sábado, 8 de agosto de 2015

FILOSOFANDO: CARÁTER É FAZER O QUE É JUSTO


     Imagem: Reprodução Internet

"Uma viva inteligência de nada serve se não estiver ao serviço de um caráter justo; um relógio não é perfeito quando trabalha rápido, mas sim quando trabalha certo." Luc de Clapiers Vauvenargues, marquês de Vauvenargues, moralista, ensaista e escritor francês.

Num diálogo com o pai de uma amiga e ela, quando saí em defesa da ética e bom senso e não da parcialidade, ele me indagou: - O que é ser justo, afinal? Respondi sem titubear: É ser imparcial, fazer o certo mesmo que seja um adversário, um concorrente, uma pessoa detestável!

Nietzsche nos preveniu: “Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não se tornar também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você”, ou seja, se naturalizamos a perversidade, a injustiça, a mentira até  para levar vantagens sobre concorrentes, oponentes ou rivais, estamos nos igualando àqueles que tanto criticamos, repudiamos e dotados de maus vícios e desvirtuosos. 

A história nos lembra os tempos sombrios, o período das trevas, a caça de gente inocente, julgados por um tribunal parcial, convictos de que regalias e privilégios eram apenas para os seus iguais e minorias como nobreza e clero.

Por mais que nós desejemos "viver sem o outro e mais individualmente", Aristóteles nos mostra que não é apropriado, já que fazemos parte de uma engrenagem, e o enfrentamento na maioria das vezes é inevitável. 

E depende das nossas atitudes ou ações que escolhemos ao longo de nossa vida, boas ou más. Mais que fazer o bem, "é fazer o que é justo, mas não para aparentar boa imagem, mas porque é o certo". Aí reside o verdadeiro caráter. Muitas vezes, ser justo e correto é ir contra a correnteza, ferir algumas pessoas, independente de quem seja. 

 Aristóteles, apesar de ter sido um discípulo de Platão, procurou ser um pensador mais eclético voltado para uma ampla produção intelectual.

Sob a visão dele, "O homem não pode ser visto como um ser individual", pelo contrário, ele é essencial para a sociedade num todo, ou seja, uma peça formadora de uma engrenagem e, sendo assim uma "mola mestra", e vai desempenhar um papel importante, seja do ponto de vista positivo ou não, de acordo com suas atitudes repercutirá com intensidade em suas relações. 

Ainda, segundo Aristóteles, possui mais valor um cidadão formado nas virtudes, especialmente aquelas relacionadas ao conceito de Justiça, do que as prescrições objetivas estabelecidas pela lei. Para ele, a justiça é uma virtude humana, que estimula a prática do bem.

A Ética Aristotélica realiza uma interpretação das ações humanas fundamentada em análises de meio e de fim, resultando da definição de determinadas práticas humanas onde o conteúdo moral estará relacionado à prática de ações específicas. 
Tais ações devem ser implementadas não apenas por parecerem corretas aos olhos de quem as pratica, mas, porque dessas ações o homem estará mais próximo do bem. 

O bem seria o referencial em cujo interesse incidiriam todas as ações do homem. Logo, o bem seria a finalidade das ações. O bem supremo é absoluto, desejável e não funciona como instrumento para se alcançar outros interesses menos nobres. Conclui-se que, baseado na visão aristotélica, uma pessoa precisa ter como  características básicas "os princípios da ética, do bom senso, equidade em suas ações, a busca pelo equilíbrio e propagação da justiça". 

Para o filósofo, a justiça é aquela disposição de caráter que torna as pessoas propensas a fazer o que é justo, que as faz agir corretamente, e a desejar o que é justo; e, de modo análogo, a injustiça é a disposição que leva as pessoas a agir injustamente e a desejar o que é injusto. Portanto, façamos da justiça e das virtudes, um hábito.  

Para finalizar, a célebre frase de Montesquieu: “Uma injustiça feita a um só homem é uma ameaça para toda gente”.

Consultas: Adaptadas das Fontes e Referências:

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

ALCEU VALENÇA APRESENTA SHOW ESPETACULAR EM BELO HORIZONTE | 13 DE AGOSTO

Alceu Valença apresenta seu show acústico no Cine Theatro Brasil Vallourec, em Belo Horizonte no dia 13 de agosto (quinta-feira), às 21h.

Crédito Foto: Yan Montenegro

Considerado um dos ícones da música brasileira há mais de 40 anos, o Cantor desembarca na Capital Mineira, após uma série de apresentações bem-sucedidas pela Europa. Poeta e intérprete carismático, com uma obra que mistura as raízes nordestinas com o pop e o rock, têm em sua discografia mais de vinte discos, e uma trajetória cheia de sucesso e premiações.  Entre eles, o 26º Prêmio da Música Brasileira  este ano – concorreu em duas categorias, sendo vencedor com o Melhor Álbum de MPBValencianas, em parceria com a Orquestra Sinfônica de Ouro Preto, e como Cantor Regional, pelo disco de canções carnavalescas inéditas, Amigo da arte.

O seu talento vai além da música e poesia, em seu primeiro filme "A Luneta do Tempo", exibido ano passado, no Festival de Gramado, recebeu diversos elogios, em sua estreia como diretor. Alceu Valença deve apresentar sucessos como "La Belle de Jour", “Coração Bobo”, "Como dois animais",  “Anunciação”, “Pelas Ruas Que Andei”, “Tropicana” bem como os premiados e mais recentes discos. No palco, o Artista será acompanhado pelos músicos Paulo Rafael (violão de aço e viola) e André Julião (sanfona).
 

Serviço:
Alceu Valença Acústico em Belo Horizonte
Data: 13 de agosto de 2015
Horário: 21h
Local: Cine Theatro Brasil Vallourec
Preços dos ingressos: Plateia um e dois: R$140,00 / R$70,00 meia-entrada. (1º lote)
Meia-entrada válida para estudantes e idosos com idade acima de 60 anos (mediante a apresentação de documento comprobatório)
Endereço: Praça Sete. Rua dos Carijós 258, Centro / Belo Horizonte.
Informações: (31)3201.5211 / 3243.1964
Vendas pelo site ou no teatro: http://bit.ly/1dMxrAD
Bilheteria: De segunda a sábado das 11h às 21h e domingo das 11h às 19h.
Vendas pelo telefone: (31) 2626-1251
Realização: Jackson Martins Produções e Eventos
Informações para a imprensa: Paula Granja Assessoria de Imprensa: (31) 9644-2968

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

ATIVIDADES SIMPLES PARA COORDENAÇÃO MOTORA

Rolar no tapete, abotoar, construir castelos de areia: atitudes simples e que cabem no cotidiano melhoram o desenvolvimento da criança.





Segundo Da Vinci "a simplicidade é o mais alto grau de sofisticação". Acredito. De acordo com especialistas, atividades simples pode ajudar as crianças a desenvolver a coordenação motora, desde cedo. O custo benefício é enorme, quase de graça, coisas comuns, mas necessário para o desenvolvimento das crianças. O que negligenciamos agora, pode faltar amanhã. E, tudo que a criança precisa é ser tratada como tal. 

Um adulto feliz depende de uma infância saudável, e de forma mais assertiva. Deixamos os aparatos tecnológicos para os adultos. 
Haverá muito tempos depois para se envolver com tais parafernálias.

Segundo o site da Ig, aos três anos, a criança já deve ser capaz de controlar a concentração e a coordenação motora necessárias para fazer movimentos finos e precisos com os dedos. Algumas atividades fáceis de fazer no dia a dia, doze sugeridas por especialistas, para ajudar a criança a atingir este marco: 
Rolar no tapete, abotoar, construir castelos de areia: atitudes simples e que cabem no cotidiano melhoram o desenvolvimento da criança.

Sem contar o bem enorme psicológico no emocional, estreitamento de laços afetivos e a segurança passada entre pais e filhos.



1- Deixar a criança rolar no tapete. Se possível, faça uma trilha de almofadas sobre o tapete para a atividade ficar mais “fofinha”.

2- Pintar com tinta guache ou a dedo.

3- Colorir com giz de cera ou giz de lousa


6- Fazer massinha em casa. “Misture 4 xícaras de farinha, 1 colher de sal, 1 colher de óleo, ½ xícara de água com corante”.

7- Colocar água de um jarro maior em recipientes menores, de vários tamanhos, enfiar botões ou contas coloridas grandes em um barbante.

8-  Construir castelinhos de areia.

9-  Brincar com blocos de montar. 

10- Incentivar a criança a dançar: “A dança desperta a conscientização em relação aos próprios movimentos”.

11-Enfiar botões ou contas coloridas grandes em um barbante.

12- Permitir que ele abra e feche vasilhas ou coloque e tire tampas de panelas, desenvolve a motricidade e ajuda a criança a entender os utensílios da casa.



Leia Também:


Informações:
New York Times/Academia Americana de Pediatria.
Agradecimentos: 
 Teresa Ruas, especialista em brincadeiras e consultora da Fisher Price; Gilda Rizzo, especialista em educação infantil e estimulação do desenvolvimento
Fotos: Reprodução / google.
Fonte Matéria: delas

domingo, 2 de agosto de 2015

O ESPELHO E O NOSSO VERDADEIRO EU

“Nada menos de duas almas. Cada criatura humana traz duas almas 
consigo: uma que olha de dentro para fora, outra que olha de fora para entro... Espantem-se à vontade, podem ficar de boca aberta, dar de ombrostudo; não admito réplica." -   Machado de Assis em "O Espelho".


 
Ufa, finalmente terminei de ler e a complexidade de Machado
não é fácil, mexe com nossos sentimentos mais profundos e reflexão.

Eu fiz uma pesquisa com as amigas Marta e Vanda na semana passada
para ver o que elas pensavam a respeito dessa citação tão impactante.

E elas tinham opinião parecida com a minha. Em algumas análises
que li, alguns acham que o autor se refere à alma, no sentido espiritual,
uma está interligada com a outra e não podem se dividir. Com a ruptura, 
se encolhe e se perde na sua essência.

Eu entendo mais como personalidade e o ego. De que passamos a ser
e a viver de acordo com a imagem que os outros fazem de nós, e 
esquecemos do nosso verdadeiro eu, da essência real.

Na maioria das vezes, confundidos com a função social da qual exercemos, assumimos a identidade da qual a sociedade nos reconhece, incorporamos 
um personagem de modo a angariar prestígio e mais respeito.

No entanto, o espelho é o nosso verdugo, porque ele nos mostra nosso
verdadeiro eu sem máscaras, aquilo que somos quando não estamos 
diante dos outros, representando nosso papel, sem nossa armadura externa. 

A impressão é que, ao tentar separar essas duas almas, a analogia entre 
"alma e laranja" ou seja, quando repartida em duas, se veem pela metade, incompletas.

Um rápido resumo de “O espelho” Machado de Assis descreve sobre
Jacobina, um alferes (posto militar na época)que orgulhava-se de
sua farda e vivia em Santa Teresa, bairro conceituado do RJ.

Orgulho de toda família, passou a ser chamado de "Sr. Alferes" e
durante suas férias na fazenda de sua tia, pelo status alcançado
lhe foi destinado o melhor quarto, mobília e um espelho enorme,
oriundo da família real. Começou a se ver como os outros lhe viam, 
e não mais como o seu eu verdadeiro.

Ao ficar sozinho na fazenda, passou a ter como companhia o espelho,
e a angústia de que sua alma externa havia também o abandonado.

Ao trocar a farda por um pijama, com o tempo percebe que sua imagem 
refletida no espelho estava desaparecendo e sumindo. Já não era mais o respeitado Alferes, então vestia sua farda, e ao estar diante do espelho, lá se reconhecia novamente.
Mas sempre se sentia incompleto.



Finalizando, valorizamos mais a imagem externa do que nosso interior.
Muitas vezes, ganhamos esse respeito, não por quem somos, mas pelo
que representamos. E no fim, quando sós a nossa consciência é o nosso
espelho, que se revela de forma angustiante, sem a nossa pele externa, 
estamos desprotegidos e passamos a ser um indivíduo comum,
inseguros com a pela interna.

Sem a primeira, a segunda perde o seu glamour perante os olhos dos outros. 
Vem de encontro ao filme "A pele que habito" inspirado no livro "Tarântula" de Thierry Jonquet.

E a pergunta que não quer calar:
— Estamos nós, confortáveis com a "pele" em que vivemos?
"A roupa faz o homem" diz o ditado, mas quanto à essência?

imagens: Reprodução /internet

Livros de Machado de Assis - Acesse a Biblioteca do MEC Machado de Assis e o Site Domínio Público 

sábado, 18 de julho de 2015

Roger Waters The Wall nos cinemas a partir de Setembro


O filme “Roger Waters The Wall” tem data marcada para 
ser exibido mundialmente no dia 29 de setembro n
os cinemas. No Brasil, a película poderá ser vista 
em diversas salas espalhadas por 
várias cidades. 

Os ingressos estão sendo vendidos desde o dia 19 de junho. 
O valor das entradas sai por R$ 40,00.

Para saber saber se o filme “Roger Waters The Wall” passará 
na sua cidade, basta entrar no site http://rogerwatersthewall.com 
digitar a localidade.

O filme reúne a turnê que Waters realizou entre 2010 e 2013, 
foi apresentado por diversos países do globo. 
O documentário
 transformado em filme, na verdade, retrata a vida pessoal 
do artista, e suas dores mais intrínsecas, das perdas de seus
 familiares, avô e pai durante os conflitos da guerra, 
e as consequências deixadas, e vivenciadas ao longo de sua vida, 
e que teimam em não cicatrizar.

A turnê passou por diversos países e trouxe 
Waters executando na íntegra, o clássico álbum “The Wall”
 (1979), do lendário Pink Floyd. O próprio Roger Waters 
cuidou da direção do filme, em parceira com o diretor criativo da turnê, Sean Evans. 

Em 2012, esse espetáculo foi apresentado em algumas Capitais do nosso país, 
e eu tive a felicidade de estar entre esses sortudos, 
e embevecida pelo que eu vi, entre as 70 mil que, estavam no Morumbi, 
em 01 de Abril de 2012.

Assistam chamada do vídeo - 
Eu continuo ❤ Pink Floyd | Emocionante e imperdível!
The trailer for Roger Waters The Wall is here. Click here to watch 
in 4K on YouTube: http://bit.ly/1Sd4ADpExperience...

quarta-feira, 15 de julho de 2015

TOCANDO EM FRENTE, MAS COM OS PÉS NO CHÃO

Durante passagem no sul, em Junho 26, para uma série de shows, o vompositor, cantor e instrumentista Almir Sater, concedeu uma entrevista exclusiva, para o Jornal A Voz do Paraná, através da Jornalista Sumaya Klaime, declaradamente fã do Artista também.

















Um dos mais importantes artistas da Música Popular Brasileira, Almir fala um pouco de suas canções, o risco da profissão em viver nas estradas, sobre seu novo projeto AR,  
em parceria com Renato Teixeira, que será produzido pelo norte-americano, Eric Silver, entre outras coisas.

Acompanhe na íntegra, a entrevista inédita de Almir Sater, com a jornalista Sumaya Klaime, a seguir




Com mais de 30 anos de carreira e 10 discos gravados, Almir Sater, considerado um dos artistas mais completos, ele é único, é também emoção e leva a verdade
através das suas canções, toca com o coração e emociona os mais endurecidos e suas musicas refletem todo o sentimento de um artista que já nasceu pronto, e que canta e encanta a todos, por isso deixemo-nos contagiar pela energia da sua viola, e cantemos junto com ele, porque como diz o adágio popular “quem canta seus males espanta”.

A banda de Sater é composta por Reginaldo Feliciano (contrabaixo), Marcelus Anderson (sanfona), Guilherme Cruz (violão), Rodrigo Sater (Violão e vocal), Gisele Sater (vocal), e apesar de ter duas pessoas da família, como seus irmãos Rodrigo e Gisele, ele considera toda a equipe a sua família, pelo companheirismo, lealdade e o tempo em que ficam juntos, viajando e participando
em média de 20 shows por mês.

A Voz do Paraná- Almir Sater novamente em Cascavel, mas
agora estreando no teatro novo, o que você achou?


Almir Sater - Sim, mais uma vez. Gosto muito do povo daqui e o paranaense tem comparecido em todos os shows que eu faço, e isso me deixa muito contente, isso quer dizer que quando recebemos convite para voltar é sinal que tem sido proveitoso. Em relação ao teatro, achei muito lindo, confortável, um som excelente,
é realmente muito bom apresentar um show com todas essas boas condições.

A Voz do Paraná- 
Qual é o seu sentimento quando você sobe no palco, quando apresenta suas lindas músicas ao público?

Almir - Eu tenho viajado durante muito tempo cantando minhas canções, às vezes eu passo anos apresentando o mesmo show, e cada vez que eu toco as minhas canções elas vem de uma maneira diferente, de um jeito diferente, cada dia é um dia, depende do meu estado de espírito, então a impressão que eu tenho é de achar que a musica é nova, tem até canções que eu canto durante 20 anos e fico nervoso de tocar naquele momento, o coração bate muito forte, então a musica
mexe muito com a gente, e cada dia é diferente, cada show é único.

A Voz do Paraná - Não é fácil viver da música, iniciar uma carreira artística nos dias de hoje é um pouco complicado, mais difícil ainda é vender CD e ficar conhecido. Por que está tão difícil, será que é
a concorrência?


Almir - Mudou um pouco o jeito do CD chegar até as pessoas, existem outras opções, antigamente a pessoa tinha que comprar um disco, ouvir na rádio ou pegar emprestado, hoje você baixa na internet de maneira muito fácil o trabalho do artista e de forma gratuita, e às vezes esse artista teve um gasto para fazer esse trabalho, então fica meio injusto essa situação, então parece que o artista é um mal menor. Mas a indústria está se adaptando, todos nós estamos nos adaptando para esses novos momentos, ao mesmo tempo em que os meios de comunicação e a internet divulgam o trabalho, também expõem muito o trabalho do músico, de uma forma aberta.

A Voz do Paraná - E qual o conselho que você daria, para o artista que gostaria de viver da música e iniciar a carreira?

Almir - Quando você faz alguma coisa que tem arte, que emociona, sempre vai ter um espaço aberto, só que também nunca vai ter um espaço suficiente para absorver todos os artistas, porque sempre tem muito mais artista do que espaço para absorver essas artes, mas se você tiver talento, disposição, vontade, se você acreditar e ter fé, é só deixar que as coisas acontecem.

A Voz do Paraná - Algumas músicas marcaram épocas: Emoções de Roberto Carlos; Aquarela, de Toquinho; Garota de Ipanema, de Tom Jobim, etc. A música Tocando em Frente, sempre enlouquece o público, e a sua letra pode ser considerada um hino de esperança, de fé, de otimismo, porque emociona e faz a pessoa ter mais ânimo na vida diante das suas dificuldades, e a impulsiona mesmo tocar em frente.

Almir - A letra dessa música tem uma mensagem muito bonita, e trás algo muito positivo para as pessoas, e agora, me convidaram novamente para entrar com essa música em outra novela, acho que é a décima novela que essa música participa. Eu fico impressionado com a força que essa música possui, e ela veio por conta dela mesma, nós fomos apenas os emissários, só recebemos essa mensagem para passarmos adiante, ela veio muito pronta, então é uma música que tem uma luz muito bonita, nos faz feliz e faz as pessoas muito felizes.

A Voz do Paraná - Já entrevistamos você algumas vezes e já falamos de várias músicas, Cubanita, Trem do Pantanal, Um Violeiro Toca, e dessa vez, separamos três musicas para falarmos sobre elas.Vamos começar com a música Serra de Maracaju, que fala: os portugueses e os espanhóis invadiram a terra dos Guaranis, que muito tempo não ouve paz (...). De quem é a composição?

Almir - É uma música minha e do Paulo Simões, e foi a primeira música que fizemos numa região que nós gostamos muito, que é a Serra de Maracaju, fizemos num lugar que tem um dos céus mais bonitos, e foi a primeira música que fizemos
nessa região, então eu acho que tinha alguma coisa entalada na garganta de alguém e que por isso veio essa mensagem. É uma mensagem simples, uma ficção, mas que tem também muita emoção.

A Voz do Paraná - A música No Rastro da Lua Cheia
tem uma letra maravilhosa, e fala sobre o tempo, se você tivesse que voltar no tempo para viver alguns minutos, você voltaria? Em qual época?


Almir - Essa música tem uma parte que fala assim: o tempo faz, tempo desfaz e vai além sempre, então não dá para voltar no tempo.

A Voz do Paraná - Outra música muito bonita é a Mochileira,
você gosta dessa música?


Almir - Essa música é de um amigo meu, um grande artista da minha terra, Geraldo Roca, e quando éramos jovens na época com uns 16 anos, nós gostávamos muito de tocar essa música e gravamos porque é uma música muito bonita e todo mundo gosta, a nossa geração, os mais novos, os mais velhos, todos gostam, é uma música também muito especial e que marcou uma época. Inclusive precisamos incluí-la no repertório dos shows, porque as pessoas estão me pedindo muito para tocá-la.

A Voz do Paraná - O que representa a morte do cantor Cristiano Araújo para a música sertaneja?

Almir - Eu não conheci o trabalho do Cristiano Araújo, admito que sou um pouco ignorante em trabalho de novos artistas, mas sempre quando uma estrela cai é ruim, ainda mais um artista jovem, novo, que emocionava um monte de gente e morrer de uma forma tão derradeira, violenta, é muito triste mesmo.

A Voz do Paraná - João Paulo, que fazia dupla com Daniel, Gonzaguinha, Cristiano Araújo, e até outros artistas, morreram
nas estradas do Brasil, e dois deles voltando de shows. A vida do artista é uma correria diante de agenda lotada, onde tem que cumprir os contratos de shows. Você faz essas loucuras, de sair correndo de um lugar para o outro, já fez, ou ainda, é tranquilo quanto a isso?

Almir - A nossa profissão é uma profissão de risco, nós já fizemos muitas loucuras até com avião e monomotor, e realmente você tem que chegar ao show porque ele não pode parar, o show tem que continuar, só que às vezes existem riscos sim. O que a gente tem que fazer é rezar, a família da gente reza também. Hoje em dia procuramos fazer de uma forma mais tranquila, mas às vezes tem correria,
porque tem uma agenda que tem que ser cumprida, às vezes ocorre de um carro estragar e você está atrasado e daí tem que correr um pouquinho, e claro que isso não é nada bom, mas a vida do artista tem riscos.

A Voz do Paraná - O público sabe do seu relacionamento
de amizade com Sérgio Reis e Renato Teixeira, como foi o reencontro no palco, de vocês, em um show apresentado recentemente em Vitória?


Almir - Foi muito lindo, o Renato é meu parceiro de música, o Sergão é meu parceiro de novela, e eles têm um show juntos, então nós fizemos dois shows, eu fiz o meu, e depois eles fizeram o deles que se chama Amizade Sincera, e naquele "intervalozinho" nós fizemos uma brincadeira, tocamos umas músicas juntos e o clima ficou bom, a gente combinada.

A Voz do Paraná - Em 1989 você gravou em Nashville o CD Rasta Bonito e Eric Silver participou, será que mais uma vez teremos o encontro da viola com o banjo americano?

Almir - Eu estava produzindo um disco meu e do Renato Teixeira, mas estava ficando muito parecido com o meu som, e eu apaguei tudo e chamei o Eric para produzir, fazer um show diferente e começamos a fazer um som caseiro. Foi muito bom termos chamado o Eric, porque tinha que ter alguém para nos pressionar, para que terminássemos logo esse disco, porque o Renato tem muito show, eu tenho muito show, e o disco foi sendo adiado e quando você envolve uma terceira pessoa e que vem de longe para gravar aqui, tivemos que arrumar um horário, daí gravamos e foi muito bom, porque nos pressionou um pouco e trabalhamos sob pressão (risos).

A Voz do Paraná - Nesse novo CD que vocês estão preparando, o Renato Teixeira vai só compor ou também cantar?

Almir - O Renato vai entrar com a composição e também cantando.

A Voz do Paraná - E o CD já tem um nome?

Almir - Eu ainda não vou falar, será surpresa para o público.

A Voz do Paraná - Não vem por aí um CD com o nome AR?

Almir - Como você sabe? (risos). É AR, A de Almir e R de Renato, e veja
só, se ficarmos três minutos sem ar, a gente morre.

A Voz do Paraná 
Para terminarmos, a tradicional mensagem
para os brasileiros, já que estamos passando por uma fase difícil.

Almir - Eu acho que é só um baixo-astral político, acho também que está
tudo razoavelmente bem e o baixo astral é esse clima na política que
contagia, e quando acabar isso vai melhorar, acho até que é proposital.

A Voz do Paraná - Enquanto isso, vamos tocando em frente?

Almir - Sim, mas, com os pés no chão.




Na foto: Almir Sater ao lado da Jornalista Sumaya Klaime, e as filhas dela: Isadora e Sarah, também foram prestigiar o show do artista.

O violeiro mais famoso do Brasil é aplaudido em pé, ovacionado pelo público
que não cansou de pedir bis.

Edição no 641 Especial - Jornal A Voz do Paraná
Página Facebook Jornal | Cascavel, 12 de julho de 2015
Imagens e Entrevista - Por Sumaya Klaime

terça-feira, 14 de julho de 2015

CRIATIVIDADE NÃO É PARA OS CHATOS

Criatividade rima com personalidades inquietas, curiosas, 
insatisfeitas a ponto de serem até incômodas. 
Criatividade não é para os chatos, isso é certo.

 
 Crédito: pixabay
De um conjunto de chatos não sairá nada de novo. 
Pior, eles poderão até drenar o potencial dos criativos,
porque a tendência dos chatos é se unir contra o diferente.
Numa empresa, é inútil procurar extrair a criatividade de quem 
está sujeito a um controle de horário.
Elimine o controle.
É repressão.
Elimine também os que acham que o controle induz
à produtividade, porque a repressão não leva à virtude. 
O próprio lugar precisa ser orientado a estimular
e acolher a criatividade.
Deve promover a interação, a troca de informações,
a efervescência.
Um ambiente desses atrai pessoas criativas.
O reconhecimento de seus pares faz toda a diferença
ao ser criativo. Os criativos se reconhecem, nutrem-se uns 
dos outros, precisam interagir para se inspirar.


 Crédito: pixabay
Proximidade pode não se aplicar a todas as áreas.
Por exemplo: os escritores aparecem nos lugares
mais insuspeitos. Mas por menor que seja o povoado, deve ter pelo
menos uma biblioteca. Aliás, a sua empresa tem uma?
Você empresta DVDs de ópera ou balé aos seus empregados?
Por que não?
Já pintores, inventores, compositores são diferentes dos escritores.
Todos precisam de mais.
Nem que seja de tintas, de instrumentos, de laboratórios.
Precisam dos outros, mas também de liberdade e cuidado. 
O criativo, que mal se liga no dinheiro, precisa de acolhimento.
Daí os mecenas. Quer criatividade em sua empresa?
Seja um mecenas, aprecie o heterodoxo, o diferente,
desenvolva sua própria curiosidade.



Crédito: pixabay
Para estimular a criatividade em sua empresa, você
precisará primeiro neutralizar os chatos.
Precisa deles?
Eles têm competências das quais você não
pode prescindir? Então mantenha-os, mas não no comando.
Promova quem vai conviver bem com a criatividade e
a eventual desordem que ela traz.
Em segundo lugar, crie você mesmo um ambiente criativo, que promova
o prazer de estar ali, que facilite as trocas. 
Não sabe como?
Visite os ambientes das empresas criativas e escolha o que você quer.
Depois, contrate um arquiteto.
Já seria um bom começo.
Terceiro, atraia um pioneiro que caiba em seu bolso. Ele atrairá os outros criativos.
Você talvez nem precise pagar por todos eles.
Ofereça espaço, condições, acolha. Essa interação acabará
beneficiando os que trabalham com você.
Fomente a diversidade, contrate talentos, não caras
bonitas nem currículos glamourosos ou primeiros alunos.
Inteligência acadêmica poderá ser um pré-requisito,
mas raramente é suficiente. Einstein foi reprovado
e trabalhou numa empresa de seguros até que se libertou.
Já imaginou a cara do professor que o reprovou?
Alguém lembra do nome? 
Tomara que você não tenha um dia de amargar o
arrependimento de ter demitido um sujeito que decolou em
outro lugar.

Autoria: Professor Alfredo Behrens.
Fundação Instituto de Administração (FIA).
Fonte: Revista Pequenas empresas e Grandes negócios -

Edição Outubro de 2014.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

13 DE JULHO - Dia Mundial do Rock

  O "Dia Mundial do Rock" é comemorado na mesma data que bandas se apresentaram  no Live Aid em 13 de julho de 1985. E falou em rock, logo penso nas minhas duas bandas preferidas: Led Zeppelin e Pink Floyd.

E tudo começou lá atrás com Robert Johnson Depois que o Blues passou a chamar atenção das gravadoras americanas, com suas canções com forte teor de sofrimento escravo, trabalho, amor e luta, surge os anos 50”. O blues ganha mais ritmos nas guitarras de B.B KingChuck Berry e Little Richards” e a influência dos riffs anterior de Sister Rosetta Tharpe foram fundamentais. 





                       
Em 1985, criaram um grande evento chamado Live Aid, com shows simultâneos em Londres, Inglaterra e na Filadélfia, Estados Unidos. O objetivo principal era conscientizar a população mundial sobre a drástica pobreza e fome na Etiópia.

Contou com a presença de artistas como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Rolling Stones, Sting, Scorpions, U2, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton, Black Sabbath, entre outros.

O show foi transmitido ao vivo para diversos países e desde então, o dia 13 de julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock.



No Brasil somente na década de 90 foi adicionado ao nosso calendário, após duas rádios na época, mencionar sobre o Dia Mundial do Rock.

Com o tempo, o gênero musical sofreu algumas mudanças. Atualmente composto por várias influências, até mesmo antagônicas, mas continua com o mesmo propósito original de “liberdade” e “expressão”. Então feche os olhos, som na vitrola e viaje nessa emoção, sinta toda a irreverência dos grandes artistas e suas letras ousadas, inconformados que são, diante de uma sociedade tão desigual.   Em um sistema egoísta, míope e visão linear nos convida para se indignar, questionar, posicionar, tomar posse e de direito na nossa grande nave chamada Mãe Terra.


Humberto Gessinger
Raul Seixas 
           





Afinal, "Todos Somos Um e Um é o todo".  Led Zeppelin -Stairway To Heaven 
Fonte: Internet - imagens: Reprodução Internet