terça-feira, 23 de outubro de 2012

Almir Sater concede entrevista em Toledo



No mês de setembro, (02) Almir Sater e 
sua banda estiveram novamente no 
Oeste do Paraná, mais precisamente 
em Toledo. 


Desta vez, jornal A Voz do Paraná 
entrevistou também os músicos; 
Rodrigo Sater e Marcelus Anderson, 
e para matar a saudade, 
acompanhe um pouco mais de Almir Sater, 
a seguir:

Almir Sater

A Voz do Paraná: 
Este ano é a quarta vez que você vem
fazer shows no Oeste do Paraná, 
você sempre é bem recebido pelo 
paranaense, o seu público te ama.
Como você se sente?

Almir Sater: Eu também amo muito 
o pessoal do Paraná, porque eles 
têm muito carinho com o meu trabalho, 
com a minha pessoa, todo show 
que venho fazer as pessoas se 
emocionam junto comigo, 
então eu adoro cantar para essas 
pessoas que se emocionam 
com a minha canção. São pessoas
muito educadas que sabem 
ouvir música, e não tem melhor
plateia do que aquela que 
sabe ouvir.

A Voz do Paraná
Percebo que você faz sucesso também 
não só entre os adultos. 
O público infantil também te adora.

Almir Sater: Eu tive acesso ao 
público infantil quando eu fiz 
o personagem chamado Zé Trovão, 
que é uma história infanto/juvenil, 
mais para o lado infantil, e fez com 
que eu me aproximasse muito 
com esse público infantil, 
então percebo nos meus shows 
muitas crianças que vem ver 
o Zé Trovão e que acabam 
conhecendo minha música, 
e pelo carinho que têm com 
o personagem vão abraçando 
minha música também e 
isso faz renovar meu público, 
me faz ter certeza que o meu 
fundo de garantia 
está garantido...(risos).

A Voz do Paraná
Você pode descrever para nós,
como é esse momento quando
você viaja para um show, 
o momento em que você entra 
no palco, o momento em 
que você compõe, como
são esses grandes momentos
da sua vida?

Almir Sater: 
São momentos que a gente 
não domina, viagem quem 
manda é o motorista, a gente senta
na poltrona e confio no motorista 
que nos leva até o local 
do show. A gente prepara o 
show para ser o melhor 
show possível, preparamos a música, 
preparamos o palco, afiamos o 
nosso instrumento, mas o que vai 
acontecer depois daquilo ali é 
um mistério, porque eu não 
domino isso. Tem dias que eu 
esqueço a letra de uma música, 
tem dias que eu esqueço a letra 
de duas músicas, então cada 
show é muito diferente, apesar 
de eu cantar as mesmas 
canções, cada show a emoção
é diferente.

A Voz do Paraná:
Com certeza você pretende cantar
durante muitos anos para a felicidade
do seu público. Suas músicas não 
cansam e trazem muita alegria. 
Espero que você continue cantando 
por muito tempo.

Almir Sater
Ontem ainda uma moça
me perguntou isso, que eu não 
devo nunca parar de cantar e 
falei para ela que era capaz 
ainda depois que eu morrer, 
vir assombrá-la um pouco e se ela 
escutar uma vozinha, 
falei que será eu (risos.) 
Eu gosto muito de cantar, 
gosto muito desse mundo, 
gosto muito do planeta terra, 
de conhecer essas maravilhas, 
gosto do Brasil, gosto de viajar
 por esse País maravilhoso e 
o cantar me faz conhecer 
cada vez mais lugares, 
mais gente, por isso nunca 
vou deixar de cantar.

A Voz do Paraná
Almir, falta pouco para as eleições 
do segundo turno deste ano. 
Para terminar deixe uma mensagem 
para todos os políticos.

Almir Sater: 
Você deve seguir o princípio do cristianismo,
que é desejar para o outro aquilo 
que você deseja para você. 
Se a pessoa tocar a vida assim, 
o mundo será mais feliz e com 
certeza você 
também.

Rodrigo Sater  
A Voz do Paraná
Para começar você é casado Rodrigo, tem filhos?
Rodrigo Sater: Sou casado, minha esposa se chama Carolina, tenho 4 filhos, a Júlia de 8 anos , Beatriz (7) Lucas (3) e Isabel com 5 meses. 

Jornal A Voz do Paraná
Há quanto tempo você está no caminho da música?
Rodrigo Sater
Faz muito tempo, profissionalmente desde 1987. Comecei tocando violão, mas 
meu primeiro trabalho foi como 
contrabaixista. A banda em que eu tocava 
estava precisando e fui para 
o baixo. 

A Voz do Paraná
Como foi o começo da sua trajetória?
Rodrigo Sater: Sou de Campo Grande, 
com 15 anos fui para São Paulo 
estudar e conheci músicos, 
amigos, fui me aproximando, e 
comecei a trabalhar nos bares 
de São Paulo com a banda desses 
amigos, tocando baixo, fizemos 
uma gravação. Eu também comecei 
a tocar violão, porque na verdade 
meu instrumento era violão e o 
Almir ouviu e achou muito bom, 
era para poder se apresentar para 
o Som Brasil. Ele não gostou muito
do som da banda, mas meu violão
ele achou muito bom, nisso me 
indicou para o Renato Teixeira e 
fui tocar com ele, isso em 87, 
e continuei tocando em bares e
foi por aÍ. Toquei numa época com 
o Renato, essa banda que eu tocava 
foi para a Europa e fiquei em 
São Paulo, também fiquei sem 
banda e sem trabalho, isso em 89.
Em 1990, como Almir começou a 
fazer a novela Pantanal eu acabei 
montando uma banda e ele me 
chamou para tocar, e comecei a 
tocar com ele desde 
essa data.

A Voz do Paraná: 
Além do seu irmão Almir, sua irmã Gisele Sater também compõe a banda. 
Como é para você tocar em família?
Rodrigo Sater: (risos).É bem confortável 
tocar em família, a discussão musical 
é bem mais fácil, o conceito musical 
é mais claro e fica mais tranquilo 
discutir arranjos e caminhos musicais.

A Voz do Paraná: Você tem algum CD lançado?
Rodrigo Sater: Sim. Um CD que leva 
o meu nome, o Rodrigo Sater, e o outro CD 
eu fiz na novela Paraiso, junto 
comYassir Chediak, nós montamos 
uma
parceria, pois contracenamos 
juntos nessa novela, só que o CD 
leva o nome dos personagens 
Tiago e Juvenal, porque era o 
CD da novela Paraíso da 
Rede Globo.

A Voz do Paraná
Como era seu personagem Tiago 
e como foi representar?
Rodrigo Sater: Eu era peão da comitiva 
junto como cantor Daniel, Eriberto Leão, 
Alexandre Nero e o próprio Yassir Chediak. 
Na verdade, eu sou músico, fui trabalhar 
como ator, mas minha função na 
novela era ser músico dentro da 
comitiva, era peão na realidade, 
mas a gente tocava, fazia umas 
rodas de viola, era de estar ao 
lado do Daniel dando um apoio, 
tocando com ele, e tínhamos 
até bastante fala.

A Voz do Paraná: Na verdade, foi um 
show à parte você representar e 
mostrar seu talento, sua linda voz, 
e você tem uma música que eu gosto 
muito, Te Amo em Sonhos, inclusive, 
sempre peço para você tocar. 
Quem a compôs e como foi?
Rodrigo Sater: Muito obrigado pela gentileza.
 Essa música, Te Amo em Sonhos, é minha
e fui eu que compus. Eu morava num
apartamento, comecei a fazer e 
depois chamei o Almir e o Paulinho 
para me ajudar a terminar, eles têm 
muito know how em composição 
e não poderia deixar de contar 
com ele. Essa música compus bem 
num dia que teve um blecaute no Brasil, 
foi um apagão em boa parte dos Estados, 
eu morava perto na Avenida Paulista, 
resolvi acender uma vela e comecei 
a compor. Como eu estava fazendo 
meu primeiro CD, estava precisando 
de música para terminar, então 
aproveitei esse apagão, 
esse silêncio, ficou até gostoso, 
tirou essa vibração, 
o barulho de São Paulo, então
 aproveitei para compor.

A Voz do Paraná: 
Fui comprar um deles e não achei. 
Como podemos adquirir seus CDs?
Rodrigo Sater: Na realidade, meu primeiro 
CD acabou e tenho que fazer mais, 
na verdade, não é que acabou, 
mas é que fiz pouco, tenho que 
fazer mais. O CD da novela Paraíso
é fácil achar, é da Som Livre,
fica fácil de achar.

A Voz do Paraná: Você tem algum projeto 
para este ano?
Rodrigo Sater: Eu vou começar a fazer mais 
um CD final de ano. Estava com esse 
projeto com o Yassir, tenho feito com 
ele alguns shows, tenho ainda mais 
alguns para fazer. Como tenho o trabalho 
com o Almir, então fica complicado, 
e como a música é final de semana, 
bate muito a data, 
então não dá.

A Voz do Paraná: 
Pretende voltar a fazer novela?
Rodrigo Sater: Não, não. 
Na verdade a minha profissão é 
de músico, mas o que eu faço 
muito é trilha de novela. Fiquei amigo 
dos produtores musicais, então desde
 a novela Paraiso venho trabalhando
 e colocando músicas minhas 
na trilha de novelas, participando 
como
músico nas trilhas, colocando música
 na trilha incidental e também 
colocando música na trilha sonora. 
Depois de Paraiso coloquei na 
novela Morde e Assopra, com 
o meu parceiro Yassir.

A Voz do Paraná: 
O que dá para esperar hoje do show?
Rodrigo Sater: É um show muito gostoso 
de assistir, o Almir sempre inspirado 
e se comunicando bem com a plateia 
trazendo a emoção do jeito dele, 
porque ele tem um jeito que 
emociona as pessoas, 
é um show muito tranquilo.

A Voz do Paraná: O público também 
gosta muito de te ouvir, da sua 
linda voz. Será que dessa vez você 
canta a música Te Amo em Sonhos?
Rodrigo Sater: Eu tocaria com o maior prazer, 
mas como está ensaiado com a banda
 uma outra música, acho que hoje 
não vai ter, mas a música está 
na minha mão, se na hora o Almir 
falar para eu tocar, com certeza eu toco, 
o show é dele...rssss


Marcelus Anderson

A Voz do Paraná: 
Marcelus, qual instrumento você toca?
Marcelus Anderson: Sou músico e 
toco acordeom, também chamamos
de sanfona, gaita, são dialetos 
diferentes, mas é o mesmo 
instrumento. No sul do País, 
o pessoal chama de gaita, 
no nordeste é sanfona e no 
nosso português o nome correto
é acordeom, mas tanto faz.

A Voz do Paraná: 
Percebi que você começou cedo a tocar.
Marcelus Anderson: 
O primeiro contato
com a musica foi desde que nasci. 
Venho de uma família de músicos, 
só que a primeira vez que eu 
comecei a tocar acordeom, 
eu tinha uns nove anos e 
profissionalmente comecei com
14 anos. Sempre tive uma paixão 
muito grande pelo acordeom 
porque meu avô tocava, ele é paraguaio, 
venho de uma descendência de 
paraguaio por parte da minha mãe 
e por parte de pai descendência 
sueca, então meu avô tocava 
música paraguaia, polca. 
Então, ele faleceu quando eu era 
adolescente, e o primeiro contato 
com esse instrumento que foi a 
minha paixão, foi por causa dele, 
meu avô que passou isso para mim, 
mas ele não me deu aula, foi aquele 
negócio de ter um contato visual, 
de vê-lo tocar de estar ali presente 
naquelas ondas de música que
tínhamos em casa, isso foi meu 
primeiro contato, mas nunca tive 
professor, sempre fui autodidata, 
sempre estudei sozinho, sempre 
estudando para cada vez mais 
me tornar um 
profissional melhor. 

A Voz do Paraná: 
Como é tocar com Almir Sater? 
Como que vocês se conheceram?
Marcelus Anderson: Eu conheci o 
Almir Sater através do seu filho
Gabriel, éramos amigos em 
Campo Grande, continuo morando lá, 
inclusive sou o único da banda que 
ainda reside nesse estado, 
então foi Gabriel que me apresentou
 ao Almir, comecei a tocar na banda 
e já faz 5 anos que estamos juntos. 
O Almir é uma das pessoas mais 
sensacionais que eu já conheci 
na minha vida, não só pela questão 
da musicalidade, mas pela sua música 
ser fascinante, é uma música que 
emociona a todos nós da banda 
que trabalhamos com ele, e emociona
também todo o seu público. 
Também tem o lado pessoal dele, 
é uma pessoa super bacana, 
uma das pessoas mais honestas e 
maravilhosas que eu já conheci, 
o Almir tem um coração enorme, 
sem sombra 
de dúvida, é a pessoa mais honesta 
que eu já conheci em toda 
a minha vida.

A Voz do Paraná: 
Fala um pouco sobre sua vida 
para o leitor conhecê-lo um pouco mais.
Marcelus Anderson: Eu morei até os 16 
na fazenda, sou de Aquidauana, 
que é a primeira cidade do Pantanal, 
e até os 16 anos mexia com vaca, 
cavalo, e essa foi a minha vida, 
e o primeiro banho quente que 
eu tomei foi com 15, 16 anos, 
não tinha luz elétrica na fazenda, 
então não tinha essa luxúria que
hoje a gente tem, essas comodidades
do mundo moderno não peguei 
na minha infância e 
na minha adolescência, 
fui pegar hoje em dia essa 
vida da grande cidade, 
e sou privilegiado de viver as 
duas coisas o lado mais simples 
e singelo da fazenda até a vida 
mais luxuosa, entre aspas, 
do mundo moderno, das grandes
metrópoles. Sou casado há 8 anos 
com a Adriana, temos uma filha 
de 5 anos chamada Marcela, o Eduardo (12).

A Voz do Paraná: 
Como é viajar pelo Brasil de ônibus 
percorrendo as estradas desse 
lindo País?
Marcelus Anderson: 
Eu adoro viajar 
por essas estradas, observando esse 
nosso lindo País. Também adoro 
esse trabalho com o Almir, sendo 
uma das coisas que eu mais gosto 
de fazer na minha vida, faz eu ter 
energia, sendo o combustível 
para continuarmos a tocar e 
a viajar pelas estradas. 
A outra questão é o lado familiar, 
a saudade que sinto da minha esposa 
e dos meus filhos, mas temos dois 
meses de férias, então dá para 
aproveitar bem, curtir bem a família, 
dá para sentir aquela energia familiar, 
o carinho de estarmos juntos, 
aproveitamos bem e isso nos dá força 
para começarmos o ano com 
muita disposição, batendo em cima
novamente. 

Publicado em Sumaya.

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