a seguir:
Almir Sater
A
Voz do Paraná:
Este ano é a quarta vez que você vem
fazer shows no
Oeste do Paraná,
você sempre é bem recebido pelo
paranaense, o seu
público te ama.
Como você se sente?
Almir Sater:
Eu também amo muito
o pessoal do Paraná, porque eles
têm muito carinho
com o meu trabalho,
com a minha pessoa, todo show
que venho fazer as
pessoas se
emocionam junto comigo,
então eu adoro cantar para essas
pessoas que se emocionam
com a minha canção. São pessoas
muito educadas
que sabem
ouvir música, e não tem melhor
plateia do que aquela que
sabe
ouvir.
A Voz do Paraná:
Percebo que você faz sucesso também
não só entre os adultos.
O público infantil também te adora.
Almir Sater:
Eu tive acesso ao
público infantil quando eu fiz
o personagem chamado
Zé Trovão,
que é uma história infanto/juvenil,
mais para o lado
infantil, e fez com
que eu me aproximasse muito
com esse público
infantil,
então percebo nos meus shows
muitas crianças que vem ver
o Zé
Trovão e que acabam
conhecendo minha música,
e pelo carinho que têm com
o
personagem vão abraçando
minha música também e
isso faz renovar meu
público,
me faz ter certeza que o meu
fundo de garantia
está
garantido...(risos).
A Voz do Paraná:
Você pode descrever para
nós,
como é esse momento quando
você viaja para um show,
o momento em que
você entra
no palco, o momento em
que você compõe, como
são esses
grandes momentos
da sua vida?
Almir Sater:
São momentos que a
gente
não domina, viagem quem
manda é o motorista, a gente senta
na
poltrona e confio no motorista
que nos leva até o local
do show. A gente
prepara o
show para ser o melhor
show possível, preparamos a música,
preparamos o palco, afiamos o
nosso instrumento, mas o que vai
acontecer
depois daquilo ali é
um mistério, porque eu não
domino isso. Tem dias
que eu
esqueço a letra de uma música,
tem dias que eu esqueço a letra
de
duas músicas, então cada
show é muito diferente, apesar
de eu cantar as
mesmas
canções, cada show a emoção
é diferente.
A Voz do
Paraná:
Com certeza você pretende cantar
durante muitos anos para a
felicidade
do seu público. Suas músicas não
cansam e trazem muita
alegria.
Espero que você continue cantando
por muito tempo.
Almir Sater:
Ontem ainda uma moça
me perguntou isso, que eu não
devo nunca parar de
cantar e
falei para ela que era capaz
ainda depois que eu morrer,
vir
assombrá-la um pouco e se ela
escutar uma vozinha,
falei que será eu
(risos.)
Eu gosto muito de cantar,
gosto muito desse mundo,
gosto muito
do planeta terra,
de conhecer essas maravilhas,
gosto do Brasil, gosto
de viajar
por esse País maravilhoso e
o cantar me faz conhecer
cada vez
mais lugares,
mais gente, por isso nunca
vou deixar de cantar.
A
Voz do Paraná:
Almir, falta pouco para as eleições
do segundo turno
deste ano.
Para terminar deixe uma mensagem
para todos os políticos.
Almir Sater:
Você deve seguir o princípio do cristianismo,
que é desejar para o
outro aquilo
que você deseja para você.
Se a pessoa tocar a vida assim,
o
mundo será mais feliz e com
certeza você
também.
Rodrigo Sater
A Voz do Paraná: Como foi o começo da sua trajetória?
Rodrigo Sater: Sou de Campo Grande,
com 15 anos fui para São Paulo
estudar e conheci músicos,
amigos, fui me aproximando, e
comecei a trabalhar nos bares
de São Paulo com a banda desses
amigos, tocando baixo, fizemos
uma gravação. Eu também comecei
a tocar violão, porque na verdade
meu instrumento era violão e o
Almir ouviu e achou muito bom,
era para poder se apresentar para
o Som Brasil. Ele não gostou muito
do som da banda, mas meu violão
ele achou muito bom, nisso me
indicou para o Renato Teixeira e
fui tocar com ele, isso em 87,
e continuei tocando em bares e
foi por aÍ. Toquei numa época com
o Renato, essa banda que eu tocava
foi para a Europa e fiquei em
São Paulo, também fiquei sem
banda e sem trabalho, isso em 89.
Em 1990, como Almir começou a
fazer a novela Pantanal eu acabei
montando uma banda e ele me
chamou para tocar, e comecei a
tocar com ele desde
essa data.
A Voz do Paraná:
Além do seu irmão Almir, sua irmã Gisele Sater também compõe a banda.
Como é para você tocar em família?
Rodrigo Sater: (risos).É bem confortável
tocar em família, a discussão musical
é bem mais fácil, o conceito musical
é mais claro e fica mais tranquilo
discutir arranjos e caminhos musicais.
A Voz do Paraná: Você tem algum CD lançado?
Rodrigo Sater: Sim. Um CD que leva
o meu nome, o Rodrigo Sater, e o outro CD
eu fiz na novela Paraiso, junto
comYassir Chediak, nós montamos
uma
parceria, pois contracenamos
juntos nessa novela, só que o CD
leva o nome dos personagens
Tiago e Juvenal, porque era o
CD da novela Paraíso da
Rede Globo.
A Voz do Paraná:
Como era seu personagem Tiago
e como foi representar?
Rodrigo Sater: Eu era peão da comitiva
junto como cantor Daniel, Eriberto Leão,
Alexandre Nero e o próprio Yassir Chediak.
Na verdade, eu sou músico, fui trabalhar
como ator, mas minha função na
novela era ser músico dentro da
comitiva, era peão na realidade,
mas a gente tocava, fazia umas
rodas de viola, era de estar ao
lado do Daniel dando um apoio,
tocando com ele, e tínhamos
até bastante fala.
A Voz do Paraná: Na verdade, foi um
show à parte você representar e
mostrar seu talento, sua linda voz,
e você tem uma música que eu gosto
muito, Te Amo em Sonhos, inclusive,
sempre peço para você tocar.
Quem a compôs e como foi?
Rodrigo Sater: Muito obrigado pela gentileza.
Essa música, Te Amo em Sonhos, é minha
e fui eu que compus. Eu morava num
apartamento, comecei a fazer e
depois chamei o Almir e o Paulinho
para me ajudar a terminar, eles têm
muito know how em composição
e não poderia deixar de contar
com ele. Essa música compus bem
num dia que teve um blecaute no Brasil,
foi um apagão em boa parte dos Estados,
eu morava perto na Avenida Paulista,
resolvi acender uma vela e comecei
a compor. Como eu estava fazendo
meu primeiro CD, estava precisando
de música para terminar, então
aproveitei esse apagão,
esse silêncio, ficou até gostoso,
tirou essa vibração,
o barulho de São Paulo, então
aproveitei para compor.
A Voz do Paraná:
Fui comprar um deles e não achei.
Como podemos adquirir seus CDs?
Rodrigo Sater: Na realidade, meu primeiro
CD acabou e tenho que fazer mais,
na verdade, não é que acabou,
mas é que fiz pouco, tenho que
fazer mais. O CD da novela Paraíso
é fácil achar, é da Som Livre,
fica fácil de achar.
A Voz do Paraná: Você tem algum projeto
para este ano?
Rodrigo Sater: Eu vou começar a fazer mais
um CD final de ano. Estava com esse
projeto com o Yassir, tenho feito com
ele alguns shows, tenho ainda mais
alguns para fazer. Como tenho o trabalho
com o Almir, então fica complicado,
e como a música é final de semana,
bate muito a data,
então não dá.
A Voz do Paraná:
Pretende voltar a fazer novela?
Rodrigo Sater: Não, não.
Na verdade a minha profissão é
de músico, mas o que eu faço
muito é trilha de novela. Fiquei amigo
dos produtores musicais, então desde
a novela Paraiso venho trabalhando
e colocando músicas minhas
na trilha de novelas, participando
como
músico nas trilhas, colocando música
na trilha incidental e também
colocando música na trilha sonora.
Depois de Paraiso coloquei na
novela Morde e Assopra, com
o meu parceiro Yassir.
A Voz do Paraná:
O que dá para esperar hoje do show?
Rodrigo Sater: É um show muito gostoso
de assistir, o Almir sempre inspirado
e se comunicando bem com a plateia
trazendo a emoção do jeito dele,
porque ele tem um jeito que
emociona as pessoas,
é um show muito tranquilo.
A Voz do Paraná: O público também
gosta muito de te ouvir, da sua
linda voz. Será que dessa vez você
canta a música Te Amo em Sonhos?
Rodrigo Sater: Eu tocaria com o maior prazer,
mas como está ensaiado com a banda
uma outra música, acho que hoje
não vai ter, mas a música está
na minha mão, se na hora o Almir
falar para eu tocar, com certeza eu toco,
o show é dele...rssss
Marcelus Anderson
A Voz do Paraná:
Marcelus, qual instrumento você toca?
Marcelus Anderson: Sou músico e
toco acordeom, também chamamos
de sanfona, gaita, são dialetos
diferentes, mas é o mesmo
instrumento. No sul do País,
o pessoal chama de gaita,
no nordeste é sanfona e no
nosso português o nome correto
é acordeom, mas tanto faz.
A Voz do Paraná:
Percebi que você começou cedo a tocar.
Marcelus Anderson: O primeiro contato
com a musica foi desde que nasci.
Venho de uma família de músicos,
só que a primeira vez que eu
comecei a tocar acordeom,
eu tinha uns nove anos e
profissionalmente comecei com
14 anos. Sempre tive uma paixão
muito grande pelo acordeom
porque meu avô tocava, ele é paraguaio,
venho de uma descendência de
paraguaio por parte da minha mãe
e por parte de pai descendência
sueca, então meu avô tocava
música paraguaia, polca.
Então, ele faleceu quando eu era
adolescente, e o primeiro contato
com esse instrumento que foi a
minha paixão, foi por causa dele,
meu avô que passou isso para mim,
mas ele não me deu aula, foi aquele
negócio de ter um contato visual,
de vê-lo tocar de estar ali presente
naquelas ondas de música que
tínhamos em casa, isso foi meu
primeiro contato, mas nunca tive
professor, sempre fui autodidata,
sempre estudei sozinho, sempre
estudando para cada vez mais
me tornar um
profissional melhor.
A Voz do Paraná:
Como é tocar com Almir Sater?
Como que vocês se conheceram?
Marcelus Anderson: Eu conheci o
Almir Sater através do seu filho
Gabriel, éramos amigos em
Campo Grande, continuo morando lá,
inclusive sou o único da banda que
ainda reside nesse estado,
então foi Gabriel que me apresentou
ao Almir, comecei a tocar na banda
e já faz 5 anos que estamos juntos.
O Almir é uma das pessoas mais
sensacionais que eu já conheci
na minha vida, não só pela questão
da musicalidade, mas pela sua música
ser fascinante, é uma música que
emociona a todos nós da banda
que trabalhamos com ele, e emociona
também todo o seu público.
Também tem o lado pessoal dele,
é uma pessoa super bacana,
uma das pessoas mais honestas e
maravilhosas que eu já conheci,
o Almir tem um coração enorme,
sem sombra
de dúvida, é a pessoa mais honesta
que eu já conheci em toda
a minha vida.
A Voz do Paraná:
Fala um pouco sobre sua vida
para o leitor conhecê-lo um pouco mais.
Marcelus Anderson: Eu morei até os 16
na fazenda, sou de Aquidauana,
que é a primeira cidade do Pantanal,
e até os 16 anos mexia com vaca,
cavalo, e essa foi a minha vida,
e o primeiro banho quente que
eu tomei foi com 15, 16 anos,
não tinha luz elétrica na fazenda,
então não tinha essa luxúria que
hoje a gente tem, essas comodidades
do mundo moderno não peguei
na minha infância e
na minha adolescência,
fui pegar hoje em dia essa
vida da grande cidade,
e sou privilegiado de viver as
duas coisas o lado mais simples
e singelo da fazenda até a vida
mais luxuosa, entre aspas,
do mundo moderno, das grandes
metrópoles. Sou casado há 8 anos
com a Adriana, temos uma filha
de 5 anos chamada Marcela, o Eduardo (12).
A Voz do Paraná:
Como é viajar pelo Brasil de ônibus
percorrendo as estradas desse
lindo País?
Marcelus Anderson: Eu adoro viajar
por essas estradas, observando esse
nosso lindo País. Também adoro
esse trabalho com o Almir, sendo
uma das coisas que eu mais gosto
de fazer na minha vida, faz eu ter
energia, sendo o combustível
para continuarmos a tocar e
a viajar pelas estradas.
A outra questão é o lado familiar,
a saudade que sinto da minha esposa
e dos meus filhos, mas temos dois
meses de férias, então dá para
aproveitar bem, curtir bem a família,
dá para sentir aquela energia familiar,
o carinho de estarmos juntos,
aproveitamos bem e isso nos dá força
para começarmos o ano com
muita disposição, batendo em cima
novamente.