Terminadas as tarefas, banhavam-se em água fria e vestiam túnicas brancas. Comiam uma refeição em absoluto silêncio, só quebrado pelas orações recitadas pelo sacerdote no início e no fim.
Entao retiravam a túnica branca, considerada sagrada, e retornavam ao trabalho até o pôr-do-sol. Tomavam outro banho e jantavam com a mesma cerimônia. Josefo também nos conta que os essênios tinham com o solo uma relação de devoção. Um dos rituais comuns deles consistia em cavar um buraco de cerca de 30 centímetros de profundidade em um lugar isolado dentro do qual se enterravam para relaxar e meditar.
Entao retiravam a túnica branca, considerada sagrada, e retornavam ao trabalho até o pôr-do-sol. Tomavam outro banho e jantavam com a mesma cerimônia. Josefo também nos conta que os essênios tinham com o solo uma relação de devoção. Um dos rituais comuns deles consistia em cavar um buraco de cerca de 30 centímetros de profundidade em um lugar isolado dentro do qual se enterravam para relaxar e meditar.
As refeições eram frugais, com legumes, azeitonas, figos, tâmaras e, principalmente, um tipo muito rústico de pão, que quase não levava fermento. Eles possuíam pomares e hortas irrigados pela água da chuva, que era recolhida em enormes cisternas e servia como bebida.
Além dela, as bebidas essênias se resumiam ao suco de frutas e "vinho novo" um extrato de uva levemente fermentado. Os hábitos alimentares frugais e a vida metódica dos essênios garantiam-lhes uma vida saudável. E, muitos deles teriam atingido idade extraordinariamente avançada.
Uma das principais obras que permitem o estudo sobre a filosofia essênia é um manuscrito encontrado em 1785 por um historiador francês em viagens pelo Egito e pela Síria. É um dialogo entre Josefo e o mestre essênio Banus a respeito das leis da natureza e que pensavam sobre:
O Bem - Tudo aquilo que preserva ou produz coisas para o mundo, como "o cultivo dos campos, a fecundidade de uma mulher e a sabedoria de um professor".
O Mal - O que causa a morte, como a matança de animais. Por esse motivo, o sacrifício de animais, mesmo que para a alimentação é condenável.
A Justiça - O homem deve ser justo porque na lei da natureza as penalidades são proporcionais às infrações. Deve ser pacífico, tolerante e caridoso com todos, "para ensinar aos homens como se tornarem melhores e mais felizes".
A Temperança - Sobriedade e moderação das paixões são virtudes, pois os vícios trazem muitos prejuízos à saúde.
A Coragem - Ela é essencial para "rejeitar a opressão, defender a vida e a liberdade".
A Higiene - Uma outra virtude essencial para os essênios para "renovar o ar, refrescar o sangue e abrir a mente à alegria".
O Perdão - No caso de as leis não serem cumpridas, a penitência é simples e para se obter o perdão deve-se "fazer um bem proporcional ao mal causado".
Fonte: Beto Lopes.
Empresário, Professor de Literatura Espanhola pela USP.
Profundo conhecedor e estudioso de assuntos religiosos.
Filiado a diversas instituições de cunho esotérico e Mestre
de uma das mais antigas ordens iniciáticas.
E-mail:betusko@ig.com.br