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segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Para que servem os Direitos Humanos?

Para que servem os Direitos Humanos?



Foto: Pixabay 


Para que todas as pessoas tenham direito 
de defesa sem abuso de autoridade. Se existe falha no Estado no tocante as leis não cabem aos cidadãos exigir “olho por olho, dente por dente”.

Afinal, não foi essa a divergência entre os judeus e os cristãos? Não foi por isso que um certo Jesus apareceu e aboliu o velho e lançou 
o novo testamento? 

Não é questão de defender bandido. 
Seja qual crime for, todos são hediondos, merece repúdio e punição, porém como dizia Nietzsche ao lutar contra monstros, devemos tomar cuidado de não nos transformar em um também

Quando dizem que a polícia não comparece em algum local para impedir tal crime devido aos Direitos Humanos, trata-se de mais um pensamento equivocado, estamos transferindo para a sociedade civil a responsabilidade de manter a ordem e segurança social, uma obrigatoriedade que seria o papel do Estado em garantir  a proteção, a ordem e a paz, conforme reza a Constituição, sem arbitrariedades.

Os Direitos humanos visam dar ao acusado ou réu, suspeito,  oportunidade de defesa e, em simultâneo, evitar o linchamento moral ou físico, mas nas normas da Lei, obter provas cabais e fazê-lo responder por sua contravenção.

Quando se altera o Estado de direito e vira exceção, qualquer pessoa é um alvo fácil, se na mira de um concorrente desleal, um adversário, um fofoqueiro ou invejoso dos seus bens, cargo ou família.

“A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos.”
Barão de Montesquieu.

Não devemos jamais ser coniventes com isso, não cabe ao cidadão virar  justiceiros, nem ao juízo.

Estudo de Caso para reflexão:

Linchamento Moral baseado em testemunho e não em fatos comprovados. O caso dos donos da Escola Base e acusação de violência sexual após a inquirição feita por uma mãe ao filho de 4 anos, depois que ele fez um movimento com suposta conotação sexual, e essa mãe não somente induziu o filho, mas outras mães de alunos e a própria imprensa a acreditar em um abuso que não existiu, gerando uma falsa memória.

— Se fosse conosco ou um de entes queridos, onde uma pessoa criasse um prejulgamento e equivocado, — os Direitos Humanos fazem a diferença ou não?  Como ficaria a nossa consciência  para quem tem uma e segue os preceitos do bem sobre essas pessoas, se agirmos no calor da emoção, baseado apenas no “achismo” e nos argumentos equivocados, sem averiguar os fatos e as provas corroboradas?

Neste contexto que entra o tão mal compreendido e equivocado pela maioria sobre o que é o tal de Direitos Humanos.

Para ler na íntegra sobre o caso: 

"Tornei-me, acaso, vosso inimigo, 
por que vos disse a Verdade?" (Gálatas 4,16).

Em 29/4/2013 Padre Marcelo Rossi disparou:
 “Estamos voltando à Idade Média, o período mais terrível e negro da igreja”  — a que período ele se refere?

Vejamos, o da Santa Inquisição. Então, façamos de conta que estamos na era medieval, e por um azar do destino, nascemos com cabelos vermelhos, verrugas ou sinais no corpo, canhotos, bonitos ou desobedientes com o sistema por pensar diferente e não aceitamos a luxúria ou romper com nossos valores, temos conhecimento de  ervas para a cura,  nascemos com alguma limitação física, mental, visual ou auditiva, e não depende de nós o poder da compaixão e nem da justiça imparcial, mas nas mãos daqueles que detém o poder [Estado e Igreja] sobre a ignorância, a ganância e a superstição, e um julgamento injusto como “filhos do demônio” e sem direito à vida, por simplesmente não se submeter ao formato que eles desejam?

— E se… tivesse os Direitos Humanos naquela época, alguém que estivesse acima do poder e da manipulação, vidas não seriam poupadas e injustiças desfeitas? A Igreja seria tão soberana ao ponto de decidir quem vive ou morre, por pensar e querer viver diferente?

Para saber mais, leia fonte: 
Terceiro Exemplo:

Galileu foi condenado pela inquisição e teve que negar tudo no tribunal, por afirmar que a terra se movia em torno do Sol.

Morreu cego e condenado pela igreja, longe do convívio público. Somente 341 anos após a sua morte, em 1983, a igreja revendo o processo, decidiu pela sua absolvição, porque a teoria do cientista estava correta.

Ou seja, condenado pela ignorância, obscurantismo e por pessoas incautas, incultas ou espertas demais que usavam do medo, ignorância e sobrenatural para ter o controle sobre vidas e sistema.


 Galileu Galilei frente ao tribunal da inquisição Romana 
(pintura de Cristiano Banti).

quinta-feira, fevereiro 20, 2014

O PODER EMBURRECE

O poder seja político, econômico ou burocrático aumenta o potencial nocivo de uma pessoa burra.

Imagem: kdimagens

 

 

 

 

  




O que significa burrice? O conceito não tem uma definição teórica indiscutível. Não é o oposto de inteligência: há pessoas inteligentes que, vez por outra, fazem o papel de burras.

Uma definição convincente foi dada pelo historiador e economista italiano Carlo Cipolla: “Uma pessoa burra é aquela que causa algum dano a outra pessoa ou a um grupo de pessoas sem obter nenhuma vantagem para si mesmo – ou até mesmo se prejudicando”.

Um exemplo extremo é dado no filme Dr. Fantástico, de Stanley Kubrick. Nele, um grupo de estúpidos de grau máximo pensa em detonar uma carga explosiva nuclear que levará ao fim do mundo, por uma simples frivolidade. Por seu lado, o rei Luís 16, no dia 14 de julho de 1789 (a data da Queda da Bastilha, evento que deu início à Revolução Francesa), escreveu em seu diário: “Hoje, nada de novo.”.

O mesmo obtuso e burro senso de invencibilidade fez o general George Custer supervalorizar suas forças e atacar os índios em Montana (EUA), em 1876. Resultado: Centenas de soldados do Exército norte-americano foram massacrados pelos índios sioux e cheyennes no riacho Little Big Horn. Ou, ainda, levou Napoleão a atacar a Rússia em pleno inverno de 1812: o Exército francês foi dizimado pelo frio e pela exaustão.

Sem contar as previsíveis tragédias das guerras do Vietnã e do Iraque de hoje.
Em cada um de nós há um fator de burrice que é sempre maior do que imaginamos. Isso não é necessariamente, um problema. Ao contrário, a estupidez tem uma função evolutiva: serve para nos fazer agir precipitadamente, sem pensar muito, o que em certos casos se revela mais útil do que não fazer nada.

A burrice nos permite errar, e na experiência do erro há sempre um progresso do conhecimento. Assim, o ponto chave para anular a burrice está em reconhecer seus próprios erros e se corrigir. Como dizia o escritor francês Paul Valéry: “Há um estúpido dentro de mim. Devo tirar partido de seus erros”.

Como? um estudo da Universidade de Exeter (Grã-Bretanha), publicado no Journal of Cognitive Neuroscience, identificou uma área do cérebro - no córtex temporal – que é ativada quando está para se repetir um erro já cometido: um sinal de alarme nos impede de recair na mesma situação.

Se na base da burrice existisse uma anomalia localizada, talvez um dia pudéssemos corrigi-la com uma cirurgia. Desde que não caíssemos nas mãos de um cirurgião idiota. Todos nós estamos prontos a admitir que somos um pouco loucos, mas burros, jamais.

Fuçando na literatura científica, é possível descobrir que somos um pouco burros, cada qual de um jeito diferente; mas o cérebro funciona de forma a nos esconder essa realidade. E mais: podemos descobrir que, apesar de tudo, é melhor assim.

As estatísticas indicam que 50% dos motoristas não sabem dirigir: um tem dificuldade para estacionar, outro circula a 20 km/h, um terceiro ocupa duas faixas como se a rua fosse dele.
Mas quem não sabe dirigir não tem consciência disso, ou desistiria, preferindo o transporte público e aumentando, assim, as próprias (e as alheias) possibilidades de sobrevivência.

O mesmo exemplo pode ser aplicado às pistas de esqui, ao universo de trabalho, ao campo de futebol e assim por diante. Quem é suficientemente inteligente para reconhecer que não sabe guiar direito? Se formos a um hospital e entrevistarmos os recém retirados das ferragens de um carro, descobrimos que ninguém admite integrar a categoria dos incapazes.

Pesquisas mostram que 80% das pessoas internadas por acidente de carro acreditam pertencer à elite dos motoristas com habilidades superiores à média.
E a responsabilidade do acidente? A maioria atribui seus erros à falta de sorte ou a algum idiota que cruzou seu caminho.

Ações suicidas

Em 1876, o general George Custer, no comando da 7ª Cavalaria americana, decidiu atacar – apesar do pequeno contingente disponível – um grande acampamento sioux no riacho Little Big Horn. Os soldados foram todos massacrados. Um exemplo da burrice no poder.

VÁRIAS ESCOLHAS absurdas são feitas de maneira burra, sem uma avaliação dos prós e contras e dados e estatísticas reais.

Casar-se, por exemplo, é uma decisão que implica um vínculo para toda a vida. Quem, cruzando as portas da igreja ou do cartório, tem a perfeita consciência de que, segundo as estatísticas, o casamento tem 50% de chance de dar errado?

No momento do “sim”, só sabem disso os pais dos noivos, os avós, os amigos, parentes e até mesmo o padre e o juiz. Os interessados diretos demonstram uma obstinação cega, perfeitamente convencidos de que sua união será uma exceção a todas as regras. Até porque, se não estivessem seguros, a continuidade da raça humana dependeria da péssima eficácia dos contraceptivos e o Homo sapiens poderia já estar extinto.

E a capacidade de admitir nossos erros de avaliação? Quase inexistente: estamos atados a nossas convicções como se elas fossem coletes salva-vidas. O que pedimos ao mundo não são novos desafios a nossas ideologias políticas e sociais.

Preferimos amigos, livros e jornais que compartilham e confirmam nossos iluminados valores. Mas, cercando-nos de pessoas oportunistas, reduzimos a chance de que nossas opiniões sejam questionadas. Todas as vezes que nosso cérebro pensa no futuro, tende a produzir previsões otimistas. Por exemplo: estamos sempre certos de que nosso time do coração vai ganhar o jogo, embora haja outra possibilidade.

As previsões “autocelebrativas” também acontecem nas bancas de apostas, nos cassinos e nas loterias, nas quais as pessoas desperdiçam dinheiro porque a capacidade de julgamento fica dominada pelo desejo de vencer.

Qual é a razão desse estúpido otimismo do cérebro? Ele nos protege contra as verdades desconfortáveis. HÁ PESSOAS QUE chegam incrivelmente perto das verdades sobre si mesmas e a respeito do mundo.

Elas têm uma percepção equilibrada, são imparciais quando se trata de atribuir responsabilidades de sucessos e fracassos e fazem previsões realistas para o futuro. Testemunhas vivas do quanto é arriscado conhecer a si mesmas, elas são, para muito psicólogos, pessoas clinicamente depressivas.

Martin Seligman, docente de psicologia na Universidade da Pensilvânia (EUA), demonstrou que o chamado “estilo explicativo” pessimista é comum entre os deprimidos: quando fracassam, assumem toda a culpa, consideram-se burros, péssimos em tudo e se convencem de que essa situação vai durar para sempre.
E quais são os resultados de tanta ( às vezes excessiva) honestidade intelectual?

Deborah Danner, pesquisadora da Universidade de Kentucky (EUA), examinou os efeitos da longevidade em 180 noviças norte-americanas, otimistas e pessimistas. Quanto mais otimistas se mostravam as religiosas, mais tempo viviam.

As mais joviais viveram em média uma década além das pessimistas. É claro que ser realistas e ao mesmo tempo serenos e otimistas seria o ideal; mas não há dúvida de que às vezes um pouco de burrice faz bem.


Para ler na íntegrahttps://www.luispellegrini.com.br/o-poder-da-burrice/

Equipe Planeta N° Edição: 432

terça-feira, janeiro 07, 2014

100 livros pra ler

 Penso, logo duvido e existo" desse jeito,  segundo Descartes, porque eu só existo porque sou um indivíduo com identidade própria. 


imagem: Pixabay - gratuita














Ler é viajar, de todas as formas. O livro vai além das fronteiras, sana dúvidas, cria sonhos, desperta o imaginário, nos faz entender a cultura de diferentes povos, enriquece com argumentos, instiga a curiosidade, confronta ideias, reformula os conceitos, nos torna mais articulados e liberdade de pensamento. 
Aumenta a capacidade cognitiva, interpretação de texto e de forma analítica. 

Deve existir um livro que nos faça sonhar, instigar, imaginar, investigar, duvidar, avaliar, talvez só nos esperando em algum canto de uma prateleira, sebo, biblioteca ou livraria para a gente descobrir e só precisamos buscar. As minhas ideias, pensamentos e atitudes são extraídas dos livros e autores que admiro, coisas que eu gostaria de ter dito, escrito ou imaginado, através dos livros aprendemos a ser mais educados, civilizados, com sentimentos mais assertivos, solidários e um entendimento sistêmico. 

Desta lista eu li alguns, talvez porque o foco seja mais filosofia alemã ou iluminista, romances medievais e sociologia mais recente, mas também pela ausência de livros nacionais, o que não deixa de ser interessante, pois já reservei alguns da lista para futuras leituras.

Foto: Blog http://sabordeletras.com.br



100. O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien
99. O sol é para todos, de Harper Lee
98. The Home and the World, de Rabindranath Tagore
97. O guia do mochileiro das galáxias, de Douglas Adams
96. As mil e uma noites, de autor desconhecido
95. Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Johann Wolfgang von Goethe
94. Midnight’s Children, de Salman Rushdie
93. O Espião que Sabia Demais, de John Lê Carré
92. Cold Comfort Farm, de Stella Gibbons
91. O Conto de Genji, de Lady Murasaki
90. Under the Net, de Iris Murdoch
89. O Carnê Dourado, de Doris Lessing
88. Eugene Onegin, de Alexander Pushkin
87. On the Road, de Jack Kerouac
86. O Pai Goriot, de Honoré de Balzac
85. O vermelho e o negro, de Stendhal
84. Os três mosqueteiros, de Alexandre Dumas
83. Germinal, de Emile Zola
82. O Estrangeiro, de Albert Camus
81. O nome da rosa, de Umberto Eco
80. Oscar e Lucinda – Uma história de amor, de Peter Carey
79. Vasto Mar de Sargaços, de Jean Rhys
78. Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll
77. Ardil 22, de Joseph Heller
76. O Processo, de Franz Kafka
75. Cider with Rosie, de Laurie Lee
74. Waiting for the Mahatma, de RK Narayan
73. Nada de Novo no Front, de Erich Remarque
72. Dinner at the Homesick Restaurant, de Anne Tyler
71. O Sonho da Câmara Vermelha, de Cao Xueqin
70. O Leopardo, de Giuseppe Tomasi di Lampedusa
69. Se um viajante numa noite de inverno, de Italo Calvino
68. Crash, de JG Ballard
67. Uma curva no rio, de VS Naipaul
66. Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski
65. Dr. Jivago, de Boris Pasternak
64. A trilogia do Cairo, de Naguib Mahfouz
63. O médico e o monstro, de Robert Louis Stevenson
62. As viagens de Gulliver, de Jonathan Swift
61. Meu Nome é Vermelho, de Orhan Pamuk
60. Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez
59. Campos de Londres, de Martin Amis
58. Os detectives selvagens, de Roberto Bolaño
57. O Jogo das Contas de Vidro, de Herman Hesse
56. O tambor, de Günter Grass
55. Austerlitz, de WG Sebald
54. Lolita, de Vladimir Nabokov
53. A decadência de uma espécie, de Margaret Atwood
52. O apanhador no campo de centeio, de JD Salinger
51. Underworld, de Don DeLillo
50. Amada, de Toni Morrison
49. As vinhas da ira, de John Steinbeck
48. Go Tell It On the Mountain, de James Baldwin
47. A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera
46. O Apogeu de Miss Jean Brodie, de Muriel Spark
45. Le Voyeur, de Alain Robbe-Grillet
44. A náusea, de Jean-Paul Sartre
43. A  tetralogia Coelho, de John Updike
42. As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain
41. O cão dos Baskervilles, de Arthur Conan Doyle
40. A essência da paixão, de Edith Wharton
39. Quando tudo se desmorona, de Chinua Achebe
38. O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald
37. The Warden, de Anthony Trollope
36. Os Miseráveis, de Victor Hugo
35. Lucky Jim, de Kingsley Amis
34. O sono eterno, de Raymond Chandler
33. Clarissa , de Samuel Richardson
32. A Dance to the Music of Time, de Anthony Powell
31. Suite francesa, de Irène Némirovsky
30. Reparação, de Ian McEwan
29. A vida: modo de usar, de Georges Perec
28. Tom Jones, de Henry Fielding
27. Frankenstein, de Mary Shelley
26. Cranford, de Elizabeth Gaskell
25. The Moonstone, de Wilkie Collins
24. Ulysses, de James Joyce
23. Madame Bovary, de Gustave Flaubert
22. Passagem para a Índia, de EM Forster
21. 1984, de George Orwell
20. A Vida e as Opiniões do Cavalheiro Tristram Shandy, de Laurence Sterne
19. A Guerra dos Mundos, de HG Wells
18. Scoop, de Evelyn Waugh
17. Tess of the D’Urbervilles, de Thomas Hardy
16. Brighton Rock, de Graham Greene
15. The Code of the Woosters, de PG Wodehouse
14. O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë
13. David Copperfield, de Charles Dickens
12. Robinson Crusoe, de Daniel Defoe
11. Orgulho e preconceito, de Jane Austen
10. Don Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes
9. Mrs Dalloway, de Virginia Woolf
8. Desonra, de JM Coetzee
7. Jane Eyre, de Charlotte Brontë
6. Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust
5. O coração das trevas, de Joseph Conrad
4. Retrato de uma Senhora, de Henry James 
3. Anna Karenina, de Leo Tolstoy
2. Moby Dick, de Herman Melville
1. Middlemarch: Um Estudo da Vida Provinciana, de George Eliot

 Fonte: http://praler.org por Jessisa Soares.

segunda-feira, dezembro 30, 2013

Pitaco Filosófico: A arte de Agradar














A arte de agradar reina em nossos costumes, uma vil e enganosa uniformidade, e todos os espíritos parecem ter sido jogados num mesmo molde; a polidez continuamente exige, o bom tom ordena, continuamente seguimos os costumes, jamais nosso gênio próprio. 

Não mais ousamos parecer o que somos; e nesta perpétua coerção, os homens que compõem esse rebanho a que chamamos sociedade, colocados na mesma circunstância, farão todas as mesmas coisas, se motivos mais potentes não o impedirem. 

 Jamais, portanto, saberemos com quem estamos tratando; será preciso, pois, para conhecer o amigo, aguardar as grandes ocasiões, ou seja, aguardar que não haja mais tempo, pois é justamente para estas ocasiões que seria essencial conhecê-lo. 

Que cortejo de vícios não acompanhará tal incerteza? Não mais haverá amizades sinceras; não mais estima real; não mais confiança fundada. 

Esconder-se-ão as suspeitas, as desconfianças, os temores, a frieza, a reserva, o ódio, a traição sob este véu uniforme e pérfido da polidez, sob essa urbanidade tão valorizada. 

Não mais se realçará o mérito próprio, mas se rebaixará o dos outros. 
Não se ultrajará grosseiramente o inimigo, mas será habilmente caluniado. 

 Haverá excessos proscritos, vícios desonrados, mas outros serão decorados com o nome de virtudes, não vejo aí senão o refinamento de intemperança tanto mais indigno do que meu elogio quanto a sua artificiosa simplicidade. Assim é que nos tornamos gente de bem. 

— Jean Jacques Rousseau - Trecho do "Discurso sobre as Ciências e as Artes". "Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre Homens"

Imagem: Reprodução Google.

quinta-feira, dezembro 26, 2013

Receita de Ano Novo













Para você ganhar belíssimo 
Ano Novo cor do arco-íris, 
ou da cor da 
sua paz,
Ano Novo sem comparação 
com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido).
Para você ganhar um ano 
não apenas pintado de novo, 
remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas
do vir-a-ser;
novo até no coração das 
coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior) novo, 
espontâneo, que de tão perfeito
nem se nota,
mas com ele se come, 
se passeia,
se ama, se compreende, 
se trabalha,
você não precisa beber 
champanha
ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber 
 mensagens 
(planta recebe mensagens? 
passa telegramas?)
Não precisa fazer lista 
de boas intenções para 
arquivá-las 
na gaveta.
Não precisa chorar 
arrependido
pelas besteiras 
consumidas
nem parvamente 
acreditar
que por decreto de
esperança
a partir de janeiro as coisas
mudem
e seja tudo claridade, 
recompensa,
justiça entre
os homens e as nações,
liberdade com cheiro e 
gosto de pão 
matinal,
direitos respeitados, 
começando
pelo direito augusto
de viver.
Para ganhar um 
Ano Novo
que mereça este
 nome,
você, meu caro, tem de
merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, 
eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, 
consciente.
É dentro de você que o
Ano Novo
cochila e espera 
desde sempre.
por Carlos Drummond 
de Andrade.

sexta-feira, dezembro 06, 2013

Cântico negro














"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!


José Régio
, pseudônimo literário de José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde em 1901. Licenciado em Letras em Coimbra, ensinou durante mais de 30 anos no Liceu de Portalegre. Foi um dos fundadores da revista "Presença", e o seu principal animador. Romancista, dramaturgo, ensaísta e crítico, foi, no entanto, como poeta. que primeiramente se impôs e a mais larga audiência depois atingiu. Com o livro de estreia — "Poemas de Deus e do Diabo" (1925) — apresentou quase todo o elenco dos temas que viria a desenvolver nas obras posteriores: os conflitos entre Deus e o Homem, o espírito e a carne, o indivíduo e a sociedade, a consciência da frustração de todo o amor humano, o orgulhoso recurso à solidão, a problemática da sinceridade e do logro perante os outros e perante a si mesmos.

Fonte: Releituras.
Fotografia: reprodução google.

quarta-feira, novembro 20, 2013

Ser bom não é ser bobo

Algumas pessoas acabam por se colocar em situações difíceis que inicialmente não teriam razão de ser.

Imagem de 422694 por Pixabay


Consideram que ser uma pessoa boa significa se sujeitar aos escárnios. É certa a necessidade que temos de suportar dores, tolerar impropérios, sofrer com as mazelas, necessidades e carências das pessoas que convivem conosco, seja no lar, entre enamorados, noivos, casados, no trabalho diante de funcionários difíceis ou chefes irascíveis entre os amigos e no meio social que vivemos e com tudo isso, nos aperfeiçoarmos como seres humanos em busca de uma condição moral mais valorosa.


Indispensável ter a paciência, a resignação, renunciar clamores pessoais da vaidade, do orgulho e de todas as fraquezas características de um mundo de provas e expiações.

Mas é inexorável a necessidade que temos de não adotarmos essa postura diante da maldade gratuita ou dos que pretendem aproveitar-se de nossa bondade para cometerem perversos abusos, sejam de ordem física, moral, judicial ou de qualquer natureza.


O problema é que diante da bondade, a primeira tendência dos maus é considerar que o interesse das pessoas em se tornarem melhores, é um interesse insincero, crendo que ninguém é capaz de ser tão bom se não houver por trás disso uma intenção que o beneficie de alguma forma.


A segunda tendência é a de se aproveitar da bondade alheia, levando ao extremo a resistência do outro. E sentem-se de certo modo seguros, porque sabem que os princípios da bondade e da fraternidade sempre falarão mais alto no coração de quem assumiu o papel de agir no bem. Esse é o equívoco na conduta dos bons, que acabam por dispensar a previdência e não raro, tornam-se joguetes nas mãos dos aproveitadores perniciosos.

É preciso que saibamos nos guardar da devastação gratuita, mesmo que os maus considerem que sempre seremos bobos apenas porque nos dispomos a sermos bons; mas ser bom não significa ser bobo. Vou mais além: ser bom não significa ser parvo; ser bom é sim uma virtude que alguns parvos não compreendem.

A bondade deveria ser entendida como o altruísmo de dedicar uma parte de nós mesmos, de nosso tempo e recursos para a sociedade, uma causa, um ideal ou uma pessoa.

Mas para os desprovidos dos princípios elevados e do entendimento de que a vida é uma troca recebemos o que damos ser bom significa ser passível de ser enganado por alguém que utiliza consciente ou inconscientemente nossa boa vontade em benefício de si mesmo.


Daí a importância de nos mantermos no caminho do bem, mas sem sermos bobos
fugindo às aquiescências para os perversos.
Defendamos nossa cooperação no bem, ATÉ O FIM!
Ser bom não é ser bobo!

Por Anderson Coutinho.

sábado, outubro 05, 2013

O que você pode fazer?





O que você pode fazer?. Nada, apenas esperar a tempestade passar!.🙅


Acertar
Get It Right [ Glee ]
O que foi que eu fiz?
Desejaria fugir
Desse navio afundando
Apenas tentando ajudar,
Machuco todo mundo
Agora eu sinto o peso do mundo
Está nos meus ombros


O que você pode fazer
Quando o seu melhor não é bom o suficiente
E tudo que você toca desmorona
Porque minhas melhores intenções
Continuam fazendo uma confusão de coisas
Eu apenas quero corrigir isto de alguma forma
Mas quantas vezes serão necessárias
Oh quantas vezes serão necessárias
Para eu acertar
Para acertar


Posso começar novamente
Com minha fé abalada?
Porque eu não posso voltar atrás e desfazer isso
Eu só tenho que ficar e encarar os meus erros
Mas se eu ficar mais forte e sábia
Eu vou passar por isso


O que você pode fazer
Quando o seu melhor não é bom o suficiente
E tudo que você toca desmorona
Porque minhas melhores intenções
Continuam fazendo uma confusão de coisas
Eu apenas quero corrigir isto de alguma forma
Mas quantas vezes serão necessárias
Oh quantas vezes serão necessárias
Para eu acertar


Então, eu levanto os meus punhos
Dou um soco no ar e
Aceito a verdade, que às vezes a vida não é justa
Sim, eu faço um desejo
Sim, eu faço uma oração
E finalmente alguém vê
O quanto me importo
O que você pode fazer
Quando o seu melhor não é bom o suficiente
E tudo que você toca desmorona
Porque minhas melhores intenções
Continuam fazendo uma confusão de coisas
Eu apenas quero corrigir isto de alguma forma
Mas quantas vezes serão necessárias
Oh quantas vezes serão necessárias
Para acertar, para acertar

 

domingo, setembro 22, 2013

Equinócio da Primavera




 
DIA DA ÁRVORE - COMPRE ESSA IDEIA! 21 de Setembro e o início da Primavera.

"O mundo precisa de paz. As pessoas têm que cuidar melhor da natureza, 
para que as futuras gerações possam viver bem." Almir Sater.

 

"Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira." 
   Cecília Meireles.





















EQUINÓCIO DA PRIMAVERA está intrinsecamente ligado as culturas celtas e aos druidas e marca a entrada do outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul.

Na astronomia, equinócio é definido como o instante em que o Sol em sua órbita aparente (como vista da Terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste).

A palavra equinócio vem do latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa “noites iguais“, ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Equinócio da Primavera, também conhecido como Sabbat do Equinócio Vernal, Festival das Árvores, Alban Eilir, Ostara e Rito de Eostre, é o rito de fertilidade que celebra o nascimento da Primavera e o (re) despertar da vida na Terra.

Comemore:
.Caminhe pelo campo para colher flores.Enfeite toda a casa com elas.
.Celebre a Natureza fazendo uma oferenda aos Elementais, agradecendo pela beleza proporcionada pela Primavera.
.Plante uma árvore ou flores. Faça um jardim.
Leve um buquê de flores a uma nascente em homenagem ao Espírito da Primavera.
Louvado
Seja este tempo de flores,
Que a deusa Mãe nos trás
Que todas as cores possam colorir- todas as vidas de todos os seres,
Alegria
Para que possamos renascer harmoniosamente
com saúde e beleza,
Espalhando amor e paz
Para todos os solos e corações germinarem
em sintonia com o planeta terra-água-fogo-ar
Louvado e honrado sejam todos os caminhos
que conduzam ao paraíso celeste e terrestre,
Que nesta primavera
Possamos florescer
alegres e afetuosos com o coração liberto de pesos e ilusões,
e assim restaurados pelas mãos Daquela que dá a Vida.
Assim seja, assim é, assim se faça!
Blessed Be !.
Fontes: sites google.
FT: pixabay

sábado, julho 20, 2013

PITACO FILOSOFIA: “O inferno são os outros”

As obras do filósofo francês Sartre são brilhantes. “Entre Quatro Paredes" é uma delas e nos faz refletir sobre o quão colocamos nos outros a culpa e responsabilidade por nossos fracassos ou frustrações, obstáculos para sermos nós mesmos e  quanto faz parte do processo da vida, as frustrações assim como as alegrias. E o vilão que tanto tememos pode estar refletido no espelho, a nossa própria consciência.



imagem: reprodução

A peça gira em torno de 3 personagens que vão parar no "inferno" metaforicamente e não descritos religiosos após morrerem: 

Garcin era um homem de letras.  Pretendia ser um herói e foi um covarde. 

Seu maior tormento é que suas novas companheiras desvendam sua condição de covardia, que não pode ser mudada. É em vão que luta para fugir da pecha de covarde. 

Estelle é uma fútil burguesa que ascendeu socialmente pelo casamento. 

Em nome do conforto, assassinou o bebê que teve com o amante e vê este, tomado pelo desgosto, suicidar-se. Tenta redimir-se atribuindo sua culpa ao destino. Deseja a paixão como forma de escapar à realidade.

Inês é homossexual, funcionária dos correios, agressiva, admite suas culpas. É a única que não procura se desculpar e compreende estar no inferno. O ódio a alimenta; sádica, goza com o sofrimento dos outros.

Enfim, eles não estão lá por acaso, cada um responde por um "crime" em vida. 

Eles são obrigados a conviver e se ver através dos "olhos dos outros" no mesmo espaço sem espelhos, e que se tivessem escolhas, com certeza, não seriam eles os escolhidos para conviver entre si.

Mesmo usando dos artifícios e artimanhas que possuem não conseguem enganar uns aos outros, como pensavam. E, vão descobrir pouco a pouco,  a “nudez" da própria mente desprovida de embuste, e não há como se privar disso. 

Ao tomar consciência desse fato, os "outros" não são o inferno como antes imaginavam, quando, na verdade, os outros os dispam, consciente ou inconscientemente seriam o espelho que revela a nós mesmos, embora sendo "os outros" uma presença que nos incomoda, e nos oprime o tempo todo, pois mostra o nosso lado (mais) vulnerável, as fraquezas.

 Leia também: 

https://loiradobem.blogspot.com/2010/11/o-inferno-sao-os-outros-sera-mesmo.html

Porém, a partir do outro é que vamos construir nosso eu e a encararmos quem somos de fato, esse outro, mesmo inconveniente é necessário para nossa identidade. 

Quanto mais relutamos na "não aceitação" e a incompreensão, mais dificuldade de convívio, de diálogo e sem concessões e boa vontade, mais distantes carecemos de estar no paraíso.

Sintetizando: Nas palavras de Fernando Savater, filósofo espanhol:

"Ninguém chega a se tornar humano se está sozinho. Nós nos fazemos humanos uns aos outros. Somos, pois frutos do contágio social."

"A humanidade é como um vírus que se pega. Contato após contato, emoção depois de emoção. Nem sempre em um processo indolor. Não seríamos o que somos sem os outros, mas custa-nos ser com os outros."

terça-feira, maio 14, 2013

DILEMA DE MÃE




Boa Tarde gente !


Imagem de Vânia Raposo por Pixabay


E aí já disseram para a melhor mãe do mundo que vocês a ama e que são muitos gratos por tudo desde sempre? 

Verdade seja dita haja 'pessoinha' para ter mais "intuição" do que as demais, parece que faz um pacto antes de nascer e virar mãe, pedindo apenas que a voz interior seja o comando para cuidar de sua cria.

Ah, essas mães que vivem com coração fora do peito...

Já repararam? 

Estamos lá com aquela amiga que pensamos ser do peito - a mãe da gente, torce o nariz e diz " não é confiável" e a gente teima, acha que ela é "antiquadra", algum tempo depois a máscara cai e a gente tem que ouvir o famoso "eu avisei". 

Num belo dia, clima quente, ensolarado, e a dita mãe nos diz:  
Leva o guarda-chuva, vai chover e a gente faz aquela careta e pensa 
"que tolice" - mas anda 2 quarteirões e lá vem o aguaceiro, despenca aquele toró e os nossos pés ficam encharcados pela enxurrada!

- E aquele paquera? lá estamos nós, suspirando, e a mãe, "desmancha prazer" nos diz — esse não é um cara legal, não serve para você e mais uma vez  "que mãe sem noção", passa uns meses e lá está o nosso príncipe, dando mostras que era (mesmo) um sapo.

Mãe não tem jeito, 
A gente pensa que "engana", ela finge que "acredita", 
Nos conhece até do lado do avesso pelas entranhas.. 
Ás vezes, guardamos um segredo, algo que possa enfurecer, 
desapontar ou até ir contra o juízo de valores dela e... não tem jeito, 
o maior frustrado continua a ser nós, porque a intuição de mãe é uma "praga", gente, não se engane, de algum modo, já "pressentia" o desfecho.

E, incondicionalmente, mesmo de nariz torto nos aceita, o mundo pode nos dar às costas, aquela amiga pode romper a amizade, o namorado, o compromisso, a chuva nos pegar desprevenido, os bolsos ficarem vazios, enquanto todos nos dão indiferenças, a sociedade nos condena, discrimina ou julga, essa "praga" chamada mãe, está lá na nossa frente, ao lado, atrás, seja por nossas qualidades, vícios, faz vista grossa para nossos defeitos, mas não tem jeito, a leoa está ali.

Amor de mãe não precisa ser adquirido, conquistado, não precisa fazer esforço, nem ser merecido, ela simplesmente oferece.

Para elas sempre seremos aquele bebê, indefeso, carente e que necessita eternamente de proteção, de amor, de compreensão, de cuidados.

Quantas vezes a gente ignora, menospreza, acha que não nos entende, está ultrapassada, "careta", mas o coração desta leoa, está sempre atento, ali, nem precisa assoviar, lá vem ela, com toda sua ferocidade nos defender dos invasores, das adversidades e nos socorrer, nem que seja com seu colo ou simplesmente dizer: vai passar. 

Eu desconfio mesmo que a única pessoa que de fato tem sangue nas veias é o tal coração de mãe...
Algumas ainda não se deram conta do tesouro que és.

Feliz Dia das Mães, a Todas as mulheres e homens, que também exercem o papel de mãe, assim como mães exercem o papel de pai e  que ousam amar incondicionalmente, mesmo que a gente como filho {a) não mereça!