quarta-feira, março 18, 2015

Minas e Espírito Santo recebem shows de Almir Sater neste fim de semana

O Cantor, compositor e instrumentista Almir Sater, segue com sua agenda de shows pelo sudeste, nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.




Em Minas, Sater se apresenta em Téofilo Otoni no Campestre do Automóvel Clube. As vendas de mesas e informações através do telefone (033) 3523-3554. 

 Já em Vitória, ES, no sábado 21,o Artista estará no palco do Arena Vitória.
 
Almir Sater abre a noite com sua banda e revive no palco sua trajetória, são mais de 30 anos de estrada e 10 discos gravados, com clássicos como "Tocando em Frente", considerado um hino da música brasileira. 

Logo após, o palco conta com a presença em dose dupla de Renato Teixeira e Sérgio Reis com o DVD "Amizade Sincera", o mais recente trabalho dos parceiros. Ao fim, está reservado um momento memorável, quando os três retornam ao palco para tornar o espetáculo inesquecível. 

Ingressos online à venda pelo Blueticket


terça-feira, março 17, 2015

O dinheiro torna as pessoas más?

Pesquisas testam se dinheiro torna as pessoas más

Por Lucy Hooker Da BBC
News em Los Angeles




   De avarentos mal-humorados aos lobos de Wall Street, Hollywood já abordou sob diversos ângulos o poder corruptor do dinheiro, mas esses relatos da tela grande são confiáveis? O dinheiro nos torna pessoas más?

    O psicólogo social Paul Piff passa algumas tardes cruzando uma faixa de pedestres à beira-mar de Los Angeles, em meio a skatistas  e passeadores de cães.

    Graças ao grande número de endinheirados na região, não faltam carros luxuosos, híbridos ou esportivos pelas ruas.

    Piff está ali para ilustrar um de seus experimentos mais provocativos: ele quer saber se motoristas ricos param menos para os pedestres do que pobres. 

    Motoristas são, por lei, obrigados a parar se alguém quiser atravessar a rua. E, enquanto um Lexus passa na sua frente sem deixar que ele cruze a rua, Piff explica o que seus pesquisadores descobriram.

"Nenhum dos motoristas dos carros mais baratos desrespeitou a lei, enquanto quase 50% dos motoristas de carros mais caros desrespeitou", diz ele.

     Piff também perguntou a diversas pessoas de diferentes classes sociais como elas se comportariam em  diferentes cenários. 

     No passado, a percepção pública tendia à noção de que os mais pobres tinham probabilidade maior de agir de forma ilegal, por estarem sob pressão financeira e sob condições mais difíceis.

        Mas a pesquisa de Piff sugere o contrário: que ter mais dinheiro faz  com que você se preocupe menos com os outros e se sinta no direito de colocar interesses próprios em primeiro lugar.

      Após quase uma década de pesquisas nessa área, Piff chegou à polêmica conclusão de que a prosperidade, em vez de transformar você em um benfeitor, pode ser algo ruim para sua bússola moral.

      (O dinheiro) "torna você mais afinado com seus próprios interesses e  seu próprio bem-estar", ele diz. 

      "De certa forma, isso o isola de outras pessoas, psicologicamente e materialmente”. “Você prioriza suas necessidades e objetivos e fica menos conectado às pessoas ao seu redor. Se eu lhe der uma caneta e pedir que você desenhe um círculo para representar a si mesmo, quanto mais próspero você for, maior será seu círculo em relação ao tamanho dos círculos desenhados pelas pessoas mais pobres".

            

                     Teste do ditador

   Em seu laboratório psicológico, Piff já conduziu estudos que sugerem que as pessoas com mais dinheiro têm mais propensão a trapacearem jogos de dados, a comer doces guardados para crianças e menos vontade de ceder seu tempo para ajudar os demais.

   Usando uma ferramenta conhecida dos psicólogos, o "teste do ditador", Piff reuniu um grupo de pessoas e deu US$ 10 a algumas delas. 

   Disse a elas que poderiam compartilhar tudo, uma parte ou nada do dinheiro com os participantes que não haviam recebido a quantia.

  "A economia racional diria que os mais pobres tenderiam a guardar mais dinheiro para si mesmos e os ricos tenderiam a doar mais. Descobrimos o oposto", disse ele. 



 "Quanto mais rico você é, levando-se em conta diversas  outras variáveis, menos generoso você é. Você dá porções      significativamente menores para a outra pessoa. E os pobres          eram bastante mais generosos".

quinta-feira, março 12, 2015

Um encontro entre dois: olho a olho, cara a cara

"Existem palavras sábias, mas a sabedoria não é suficiente, falta ação." Jacob Levy Moreno.



                                
                     













"Um coração não pode ser roubado, pode apenas ser dado." Catherine arche (escritora de romance).

Ao ler um romance medieval com essas palavras acima, me lembrei de Jacob Levy Moreno,  criador do psicodrama, sobre o "encontro de dois" e resolvi fazer uma análise, segundo meu entendimento, para divagar sobre como as relações interpessoais são complexas, ora constroem, ora desconstroem, muitas vezes, desconcertam.

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O outro não quer compreender, não quer perdoar ou tornar o convívio mais flexível, nunca queremos ceder. É como se ao abrir essa possibilidade, abrimos brecha para nossas fragilidades e nos tornamos vulneráveis. Árdua luta, entre nosso eu e do outro, o que vence no final, o quanto estamos dispostos a desnudar? E se não o fizermos, é possível o consenso? Às vezes ceder também é vencer. 

"Um encontro entre dois: olho a olho, cara a cara
E, quando estiveres perto, arrancarei teus olhos
E os colocarei no lugar dos meus
E tu arrancarás meus olhos e os colocarás no lugar dos teus 
Então te olharei com teus olhos e tu me olharás com os meus".



Mais complicado do que expressar é entender o amor ou os laços que formamos ao longo da nossa jornada. São fios que interligam. Não há como estarmos isolados, inertes, ou desligados, porque dependemos desses entrelaçamentos para a convivência habitual. Requer flexibilidade, concessões, negociações, recuar ou avançar. 

Sem estes laços a vida se torna inóspita e insignificante. O que fazer então?. É necessário o enfrentamento das situações que vão resultar no encontro, "olho a olho, cara a cara". Assim como Sartre "Entre Quatro Paredes" e a frase icônica “O inferno são os outros”, na verdade, esse outro passa a ser o nosso espelho. À partir do momento que ocorre essa troca, passamos a enxergar através da subjetividade (penetrar no intímo do outro, como ele vê, sente, pensa em relação ao mundo interior e exterior).

Quase nunca estamos preparados em aceitar ou compreender a identidade do outro, queremos que seja como nós, e intransigentes que somos, exigimos devoção. E os conflitos se tornam inevitáveis. Mas as relações não podem serem construídas na base de nossa vontade, é necessário entender o outro, só a partir do outro, é que eu sei quem sou.

Só a partir do enfrentamento é que podemos afirmar essa percepção, o reconhecimento das diferenças, facilitar ou dificultar para mediar conflitos, atritos e os desconcertos que “supostamente” o outro nos causa.

Para nos entregar e conhecer é inevitável o encontro, arrancar o véu dos olhos, se revelar e desnudar os sentimentos e sensações, mesmo que o outro nos arranque a alma, se relacionar nem sempre é um processo indolor, segundo Fernando Savater, filósofo. espanhol.

Nota: Jacob Levy Moreno (1889-1974) foi médico, psicólogo, filósofo e por fim: dramaturgo. Manteve seu foco na Psicologia Social, sendo o criador da sociometria e do psicodrama (ciência que atua como uma investigação da mente humana através da ação). Jacob Levy Moreno morreu aos 85 anos de idade, e pediu que em sua sepultura fossem gravadas as seguintes palavras: "Aqui jaz aquele que abriu as portas da Psiquiatria à alegria”.

Fonte de pesquisa:
Federação Brasileira de Psicodrama.
https://teatroemescala.com/2021/11/01/perfil-jacob-levy-moreno/
Texto Adaptado/ autorreflexão.
Imagem: Reprodução Internet.