rio a fora, rio a dentro — o rio.
Para ler o conto na íntegra: A Terceira Margem do Rio
"A arte existe para que a realidade não nos destrua." Nietzsche.
Conteúdo criado por humana ♒
quinta-feira, novembro 17, 2011
O Rouxinol e a Rosa
Por Oscar Wilde
Resumo
“Ela disse que dançaria comigo
se eu lhe trouxesse rosas vermelhas...
porém em todo o meu jardim
não existe uma única
rosa vermelha.”.
Um rouxinol escuta o desabafo e
encantado com a declaração de amor e
o sofrimento do rapaz, fica em silêncio debaixo
do carvalho
pensando sobre os mistérios
do amor.
O lagartinho verde,
O lagartinho verde,
a borboleta e a margarida
riem
riem
da angústia do rapaz.
O rouxinol alça vôo para encontrar
uma
rosa vermelha que possa realizar
os desejos decantados
do jovem.
Encontra roseiras de rosas brancas
e amarelas e sob a janela
do estudante,
do estudante,
uma roseira de
rosas vermelhas,
rosas vermelhas,
mas que castigada pelo inverno
não consegue dar vida à suas flores.
Só há um jeito de consegui-la,
mas é muito terrível!
“Se quiser uma rosa vermelha,
você terá de construí-la
de música ao luar,
tingindo-a com o sangue
do seu próprio coração.
Terá de cantar para mim
a noite inteira, e o espinho
terá de furar
terá de furar
o seu coração,
e o sangue que o mantém vivo
terá de correr para
as minhas veias,
transformando-se em
meu sangue.”
meu sangue.”
O rouxinol pensa que a vida
é um preço alto por uma rosa,
porém está convencido de que
o amor é melhor do que a vida...
Voa novamente como uma sombra
pelo jardim e,
ao encontrar o jovem ainda deitado
na relva,
afirma
que ele terá sua rosa e
só lhe pede em troca que
“seja um amante fiel e verdadeiro,
pois o Amor é mais sábio do que
a Filosofia, embora ela seja sábia,
e mais poderoso do que o Poder,
embora este
seja poderoso.”
O estudante não entende
a profundidade das palavras
do rouxinol,
porque só conhecia as coisas
que vêm escritas nos livros,
mas o carvalho que abriga o ninho
da família do rouxinol entende e
pede uma última canção.
O jovem diante do forte canto
se questiona
se o rouxinol teria sentimentos
e conclui que como a maioria
dos artistas ele é todo estilo,
sem qualquer sinceridade.
“Ele jamais se sacrificaria pelos outros.”
Quando a lua surgiu, o rouxinol voou
para a roseira e cravou seu peito
no espinho.
Durante toda a noite, ele cantou o amor:
o nascimento, a paixão entre a alma
de um homem
e uma mulher e o
amor
que fica perfeito com a morte...
A rosa ficou rubra,
a lua se esqueceu da madrugada,
mas o rouxinol não pode ver as
pétalas florescendo
ao frio do ar da manhã,
pois estava caído na relva,
morto com um espinho
atravessado no peito.
O estudante acorda e
vê a linda rosa,
Corre para a casa da filha
do professor.
do professor.
Encontra a jovem sentada
na porta
na porta
e entrega
a rosa vermelha:
“Aqui está a rosa
mais vermelha
do mundo inteiro.
Use-a junto ao seu coração
hoje à noite, e enquanto estivermos
dançando
eu lhe direi
o quanto a amo.”
A moça, aborrecida,
disse que a rosa não combinaria
com seu vestido, além do mais
ganhou
uma jóia de verdade
do sobrinho
de
um homem ilustre.
O estudante com raiva atira
a rosa na rua, onde ela cai
na sarjeta
e uma carroça acaba
passando por cima.
O estudante volta para
seu quarto e começa
a ler
um livro
empoeirado.
“Que coisa tola é o amor!
Não tem a metade da utilidade
da Lógica,
pois não prova nada,
e fica sempre dizendo
a todo mundo coisas
que
não são verdades.
Enfim, não é nada prático e,
como hoje em dia ser
prático
é o importante,
vou voltar à Filosofia
e
estudar Metafísica.”
“O Rouxinol e a rosa” é um dos contos
do livro “Histórias de fadas”, publicado pela
primeira vez em 1888.
O autor, Oscar Wilde, escreveu estas histórias
para os próprios filhos e
sua intenção era mostrar,
sua intenção era mostrar,
além dos príncipes, gigantes e
rouxinóis,
rouxinóis,
a vida como ela é e
como
como
deve ser vivida.
A beleza poética das histórias
resgata a tristeza do tema:
cada personagem assume
a beleza e a feiura,
a riqueza e a
miséria humana.
Adaptado por
Helena Sut
Helena Sut
foto enviada por
Maria Helena Spirindioni/ FB
Tags:
conto,
literatura,
Livros,
O Rouxional e a Rosa,
Oscar Wilde,
reflexão
"A arte existe para que a realidade não nos destrua." Nietzsche.
Conteúdo criado por humana ♒
segunda-feira, novembro 15, 2010
Contos Sufi de Nasrudin
Isso também Passará
Imagem de Pexels por Pixabay |
confuso.
Os sábios resolveram dar um anel ao rei, desde que o rei seguisse certas
condições: Debaixo do anel existe uma mensagem, mas o rei só deverá
abrir o anel quando ele estiver num momento intolerável.
Se abrir só por curiosidade, a mensagem perderá o seu significado.
O rei seguiu o conselho. Um dia o país entrou em guerra e perdeu.
Houve vários momentos em que a situação ficou terrível, mas o rei não abriu o anel porque ainda não era o fim.
Fugiu do reino para se salvar.
O inimigo o seguiu, mas o rei cavalgou até que perdeu os companheiros
e o cavalo. Seguiu a pé, sozinho, e os inimigos atrás; era possível ouvir o ruído dos cavalos.
Os pés sangravam, mas tinha que continuar a correr. O inimigo se
aproxima e o rei, quase desmaiado, chega à beira de um precipício.
Os inimigos estão cada vez mais perto e não há saída, mas o rei
ainda pensa:
-Estou vivo, talvez o inimigo mude de direção. Ainda não é o momento
de ler a mensagem.. Olha o abismo e vê leões lá embaixo, não tem
mais jeito. Os inimigos estão muito próximos, e aí o rei abre o anel e lê
a mensagem: "Isto também passará".
De súbito, o rei relaxa. Isto também passará e, naturalmente,
o inimigo mudou de direção. O rei volta e tempos depois reúne seus
exércitos e reconquista seu país.
Há uma grande festa, o povo dança nas ruas e o rei está felicíssimo, chora
de tanta alegria e de repente se lembra do anel, abre-o e lê a mensagem:
"Isto também passará".
Novamente ele relaxa, e assim obtém a sabedoria e a paz de espírito.
Em qualquer situação, boa ou ruim, de prosperidade ou de dificuldades,
em que as emoções parecem dominar tudo o que fazemos, é importante
Os pés sangravam, mas tinha que continuar a correr. O inimigo se
aproxima e o rei, quase desmaiado, chega à beira de um precipício.
Os inimigos estão cada vez mais perto e não há saída, mas o rei
ainda pensa:
-Estou vivo, talvez o inimigo mude de direção. Ainda não é o momento
de ler a mensagem.. Olha o abismo e vê leões lá embaixo, não tem
mais jeito. Os inimigos estão muito próximos, e aí o rei abre o anel e lê
a mensagem: "Isto também passará".
De súbito, o rei relaxa. Isto também passará e, naturalmente,
o inimigo mudou de direção. O rei volta e tempos depois reúne seus
exércitos e reconquista seu país.
Há uma grande festa, o povo dança nas ruas e o rei está felicíssimo, chora
de tanta alegria e de repente se lembra do anel, abre-o e lê a mensagem:
"Isto também passará".
Novamente ele relaxa, e assim obtém a sabedoria e a paz de espírito.
Em qualquer situação, boa ou ruim, de prosperidade ou de dificuldades,
em que as emoções parecem dominar tudo o que fazemos, é importante
que nos lembremos de que tudo é passageiro, de que tudo passará,
de que é impossível perpetuarmos os momentos que vivemos,
queiramos ou não, sejam eles escolhidos ou não.
A ansiedade, freqüentemente, não nos deixa analisar o que nos ocorre com objetividade. Nem sempre é possível, mesmo, mas, em muitos momentos, precipitamos atitudes que só pioram o que queríamos que melhorasse, e é nos relacionamentos amorosos que isso ocorre quase sempre.
de que é impossível perpetuarmos os momentos que vivemos,
queiramos ou não, sejam eles escolhidos ou não.
A ansiedade, freqüentemente, não nos deixa analisar o que nos ocorre com objetividade. Nem sempre é possível, mesmo, mas, em muitos momentos, precipitamos atitudes que só pioram o que queríamos que melhorasse, e é nos relacionamentos amorosos que isso ocorre quase sempre.
A calma, conforme o ditado popular, pode ser o melhor remédio diante daquilo que não depende de nós...
Manter as emoções constantemente sob controle é pura fantasia e
qualquer um já viveu a sensação de pânico ao perceber que o que mais
se valoriza está escapando por entre os dedos.
Conclusão:
"Dar tempo ao tempo", não é sintoma de passividade, mas de sabedoria na maior parte dos casos. Nada é permanente!
Quem foi Narusdin segundo o site
https://arteref.com/filosofia/25-contos-de-sabedoria-para-voce-ler-para-toda-a-familia/ que traz diversos contos sobre:
É considerado um filósofo e sábio populista, lembrado por suas histórias engraçadas e anedotas. Acredita-se que tenha nascido no século XIII em Akshehir, na atual Turquia. Originário do folclore da Turquia, o personagem Nasrudin é um mulá (que em árabe significa “mestre”)
"A arte existe para que a realidade não nos destrua." Nietzsche.
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