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terça-feira, 20 de setembro de 2016

LITERANDO COM ALMIR SATER E RENATO TEIXEIRA

Reprodução Internet 














"LITERAR"
é criar, reinventar, explorar ou reformular um conceito sobre algo já feito.

Segundo o site Literar é ler com novos olhos, apresentar diferentes perspectivas sobre um mesmo assunto e levantar um questionamento crítico sobre aquilo. 
É mostrar que a literatura nunca cai em desuso, há sempre algo novo a ser descoberto e explorado. E assim fez o compositor Renato Teixeira na letra “O Amor Tem Muitas Maneiras”- a partir de uma frase de Guimarães Rosa.

O artista esclarece na coluna do Jornal Contato - Taubaté como teve a ideia de criar a música sobre a célebre frase do escritor mineiro: "Ganhei de presente de Luiz Coronel, aquele que eu cito em um dos versos da música 'Amanheceu Peguei a Viola', um lindo livro sobre Guimarães. Um dicionário poético do grande escritor mineiro com uma coletânea espetacular de frases bem sacadas. Então, eu pego uma frase sua como mote e crio uma canção a partir dela. Hoje vou mostrar uma delas pra vocês. Guimarães escreveu 'um amor tem muitos modos de parecer que morreu', com certeza uma frase tão impactante quanto 'O amor é eterno enquanto dura', de Vinicius. A partir da frase de Guimarães, eu fiz O Amor Tem Muitas Maneiras".



Foto: Eduardo Galeno / Agencia Produtora.

A canção faz parte do novo  CD “AR” de Almir Sater e Renato Teixeira, em um dueto de vozes que se encaixam adequadamente, se torna ainda mais emocionante. 

Se Almir Sater já é genial sozinho, a participação de Renato Teixeira, em trazer à tona a literatura  de Guimarães Rosa, um dos  mais brilhantes escritores e atemporais, vem enaltecer ainda mais o trabalho destes ícones brasileiros.  

Nas palavras do próprio Renato Teixeira: “Poder interagir com nossos mestres num diálogo cabível, nos faz caminhar sobre a fina lâmina do tempo onde não há existir, só sentir. Foi isso que ele quis dizer quando afirmou que 'as pessoas não morrem, apenas ficam encantadas...'. Guimarães ficou encantado uma semana depois desse veredicto”.

 
  

O CD “AR” está disponível nas plataformas digitais ou nas Lojas e Sites Virtuais. 

Você pode ouvir  
O Amor Tem Muitas Maneiras no Canal YouTube de Renato Teixeira também.



              
    Trecho do livro - Guimarães Rosa.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Moura - obra-prima de Almir Sater e a lenda portuguesa




Não é segredo para ninguém que eu 
amo música instrumental 
e antes ouvia Mozart, Beethoven,
Villa-Lobos 
até descobrir Almir Sater 
alguns anos. 
A música instrumental remete direto 
para a nossa alma e penetra bem fundo 
em nossas emoções, arranca sensações 
indescritíveis, 
nos leva de fato a comoção. 
Considero toda a discografia de Almir Sater
 genial, mas os CDs Instrumentais 
I e II, felizmente os tenho, são inigualáveis, 
é uma verdadeira  obra-prima,
 pura arte. 
E entre elas, Moura é 
uma das minhas preferidas.




Eu ouso afirmar que 'Moura'  
não é uma música 
instrumental qualquer, 
mas um espetáculo 
monumental, do nível da 
sensibilidade 
de 
um Beethoven, Wagner, Mozart,  
Villa-Lobos e por aí afora. 
Com essa canção, Sater venceu 
duas categorias 
no Prêmio Música Brasileira 
em 1991- 
  "melhor solista"  
disputando com músicos de peso:
 Wagner Tiso e Léo Gandelman 
e também como melhor 
"música Instrumental". 
Em um vídeo no Youtube, 
com imagens de Portugal 
explica-se 
sobre as Mouras. 
Achei interessante, 
no entanto, 
não posso afirmar que
 o artista tenha 
criado essa obra-prima, 
embasado no 
significado delas. 
Uma certeza eu sei, 
é impossível permanecer 
indiferente a ela
a seguir:


As mouras encantadas

As moiras ou mouras encantadas

 são espíritos, seres fantásticos 

com poderes sobrenaturais 
do folclore popular português. 
São obrigadas, para ocultar
 sua força sobrenatural 
a viverem em certo estado 
de sítio como que entorpecidos 
ou adormecidos, enquanto
 determinada circunstância lhes
 não quebrar o encanto. 
Segundo antigos relatos populares,
 são as almas de donzelas que 
foram deixadas a guardar 
os tesouros que os mouros encantados 
esconderam antes de partirem 
para a mourama. 
As lendas descrevem as
mouras encantadas
 como jovens donzelas de 
grande beleza ou
encantadoras princesas 
e perigosamente sedutoras.
 Aparecem frequentemente cantando 
e penteando os seus longos cabelos, 
louros como o ouro ou negros como a noite, 
com um pente de ouro, 
e prometem tesouros a quem 
as libertar do encanto. 
Podem assumir diversas formas 
e existe um grande número 
 e versões da 
mesma lenda, 
como resultado de séculos 
de tradição oral. Surgem
como
 guardiãs dos locais de passagem 
para o interior da terra, 
onde se acreditava que
o sobrenatural 
podia manifestar-se. 
Aparecem junto de nascentes, 
fontes, pontes, rios, poços, cavernas, 
antigas construções, velhos castelos
 ou tesouros escondidos.

Origem
Julga-se que a lenda das mouras

 teve a sua origem em tempos 

pré-romanos. As mouras encantadas 
apresentam várias
características
 presentes na Banshee 
das lendas Irlandesas. 
Também na mitologia Basca, 
os Mairu (mouros) são os
gigantes 
que construíram dólmens
 e 
os cromeleques e
na
 Sardenha podemos 
encontrar
os domus 
das Janas (casa das fadas).
Na Península Ibérica, 
as lendas de
 mouras encantadas encontram-se
 também na mitologia 
Galega e Asturiana. 
Na tradição oral portuguesa, 
as Janas são uma outra 
variante de donzelas encantadas.
Especula-se 
que o termo moura (moira) 
possa derivar da palavra grega
 "moira" (μοίρα),
 que literalmente 
significa "destino", 
e das Moiras, 
divindades originárias
 da mitologia grega. 
Outra corrente indica 
que a origem poderá 
vir das palavras celtas "mori", 
que significa mar, ou "mori-morwen", 
que designa sereia, provavelmente 
relacionando as mouras 
com as ondinas ou as ninfas,
os espíritos 
sub-humanos que
habitavam
 nos rios e nos
cursos de água.
Fonte: http://ocastelodeochusbochus.blogspot.com.br/2011_06_01_archive.html