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quarta-feira, 15 de julho de 2015

TOCANDO EM FRENTE, MAS COM OS PÉS NO CHÃO

Durante passagem no sul, em Junho 26, para uma série de shows, o vompositor, cantor e instrumentista Almir Sater, concedeu uma entrevista exclusiva, para o Jornal A Voz do Paraná, através da Jornalista Sumaya Klaime, declaradamente fã do Artista também.

















Um dos mais importantes artistas da Música Popular Brasileira, Almir fala um pouco de suas canções, o risco da profissão em viver nas estradas, sobre seu novo projeto AR,  
em parceria com Renato Teixeira, que será produzido pelo norte-americano, Eric Silver, entre outras coisas.

Acompanhe na íntegra, a entrevista inédita de Almir Sater, com a jornalista Sumaya Klaime, a seguir




Com mais de 30 anos de carreira e 10 discos gravados, Almir Sater, considerado um dos artistas mais completos, ele é único, é também emoção e leva a verdade
através das suas canções, toca com o coração e emociona os mais endurecidos e suas musicas refletem todo o sentimento de um artista que já nasceu pronto, e que canta e encanta a todos, por isso deixemo-nos contagiar pela energia da sua viola, e cantemos junto com ele, porque como diz o adágio popular “quem canta seus males espanta”.

A banda de Sater é composta por Reginaldo Feliciano (contrabaixo), Marcelus Anderson (sanfona), Guilherme Cruz (violão), Rodrigo Sater (Violão e vocal), Gisele Sater (vocal), e apesar de ter duas pessoas da família, como seus irmãos Rodrigo e Gisele, ele considera toda a equipe a sua família, pelo companheirismo, lealdade e o tempo em que ficam juntos, viajando e participando
em média de 20 shows por mês.

A Voz do Paraná- Almir Sater novamente em Cascavel, mas
agora estreando no teatro novo, o que você achou?


Almir Sater - Sim, mais uma vez. Gosto muito do povo daqui e o paranaense tem comparecido em todos os shows que eu faço, e isso me deixa muito contente, isso quer dizer que quando recebemos convite para voltar é sinal que tem sido proveitoso. Em relação ao teatro, achei muito lindo, confortável, um som excelente,
é realmente muito bom apresentar um show com todas essas boas condições.

A Voz do Paraná- 
Qual é o seu sentimento quando você sobe no palco, quando apresenta suas lindas músicas ao público?

Almir - Eu tenho viajado durante muito tempo cantando minhas canções, às vezes eu passo anos apresentando o mesmo show, e cada vez que eu toco as minhas canções elas vem de uma maneira diferente, de um jeito diferente, cada dia é um dia, depende do meu estado de espírito, então a impressão que eu tenho é de achar que a musica é nova, tem até canções que eu canto durante 20 anos e fico nervoso de tocar naquele momento, o coração bate muito forte, então a musica
mexe muito com a gente, e cada dia é diferente, cada show é único.

A Voz do Paraná - Não é fácil viver da música, iniciar uma carreira artística nos dias de hoje é um pouco complicado, mais difícil ainda é vender CD e ficar conhecido. Por que está tão difícil, será que é
a concorrência?


Almir - Mudou um pouco o jeito do CD chegar até as pessoas, existem outras opções, antigamente a pessoa tinha que comprar um disco, ouvir na rádio ou pegar emprestado, hoje você baixa na internet de maneira muito fácil o trabalho do artista e de forma gratuita, e às vezes esse artista teve um gasto para fazer esse trabalho, então fica meio injusto essa situação, então parece que o artista é um mal menor. Mas a indústria está se adaptando, todos nós estamos nos adaptando para esses novos momentos, ao mesmo tempo em que os meios de comunicação e a internet divulgam o trabalho, também expõem muito o trabalho do músico, de uma forma aberta.

A Voz do Paraná - E qual o conselho que você daria, para o artista que gostaria de viver da música e iniciar a carreira?

Almir - Quando você faz alguma coisa que tem arte, que emociona, sempre vai ter um espaço aberto, só que também nunca vai ter um espaço suficiente para absorver todos os artistas, porque sempre tem muito mais artista do que espaço para absorver essas artes, mas se você tiver talento, disposição, vontade, se você acreditar e ter fé, é só deixar que as coisas acontecem.

A Voz do Paraná - Algumas músicas marcaram épocas: Emoções de Roberto Carlos; Aquarela, de Toquinho; Garota de Ipanema, de Tom Jobim, etc. A música Tocando em Frente, sempre enlouquece o público, e a sua letra pode ser considerada um hino de esperança, de fé, de otimismo, porque emociona e faz a pessoa ter mais ânimo na vida diante das suas dificuldades, e a impulsiona mesmo tocar em frente.

Almir - A letra dessa música tem uma mensagem muito bonita, e trás algo muito positivo para as pessoas, e agora, me convidaram novamente para entrar com essa música em outra novela, acho que é a décima novela que essa música participa. Eu fico impressionado com a força que essa música possui, e ela veio por conta dela mesma, nós fomos apenas os emissários, só recebemos essa mensagem para passarmos adiante, ela veio muito pronta, então é uma música que tem uma luz muito bonita, nos faz feliz e faz as pessoas muito felizes.

A Voz do Paraná - Já entrevistamos você algumas vezes e já falamos de várias músicas, Cubanita, Trem do Pantanal, Um Violeiro Toca, e dessa vez, separamos três musicas para falarmos sobre elas.Vamos começar com a música Serra de Maracaju, que fala: os portugueses e os espanhóis invadiram a terra dos Guaranis, que muito tempo não ouve paz (...). De quem é a composição?

Almir - É uma música minha e do Paulo Simões, e foi a primeira música que fizemos numa região que nós gostamos muito, que é a Serra de Maracaju, fizemos num lugar que tem um dos céus mais bonitos, e foi a primeira música que fizemos
nessa região, então eu acho que tinha alguma coisa entalada na garganta de alguém e que por isso veio essa mensagem. É uma mensagem simples, uma ficção, mas que tem também muita emoção.

A Voz do Paraná - A música No Rastro da Lua Cheia
tem uma letra maravilhosa, e fala sobre o tempo, se você tivesse que voltar no tempo para viver alguns minutos, você voltaria? Em qual época?


Almir - Essa música tem uma parte que fala assim: o tempo faz, tempo desfaz e vai além sempre, então não dá para voltar no tempo.

A Voz do Paraná - Outra música muito bonita é a Mochileira,
você gosta dessa música?


Almir - Essa música é de um amigo meu, um grande artista da minha terra, Geraldo Roca, e quando éramos jovens na época com uns 16 anos, nós gostávamos muito de tocar essa música e gravamos porque é uma música muito bonita e todo mundo gosta, a nossa geração, os mais novos, os mais velhos, todos gostam, é uma música também muito especial e que marcou uma época. Inclusive precisamos incluí-la no repertório dos shows, porque as pessoas estão me pedindo muito para tocá-la.

A Voz do Paraná - O que representa a morte do cantor Cristiano Araújo para a música sertaneja?

Almir - Eu não conheci o trabalho do Cristiano Araújo, admito que sou um pouco ignorante em trabalho de novos artistas, mas sempre quando uma estrela cai é ruim, ainda mais um artista jovem, novo, que emocionava um monte de gente e morrer de uma forma tão derradeira, violenta, é muito triste mesmo.

A Voz do Paraná - João Paulo, que fazia dupla com Daniel, Gonzaguinha, Cristiano Araújo, e até outros artistas, morreram
nas estradas do Brasil, e dois deles voltando de shows. A vida do artista é uma correria diante de agenda lotada, onde tem que cumprir os contratos de shows. Você faz essas loucuras, de sair correndo de um lugar para o outro, já fez, ou ainda, é tranquilo quanto a isso?

Almir - A nossa profissão é uma profissão de risco, nós já fizemos muitas loucuras até com avião e monomotor, e realmente você tem que chegar ao show porque ele não pode parar, o show tem que continuar, só que às vezes existem riscos sim. O que a gente tem que fazer é rezar, a família da gente reza também. Hoje em dia procuramos fazer de uma forma mais tranquila, mas às vezes tem correria,
porque tem uma agenda que tem que ser cumprida, às vezes ocorre de um carro estragar e você está atrasado e daí tem que correr um pouquinho, e claro que isso não é nada bom, mas a vida do artista tem riscos.

A Voz do Paraná - O público sabe do seu relacionamento
de amizade com Sérgio Reis e Renato Teixeira, como foi o reencontro no palco, de vocês, em um show apresentado recentemente em Vitória?


Almir - Foi muito lindo, o Renato é meu parceiro de música, o Sergão é meu parceiro de novela, e eles têm um show juntos, então nós fizemos dois shows, eu fiz o meu, e depois eles fizeram o deles que se chama Amizade Sincera, e naquele "intervalozinho" nós fizemos uma brincadeira, tocamos umas músicas juntos e o clima ficou bom, a gente combinada.

A Voz do Paraná - Em 1989 você gravou em Nashville o CD Rasta Bonito e Eric Silver participou, será que mais uma vez teremos o encontro da viola com o banjo americano?

Almir - Eu estava produzindo um disco meu e do Renato Teixeira, mas estava ficando muito parecido com o meu som, e eu apaguei tudo e chamei o Eric para produzir, fazer um show diferente e começamos a fazer um som caseiro. Foi muito bom termos chamado o Eric, porque tinha que ter alguém para nos pressionar, para que terminássemos logo esse disco, porque o Renato tem muito show, eu tenho muito show, e o disco foi sendo adiado e quando você envolve uma terceira pessoa e que vem de longe para gravar aqui, tivemos que arrumar um horário, daí gravamos e foi muito bom, porque nos pressionou um pouco e trabalhamos sob pressão (risos).

A Voz do Paraná - Nesse novo CD que vocês estão preparando, o Renato Teixeira vai só compor ou também cantar?

Almir - O Renato vai entrar com a composição e também cantando.

A Voz do Paraná - E o CD já tem um nome?

Almir - Eu ainda não vou falar, será surpresa para o público.

A Voz do Paraná - Não vem por aí um CD com o nome AR?

Almir - Como você sabe? (risos). É AR, A de Almir e R de Renato, e veja
só, se ficarmos três minutos sem ar, a gente morre.

A Voz do Paraná 
Para terminarmos, a tradicional mensagem
para os brasileiros, já que estamos passando por uma fase difícil.

Almir - Eu acho que é só um baixo-astral político, acho também que está
tudo razoavelmente bem e o baixo astral é esse clima na política que
contagia, e quando acabar isso vai melhorar, acho até que é proposital.

A Voz do Paraná - Enquanto isso, vamos tocando em frente?

Almir - Sim, mas, com os pés no chão.




Na foto: Almir Sater ao lado da Jornalista Sumaya Klaime, e as filhas dela: Isadora e Sarah, também foram prestigiar o show do artista.

O violeiro mais famoso do Brasil é aplaudido em pé, ovacionado pelo público
que não cansou de pedir bis.

Edição no 641 Especial - Jornal A Voz do Paraná
Página Facebook Jornal | Cascavel, 12 de julho de 2015
Imagens e Entrevista - Por Sumaya Klaime

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Entrevista Inédita PARTE || - Almir Sater: a serenidade de alguém que já teve pressa



Continuação da 🔗  Entrevista Parte I do Jornal A Voz do Paraná
a seguir:
                                                            👇



 
Violeiro desde os 12 anos, Almir Sater é um dos ícones da música folk brasileira, 
reunindo em suas canções a sonoridade tipicamente caipira da viola de 10 cordas, o folk norte-americano e influências das culturas fronteiriças do seu estado, o Mato Grosso do Sul, com a música paraguaia e andina. 

O resultado é único e encanta públicos de diversas idades, regiões e estilos. 

“Eu apenas descrevo o interior do Brasil, e tenho também influências da música 
folclórica brasileira, como catiras. Mas isto não é proposital. Nós todos somos um pouco influenciados pelo pop internacional. 
Quando minha geração escutou Beatles pela primeira vez… nossa! 
E depois Pink Floyd, com um som lindo! 
A música inglesa é muito bonita!”, ressaltou o músico em entrevista ao jornal 
A Voz do Paraná.




Jornal A Voz do Paraná - Como foi gravar o quadro “Bem Sertanejo” 
do Fantástico, na Globo, com o cantor sertanejo Michel Teló?
 
Almir Sater – Muito bom, eu fiquei muito feliz. Achava que o Michel Teló era um homem de idade, porque há muito tempo eu ouço falar do Teló. Fui descobrir que ele toca desde os 12 anos, deve ser por isso que eu o conhecia há muito tempo. É um rapaz simpático, muito talentoso, com sucesso merecido e que levou junto para a reportagem a dupla Jads e Jadson, que eu gostei de conhecê-los, são muito bacanas. É muito bom esses encontros, porque vou conhecendo os jovens artistas, pessoas que estão fazendo sucesso, levando nossa música para longe, fico feliz por eles.

                                                           Imagem: Internet

                                                                 Imagem: Internet
 
Jornal A Voz do Paraná- Mesmo sabendo que você não faz 
música sertaneja, ao chamar a matéria do quadro “Bem Sertanejo” o apresentador Tadeu Schmidt falou que você é umdos maiores sertanejos de todos os tempos. É o trabalho sendo reconhecido e fazendo sucesso em todos os estilos?
 
Almir Sater É, apesar de achar que não sou muito sertanejo, como não ficar feliz com uma afirmação dessa pelo apresentador Tadeu Schmidt? Fiquei muito feliz, claro que cada um me chama como quiser, mas nunca defini meu trabalho, eu deixo que cada um escolha. Desde menino eu sou roqueiroe sempre gostei de folk americano, inglês, boliviano, andino e movimentações folclóricas.  
Eu gosto muito desse som popular. O rock é um gosto de menino. Não era um rock tipo Little Richard, era um rock mais progressivo, mais pop. Eu apenas descrevo o interior do Brasil, e tenho também influências da música 
folclórica brasileira, como catiras. Mas isto não é proposital. Nós todos somos 
um pouco influenciados pelo pop internacional. Quando minha geração escutou Beatles pela primeira vez… nossa! E depois Pink Floyd, 
com um som lindo! 
A música inglesa é muito bonita!



Jornal A Voz do Paraná –Você disse que teve uma música que 
foi fundamental para o seu trabalho, acabei vendo a letra e achei muito engraçada, ela se chama “Mineiro e o Italiano”. Por que foi tão importante?
 
Almir Sater Foi devido ao ponteio da introdução da música, o jeito do Tião Carreiro tocar a viola, oi muito pop, e aquele é o verdadeiro som da viola. Foi para mim a primeira escola, a que me iniciou e, claro, que dessa forma, foi muito importante para mim. A letra da música é mais ou menos assim: o mineiro e o italianoviviam às barras dos tribunais numademanda de terra que não deixava os  dois em paz. Só de pensar na derrotao pobre caboclo não dormia mais. O italiano roncava nem, que eu gaste alguns capitais. Quero ver esse mineiro voltar de a pé pra Minas Gerais. Voltar de a pé pro mineiro seria feio pros seus parentes, apelou para o advogado: fale pro juiz pra ter dó da gente. Diga que nós ‘semos’ pobres que meus filhinhos vivem doentes. Um palmo de terra a mais para o italiano é indiferente. Se o juiz me ajudar a ganhar lhe dou 
uma leitoa de presente…

Jornal A Voz do Paraná - Uma vez você falou de uma música que ajudou na criação da sua família. Qual foi a canção?
 
Almir Sater – Foi à música Luzeiro, tema do programa Globo Rural, até hoje ela 
cria a minha família, devo muito a essa música. Ela está no meu primeiro CD instrumental, é a 4ª faixa.

Jornal A Voz do Paraná O Brasil acompanhou o seu filho Gabriel Sater na novela “Meu Pedacinho de Chão” como o violeiro Viramundo. Ele foi muito bem, um espetáculo, tem uma presença muito forte no vídeo. Como foi para você vê-lo atuar? Fez-lhe lembrar de quando você atuou na novela Pantanal?
 
Almir Sater – Foram muitas coincidências. O Gabriel começou a fazer novela 
com 32 anos e eu fiz a minha primeira também com 32. Ele começou em uma 
novela de Benedito Ruy Barbosa, eu também. Ele toca violão e nessa novela
foi obrigado a tocar viola, bem feito (risos), poderia ter aprendido a tocar viola mais cedo, e foi obrigado a aprender às pressas, mas enganou bem. O Gabriel é muito mais disciplinado que eu, mais esforçado, e torço muito por ele, tomara que ele seja muito feliz nesse ramo, só espero que ele faça mais novelas, porque ele gostou muito.

Jornal A Voz do Paraná - Você faz as pessoas sonharem! Você acredita que o artista, aquele que está sobre os olhos do mundo, tem um compromisso
com o seu público, no sentido de poder levar coisas boas, músicas de qualidade?
 
Almir Sater – O artista tem compromisso com a arte, e se tiver compromisso com a arte e levá-la a sério terá vida longa, porque a arte ninguém segura, pode até levar um tempo para a pessoa ser reconhecida, despontar, mas se tiver talento e arte, nunca acaba, será lembrado por muito tempo e esse é o papel do artista e se for simpático e educado, melhor ainda.

Jornal A Voz do Paraná – Já que estamos na reta final das eleições, 
será que você poderia deixar uma mensagemaos políticos, independente de quem se eleja?
 
Almir SaterVocês repararam que o clima nunca esteve tão violento, há muitos extremos, acho que isso é falta de mata, e a mata é a cobertura da terra, se você tirar a mata e medir a temperatura da terra, é um absurdo o seu calor, então tem que começar a olhar para trás um pouco e replantar, esse momento é crucial, estamos num divisor de águas entre a tragédia e a recuperação, então vocês que tem poderes para decidirem tudo, decidam em favor da terra e da vida.  




 
 
Reproduzido do jornal
 
 A voz do Paraná. 

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Entrevista Inédita PARTE I - Almir Sater: a serenidade de alguém que já teve pressa



Com estilo próprio, o violeiro, cantor e compositor Almir Sater encanta o público durante a IV Virada Cultural de Cascavel


 

Violeiro que tocava violão desde os 12 anos, Almir Sater é um dos ícones da música folk brasileira, reunindo em suas canções a sonoridade tipicamente caipira da viola de 10 cordas, o folk norte-americano e influências das culturas fronteiriças do seu estado, o Mato Grosso do Sul, com a música paraguaia e andina.

O resultado é único e encanta público de diversas idades, regiões e estilos.“Eu apenas descrevo o interior do Brasil, e tenho também influências da música folclórica brasileira, como catiras. Mas isto não é proposital.  Nós todos somos um pouco influenciados pelo pop internacional. Quando minha geração escutou Beatles pela primeira vez… nossa! E depois Pink Floyd, com um som lindo! A música inglesa é muito bonita!”, ressaltou o músico em entrevista ao jornal A Voz do Paraná.


Em Cascavel, Almir Sater demonstrou no palco da IV Virada Cultural do município, que é um artista completo, um verdadeiro astro na acepção completa da palavra.Tanto pela qualidade de sua viola e voz,como pela atenção dedicada aos fãs.

O artista atendeu pedidos para cantar os seus mais variados sucessos, como: “Tocando em Frente”, “Um Violeiro Toca”, 

“Trem do Pantanal”, “Chalana”, “Peão”, “Sete Sinais”, “Maneira Simples”, “No rastro da lua cheia”.

 

No final da sua  apresentação, que encantou o público, 

de forma humilde colocou-se à disposição para centenas de fotos e autógrafos.

Senhor da simplicidade, aos 57 anos e com uma carreira reconhecida nacionalmente, Almir Sater não gravou um DVD sequer. Para ele, o sentimento que o move é a satisfação de ver que o público aprova seu jeito simples de ser, a sua música executada com carinho para os que apreciam a arte. 

Instado pelo coro de “mais uma”, Almir Sater encerrou o show no sábado (18), em Cascavel, cantando o sucesso “Cabecinha no Ombro”, acompanhado pelas centenas de vozes presentes em frente a Prefeitura de Cascavel.


Leia a seguir, a primeira parte da entrevista abaixo:

Jornal A Voz do Paraná – Você retorna novamente à Cascavel, sinal de que o paranaense te adora. Esse carinho é recíproco?
 
Almir Sater – Sim, a reciprocidade é verdade.O povo de Cascavel é muito gentil, são tão atenciosos que parecia que eu estava em um teatro. Pessoas muito atentas.Para quem toca, sentir nas pessoas que estão gostando, que estão prestando atenção em você, que gostam de te escutar,é muito bom. Esse carinho entre o artista e o público é muito importante.


Jornal A Voz do Paraná – Entrevistei o prefeito de Cascavel, Edgar Bueno, que disse que a administração optou por fazer um evento próprio, voltado para a população e pensaram em um show de qualidade para abrir a programação. Almir Sater foi
o escolhido. Depois de anos de carreira, você continua fazendo sucesso. Qual é o sentimento?

Almir Sater – Agradeço ao prefeito Edgar Bueno pelo convite,é muito bom poder participar de uma programação que leva o nome “Virada Cultural”. Meu trabalho é a música, vivo disso, nunca vou parar de tocar. Ainda tenho um longo caminho a percorrer e a música é minha fiel companheira.

Jornal A Voz do Paraná
Como você decide o momento de gravar um novo CD? Um tempo atrás você falou que iria gravar um novo disco, e essa parceria seria com seu compadre e vizinho, Renato Teixeira. Parece que você está prestes a cumprir. É isso mesmo?

Almir Sater – Parece… risos… Na verdade o Renato Teixeira tem muitos compromissose eu também, por isso é difícil nos reunirmos, mas combinei com o Renato Teixeira um prazo de oito anos para gravarmos o CD. Penso que vai sair um pouco antes. Aguardem.


Jornal A Voz do Paraná – Mas já tem alguma música? Contará com alguma instrumental? E terá alguma participação especial?

Almir Sater – Já temos seis músicas prontas. Não teremos nenhuma participação especial. Eu chamei um amigo, que produziu o disco Rasta Bonito, que é um grande músico americano. Ele está no Brasil há muito tempo, gosta dessa terra, é um homem muito talentoso, mas estava difícil conseguir organizar esse trabalho e o disco estava ficando muito parecido com os meus trabalhos anteriores. Chamei o Eric Silver para produzir esse trabalho, e está ficando
legal, é um disco bem pop, bem internacional.


Jornal A Voz do Paraná - Você gosta de cantar para todos os tipos de público, e além dos paranaenses, que já foi falado, também para os paraguaios. Você também tem descendência?
 
Almir Sater – Gosto dos paraguaios, dos uruguaios, argentinos, paraenses e paranaenses, mas gosto muito de tocar
aqui, sinto que essas pessoas tem uma afinidade muito grande com o meu trabalho, estamos perto dessa fronteira paraguaia, meio em comum, e sinto que as pessoas compreendem minha
linguagem. É muito bom tocar para quem entende a gente. Tenho descendência, sou filho de paraguaio, também tenho sangue árabe correndo nas veias.


Continua na próxima postagem no blog 👇
🔗 https://loiradobem.blogspot.com/2014/10/entrevista-inedita-parte-almir-sater.html


Por Sumaya Klaime Risso Jornalista
Fonte: Jornal A Voz do Paraná

Reproduzido do Site Oficial do Jornal A voz do Paraná.
Publicado em 27 de outubro de 2014.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Almir Sater concede entrevista em Toledo



No mês de setembro, (02) Almir Sater e 
sua banda estiveram novamente no 
Oeste do Paraná, mais precisamente 
em Toledo. 


Desta vez, jornal A Voz do Paraná 
entrevistou também os músicos; 
Rodrigo Sater e Marcelus Anderson, 
e para matar a saudade, 
acompanhe um pouco mais de Almir Sater, 
a seguir:

Almir Sater

A Voz do Paraná: 
Este ano é a quarta vez que você vem
fazer shows no Oeste do Paraná, 
você sempre é bem recebido pelo 
paranaense, o seu público te ama.
Como você se sente?

Almir Sater: Eu também amo muito 
o pessoal do Paraná, porque eles 
têm muito carinho com o meu trabalho, 
com a minha pessoa, todo show 
que venho fazer as pessoas se 
emocionam junto comigo, 
então eu adoro cantar para essas 
pessoas que se emocionam 
com a minha canção. São pessoas
muito educadas que sabem 
ouvir música, e não tem melhor
plateia do que aquela que 
sabe ouvir.

A Voz do Paraná
Percebo que você faz sucesso também 
não só entre os adultos. 
O público infantil também te adora.

Almir Sater: Eu tive acesso ao 
público infantil quando eu fiz 
o personagem chamado Zé Trovão, 
que é uma história infanto/juvenil, 
mais para o lado infantil, e fez com 
que eu me aproximasse muito 
com esse público infantil, 
então percebo nos meus shows 
muitas crianças que vem ver 
o Zé Trovão e que acabam 
conhecendo minha música, 
e pelo carinho que têm com 
o personagem vão abraçando 
minha música também e 
isso faz renovar meu público, 
me faz ter certeza que o meu 
fundo de garantia 
está garantido...(risos).

A Voz do Paraná
Você pode descrever para nós,
como é esse momento quando
você viaja para um show, 
o momento em que você entra 
no palco, o momento em 
que você compõe, como
são esses grandes momentos
da sua vida?

Almir Sater: 
São momentos que a gente 
não domina, viagem quem 
manda é o motorista, a gente senta
na poltrona e confio no motorista 
que nos leva até o local 
do show. A gente prepara o 
show para ser o melhor 
show possível, preparamos a música, 
preparamos o palco, afiamos o 
nosso instrumento, mas o que vai 
acontecer depois daquilo ali é 
um mistério, porque eu não 
domino isso. Tem dias que eu 
esqueço a letra de uma música, 
tem dias que eu esqueço a letra 
de duas músicas, então cada 
show é muito diferente, apesar 
de eu cantar as mesmas 
canções, cada show a emoção
é diferente.

A Voz do Paraná:
Com certeza você pretende cantar
durante muitos anos para a felicidade
do seu público. Suas músicas não 
cansam e trazem muita alegria. 
Espero que você continue cantando 
por muito tempo.

Almir Sater
Ontem ainda uma moça
me perguntou isso, que eu não 
devo nunca parar de cantar e 
falei para ela que era capaz 
ainda depois que eu morrer, 
vir assombrá-la um pouco e se ela 
escutar uma vozinha, 
falei que será eu (risos.) 
Eu gosto muito de cantar, 
gosto muito desse mundo, 
gosto muito do planeta terra, 
de conhecer essas maravilhas, 
gosto do Brasil, gosto de viajar
 por esse País maravilhoso e 
o cantar me faz conhecer 
cada vez mais lugares, 
mais gente, por isso nunca 
vou deixar de cantar.

A Voz do Paraná
Almir, falta pouco para as eleições 
do segundo turno deste ano. 
Para terminar deixe uma mensagem 
para todos os políticos.

Almir Sater: 
Você deve seguir o princípio do cristianismo,
que é desejar para o outro aquilo 
que você deseja para você. 
Se a pessoa tocar a vida assim, 
o mundo será mais feliz e com 
certeza você 
também.

Rodrigo Sater  
A Voz do Paraná
Para começar você é casado Rodrigo, tem filhos?
Rodrigo Sater: Sou casado, minha esposa se chama Carolina, tenho 4 filhos, a Júlia de 8 anos , Beatriz (7) Lucas (3) e Isabel com 5 meses. 

Jornal A Voz do Paraná
Há quanto tempo você está no caminho da música?
Rodrigo Sater
Faz muito tempo, profissionalmente desde 1987. Comecei tocando violão, mas 
meu primeiro trabalho foi como 
contrabaixista. A banda em que eu tocava 
estava precisando e fui para 
o baixo. 

A Voz do Paraná
Como foi o começo da sua trajetória?
Rodrigo Sater: Sou de Campo Grande, 
com 15 anos fui para São Paulo 
estudar e conheci músicos, 
amigos, fui me aproximando, e 
comecei a trabalhar nos bares 
de São Paulo com a banda desses 
amigos, tocando baixo, fizemos 
uma gravação. Eu também comecei 
a tocar violão, porque na verdade 
meu instrumento era violão e o 
Almir ouviu e achou muito bom, 
era para poder se apresentar para 
o Som Brasil. Ele não gostou muito
do som da banda, mas meu violão
ele achou muito bom, nisso me 
indicou para o Renato Teixeira e 
fui tocar com ele, isso em 87, 
e continuei tocando em bares e
foi por aÍ. Toquei numa época com 
o Renato, essa banda que eu tocava 
foi para a Europa e fiquei em 
São Paulo, também fiquei sem 
banda e sem trabalho, isso em 89.
Em 1990, como Almir começou a 
fazer a novela Pantanal eu acabei 
montando uma banda e ele me 
chamou para tocar, e comecei a 
tocar com ele desde 
essa data.

A Voz do Paraná: 
Além do seu irmão Almir, sua irmã Gisele Sater também compõe a banda. 
Como é para você tocar em família?
Rodrigo Sater: (risos).É bem confortável 
tocar em família, a discussão musical 
é bem mais fácil, o conceito musical 
é mais claro e fica mais tranquilo 
discutir arranjos e caminhos musicais.

A Voz do Paraná: Você tem algum CD lançado?
Rodrigo Sater: Sim. Um CD que leva 
o meu nome, o Rodrigo Sater, e o outro CD 
eu fiz na novela Paraiso, junto 
comYassir Chediak, nós montamos 
uma
parceria, pois contracenamos 
juntos nessa novela, só que o CD 
leva o nome dos personagens 
Tiago e Juvenal, porque era o 
CD da novela Paraíso da 
Rede Globo.

A Voz do Paraná
Como era seu personagem Tiago 
e como foi representar?
Rodrigo Sater: Eu era peão da comitiva 
junto como cantor Daniel, Eriberto Leão, 
Alexandre Nero e o próprio Yassir Chediak. 
Na verdade, eu sou músico, fui trabalhar 
como ator, mas minha função na 
novela era ser músico dentro da 
comitiva, era peão na realidade, 
mas a gente tocava, fazia umas 
rodas de viola, era de estar ao 
lado do Daniel dando um apoio, 
tocando com ele, e tínhamos 
até bastante fala.

A Voz do Paraná: Na verdade, foi um 
show à parte você representar e 
mostrar seu talento, sua linda voz, 
e você tem uma música que eu gosto 
muito, Te Amo em Sonhos, inclusive, 
sempre peço para você tocar. 
Quem a compôs e como foi?
Rodrigo Sater: Muito obrigado pela gentileza.
 Essa música, Te Amo em Sonhos, é minha
e fui eu que compus. Eu morava num
apartamento, comecei a fazer e 
depois chamei o Almir e o Paulinho 
para me ajudar a terminar, eles têm 
muito know how em composição 
e não poderia deixar de contar 
com ele. Essa música compus bem 
num dia que teve um blecaute no Brasil, 
foi um apagão em boa parte dos Estados, 
eu morava perto na Avenida Paulista, 
resolvi acender uma vela e comecei 
a compor. Como eu estava fazendo 
meu primeiro CD, estava precisando 
de música para terminar, então 
aproveitei esse apagão, 
esse silêncio, ficou até gostoso, 
tirou essa vibração, 
o barulho de São Paulo, então
 aproveitei para compor.

A Voz do Paraná: 
Fui comprar um deles e não achei. 
Como podemos adquirir seus CDs?
Rodrigo Sater: Na realidade, meu primeiro 
CD acabou e tenho que fazer mais, 
na verdade, não é que acabou, 
mas é que fiz pouco, tenho que 
fazer mais. O CD da novela Paraíso
é fácil achar, é da Som Livre,
fica fácil de achar.

A Voz do Paraná: Você tem algum projeto 
para este ano?
Rodrigo Sater: Eu vou começar a fazer mais 
um CD final de ano. Estava com esse 
projeto com o Yassir, tenho feito com 
ele alguns shows, tenho ainda mais 
alguns para fazer. Como tenho o trabalho 
com o Almir, então fica complicado, 
e como a música é final de semana, 
bate muito a data, 
então não dá.

A Voz do Paraná: 
Pretende voltar a fazer novela?
Rodrigo Sater: Não, não. 
Na verdade a minha profissão é 
de músico, mas o que eu faço 
muito é trilha de novela. Fiquei amigo 
dos produtores musicais, então desde
 a novela Paraiso venho trabalhando
 e colocando músicas minhas 
na trilha de novelas, participando 
como
músico nas trilhas, colocando música
 na trilha incidental e também 
colocando música na trilha sonora. 
Depois de Paraiso coloquei na 
novela Morde e Assopra, com 
o meu parceiro Yassir.

A Voz do Paraná: 
O que dá para esperar hoje do show?
Rodrigo Sater: É um show muito gostoso 
de assistir, o Almir sempre inspirado 
e se comunicando bem com a plateia 
trazendo a emoção do jeito dele, 
porque ele tem um jeito que 
emociona as pessoas, 
é um show muito tranquilo.

A Voz do Paraná: O público também 
gosta muito de te ouvir, da sua 
linda voz. Será que dessa vez você 
canta a música Te Amo em Sonhos?
Rodrigo Sater: Eu tocaria com o maior prazer, 
mas como está ensaiado com a banda
 uma outra música, acho que hoje 
não vai ter, mas a música está 
na minha mão, se na hora o Almir 
falar para eu tocar, com certeza eu toco, 
o show é dele...rssss


Marcelus Anderson

A Voz do Paraná: 
Marcelus, qual instrumento você toca?
Marcelus Anderson: Sou músico e 
toco acordeom, também chamamos
de sanfona, gaita, são dialetos 
diferentes, mas é o mesmo 
instrumento. No sul do País, 
o pessoal chama de gaita, 
no nordeste é sanfona e no 
nosso português o nome correto
é acordeom, mas tanto faz.

A Voz do Paraná: 
Percebi que você começou cedo a tocar.
Marcelus Anderson: 
O primeiro contato
com a musica foi desde que nasci. 
Venho de uma família de músicos, 
só que a primeira vez que eu 
comecei a tocar acordeom, 
eu tinha uns nove anos e 
profissionalmente comecei com
14 anos. Sempre tive uma paixão 
muito grande pelo acordeom 
porque meu avô tocava, ele é paraguaio, 
venho de uma descendência de 
paraguaio por parte da minha mãe 
e por parte de pai descendência 
sueca, então meu avô tocava 
música paraguaia, polca. 
Então, ele faleceu quando eu era 
adolescente, e o primeiro contato 
com esse instrumento que foi a 
minha paixão, foi por causa dele, 
meu avô que passou isso para mim, 
mas ele não me deu aula, foi aquele 
negócio de ter um contato visual, 
de vê-lo tocar de estar ali presente 
naquelas ondas de música que
tínhamos em casa, isso foi meu 
primeiro contato, mas nunca tive 
professor, sempre fui autodidata, 
sempre estudei sozinho, sempre 
estudando para cada vez mais 
me tornar um 
profissional melhor. 

A Voz do Paraná: 
Como é tocar com Almir Sater? 
Como que vocês se conheceram?
Marcelus Anderson: Eu conheci o 
Almir Sater através do seu filho
Gabriel, éramos amigos em 
Campo Grande, continuo morando lá, 
inclusive sou o único da banda que 
ainda reside nesse estado, 
então foi Gabriel que me apresentou
 ao Almir, comecei a tocar na banda 
e já faz 5 anos que estamos juntos. 
O Almir é uma das pessoas mais 
sensacionais que eu já conheci 
na minha vida, não só pela questão 
da musicalidade, mas pela sua música 
ser fascinante, é uma música que 
emociona a todos nós da banda 
que trabalhamos com ele, e emociona
também todo o seu público. 
Também tem o lado pessoal dele, 
é uma pessoa super bacana, 
uma das pessoas mais honestas e 
maravilhosas que eu já conheci, 
o Almir tem um coração enorme, 
sem sombra 
de dúvida, é a pessoa mais honesta 
que eu já conheci em toda 
a minha vida.

A Voz do Paraná: 
Fala um pouco sobre sua vida 
para o leitor conhecê-lo um pouco mais.
Marcelus Anderson: Eu morei até os 16 
na fazenda, sou de Aquidauana, 
que é a primeira cidade do Pantanal, 
e até os 16 anos mexia com vaca, 
cavalo, e essa foi a minha vida, 
e o primeiro banho quente que 
eu tomei foi com 15, 16 anos, 
não tinha luz elétrica na fazenda, 
então não tinha essa luxúria que
hoje a gente tem, essas comodidades
do mundo moderno não peguei 
na minha infância e 
na minha adolescência, 
fui pegar hoje em dia essa 
vida da grande cidade, 
e sou privilegiado de viver as 
duas coisas o lado mais simples 
e singelo da fazenda até a vida 
mais luxuosa, entre aspas, 
do mundo moderno, das grandes
metrópoles. Sou casado há 8 anos 
com a Adriana, temos uma filha 
de 5 anos chamada Marcela, o Eduardo (12).

A Voz do Paraná: 
Como é viajar pelo Brasil de ônibus 
percorrendo as estradas desse 
lindo País?
Marcelus Anderson: 
Eu adoro viajar 
por essas estradas, observando esse 
nosso lindo País. Também adoro 
esse trabalho com o Almir, sendo 
uma das coisas que eu mais gosto 
de fazer na minha vida, faz eu ter 
energia, sendo o combustível 
para continuarmos a tocar e 
a viajar pelas estradas. 
A outra questão é o lado familiar, 
a saudade que sinto da minha esposa 
e dos meus filhos, mas temos dois 
meses de férias, então dá para 
aproveitar bem, curtir bem a família, 
dá para sentir aquela energia familiar, 
o carinho de estarmos juntos, 
aproveitamos bem e isso nos dá força 
para começarmos o ano com 
muita disposição, batendo em cima
novamente. 

Publicado em Sumaya.