Mostrando postagens com marcador Música. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Música. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Sidnei de Oliveira fala sobre seu novo livro

Sidnei de Oliveira, Doutor em Música e Filosofia, músico, compositor, instrumentista e escritor fala sobre o seu mais recente livro, Requiem - Filosofia e Viola: O Arquétipo e a Transfiguração do Caipira, lançado em março deste ano em ebook e em 22 de Julho como livro físico pela loja virtual da editora UICLAP e na Amazon.

Foto: Uiclap

Com ilustração acima de Renato Ribeiro Pontello, o livro contém 160 páginas onde o tema é a cultura caipira, cultura popular interligada com o pensamento filosófico, voltado para um viés crítico e reflexivo.

Segundo o autor, aborda a desconstrução de mitos criados e do pensamento ideológico em prol da classe dominante e alienante, excluindo e privilegiando,  de acordo com o conceito deles, quem seriam os escolhidos a fazer parte dessa história, no entanto, é bem mais abrangente.

Não poderia ficar alheia a essa novidade, trata-se de dois temas que sou apaixonada e “persigo” sempre: “Música e Filosofia”, é claro que também vou adquirir esse livro. Tenho em minha coleção o CD “Prólogo” - Viola De Dez Cordas, autografado inclusive, em 2011.

Ao ser convidada para conhecer o livro recente, procurei pela produção do artista e o mesmo gentilmente respondeu algumas curiosidades sobre, a seguir:

 Blog Loira Do Bem - Primeiramente, eu quero agradecer pela disponibilidade em atender meu convite para falar um pouco mais sobre seu livro, da qual estou bem curiosa e roendo as unhas para lê-lo em breve.

Você é um artista multifacetado, músico, compositor, instrumentista. Doutorado em filosofia e música, também escritor. Além desse livro, você já escreveu outros, confere?

Sidnei - Tenho outro livro publicado, resultado de minha pesquisa realizada em meu mestrado na área da Filosofia, especificamente em da Filosofia da Música, onde atuo com veemência.

O título deste primeiro livro é O Beethoven de Wagner em O nascimento da tragédia de Nietzsche, nele apresento a influência do compositor Richard Wagner, em especial em seu ensaio intitulado Beethoven, na primeira obra publicada por Friedrich Nietzsche, O nascimento da tragédia.

Há também capítulos de livros e artigos científicos publicados nesta mesma esfera de pesquisa, a saber, estética e filosofia da música.

Blog Loira Do Bem Eu li a sinopse do livro  “Requiem – Viola e Filosofia” e notei que você faz uma ponte que une a música no seu purismo com a filosofia, envolve o pensamento filosófico, crítico e reflexivo sobre a visão das classes sociais e interesses dominantes e alienantes. O que o levou a escrevê-lo e discorrer sobre o tema?

Sidnei - O fato de estar envolvido com a Viola Caipira e também por meus estudos com a história da cultura caipira, bem como acompanhado publicações recentes, tanto na esfera acadêmica quanto fora da academia.

Pude perceber que há uma monopolização dos conceitos por alguns estudiosos, simpatizantes da cultura caipira, diletantes, músicos, compositores e, principalmente, por violeiros.

Porém, a sustentação teórica e científica sempre esteve à margem das publicações atuais, dados que podem ser comprovados em artigos, livros e demais publicações na esfera da cultura da música caipira, uma vez que o saudosismo exacerbado por aqueles que nem sequer viveram a cultura caipira se faz presente. E, quando há uma bandeira que se hasteia com fervor, um logotipo de uma determinada entidade, um artista..., muitos passam a reproduzir falas e condutas por aqueles que são tidos como referências de algo, mesmo que tais representações e ações sejam puramente atos imaginários, visto a capacidade que a música possui, tal como a própria cultura caipira e a sonoridade da Viola Caipira.

Muitos são os pontos que podem ser influenciados para que um discurso seja validado por terceiros, principalmente quando não há fundamentação científica. Por este ponto específico e demais razões, ou seja, o incômodo gerado por uma manifestação única eleita como verdade absoluta..., resolvi escrever Requiem  e contrapor a absorção de ideias, porém, com um pensamento crítico, reflexivo e fundamentado em uma pesquisa  científica a partida da filosofia.

Blog Loira Do Bem - Pelo que eu conhecia sobre você era um simpatizante de Schopenhauer, no seu CD “Prólogo”, inclusive, você faz menção a ele. Podemos esperar o viés crítico e reflexivo também de Nietzsche (meu favorito) como embasamento nessa análise entre os dois temas?

Sidnei - Por ser um livro que fundamento toda a teoria na filosofia, trago para o leitor não apenas a filosofia de Schopenhauer e Nietzsche, mas também de outros pensadores como Karl Marx, Theodor Adorno, Enrique Dussel, Achille Mbembe, entre outros.

 No primeiro capítulo de Requiem apresento como a filosofia pode ajudar na compreensão de uma filosofia da cultura, especialmente, a partir da filosofia da cultura nietzschiana.

Schopenhauer aparece em outros momentos do livro para realizar a crítica acadêmica à cadeira de Viola Caipira na Universidade de São Paulo, para isso, faz-se necessário que o leitor realize uma analogia a obra Sobre a filosofia universitária, de Schopenhauer.

Ainda com base da filosofia e hierarquia das artes de Schopenhauer, trago a discussão para uma análise das obras de Almeida Junior, em seus quadros com temas do universo caipira. Diversas são as temáticas abordadas em Requiem, desde a apropriação cultural, a indústria da cultura, as primeiras gravações, as inúmeras formas de representação da cultura caipira utilizadas por violeiros atuais, assim como aqueles que se dizem caipiras.

A necessidade em ser escolhido e fazer dessa ação um meio para expandir a ideia inexistente de uma vivência, seja ela cultural ou saudosista, também é discutida no livro com exemplos e nomes citados com referências em artigos, documentários e entrevistas.

Toca crítica reflexiva que abordo em Requiem possui fundamento científico e referências para que o leitor possa averiguar a veracidade. Um ponto importante a ser mencionado e presente no livro, se dá pela crítica à teoria desenvolvida na esfera da cultura caipira, independente de quem publicou o artigo, o livro, ou de quem deu a entrevista citada.

Não é considerada a relevância artística ou o “micropoder” estabelecido por outros, e pelos seus, a qualquer nome citado na obra Requiem, a relevância está na publicação e na fala de todos que são lembrados no livro.

Por fim, é valido lembrar que há um anexo que parece, aos olhos dos despercebidos, se distanciar da obra, mas aqueles que compreenderem a essência de Requiem, irão entender o motivo dos três nomes utilizados no anexo intitulado Escolhidos e Submissos.

Blog Loira Do Bem - E por fim, fique à vontade para falar sobre seus inúmeros compromissos, ao que parece também professor de viola, entre tantas atividades e todas agregadoras para nós. E desejo todo o sucesso em sua trajetória brilhante.

Sidnei - Os compromissos estão sempre relacionados aos trabalhos voltados para a academia e também para a área da Música. Sou professor de Viola Caipira e de Violão na esfera particular. Professor de Arte no ensino básico (anos iniciais), e também atuo como professor de Filosofia em cursos de pós-graduação.

Atualmente, tenho tocado pouco, apenas compondo e realizando arranjos, algo que aprecio mais do que estar em qualquer palco. Tenho composições para outros dois novos trabalhos, um de canções e outro instrumental. Porém, não vejo previsão de lançamento. Sigo escrevendo e publicando artigos em revistas científicas.



Sidnei de Oliveira - Foto/ Reprodução Facebook

Contato para shows e eventos:

Sidnei de Oliveira

E-mail: violaoliveira@yahoo.com.br

Redes sociais:

https://www.youtube.com/@violaefilosofia521

https://www.instagram.com/violaefilosofia

https://www.facebook.com/sidnei.oliveira.92

https://www.tiktok.com/@violaefilosofia


Sobre Sidnei de Oliveira:

Músico, compositor e instrumentista. Possui graduação em Filosofia pela UNIFRAN (2010). Licenciatura em Música - Ingressou no curso de Bacharelado e Licenciatura no Departamento de Música USP-Ribeirão Preto (2005), concluindo-o posteriormente o curso de Licenciatura em Música no Centro Universitário Claretiano (2017).

Pedagogia EPT pelo Instituto Federal de São Paulo - IFSP (2022).

Mestre em Filosofia pelo programa de pós-graduação em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com financiamento CAPES (2013).

Doutor em Filosofia pelo programa de pós-graduação em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) com financiamento FAPESP (2017) e Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE/FAPESP) pela Universität Leipzig/Deutschland (2014-2015).

Doutor em Música pelo Programa de Pós-Graduação em Música - UNESP - Instituto de Artes com financiamento CAPES (2023).

Publicou o livro intitulado O Beethoven de Wagner em O Nascimento da Tragédia de Nietzsche (Passo Fundo, Editora IFIBE, 2016) e Requiem - Viola e Filosofia: O arquétipo e transfiguração do caipira, pelo Editora UICLAP, 2024.

Atua em pesquisas sobre os seguintes temas: Cultura Popular, Filosofia da Música, Arte e Estética com ênfase em Arthur Schopenhauer, Richard Wagner, Friedrich Nietzsche e Theodor Adorno.

quarta-feira, 31 de julho de 2024

Gravação de DVD com alunos do Prof. Ryan acontece no Tatuapé

 Professor Ryan grava DVD com alunos do curso de sua escola “Luz Dos Sons”, além de show, sorteio de equipamentos musicais, comidas e bebidas não alcoólicas neste final de semana. 
                                                     

                     Foto_Ryan_Produção
                            
Neste sábado, 3 de agosto, acontece a gravação do DVD com alunos do professor Ryan da escola “Luz Dos Sons”, no Salão Paroquial Cristo Rei, Tatuapé (SP), às 18h.

Os ingressos podem ser adquiridos pelo QR code no flyer de divulgação ou pelo WhatSapp (11) 9.3208-4119.

Além da gravação especial com alunos haverá show com banda e participação de Ryan & Mariana para animar à noite paulistana, com ritmos variados desde o sertanejo, forró, pop rock, samba, músicas religiosas, entre outras novidades. Entre elas, sorteios de instrumentos musicais, um violão elétrico com capa+ cabo, uma caixa de som, dois microfones sem fio.

Aos paulistanos, uma oportunidade de passar um final de semana de forma prazerosa, num ambiente familiar e reconfortante, ao som de música de qualidade, junto dos seus amigos, familiares e afins para viver um momento mais que especial.

4 perguntas para a nova música do pedaço😉

Recebi o convite de uma amiga e aluna do curso de música, a multifacetada Renata, sempre em busca de novos desafios e motivações e nós sabemos do efeito extraordinário que a música faz e curiosa que sou, lá vai:

1)   Primeiro lugar, eu agradeço imensamente pelo convite que infelizmente por motivos de força maior não poderei prestigiar esse momento tão especial em sua vida. Mas fiquei muito feliz em saber dessa novidade. Me diga como surgiu essa maravilhosa ideia, sei que você tem um amor pelas artes, já participou de peças teatrais, inclusive.

Eu amo arte em todas as suas expressões desde a mais tenra infância. Sempre amei dançar, usava tecidos da minha mãe que era costureira para ficar fazendo figurinos, isso bem pequena mesmo e criava peças e eu escrevia. Então amo escrever, amo cantar, amo dançar e principalmente atuar. E eu já fiz uma peça musical e eu cantei e foi legal. Mas tive dificuldades para acompanhar a banda, eu tinha problemas de ritmo, afinação e encontrar o tom certo para mim. Então, eu sempre tive vontade de fazer aulas de música para eu me aperfeiçoar e de repente juntar essas duas formas de arte que eu amo tanto, a atuação e a música. Aí surgiu o momento que eu fui estimulada, eu tive uma motivação em terapia e eu fui com coragem até para incentivar a minha mãe de 79 anos que está fazendo aula de violão também. Então, nós fomos juntas para a escola “Luz Dos Sons” do Prof. Ryan e começamos essa jornada.

2)    O que a música representa para você? Já podemos afirmar que Nietzsche sempre teve razão: “Sem a música a vida seria um erro". Pode incluir Roger Waters que eu deixo tá (risos).

Para mim, a música representa liberdade e expressão total do ser. Na música você é totalmente livre. Quando você escuta música você viaja para outras dimensões, tempos diferentes, para lugares diferentes. A música te leva para todos os lugares e acessa os sentimentos mais profundos, aqueles que a gente quer acessar que é bom como alegria e aqueles que temos guardados como a tristeza, a raiva. Na música você consegue soltar esses sentimentos. Tem música “furiosa” né. Se a gente for citar o Roger Waters, por exemplo, com suas letras, não ritmos, a gente consegue soltar o que está reprimido internamente. Quem gosta do rock. Tem gente que usa rock som pesado até para dormir, pois, relaxa e solta essa energia reprimida e me faz fluir. Sempre quis tocar e ainda pretendo tocar mais instrumentos ainda, só estou começando.

E sim. Sem dúvida, seria um erro viver sem a música. Quanto à ideia do DVD é totalmente do professor. É um sonho dele, o de levar à música para mais gente, inclusive, ele vai lançar um curso online a partir do DVD, e ele tem esse dom que vem de dentro dele. Ele pratica música desde os 13 anos, além de professor, ele é produtor musical, músico e já tocou com vários artistas. E essa ideia veio para coroar esse trabalho dele e para alavancar ainda mais e levar a música para as pessoas. Como ele mesmo diz “a música é a arte que mais nos aproxima de Deus, é capaz de curar as pessoas de doenças, depressão” e isso o que ele desejar fazer. 

3)    O que podemos esperar desse evento no sábado, aliás, uma iniciativa maravilhosa do professor e músico Ryan ao envolver seus alunos no projeto do DVD.

Ah, vocês podem esperar nesse show muita diversão, muita emoção. Acho que muitas lágrimas vão rolar, tem coisas incríveis, músicas incríveis, antigas e novas. E alunos assim dispostos a se entregar,  tem alunos do violão que irão tocar, uma banda presente. O Ryan e Mariana que são uma dupla há mais de uma década de estrada. Com vários CDs gravados, DVDs e vocês podem esperar muita entrega, emoção e alegria de todos nós. A gente está bem feliz com esse projeto e sinergia total entre nós, em clima de união, de festa e com muita seriedade, pensando em todos os detalhes para levar o melhor neste sábado. 

É uma excelente iniciativa do professor Ryan que nos ajuda muito no nosso desenvolvimento, creio que estamos passando por um processo interesssante que artistas passam e logo de início, então fomos aprendendo e estudando muito parar dar conta e promover um espetáculo emocionante para todos!

4)    Há alguma observação a mais que você gostaria de acrescentar, informações. O espaço é todo seu. Desejo muito sucesso e boas energias sempre. Um super abraço. Sigamos na "Luz Dos Sons". 

Para finalizar eu queria te agradecer muito o espaço para poder falar sobre e divulgar o nosso evento. E falar para as pessoas que cheguem cedo. Tem gente que vai estar na fila desde cedo para pegar lugar bom. Vai ter Open Food, Open Bar, mas sem bebida alcoólica. 
Estejam todos muitos animados e preparados para cantar, levantar das cadeiras e dançar, se quiserem. A casa é de todos nós. Conto com a presença dos que sentirem tocados pelo projeto. Depois, tem o DVD aí para quem quiser adquirir também. Um grande beijo para a minha entrevistadora, minha amiga, e um grande beijo também para todos. Eu espero vocês lá!

Flyer/ Divulgação 

SERVIÇO:

Evento: Gravação de DVD com alunos do Professor Ryan!
Quando: 03/08/2024 – Sábado.
Horário: 18h
Onde: Salão Paroquial Cristo Rei.  R. Maria Eugênia, 104 - Tatuapé, São Paulo.
Ingressos: QR code no flyer de divulgação acima ou pelo 
WhatSapp (11) 9.3208-4119.

terça-feira, 29 de novembro de 2022

21 anos sem George

 Em 29 de novembro de 2001, às 15h30, o beatle mais “cool” partia deste mundo, infelizmente, após travar uma batalha contra o câncer, mas deixou o seu legado eternizado em suas belas canções e em sua figura ímpar.


Para mim, a música mais bonita dos Beatles é a composta por ele, “Something”, aliás, sou fã de George, mas não da banda. Sou declaradamente fã de Pink Floyd e Led Zeppelin, ouço Jethro Tull também.

Apesar do dia nostálgico e sua partida precoce aos 58 anos (as coisas mais belas parecem que duram menos, são apenas instantes), as que valem a pena, se eternizam. Para quem me conhece, de fato, sabe que sou leitora de romances históricos desde a adolescência.

De certa forma, eles sempre me inspiraram para sair um pouco da realidade maçante e ajudam a desanuviar a mente, até para contrastar com os de Filosofia, além de ajudar na criatividade. Talvez, foi isso que sempre me fez ver a vida mais positiva, apesar das agruras. Dizem por aí, aquarianos são “frios”,  discordo de tudo que é generalizado. Mesmo porque não acredito em horóscopo, mas na personalidade, sim e deve agregar vários fatores. Cada pessoa tem uma identidade única e vivência.

Para mim, as coisas para fazer sentido precisam ter algo que me sensibiliza, mas não nos apegamos em uma só coisa por muito tempo. Por ser elemento ar, a mente está sempre em movimento aqui e acolá, até por mecanismo de defesa, gostamos de independência e o desapego faz parte desta trajetória.

Nietzsche nos define: “O que não nos mata, só nos fortalece”, com alguns aprenderemos como devemos ser e com outros,  como jamais.

 Embora pareça piegas aos olhos de quem não lê, geralmente, assim como acho novelas (nunca tive paciência para esperar por seis, oito ou um ano o final de uma trama), por isso prefiro ler. Livros e música fazem parte de minhas atividades frequentes. Eu me aprofundo tanto nas leituras que chego a discutir com o personagem em voz alta.

Como “Justo a mim coube ser eu” (Mafalda), desde criança com uma mente curiosa e questionadora, embora adaptada, mas não resignada, sempre confrontei ficção com realidade. Foram nestes romances que me aprofundei sobre diversos temas sobre  história medieval, conflitos sociais, hierarquia, patriarcalismo, sociedade desigual,  casamentos feitos apenas por contratos, interesses, influências e dotes. A mulher sob tutela de uma figura masculina, numa sociedade hipócrita e machista.

Embora até “brigue” por Plant como ocorreu em 2019, quando desprevenida caí novamente no ardil de uma figura ambígua, mas segundo Dalai Lama “Toda ação humana, quer se torne positiva ou negativa, precisa depender de motivação”, foi o meu instinto de lealdade e gratidão (coisas que gente vulgar desconhece a magnitude), o que fez eu reagir com ímpeto com a gracinha do "tiozão" que se sente confortável no politicamente incorreto. 

Pois, foi Led Zeppelin e a voz inigualável de Plant, que salvaram-me após o falecimento de minha genitora aliada a terapia alternativa, pude vencer a apatia e a ansiedade que insurgiram no Pós-luto.

Perder a mãe é como romper o fio da vida, correr por conta, desprotegida, “por mais que a gente cresça há coisas que a gente não consegue entender”, Gessinger, definiu esse sentimento. Sou testemunha viva que a música opera milagres, transcende e renova o espírito, mente e emocional.

Mas não é nem Plant nem Waters os “mocinhos” que me inspiraram ao longo dos anos nos personagens dos romances, mas a figura de George.

O “beatle quieto” além de sua família ter origem irlandesa por parte dos avós maternos se parece com os lordes dos romances, geralmente descritos com cabelos pretos, longos, desgrenhados, olhos pretos, bigode ou barba por fazer de países nórdicos e baixos. Certa vez, ao traduzir um desses livros, logo associei à imagem dele:

“O homem era relativamente jovem, entretanto, as rugas deixadas pelo cansaço e as privações recentes se acentuavam em uma barba incipiente, que lhe arrepiava as faces e o queixo, envelhecendo seu rosto formoso”. 


   





My Sweet Lord! 🙇  🙏

Enfim, George permanece para sempre nas mentes que gostam de uma boa música com arte, ou até nas figuras do mocinho irreverente e imaginados como eu, em não deixar morrer a criança interior, o purismo, a imaginação fértil que ajuda na criatividade, nos meus textos criados com lisura, muito além do marketing,  mas para transformarmos nos em pessoas melhores, em fazedores de sonhos, jamais de pesadelos, a vida é muito curta para ser um déspota, verdugo dos outros!

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Bobby Darin - Uma vida breve, mas cheia de sentidos



"MY GOAL IS TO BE REMEMBERED AS A HUMAN BEING AND AS A GREAT PERFORMER." Bobby Darin

(Meu objetivo é ser lembrado como um ser humano e um grande intérprete). E assim foi!

Pode me chamar de ignorante, eu aceito, pois eu não conhecia até 15 dias atrás, Bobby Darin, e não é desculpa, porque eu curto outros do rock que nasceram algumas décadas depois.  Voltando ao artista, hoje seria seu aniversário, 14 de maio, e aproveitei a data para criar essa postagem, pois eu estou estou encantada com a interpretação dele em 'If Where The Carpenter', até então, eu achava a mais emocionante na voz do Deus Dourado, Robert Plant.  Os arranjos, sua voz, os falsetes, a meu ver são perfeitos, enfim, eu ouvi a canção por uma semana sem parar, acredite se quiser, mas é fato. Eu não conseguia parar de ouvi-la.  A música tem algo de divino, não é à toa que das 7 Artes é considerada a mais humana, porque realmente chega até o mais profundo do nosso ser e Darin me transportou para aquele mundo em que a gente sonha com dias, pessoas e situações melhores, onde o nosso lado sonhador é mais forte que a cruel realidade que vivemos por ora. Ele aquietou meu coração como uma canção de ninar, como aquelas palavras mágicas de mãe, “vai passar” e a gente segue confiante.

Como curiosa que sou, eu logo fui pesquisar sobre ele, sua vida, o que pensava, como viveu etc e tal, e descobri, além de um artista excelente, um homem resiliente e que desde sua infância sabia que sua vida seria curta, mas não menos intensa. Ele nasceu numa bairro pobre, desde a infância e adolescência passou por situações e privações, a começar pela febre que o acometeu aos 8 anos e afetou seu coração com graves consequências e ceifou sua vida aos 37 anos, devido a uma malsucedida cirurgia. Cresceu sem saber quem era seu pai biológico, acreditou que sua avó era sua mãe, quando na verdade era a irmã mais velha. Infelizmente, desde sempre vivemos numa sociedade hipócrita, onde as mulheres sempre são culpadas por cometer “deslizes”, no fim, as consequências são piores, porque não há como tapar o sol com a peneira, um dia, ele passa por entre os furos e as feridas são incuráveis depois.

Mesmo assim, Darin não se abateu, pois se tornou um sucesso como ator e como cantor, até chegou a ganhar o Grammy, aprendeu a viver um dia por vez, a perseguir a felicidade, casou, descasou, casou de novo, até que em 1971, teve seu primeiro ataque cardíaco e colocou duas válvulas artificiais. No entanto, dois anos depois, seu estado piorou e era necessário um reparo na cirurgia, mas infelizmente, a equipe médica não conseguiu ter sucesso desta vez, ele veio a falecer em 20 de Dezembro de 1973. O artista doou seu corpo para a Ucla Medical Center para pesquisas. No pouco tempo que viveu, Bobby Darin buscou evoluir, ser generoso e se aperfeiçoou na sua arte, ele era um multi-instrumentista, aprendeu a tocar piano, violão, marimba, gaita, bateria, uma fraseado perfeito, um visionário e os que o conhecia o classificava como um sujeito generoso, bem-humorado e muito exigente com seu trabalho.

Segundo o site letras de onde tirei sua biografia, Bobby Darin deixou um legado de músicas gravadas, shows, filmes, entrevistas e aqueles que o conheceram de perto, comentam sobre sua grande generosidade. 

Realmente, sua página no facebook está bem movimentada pela lembrança do seu aniversário hoje.  Neste mesmo vídeo da qual eu me ‘apaixonei’ por seu vocal, há um testemunho real de uma pessoa que o conhecia, com os seguintes dizeres abaixo. Darin teve uma passagem breve pela vida, mas soube deixar apenas boas lembranças.

Por Pierce Bishop PhD 3 anos atrás:

I am watching Bobby Darin sing If I Were A Carpenter and tears are streaming down my cheek. He was a family friend and when he would visit, we would do cabaret type songs. How sad. To me, a 10 year old boy, he showed me the art of performing and once told me that life was no different. That was sad from an entertainer who made so many happy-including me. He was an excellent entertainer and friend to me, my mother and grandmother and anyone who knew him even just long enough to see him put on a great show. 

Estou assistindo Bobby Darin cantar If I Were A Carpenter e lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Ele era amigo da família e, quando o visitava, fazíamos músicas do tipo cabaré. Que triste. Para mim, um garoto de 10 anos, ele me mostrou a arte de se apresentar e uma vez me disse que a vida não era diferente. Isso foi triste por um artista que fez tantos felizes, inclusive eu. Ele era um excelente artista e amigo para mim, minha mãe, minha avó e qualquer um que o conhecesse apenas o tempo suficiente para vê-lo fazer um ótimo show. [Tradução livre].

Para todos aqueles que sente a música como algo pleno, e toca nas profundezas de nossa alma, sempre une pessoas e que ela fala a mesma linguagem. Por isso, a indústria fonográfica jamais deveria "fabricar" artistas e suas medíocres canções, com bordões feitos para alcançar a massa popular, a arte é de valor imensurável, ela jamais deveria ser desrespeitada ou barganhada.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Feliz Aniversário, Otto - Banda Delain



Hoje é o aniversário do baixista Otto Schimmelpenninck da banda holandesa Delain . Eu lembro que conheci a banda e tornei fã através de um fato inusitado, o baixista foi atingido nos testículos por canhão de confetes, enquanto tocava durante um show que a banda fazia na Inglaterra, mês antes e causou a ruptura de um deles e ao ser alvo de todos os jornais não deixou por menos: “Oh dear, I'm on the interwebs! Never thought me and my testicle would make the headlines” ( “Oh querida, estou nas redes.. Nunca pensei que eu e o meu testículo faria as manchetes”).


📷 Página da Banda Delain/ Facebook
Desde então, eu faço parte do perfil do músico e gostei das letras, do som e continuo seguindo. Eu gosto das Terras baixas e das terras altas (Highlands) – Eu costumo dizer que gostaria de ser descendente de um destes países, talvez pelo fascínio dos romances históricos que eu leio há anos, pela cultura e até de filmes, como o seriado "Game of Thrones" . Enfim, de um episódio desagradável tive a oportunidade de conhecer a banda e logo de cara me identifiquei com o som, entre os tantos que aprecio. Assim como Oscar Wilde o “Meu gosto é muito simples. Gosto do melhor de tudo.”
See me in Shadow
Me veja na sombra
Os olhos bem abertos, mas cegos ainda
Para ver o que importa realmente
A insegurança não irá embora
Me veja na sombra
De pé nas ruínas de sua alma
Esse choro fará algum sentido
Só imaginando quando você se tornou tão frio
Tão frio.. 

Happy Birthday Otto! ☮
Fijne verjaardag!
Feliz Aniversário!

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Márcio de Camillo e Rodrigo Sater dividem o palco em São Paulo




                                                                Foto: Divulgação

Com mais de vinte anos de carreira, o multi-instrumentista, cantor e compositor Rodrigo Sater, será o próximo convidado do projeto Música do Brasil Central, no dia 09 de maio, no Bona Pinheiros - SP, em única apresentação e exclusiva.

Devido às influências ternárias e do
Folk Music, mescladas a sonoridades criativas, o fizeram ganhar destaque como violonista. Participa de diversos projetos musicais e trilhas para filmes e novelas, além de integrar a banda de Almir Sater, com quem toca desde 1990.

Rodrigo é um excelente compositor tendo já feito canções com Renato Teixeira, Marcio De Camillo, Yasser Chediak, Almir Sater, Paulo Simões, e Jerry Espíndola. Um grande representante da moderna musica sul mato-grossense.

 
Sob a curadoria de Marcio De Camillo, o projeto teve sua primeira edição no Rio de Janeiro, apresentando artistas do centro-oeste brasileiro, revelando a identidade musical do coração do Brasil. Nesta segunda edição, o público paulistano tem a oportunidade de conhecer melhor, os artistas e a sonoridade da música produzida no Mato Grosso do Sul.

A produção musical do Mato Grosso do Sul é uma mistura da influência dos ritmos dos países vizinhos Uruguai, Argentina e Paraguai associados aos ritmos regionais, que carregam fortes traços da herança indígena e os ritmos inconfundíveis do Cerrado e do Pantanal. O resultado é uma identidade musical que bebeu nas fontes da latinidade.

Realizado uma vez por mês, o músico Márcio De Camillo, autor do projeto, recebe no palco um artista convidado, e uma participação especial, promovendo um encontro de gerações, revelando as raízes e o contemporâneo da Música do Brasil Central.

O evento acontece em 09 de Maio no Bona, uma casa de shows aconchegante, localizada na região de Pinheiros, em São Paulo e propícia para apresentações intimistas, além de drinks especiais e comida artesanal, combinado ao estilo musical, orgânico e único dos sul-mato-grossenses.

SERVIÇO:
Música do Brasil Central apresenta Márcio de Camillo e Rodrigo Sater.
🗓 Quando: 09/05/2019 – Quinta-feira
Onde: “Bona” - Rua Álvaro Anes, 43 - Pinheiros - São Paulo - SP.
Horas: 20h30 – 23h30
Ingressos🎟 R$ 40,00 (+ R$ 4,00 taxa)
Forma de Pagamento: até 12 x no cartão de crédito
+ Informações pelo telefone: (11) 3812-8400

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

ESTUDO REVELA A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA PARA O BEM-ESTAR


Quanto maior a vibe e engajamento coletivo,
mais aumenta a capacidade cognitiva no bem-estar subjetivo.
 
A música é considerada das 7 Artes, a mais humana, e
vai direto aos nossos corações, capaz de sensibilizar
até os mais blindados.




Segundo pesquisadores da Universidade de Deakin,
na Austrália, experimentar e se envolver com a música
tem sido fundamental para todas as sociedades ao
longo dos tempos.

E realizaram um estudo para explorar a conexão
entre o engajamento habitual da música e o bem-estar
subjetivo (SWB) compreende avaliações individuais
da satisfação com a vida e é internacionalmente
considerado a nível político e governamental.

Esses dados foram recolhidos em 2014 como
parte da 31ª pesquisa do índice de Bem-Estar
da Unidade Australiana para fornecer informações
sobre a relação entre engajamento musical e SWB. 
Uma amostra aleatória e estratificada de 1.000 participantes 
foi realizada por telefone.

As descobertas revelaram que o envolvimento
com a música pela dança ou participação
em eventos musicais foi associado ao SWB
(bem-estar) mais elevados do que aqueles que
não se envolveram com ela,
destas maneiras.

Os dados também enfatizaram o papel importante
de se engajar junto de outras pessoas
(como assistir eventos, concertos, festivais etc.)
no que diz respeito ao SWB, destacando uma
característica interpessoal da música, essa sensação
aumenta ainda mais.


Foto: divulgação















O estudo fornece uma visão e relação geral
entre música e SWB em nível populacional,
em contraste com a maioria das pesquisas na área
que se concentrou na avaliação de intervenções
clínicas envolvendo música.

A percepção obtida com essas descobertas
pode ser usada para informar futuras intervenções
e para entender melhor como a música está
envolvida na regulação emocional. 

Ou seja, a capacidade doindivíduo lidar com situações 
stressantes e desafiadoras de maneira saudável, sem deixar 
que elas causem prejuízos em sua vida, rotina ou
relacionamentos, está ligado com as emoções,
algumas são agradáveis — como a alegria e o amor —
e outras causam desconforto —
como o medo e a raiva.

E é isso que estudo dos pesquisadores vêm
a confirmar, que a música tem essa capacidade
de equilíbrio e conectar indivíduos, eleva as emoções
ao um estágio de paz interior mais profundo.

O segredo então é segue o som, se joga na música, assistir mais shows e concertos, quanto mais pessoas aglomeradas, mais alta é a vibração, um antídoto natural contra todos os males do dia a dia.

Uma coisa é certa, seja no Brasil ou na Austrália,
em qualquer lugar do mundo, Nietzsche, meu filósofo favorito, 
sempre esteve certo:  “Viver sem núsica seria um erro”.

Não só tenho convicção, como plena certeza disso.


Fontes:Original:
Ifyou’re happy and you know it: Music engagement and subjective wellbeing

Por Melissa K. Weinberg, Dawn Joseph

1 Faculdade de Saúde da 1ª Escola de Psicologia
da Universidade de Deakin, Austrália

2 Faculdade de Artes e Educação, Universidade Deakin, Austrália

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

ALMIR SATER FALA DE SUAS PAIXÕES: MÚSICA E PECUÁRIA













Como no quintal de Casa: em sua varanda, Almir Sater, fala de suas paixões: música e pecuária.

 


Em um cenário cercado do verde e natureza, o compositor, instrumentista 
e cantor Almir  Sater  fala com exclusividade para o bfedicao em uma 
reportagem produzida e entrevistado por Rosa Cabral. 

O Artista revela de forma descontraída sobre seu início de carreira, a 
paixão pela natureza, a simplicidade e o orgulho que sente em ser 
pantaneiro. Enaltece os seus dois parceiros musicais Renato Teixeira e Paulo Simões (cada um trabalha de um jeito diferente, mas os dois se completam), e 
não abre mão de compor com eles. Fala a respeito da do bem sucedido cruzamento da  raça Senepol  com os touros americanos, da qual o resultado
é dos mais satisfatórios.

Assista o vídeo na íntegra, sobre um dos mais importantes Artistas da Música Popular Brasileira:

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Show de Cris d`Avila Sensorial Discos encanta Jardins/SP


Ventos sopram boas notícias.
Cantora e intérprete Cris d'Avila, fez uma bonita apresentação, nos Jardins, SP e lotou o espaço da Sensorial Discos, na sexta dia 10 de Abril, e encantou o público presente. A Artista sul-mato-grosssense tem sido uma grata surpresa nas casas paulistanas desde Novembro, sem cessar. E segue sua agenda cercada de boas energias e tendo a música, como  sua grande paixão.


sábado, 4 de abril de 2015

SHOWS OFICIAIS DE JUIZ DE FORA E BH | 2015 |



Agenda Almir Sater |Fevereiro | Março 2015 
Fonte Escritório exclusivo de Almir Sater | Claudete Faria
Contato Shows: Escritório Almir Sater:
Claudete Faria | e- mail: claudetefaria@uol.com.br
+ 55 (11) 4485-1539 | +55 (11) 4485-3049 | Cel:+ 55 (11) 97546-3850

ABRIL 2015
Data: 09/04/15 - Quinta-feira
Cidade:  Juiz de Fora/MG.
Horas:  21h00
Local:  Cine-Theatro Central
Site Cine Theatro Central
Investimento em Valores:
Plateia A e B: R$ 100
Balcão Nobre: R$ 90
Galeria: R$ 80
Camarote: R$ 660 (seis lugares)
Meia: estudante (diante de identificação)
Ponto de Venda:
Mais informações:
Cine-Theatro Central – (32) 3215-1400
Bilheteria: das 9h às 19h
Endereço: Praça João Pessoa, s/nº - calçadão da Rua Halfeld - Centro.
Produção: Jackson Martins  Mais Informações: Página FACEBOOK

Data: 10/04/15 - Sexta-feira
Cidade: Belo Horizonte/MG
Horário: 21h00
Local: Grande Teatro do Palácio das Artes
Endereço: Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro.
Investimento em Valores R$:R$150,00 (INTEIRA) e R$75,00 (MEIA)
Pontos de Venda:
Bilheteria do Teatro
Online: http://www.ingresso.com/belo-horizonte/home/espetaculo/show/almir-sater-e-banda
Informações para o público (31) 3236-7400 Site:FCS
Produção: Jackson Martins  Mais Informações: Página FACEBOOK 

Em breve mais shows \0/