"MY GOAL IS TO BE REMEMBERED AS A HUMAN BEING AND
AS A GREAT PERFORMER." Bobby Darin
(Meu objetivo é ser lembrado como um ser humano e um grande intérprete). E assim foi!
Pode me chamar de ignorante, eu aceito, pois eu não conhecia até 15 dias atrás, Bobby Darin, e não é desculpa, porque eu curto outros do rock que nasceram algumas décadas depois. Voltando ao artista, hoje seria seu aniversário, 14 de maio, e aproveitei a data para criar essa postagem, pois eu estou estou encantada com a interpretação dele em 'If Where The Carpenter', até então, eu achava a mais emocionante na voz do Deus Dourado, Robert Plant. Os arranjos, sua voz, os falsetes, a meu ver são perfeitos, enfim, eu ouvi a canção por uma semana sem parar, acredite se quiser, mas é fato. Eu não conseguia parar de ouvi-la. A música tem algo de divino, não é à toa que das 7 Artes é considerada a mais humana, porque realmente chega até o mais profundo do nosso ser e Darin me transportou para aquele mundo em que a gente sonha com dias, pessoas e situações melhores, onde o nosso lado sonhador é mais forte que a cruel realidade que vivemos por ora. Ele aquietou meu coração como uma canção de ninar, como aquelas palavras mágicas de mãe, “vai passar” e a gente segue confiante.
Como curiosa que sou, eu logo fui pesquisar sobre ele, sua vida, o que pensava, como viveu etc e tal, e descobri, além de um artista excelente, um homem resiliente e que desde sua infância sabia que sua vida seria curta, mas não menos intensa. Ele nasceu numa bairro pobre, desde a infância e adolescência passou por situações e privações, a começar pela febre que o acometeu aos 8 anos e afetou seu coração com graves consequências e ceifou sua vida aos 37 anos, devido a uma malsucedida cirurgia. Cresceu sem saber quem era seu pai biológico, acreditou que sua avó era sua mãe, quando na verdade era a irmã mais velha. Infelizmente, desde sempre vivemos numa sociedade hipócrita, onde as mulheres sempre são culpadas por cometer “deslizes”, no fim, as consequências são piores, porque não há como tapar o sol com a peneira, um dia, ele passa por entre os furos e as feridas são incuráveis depois.
Mesmo assim, Darin não se abateu, pois se tornou um sucesso como ator e como cantor, até chegou a ganhar o Grammy, aprendeu a viver um dia por vez, a perseguir a felicidade, casou, descasou, casou de novo, até que em 1971, teve seu primeiro ataque cardíaco e colocou duas válvulas artificiais. No entanto, dois anos depois, seu estado piorou e era necessário um reparo na cirurgia, mas infelizmente, a equipe médica não conseguiu ter sucesso desta vez, ele veio a falecer em 20 de Dezembro de 1973. O artista doou seu corpo para a Ucla Medical Center para pesquisas. No pouco tempo que viveu, Bobby Darin buscou evoluir, ser generoso e se aperfeiçoou na sua arte, ele era um multi-instrumentista, aprendeu a tocar piano, violão, marimba, gaita, bateria, uma fraseado perfeito, um visionário e os que o conhecia o classificava como um sujeito generoso, bem-humorado e muito exigente com seu trabalho.
Segundo o site letras de onde tirei sua biografia, Bobby Darin deixou um legado de músicas gravadas, shows, filmes, entrevistas e aqueles que o conheceram de perto, comentam sobre sua grande generosidade.
Realmente, sua página no facebook está bem movimentada pela lembrança do seu aniversário hoje. Neste mesmo vídeo da qual eu me ‘apaixonei’ por seu vocal, há um testemunho real de uma pessoa que o conhecia, com os seguintes dizeres abaixo. Darin teve uma passagem breve pela vida, mas soube deixar apenas boas lembranças.
Por Pierce Bishop PhD 3 anos atrás:
I am watching Bobby Darin sing If I Were A Carpenter and tears are streaming down my cheek. He was a family friend and when he would visit, we would do cabaret type songs. How sad. To me, a 10 year old boy, he showed me the art of performing and once told me that life was no different. That was sad from an entertainer who made so many happy-including me. He was an excellent entertainer and friend to me, my mother and grandmother and anyone who knew him even just long enough to see him put on a great show.
Estou assistindo Bobby Darin cantar If I Were A Carpenter e lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Ele era amigo da família e, quando o visitava, fazíamos músicas do tipo cabaré. Que triste. Para mim, um garoto de 10 anos, ele me mostrou a arte de se apresentar e uma vez me disse que a vida não era diferente. Isso foi triste por um artista que fez tantos felizes, inclusive eu. Ele era um excelente artista e amigo para mim, minha mãe, minha avó e qualquer um que o conhecesse apenas o tempo suficiente para vê-lo fazer um ótimo show. [Tradução livre].
Para todos aqueles que sente a música como algo pleno, e toca nas profundezas de nossa alma, sempre une pessoas e que ela fala a mesma linguagem. Por isso, a indústria fonográfica jamais deveria "fabricar" artistas e suas medíocres canções, com bordões feitos para alcançar a massa popular, a arte é de valor imensurável, ela jamais deveria ser desrespeitada ou barganhada.
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