segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Isto também passará

Contos Sufi de Nasrudin 

Isso também Passará

Imagem de Pexels por Pixabay













Havia um rei muito poderoso que tinha tudo na vida, mas sentia-se
confuso.

Os sábios resolveram dar um anel ao rei, desde que o rei seguisse certas
condições: Debaixo do anel existe uma mensagem, mas o rei só deverá
abrir o anel quando ele estiver num momento intolerável.

Se abrir só por curiosidade, a mensagem perderá o seu significado.
O rei seguiu o conselho. Um dia o país entrou em guerra e perdeu. 
Houve vários momentos em que a situação ficou terrível, mas o rei não abriu o anel porque ainda não era o fim. 
Fugiu do reino para se salvar.


O inimigo o seguiu, mas o rei cavalgou até que perdeu os companheiros 
e o cavalo. Seguiu a pé, sozinho, e os inimigos atrás; era possível ouvir o ruído dos cavalos.

Os pés sangravam, mas tinha que continuar a correr. O inimigo se
aproxima e o rei, quase desmaiado, chega à beira de um precipício.
Os inimigos estão cada vez mais perto e não há saída, mas o rei
ainda pensa:


-Estou vivo, talvez o inimigo mude de direção. Ainda não é o momento
de ler a mensagem.. Olha o abismo e vê leões lá embaixo, não tem
mais jeito. Os inimigos estão muito próximos, e aí o rei abre o anel e lê
a mensagem: "Isto também passará".


De súbito, o rei relaxa. Isto também passará e, naturalmente,
o inimigo mudou de direção. O rei volta e tempos depois reúne seus
exércitos e reconquista seu país.

Há uma grande festa, o povo dança nas ruas e o rei está felicíssimo, chora
de tanta alegria e de repente se lembra do anel, abre-o e lê a mensagem:
"Isto também passará".

Novamente ele relaxa, e assim obtém a sabedoria e a paz de espírito.


Em qualquer situação, boa ou ruim, de prosperidade ou de dificuldades,
em que as emoções parecem dominar tudo o que fazemos, é importante 
que nos lembremos de que tudo é passageiro, de que tudo passará,
de que é impossível perpetuarmos os momentos que vivemos,
queiramos ou não, sejam eles escolhidos ou não.


A ansiedade, freqüentemente, não nos deixa analisar o que nos ocorre com objetividade. 
Nem sempre é possível, mesmo, mas, em muitos momentos, precipitamos atitudes que só pioram o que queríamos que melhorasse, e é nos relacionamentos amorosos que isso ocorre quase sempre.

A calma, conforme o ditado popular, pode ser o melhor remédio diante daquilo que não depende de nós...

Manter as emoções constantemente sob controle é pura fantasia e
qualquer um já viveu a sensação de pânico ao perceber que o que mais
se valoriza está escapando por entre os dedos.


Conclusão:

"Dar tempo ao tempo", não é sintoma de passividade, mas de sabedoria na maior parte dos casos.  
Nada é permanente!

Quem foi Narusdin segundo o site 

É considerado um filósofo e sábio populista, lembrado por suas histórias engraçadas e anedotas. Acredita-se que tenha nascido no século XIII em Akshehir, na atual Turquia. Originário do folclore da Turquia, o personagem Nasrudin é um mulá (que em árabe significa “mestre”) 

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