quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Filosofia: ESTA TAL POLIDEZ
“A polidez nem sempre inspira a bondade, a equidade, a complacência, a gratidão; mas, pelo menos, dá-lhes a aparência e faz aparecer o homem por fora como deveria ser por dentro.”― Jean de la Bruyere -moralista francês.
“Polidez é inteligência; consequentemente, impolidez é parvoíce. Criar inimigos por impolidez, de maneira desnecessária e caprichosa, é tão demente quanto pegar fogo na própria casa.” ―Schopenhauer.
Bruyere e Schopenhauer, quase se convergem, o primeiro acha que a polidez se fosse verdadeira, seria uma virtude ideal e admirável, tendo em vista que na maioria das vezes, é praticada pelo cinismo e a hipocrisia. Nada mais que um disfarce. Schopenhauer já acha que a dissimulação e "o jogo de cintura" é o melhor caminho, para evitar desafetos e se dar bem socialmente. Enfim, para con (viver) socialmente precisamos usar de perspicácia, um pouco de cinismo, uma dose de dissimulação e atuarmos de acordo com a situação. Ser polido, não significa ser falso, mas assertivo, ser claro em suas ideias, pensamentos e ações, sem para isso baixar o nível, extrapolar a linha da civilidade. Há um ditado antigo que diz, quando falamos tudo que pensamos, sem refletir ou ponder antes, há alguns riscos, ou o caminho do hospício ou da prisão. Caldo de galinha e cautela não faz mal a ninguém, só ajuda.
Imagens: reprodução internet.