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domingo, setembro 21, 2014
Imagem: Reprodução Internet. |
Vale-Cultura
O Vale-Cultura dá oportunidade para que mais pessoas tenham acesso a
espetáculos, shows, cinema, exposições, livros, música, instrumentos
musicais e muito mais. Se você é um trabalhador com carteira assinada,
procure a sua empresa e peça o seu.
O que é o Vale-Cultura?
É um benefício de R$ 50,00 mensais concedido pelo empregador para os
trabalhadores. É cumulativo e sem prazo de validade, e só pode ser usado
para comprar produtos ou serviços culturais, em todo o Brasil.
Por que o Ministério da Cultura criou o Vale-Cultura?
O acesso à cultura estimula a reflexão e a compreensão da realidade,
além do respeito à diversidade, o reconhecimento da identidade e a plena
cidadania. Tudo isso é uma melhoria na qualidade de vida de todos os
brasileiros. O Vale-Cultura também fomenta o crescimento da produção
cultural em todo o Brasil.
Quem pode receber o Vale-Cultura?
Todos os trabalhadores que tenham vínculo empregatício formal com
empresas que aderiram ao programa. O foco são aqueles que recebem até
cinco salários mínimos, para estimular o acesso à cultura aos cidadãos
de baixa e média renda.
Quem fornece o Vale-Cultura?
São as empresas empregadoras que fornecem este benefício aos seus empregados. Elas são chamadas de "empresas beneficiárias".
Quem aceita o Vale-Cultura como forma de pagamento?
O Vale-Cultura é aceito por uma rede de cerca de 40 mil empresas em
todos os estados do país, inclusive lojas virtuais. Apenas empresas que
comercializam produtos e serviços culturais podem se habilitar como
recebedoras. Elas são chamadas de "empresas recebedoras".
Como este dinheiro chega ao trabalhador?
O valor do Vale-Cultura é creditado por meio de cartão magnético pré-pago, emitido por uma operadora de cartão.
O Vale-Cultura é uma bolsa oferecida pelo Governo Federal?
Não. O Vale-Cultura é um benefício trabalhista, assim como o
auxílio-alimentação ou o auxílio-transporte. São as empresas que arcam
com a sua oferta para os seus empregados. Não se trata de uma bolsa, nem
é o Governo que concede o Vale-Cultura.
O que a empresa que concede o benefício ganha com o Vale-Cultura?
Além de reforçar o seu compromisso com o bem-estar de seus
trabalhadores, a empresa pode agregar valor ao salário sem incidência de
encargos sociais e trabalhistas. E as empresas tributadas com base no
lucro real poderão deduzir até 1% do imposto de renda se concederem o
Vale-Cultura a seus empregados.
Os servidores públicos podem ser beneficiados?
A legislação não veda a participação de servidores públicos, mas, para
que eles tenham direito ao benefício, deve haver uma iniciativa de cada
município, estado ou da União na adoção de medidas próprias. Basta que
se inspirem no modelo do programa e aprovem uma legislação para
regulamentar o seu próprio Vale-Cultura.
O Vale-Cultura é extensivo aos aposentados pela Previdência Social?
Neste caso, não é possível identificar vínculos trabalhistas diretos,
de modo que não há o agente empregador que possa conceder o benefício,
conforme formatação do programa.
Os estudantes podem receber o Vale-Cultura?
Se o estudante tiver algum vínculo empregatício formal e se seu
empregador tiver aderido ao programa e houver mútuo interesse, sim. No
entanto, a concessão se dá pela relação de trabalho e não pelo fato de
ser estudante.
Um trabalhador pode receber o Vale-Cultura sem que a empresa onde trabalha tenha feito adesão junto ao Ministério da Cultura?
Não. Para que o trabalhador possa receber o Vale-Cultura, é necessário
que haja a adesão do empregador por meio de credenciamento junto ao
Ministério da Cultura. Peça à sua empresa!
Mais detalhes acesse o site http://www.cultura.gov.br/valecultura
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"A arte existe para que a realidade não nos destrua." Nietzsche.
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sábado, maio 17, 2014
APOIADO e Integralmente o Prof. Alcides Villaça, literatura brasileira da USP, vide polêmica gerada pela então escritora paulista Patrícia Engel Secco, sobre em "simplificar" o Obra do Imortal Machado de Assis vide link http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/de-machado-de-assis-a-shakespeare-quando-a-adaptacao-diminui-obras-classicas
Cara escritora, me perdoa por não conhecê-la até então, mas usando de suas próprias palavras, faço as minhas, "As redes sociais estão cheias de exemplos de prejulgamentos e linchamentos baseados em equívocos de interpretação”, a começar pela sua infeliz ideia.
— "Em relação as obras particulares é igual as pessoas invadirem sua casa e ir entrando, né, o artista, você invadir a obra dele significa mais ou menos isto, entrar na sua casa sem permissão, ninguém gosta.".
—A Arte nunca deveria aspirar à popularidade, mas o público deve aspirar a se tornar artístico. Oscar Wilde.
—A Arte nunca deveria aspirar à popularidade, mas o público deve aspirar a se tornar artístico. Oscar Wilde.
Machado de Assis mais “simplesinho”?
A você, que acha que sabe por que os jovens não gostam de ler Machado de Assis e entende ser necessário “simplificar” os seus textos:
Machado de Assis não é pra ser “gostado” como sorvete de limão ou chocolate. Machado é um problema pra qualquer criatura inteligente (por favor, tente se preocupar). Ele relativiza os valores que servem de colchão pras nossas vidas. Ele aprendeu na prática (era mulato, meu bem) que é duro nascer pobre e sem voz. Ele viu e entendeu logo todas as falcatruas de quem está no poder. Pior que isso: ele não achava que as classes subjugadas tivessem qualquer outra intenção que não a de serem classes dominantes. E se aparelhou para sobreviver, e viver bem. Ele viu e entendeu que talvez não valha a pena tanto esforço por idealismos condenados ao fracasso, conforme a História Política (que Maquiavel estudara tão bem) já provou. Ele imaginou que o esforço de ser sublime não compensa na barganha da próxima esquina. Ele piscou o olho para nós porque sabia muito, e também não sabia o que fazer com suas melhores intenções, e sua secreta poesia, e seu inconfessável sentimento do trágico. E ele nos provou que tudo isso só passa a existir com o aparelhamento certeiro de uma linguagem, de uma fala absolutamente pessoal, com um sujeito já dentro.
E aí vem você é quer “facilitar” tudo isso, minha cara? Você não sabe o quanto custou para aquele mulato lúcido nos mostrar o mapa das nossas minas mais íntimas, da sociedade violenta que cochila dentro de nós? Pois saiba que os jovens leitores para quem apresento, como professor, os textos de Machado, se revitalizam com essas questões e agradecem pelo fato de que existe um artista que lhes dá forma e expansão. Com o texto dele, começam e recomeçam as mais vivas discussões.
Caso queira aprender a redigir sem “dificultação”, sugiro começar com a fórmula sujeito + verbo + complemento, até atingir outras sequencias possíveis e enfim começar a ler - é o que te desejo - um texto do verdadeiro Machado de Assis. Do autêntico. Qualquer falsificação jogue imediatamente no lixo.
Por Prof. Alcides Villaça, docente em literatura brasileira da USP.
Fonte: Perfil Facebook.
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"A arte existe para que a realidade não nos destrua." Nietzsche.
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sábado, novembro 16, 2013
imaginação e espiritualidade. Entre os árabes a eloqüência sempre foi valorizada,
era inclusive, uma condição exigida para se poder exercer a chefia da tribo
e, com certeza essas tribos primitivas eram imbatíveis na poesia.
Havia feiras anuais e gravava-se em ouro,
sobre folha de palmeira,as peças vitoriosas que
eram dependuras. Desde a infância,
aprendia-se a refletir e a descrever o camelo, o vento,
as montanhas, o deserto.
Dois componentes determinam a sabedoria:
o dom natural e o tempo, que sazona o homem, e essas características tornam
a literatura árabe privilegiada.
A sabedoria, que não é repartida entre todos os homens
e todos os povos, se expressaem livros como os Prolegômenos,
de Ibn-Alkhaldun, Libertação do Erro, de Al-Ghazzali, A Epístola do Perdão,
de Al-Maarri, O Profeta de Gibran, entre tantos outros.
A sabedoria se manifesta em anedotas, aforismos, provérbios, reflexões.
A literatura árabe é extensa e magnífica, conseguiu sobreviver a terrores,
os poetas que foram exilados ou mortos até hoje são lembrados.
É uma arte eterna de pura magia, que consegue atingir a alma,
e que chegando ao fundo dessa alma consegue escrever um poema dentro de qualquer coração.
sobre folha de palmeira,as peças vitoriosas que
eram dependuras. Desde a infância,
aprendia-se a refletir e a descrever o camelo, o vento,
as montanhas, o deserto.
Dois componentes determinam a sabedoria:
o dom natural e o tempo, que sazona o homem, e essas características tornam
a literatura árabe privilegiada.
A sabedoria, que não é repartida entre todos os homens
e todos os povos, se expressaem livros como os Prolegômenos,
de Ibn-Alkhaldun, Libertação do Erro, de Al-Ghazzali, A Epístola do Perdão,
de Al-Maarri, O Profeta de Gibran, entre tantos outros.
A sabedoria se manifesta em anedotas, aforismos, provérbios, reflexões.
A literatura árabe é extensa e magnífica, conseguiu sobreviver a terrores,
os poetas que foram exilados ou mortos até hoje são lembrados.
É uma arte eterna de pura magia, que consegue atingir a alma,
e que chegando ao fundo dessa alma consegue escrever um poema dentro de qualquer coração.
Por Cláudia Brino.
Um outro ponto a destacar é a sonoridade: os peculiares recursos fonéticos
da língua estão a serviço da expressão poética.
É o caso de um longo poema do príncipe dos poetas da época pré-islâmica, Imru Al-Qays, que contém um verso antológico nesse sentido.
O poema – um dos tantos da época, dedicados a celebrar o cavalo árabe –
começa descrevendo a sensação de cavalgar um portentoso corcel, dotado da força do vento.
É madrugada, os pássaros nem ainda
saíram de seus ninhos; é tal a imponência
do nobre animal que, se alguma fera o avista,
fica imediatamente paralisada,
estarrecida ante a fogosidade do puro-sangue. —
Seu tropel é belo e harmônico,
embora indomável como a rocha que a chuva precipita
em desabalada carreira desde o alto.
Ao descrever a impetuosidade
desse movimento, o poeta-cavaleiro
diz que sua montaria "avança, retrocede,
arranca e recua num mesmo ato"
o que, no original árabe, é toda uma onomatopéia:
Mikarrin, mifarrin, muqbilin, mudbirin, ma'an!
———————————————————————————
— Você tem o relógio, eu tenho o tempo!.
“No deserto, cada pequena coisa
proporciona felicidade. Cada roçar é valioso.
Sentimos uma enorme alegria pelo simples fato de nos tocarmos,
de estarmos juntos!
Lá ninguém sonha com chegar a ser, porque cada um já é.”
— Que turbante bonito!
É apenas um tecido fino de algodão:
permite cobrir o rosto no deserto
quando a areia se levanta e, ao mesmo tempo, você pode continuar
vendo e respirando através dele.
— Aqui, vocês têm o relógio; lá, temos o tempo.
No deserto não existe engarrafamento!
Por Moussa Ag Assarid
escritor, jornalista, contador de histórias e ator.
Um outro ponto a destacar é a sonoridade: os peculiares recursos fonéticos
da língua estão a serviço da expressão poética.
É o caso de um longo poema do príncipe dos poetas da época pré-islâmica, Imru Al-Qays, que contém um verso antológico nesse sentido.
O poema – um dos tantos da época, dedicados a celebrar o cavalo árabe –
começa descrevendo a sensação de cavalgar um portentoso corcel, dotado da força do vento.
É madrugada, os pássaros nem ainda
saíram de seus ninhos; é tal a imponência
do nobre animal que, se alguma fera o avista,
fica imediatamente paralisada,
estarrecida ante a fogosidade do puro-sangue. —
Seu tropel é belo e harmônico,
embora indomável como a rocha que a chuva precipita
em desabalada carreira desde o alto.
Ao descrever a impetuosidade
desse movimento, o poeta-cavaleiro
diz que sua montaria "avança, retrocede,
arranca e recua num mesmo ato"
o que, no original árabe, é toda uma onomatopéia:
Mikarrin, mifarrin, muqbilin, mudbirin, ma'an!
———————————————————————————
— Você tem o relógio, eu tenho o tempo!.
“No deserto, cada pequena coisa
proporciona felicidade. Cada roçar é valioso.
Sentimos uma enorme alegria pelo simples fato de nos tocarmos,
de estarmos juntos!
Lá ninguém sonha com chegar a ser, porque cada um já é.”
— Que turbante bonito!
É apenas um tecido fino de algodão:
permite cobrir o rosto no deserto
quando a areia se levanta e, ao mesmo tempo, você pode continuar
vendo e respirando através dele.
— Aqui, vocês têm o relógio; lá, temos o tempo.
No deserto não existe engarrafamento!
Por Moussa Ag Assarid
escritor, jornalista, contador de histórias e ator.
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"A arte existe para que a realidade não nos destrua." Nietzsche.
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segunda-feira, fevereiro 04, 2013
No Grande Sertão: Veredas, Rosa nos apresenta também o seu conhecimento sobre a vida e a dificuldade de viver e conviver. Em várias páginas desta obra, a vida marca as pessoas e esta marca oferece a oportunidade para a reflexão sobre si e sobre os outros. Ele diz: “o senhor sabe: o perigo que é viver…”; “Viver é um descuido prosseguido”
Viver é perigoso
porque a vida é única, pessoal, intransferível. Isto amedronta. É
formidável. Quando se passam a outra pessoa as rédeas da própria vida, a
pessoa se perde, se despersonaliza. Hoje, muitas pessoas se sentem
incapazes de decidirem os rumos da sua vida. Dependem sempre de
conselhos e de opinião de outras pessoas sobre si mesmas ou de leitura
de livros de autoajuda.
Rosa escreveu que “cedo aprendi a viver sozinho”,
isto é, aprendeu a decidir os rumos de sua vida desde pequenino. E,
mais tarde, ele, feliz com a própria decisão, nos revela que “viver é
muito perigoso, mesmo”.
Mas, a vida é sempre
inédita, ela muda continuamente. E, Guimarães Rosa também descobre esta
verdade e fica emocionado, ao afirmar que as pessoas vivem de maneira
pessoal e que esta experiência é única. Ele diz: “viver é muito perigoso; e não é não. Nem sei explicar estas coisas. Um sentir é o do sentente, mas outro é o do sentidor”.
A vida é perigosa, mas é necessário o amor para viver perto da outra pessoa, sem o perigo de ódio. “Só
se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de
ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um
descanso na loucura. Deus é que me sabe”.
Viver com a outra pessoa exige proximidade, olho no olho. Confidencialidade. “Viver perto das pessoas é sempre dificultoso, na face dos olhos”. O
dia a dia leva muitas pessoas a não verem a outra pessoa. Tudo parece
banalizado, sem sabor, sem sentimentos, sem paixão. O marido não percebe
a esposa e os seus sentimentos, a esposa não sente a atenção do marido,
pais e mães não conhecem os filhos, não conversam com eles. As relações
são frias e interesseiras.
Esta experiência, às vezes, traz desconsolos e esperanças: “o
senhor entende, o que conto assim é resumo; pois, no estado do viver,
as coisas vão enqueridas com muita astúcia: um dia é todo para a
esperança, o seguinte para a desconsolação”.
Ao mesmo tempo, pouco a pouco, há a alegria pessoal com a vida. Esta alegria supera a tristeza. É uma aprendizagem diária: “e
fui vendo que aos poucos eu entrava numa alegria estrita, contente com o
viver, mas apressadamente. A dizer, eu não me afoitei logo de crer
nessa alegria direito, como que o trivial da tristeza pudesse retornar.
Ah, voltou não; por oras, não voltava”.
Rosa nos mostra que
ninguém nasce para permanecer perdido na vida. Cada pessoa tem a sua
vida e pode descobrir a sua maneira única de viver consigo e com os
outros. Sempre há caminhos, cada um tem o seu e sabe que tem. Ele mesmo
quem diz:
“Sempre sei, realmente. Só o que eu quis, todo o tempo, o que eu pelejei para achar, era uma só
coisa – a inteira – cujo significado e vislumbrado dela eu vejo que
sempre tive. A que era: que existe uma receita, a norma dum caminho
certo, estreito, de cada uma pessoa viver – e essa pauta
cada um tem – mas a gente mesmo, no comum, não sabe encontrar; como é
que, sozinho, por si, alguém ia poder encontrar e saber? Mas, esse
norteado, tem. Tem que ter. Se não, a vida de todos ficava sendo sempre o confuso dessa doideira que é. E que: para cada dia, e cada hora, só uma ação possível da gente é que consegue ser a certa”.
Na maturidade, (como é importante escutar os idosos, aprender com eles), Rosa nos diz que viver é aprender a viver: “O
senhor escute meu coração, pegue no meu pulso. O senhor avista meus
cabelos brancos… Viver – não é? – é muito perigoso. Porque ainda não se
sabe. Porque aprender-a-viver é que é o viver, mesmo”.
Autoria by José Ildon Gonçalves da Cruz Publicado em 9 agosto, 2008 .
Fonte: http://joseildon.wordpress.com/2008/08/09/guimaraes-rosa-na-abc-viver-e-muito-perigoso-mesmo-5/
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"A arte existe para que a realidade não nos destrua." Nietzsche.
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segunda-feira, outubro 29, 2012
'LER É PRECISO - LEIO "LOGO PENSO, LOGO EXISTO"
É a "Semana Internacional do Livro". Todo o dia deveria ser o "dia de ler".
Bendito mesmo, porque desde criança pequena adquiri esse hábito, oriundo do meu pai.
Por ser um homem intrínseco, reservado e de poucas falas, era desta forma que eu conseguia quebrar o gelo e vencer a barreira e a falta de diálogo. Passava horas perguntando, questionando e ouvindo-o contar "causos" - falar sobre diversos assuntos. Meu pai era uma fonte de informações, incrível que desta leva de filhos, eu, a rapa do tacho é que desenvolveu esse gosto da leitura desde sempre.
Enquanto minha mãe, mantinha suas tradições religiosas e o moralismo arraigado na cultura recebida de seus pais italianos, até por completa ignorância (acreditava em tudo que ouvia menos no que via) com o tempo se tornaram "piegas" sob minha visão ("atravancava" meu progresso em todos os campos), tudo muito pudico, regrado. Meu pai era o contrário mostrava os dois lados sem impor, me deu um nome grego, oriundo da mitologia, após ler um livro, da qual sinto compaixão de minha mãe, risos, até hoje ela acha que se trata de um nome bíblico, (nem preciso dizer que li “de cabo a rabo” a bíblia para depois aos 14 anos descobrir que não faz parte). Compreendi que foi a maneira que meu pai, encontrou de burlar as regras da casa, que seguiam à risca nomes de santos. Mais uma vez, bendito seja santo meu pai, onde estiver, por isso e muito mais, por ser brilhante e criativo e quebrar esse paradigma desde então. Lá em casa, reza a lenda - segundo eles, que quando querem me 'criticar'... sic... risos - dão um livro para eu ler ou revista para folhear e eu ficarei inerte a qualquer som ao meu redor - é verdade, bem assim, me desligo completamente.
Eu tinha ânsia pelo saber, curiosidade em aprender e língua afiada para questionar, e como não obtinha as respostas convincentes, era no mundo particular de livros e romances, que eu encontrava alento. Eu fico entregue à leitura, devoro cada página e absorvo de fato o que leio, passando, claro, por um filtro, se estão de acordo com as minhas convicções, eu as assimilo.Sempre coloco emoção no que escrevo, ouço, assisto, não sei, mas, talvez seja por isso que até hoje, quando faço uma palestra, ou as aulas do curso de motivação pessoal, (projeto social que atuo como voluntária) ou defender um ponto de vista, eu faço de forma acalorada. Com tanta eloquência, parece que estou numa tribuna, defendendo uma causa, pela ênfase em cada palavra que estou proferindo. Tudo é intenso, verdadeiro e original.
Benditos sejam também os meus professores de português, os que aplicavam literatura, e, como lição de casa os textos, poemas, escritores ou músicas de artistas sagrados (os de vida inteligente), para eu interpretar e aprendi a ler nas entrelinhas também.
Eu fui uma aluna razoável, abaixo da média em ciências exatas, nunca me dei bem com números, contas, tudo que é concreto, regrado, programado, mas com a arte de sonhar, imaginar e criar era comigo mesma. Sempre encantada pelos livros, personagens, filmes e contos de romances, e, quando adolescente a veia de artista em escrever poesias, que com o tempo abandonei, por não confiar na minha habilidade.
Lembro que quando fazia os resumos de livros ou recriava em cima deles, como resenhas ou paráfrases, sempre levava as melhores notas e prêmios pelos feitos.
Nunca abandonei o hábito de ler, nem de motivar, incentivar os meus, ou em minha volta, de buscar conhecimento. Sempre incentivo às pessoas a lerem, quando faço dinâmicas nas aulas, são livros, CDs, que vou sortear ou premiar, levo listas de livros de diversos temas e abordagens, para os alunos lerem e sempre indico a biblioteca pública, como direito de todos, para acesso as informações e filmes. Minhas aulas possuem citações de poetas, músicos, escritores, dramaturgos, frases de filmes, livros, enfim, tudo que eu acho que vai agregar para eles se motivarem a ler. Geralmente cada módulo três autores que se divergem entre si. O intuito é esse, o de abandonar a mente fechada ou alienada e se abrir para o novo, expandir as ideias, quebrar paradigmas e ter a tomada de decisão em nossas mãos. Sempre deixo para eles buscar a fonte, confrontar as ideias, informações e mesmo assim buscar novas e formar a sua opinião, pensar por si mesmo.
Considero que ser livre é quando estamos libertos de dogmas, rótulos ou padrões impostos, ou quando pensamos por nós mesmos e sem ser massificados e induzidos pelos outros ou por um sistema.Tudo tem que ter significado, saliência, sentido - se ouço uma música ela tem que me tocar a alma, o artista também, não consigo ver arte na mesmice, no que é "piegas" ou estritamente comercial ou apenas midiática, e arte não se encontra em coisas "piegas" ou comercial.
Quando eu ouço determinado artista ou leio algo, um escritor, um poema, um filósofo é como se eu vestisse a roupa daquela pessoa e viajasse pelas suas entranhas, capturasse os seus sentimentos e dentro dela sob o mesmo olhar, que a criação foi feita ou o porquê ele teve determinada reação ou inspiração, seja na música, no teatro, nos livros ou no cinema. E as coisas crescem com novo sentido, elas ganham significado de vida, maior entendimento.
Assim é com o genial Oscar Wilde, são nos detalhes minuciosos que fazem toda a diferença. Quando interpreto a obra, The Wall que muitos consideram sinistra e fúnebre de Pink Floyd. Porém, sob a visão de Roger Waters que envolve a perda do pai, quando bebê, numa guerra fria e sangrenta, enfim, ele coloca nas canções, toda a dor, indignação e carência, que isso causou em sua transição adulta. Fernando Pessoa, alguns o acham depressivo, vejo sobre outro prisma, que talvez ele considerasse o mundo à sua volta depressivo, cheio de pessoas maçantes e enfadonhas. “Não sou nada. Nunca serei nada, não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”
Navegando no universo deles, consigo compreender o porquê e o significado da visão deles sobre pessoas, o mundo, e a sociedade num todo, sem ser equivocada no julgamento. E assim é com tudo que admiro, não gosto de nada morno, nada superficial. Tem que ter significado, algo que desperte em mim, motivo para eu admirar.
A arte é a Arte sem comparação. Por isso que muitas vezes, achamos determinada obra, tensa, insana, gótica, depressiva, frágil, amoral, imoral ou conservadora, tudo depende do ponto de vista, para entender uma obra é preciso compreender o autor, voltar no tempo, o histórico de vida, e descobrirmos o quão é maravilhoso essas mentes geniais que deixaram seu legado, para que outros mortais como nós, pudéssemos aprender a confrontar ideias, atos e atitudes e a partir daí formar um novo pensamento, uma nova visão.
No Facebook hoje começou uma campanha assim: Pegue o livro mais próximo de você, vá até a página 52 e copie a partir da quinta frase, uma parte. Copie as regras como parte do seu status sem citar quem seria a autoria, como fiz abaixo: (adoro esse filósofo)...- Por acaso, és uma força nova e um novo direito? Um movimento primeiro? Uma roda que gira sobre si mesma? Podes obrigar as estrelas a girar em torno de si?
.Ai! Existe tanta ansiedade pelas alturas! Há tantas convulsões de ambição! Demonstra−me que não pertences ao número dos cobiçosos nem dos ambiciosos! Ai! (Assim falava Zaratustra vulgo Nietzsche.
Semana Internacional do Livro - Deem uma chance a Leitura.
"Um público comprometido com a leitura é crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que alguns fazem passar por ideias." - Mário Vargas Llosa.
"Um público que vêm a uma Feira de Livros é um público especial.Uma cidade que prestigia o Livro é uma cidade especial". - Almir Sater.
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quarta-feira, outubro 03, 2012
Não é segredo para ninguém que eu
amo música instrumental
e antes ouvia Mozart, Beethoven,
Villa-Lobos
Villa-Lobos
até descobrir Almir Sater
alguns anos.
A música instrumental remete direto
para a nossa alma e penetra bem fundo
em nossas emoções, arranca sensações
indescritíveis,
nos leva de fato a comoção.
Considero toda a discografia de Almir Sater
genial, mas os CDs Instrumentais
I e II, felizmente os tenho, são inigualáveis,
é uma verdadeira obra-prima,
pura arte.
pura arte.
E entre elas, Moura é
uma das minhas preferidas.
Eu ouso afirmar que 'Moura'
não é uma música
instrumental qualquer,
mas um espetáculo
monumental, do nível da
sensibilidade
de
um Beethoven, Wagner, Mozart,
Villa-Lobos e por aí afora.
Com essa canção, Sater venceu
duas categorias
no 4º Prêmio Música Brasileira
em 1991-
"melhor solista"
disputando com músicos de peso:
Wagner Tiso e Léo Gandelman
e também como melhor
"música Instrumental".
Em um vídeo no Youtube,
com imagens de Portugal
explica-se
explica-se
sobre as Mouras.
Achei interessante,
no entanto,
não posso afirmar que
o artista tenha
o artista tenha
criado essa obra-prima,
embasado no
embasado no
significado delas.
Uma certeza eu sei,
é impossível permanecer
indiferente a ela,
a seguir:
a seguir:
As mouras encantadas
As moiras ou mouras encantadas
são espíritos, seres fantásticos
com poderes sobrenaturais
do folclore popular português.
São obrigadas, para ocultar
sua força sobrenatural
a viverem em certo estado
de sítio como que entorpecidos
ou adormecidos, enquanto
determinada circunstância lhes
não quebrar o encanto.
Segundo antigos relatos populares,
são as almas de donzelas que
foram deixadas a guardar
os tesouros que os mouros encantados
esconderam antes de partirem
para a mourama.
As lendas descrevem as
mouras encantadas
mouras encantadas
como jovens donzelas de
grande beleza ou
encantadoras princesas
encantadoras princesas
e perigosamente sedutoras.
Aparecem frequentemente cantando
e penteando os seus longos cabelos,
louros como o ouro ou negros como a noite,
com um pente de ouro,
e prometem tesouros a quem
as libertar do encanto.
Podem assumir diversas formas
e existe um grande número
e versões da
mesma lenda,
como resultado de séculos
de tradição oral. Surgem
como
como
guardiãs dos locais de passagem
para o interior da terra,
onde se acreditava que
o sobrenatural
o sobrenatural
podia manifestar-se.
Aparecem junto de nascentes,
fontes, pontes, rios, poços, cavernas,
antigas construções, velhos castelos
ou tesouros escondidos.
Origem
Julga-se que a lenda das mouras
teve a sua origem em tempos
pré-romanos. As mouras encantadas
apresentam várias
características
características
presentes na Banshee
das lendas Irlandesas.
Também na mitologia Basca,
os Mairu (mouros) são os
gigantes
gigantes
que construíram dólmens
e
e
os cromeleques e
na
na
Sardenha podemos
encontrar
os domus
os domus
das Janas (casa das fadas).
Na Península Ibérica,
as lendas de
mouras encantadas encontram-se
também na mitologia
Galega e Asturiana.
Na tradição oral portuguesa,
as Janas são uma outra
variante de donzelas encantadas.
Especula-se
Especula-se
que o termo moura (moira)
possa derivar da palavra grega
"moira" (μοίρα),
"moira" (μοίρα),
que literalmente
significa "destino",
e das Moiras,
divindades originárias
da mitologia grega.
Outra corrente indica
que a origem poderá
vir das palavras celtas "mori",
que significa mar, ou "mori-morwen",
que designa sereia, provavelmente
relacionando as mouras
com as ondinas ou as ninfas,
os espíritos
os espíritos
sub-humanos que
habitavam
habitavam
nos rios e nos
cursos de água.
Fonte: http://ocastelodeochusbochus.blogspot.com.br/2011_06_01_archive.html
cursos de água.
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Folk Rock,
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Literar,
literatura,
Loira Do bem,
mitologia grega,
Moura,
MPB,
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Prêmio da Música Brasileira
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segunda-feira, janeiro 18, 2010
“A História do Beijo e as Religiões”
📷 Reproduzida Google - filme.
Tudo Acontece em Elizabethtown
Beijo na testa, segundo o conceito da internet, é dado para alguém que temos muito respeito e nutrimos grande admiração.
O Prof. João Flávio Martinez - graduado em história e professor de religiões, fala a respeito do beijo nas diferentes culturas:
O Beijo na Concepção Islâmica: O comentário que se segue foi feito pelo líder islâmico Samir El-Hayek tradutor do Alcorão para o português. Ele comenta sobre o beijo: “Nós muçulmanos nos beijamos. Beijamos nossos amigos e irmãos... Não na Boca! Nem a própria mulher a gente costuma beijar na boca. Beijamos no rosto, na testa. É a nossa cultura. O beijo na boca é invenção do cinema hollywoodiano, que continua ganhando muito dinheiro com isso”.
O Beijo na Concepção Católica: O beijo amoroso foi proibido pela Igreja Católica na Idade Média e em nossas pesquisas não conseguimos a informação se esse decreto foi extinto ou não. Entretanto, a Igreja Católica Romana tem no beijo uma maneira de referência e adoração; beijam-se as imagens e abascantos, beija-se a mão do clérigo, o padre beija o altar, o Papa por várias vezes beijou o solo onde foi peregrinar, beija-se após fazer o sinal da cruz, beija-se o irmão de fé em sinal de amor cristão...
Enfim, poderíamos dizer que o beijo compõe o culto e os rituais do catolicismo.
O Beijo nas religiões Orientais: Para as religiões Orientais, o beijo é um ato muito íntimo, jamais realizado em público. É algo reservado e que dificilmente será motivo vexatório.
O Beijo nas religiões Orientais: Para as religiões Orientais, o beijo é um ato muito íntimo, jamais realizado em público. É algo reservado e que dificilmente será motivo vexatório.
O Beijo na Ótica Protestante Evangélica: A Bíblia mostra que os irmãos se saudavam com um beijo no rosto em sinal de cordialidade e cumprimento (Rm.16:16).
Era um costume da época, como o nosso hoje, de saudar uns aos outros com um aperto de mão. O ósculo não é colocado como uma doutrina ou ensinamento, mas apenas como um gesto de cordialidade que deveria
e deve haver entre os irmãos.
"A arte existe para que a realidade não nos destrua." Nietzsche.
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segunda-feira, novembro 02, 2009
Terminadas as tarefas, banhavam-se em água fria e vestiam túnicas brancas. Comiam uma refeição em absoluto silêncio, só quebrado pelas orações recitadas pelo sacerdote no início e no fim.
Entao retiravam a túnica branca, considerada sagrada, e retornavam ao trabalho até o pôr-do-sol. Tomavam outro banho e jantavam com a mesma cerimônia. Josefo também nos conta que os essênios tinham com o solo uma relação de devoção. Um dos rituais comuns deles consistia em cavar um buraco de cerca de 30 centímetros de profundidade em um lugar isolado dentro do qual se enterravam para relaxar e meditar.
Entao retiravam a túnica branca, considerada sagrada, e retornavam ao trabalho até o pôr-do-sol. Tomavam outro banho e jantavam com a mesma cerimônia. Josefo também nos conta que os essênios tinham com o solo uma relação de devoção. Um dos rituais comuns deles consistia em cavar um buraco de cerca de 30 centímetros de profundidade em um lugar isolado dentro do qual se enterravam para relaxar e meditar.
As refeições eram frugais, com legumes, azeitonas, figos, tâmaras e, principalmente, um tipo muito rústico de pão, que quase não levava fermento. Eles possuíam pomares e hortas irrigados pela água da chuva, que era recolhida em enormes cisternas e servia como bebida.
Além dela, as bebidas essênias se resumiam ao suco de frutas e "vinho novo" um extrato de uva levemente fermentado. Os hábitos alimentares frugais e a vida metódica dos essênios garantiam-lhes uma vida saudável. E, muitos deles teriam atingido idade extraordinariamente avançada.
Uma das principais obras que permitem o estudo sobre a filosofia essênia é um manuscrito encontrado em 1785 por um historiador francês em viagens pelo Egito e pela Síria. É um dialogo entre Josefo e o mestre essênio Banus a respeito das leis da natureza e que pensavam sobre:
O Bem - Tudo aquilo que preserva ou produz coisas para o mundo, como "o cultivo dos campos, a fecundidade de uma mulher e a sabedoria de um professor".
O Mal - O que causa a morte, como a matança de animais. Por esse motivo, o sacrifício de animais, mesmo que para a alimentação é condenável.
A Justiça - O homem deve ser justo porque na lei da natureza as penalidades são proporcionais às infrações. Deve ser pacífico, tolerante e caridoso com todos, "para ensinar aos homens como se tornarem melhores e mais felizes".
A Temperança - Sobriedade e moderação das paixões são virtudes, pois os vícios trazem muitos prejuízos à saúde.
A Coragem - Ela é essencial para "rejeitar a opressão, defender a vida e a liberdade".
A Higiene - Uma outra virtude essencial para os essênios para "renovar o ar, refrescar o sangue e abrir a mente à alegria".
O Perdão - No caso de as leis não serem cumpridas, a penitência é simples e para se obter o perdão deve-se "fazer um bem proporcional ao mal causado".
Fonte: Beto Lopes.
Empresário, Professor de Literatura Espanhola pela USP.
Profundo conhecedor e estudioso de assuntos religiosos.
Filiado a diversas instituições de cunho esotérico e Mestre
de uma das mais antigas ordens iniciáticas.
E-mail:betusko@ig.com.br
"A arte existe para que a realidade não nos destrua." Nietzsche.
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