domingo, junho 20, 2010

A dimensão individual do trabalho responsável




A dimensão individual do trabalho responsável 
Por Ricardo Voltolini*





Ao seu estilo polêmico, a revista Time 'sugeriu' em matéria de capa publicada no final de 2005, que os ídolos podem ser levados a apoiar causas sociais por culpa, fé, sofrimento pessoal, reputação, autopromoção ou mesmo interesse político. Opiniões controversas à parte, até mesmo a reportagem quase sempre em tom crítico, reconheceu o que já se sabe há algum tempo sobre a força dos militantes famosos: dotados de carisma, credibilidade pública e uma aura muitas vezes mítica, eles têm o poder de turbinar as causas que abraçam, não apenas com a doação de recursos financeiros - o que toda celebridade já fez um dia --, mas chamando a atenção para temas espinhosos em relação aos quais as pessoas tendem a ficar indiferentes. Goste-se ou não, aprove-se ou não a sua motivação, eles cumprem um papel social: são os arautos de uma nova ética, socialmente responsável, altruísta e engajada.

Entrevistado por Time, o cantor e compositor Peter Gabriel, co-fundador da ONG Witness, acha mais fácil ignorar o discurso compenetrado de Kofi Annan, ex-secretário geral da ONU, do que os apelos emocionais da bela atriz Angelina Jolie. E quem há de discordar disso? Dona de um belo e conhecido rosto, estrela maior de Hollywood, Jolie tem a exata consciência do poder de influência de suas atitudes. Sabe que, para o bem e para o mal, qualquer ato público seu desperta uma curiosidade planetária. Por isso, abusa dos gestos simbólicos e com forte significado humanitário.

Ao adotar um menino do Camboja e uma menina da Etiópia, ela não só fez o mundo inteiro prestar mais atenção à situação de miséria daqueles países, mas também provocou as pessoas a olhar as crianças sob risco social como se fossem seus próprios filhos. A atriz é embaixadora da boa vontade da ONU e, ao lado do marido, o também ator Brad Pitt, viaja o mundo a serviço de diferentes causas sociais.

O mesmo raciocínio vale para Bono Vox, da banda irlandesa U2, notável ícone pop da luta contra as injustiças sociais. Considerado um chato entre os que torcem o nariz para artistas engajados, Vox multiplica o prestígio de toda causa que apóia.

E elas são muitas. Quando não está nos palcos, ele pode ser visto em encontros importantes como o Fórum Econômico de Davos (Suíça), ou à frente de ações pela paz, meio ambiente e igualdade étnica. Sua marca pessoal, permanentemente em alta, é objeto de concorrência entre instituições e estadistas de todo mundo.

Pode-se acusar Jolie e Vox de autopromoção. E até há quem o faça pelo vício de julgar. Mas em um mundo de holofotes, no qual a informação circula na velocidade da luz, eles entenderam que a fama mundial impõe uma responsabilidade social do mesmo tamanho. E a exercem usando o melhor do seu patrimônio: uma imagem poderosa capaz de atrair as câmeras na direção de tudo o que apontem com o dedo.

Segundo a reportagem da Time, pouca coisa importa no mundo globalizado 'se não houver uma câmera apontada'. Para a revista, o ativismo de um pop star pode até soar como algo ridículo. Mas apenas porque ele nos lembra que nós o somos também na medida que perdemos tempo com assuntos menos importantes, ignorando questões que são de vida ou morte para outras pessoas.

A matéria alerta ainda para certa 'apatia' da população, que se contenta em criticar os ídolos engajados, em vez de assumir um comportamento socialmente mais responsável.A despeito de um tanto genérico, o puxão de orelhas faz algum sentido.E vale também não só a cobranças feitas aos ídolos mas também a empresas socialmente responsáveis. Com o crescimento do movimento de responsabilidade social empresarial no Brasil, as pessoas tendem a ficar mais exigentes e vigilantes em relação ao comportamento das corporações. Este é um movimento saudável, útil e necessário. Bom para todo mundo, pois gera um ciclo virtuoso. Mas vale refletir: até que ponto cada pessoa faz a sua parte, na condição de profissional, consumidor e cidadão, para, por exemplo, reduzir impactos ambientais, doar tempo e conhecimento a projetos comunitários, punir empresas pouco éticas deixando de comprar seus produtos e estabelecer relações transparentes com todas as 'partes interessadas' de sua vida. Antes de projetar no outro - o ídolo, a empresa, os governos - o desejo de que façam o que, a rigor, não estamos fazendo, por inércia ou comodismo, importa compreender que a responsabilidade social tem também um componente individual.

Só funcionários compromissados formam uma empresa socialmente responsável. Só consumidores conscientes, convictos do seu papel, retroalimentam, na ponta, o ciclo de responsabilidade social empresarial. Só cidadãos plenos ajudam construir uma sociedade melhor, com ídolos, governos e empresas melhores.
* Ricardo Voltolini é diretor de redação da revista IdeiaSocial e consultor da Oficio Social.



Foto: Angelina Jolie, embaixadora da Boa Vontade da ONU, 
durante visita em um centro de refugiados colombianos no 
Equador. 
fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2010/06/18/angelina-jolie-visita-refugiados-no-equador.jhtm

terça-feira, junho 15, 2010

PUBLICO DELIROU COM ALMIR SATER EM SÃO CARLOS




O frio era intenso, mas o público compareceu em massa e foi ao delírio com a apresentação do violeiro  Almir Sater durante o encerramento do Festival Viola de Todos os Cantos em São Carlos no sábado, em pleno dia dos namorados e com o Santo Antônio ‘casamenteiro’ reza a lenda para abençoar logo mais à meia noite.  






Ao som literalmente da lua nova, pois é a fase, como diz a música de Almir Sater, ‘chega de tanto faz, chega de vai não vou, se até a lua nova já se dispôs quando estiver cheia brilhar pra nós dois’ - muitos casais foram embalados pelo som do artista.

Teve membro na nossa comunidade do Orkut que até ganhou de presente do parceiro o convite para assistir o show em comemoração ao dia dos namorados, porém, outros talvez estivessem na lua errada, e assim como Kikiô na ‘lua cheia quer tupi, quer guarani’.

E não foi desta vez que o cupido lançou as flechas, não era o período da lua propícia para estarem junto alguns enamorados, afinal, a Lua Cheia começa só dia 26 às 8h32 até lá que o ‘Rasta Bonito’ cure os solitários, só no ‘Mês De Maio’ é o protetor. 


 
 

Em Entrevista exclusiva e cedida para ao nosso blog, através da Rádio DBC FM assim como as fotos, das quais muito agradeço, Almir Sater falou sobre a importância dos festivais, o ”resgate da música brasileira”, seu novo trabalho (um sonho do cantor) que é a gravação deste CD com o seu grande parceiro e amigo Renato Teixeira.


Acesse para assistir.  Eu já estou "curiosa" e roendo as unhas sobre essa novidade, o novo trabalho, afinal, o artista disse em entrevistas recentes que está mais para o pop,  folk Rock, calmo e com jeito romântico de ser e deve vir muita coisa para encher a alma de encantamento.

*As fotos foram cedidas pela Rádio DBC FM
site oficial: http://www.dbc.fm.br/