sexta-feira, fevereiro 27, 2015
Estar em redes sociais exige dinâmica constante - onde é preciso agregar coisas que somam, além da marca em si, e o "triplé" que trabalho sobre Almir Sater, desde 2006 sempre foi este: Música, Cultura e Meio Ambiente... são coisas que estão intrinsecamente ligadas com o Artista, o que ele apoia, estimula e conscientiza na sociedade. Ser uma figura pública também exige responsabilidade sobre e a imagem altamente positiva de Sater funciona bem com esse três assuntos distintos mas tão ligados entre si: Afinal, só quem tem sensibilidade artística, terá respeito e empatia pelos outros dois. E vários artistas, não só publicitários, "marketeiros" e entidades organizacionais já descobriram esse"insight". E até onde eu sei, são coisas que o artista vivencia em sua vida, o amor pela natureza e a curiosidade pelo saber, esta última, endossada por sua mãe, anos atrás, em um vídeo escolar. E verdade seja dita, eu nunca vi mãe mentir, portanto qualquer coisa ao contrário, é tudo culpa da mãe dele então..risos...
Esta é uma viagem que vale a pena prosseguir.
quinta-feira, outubro 30, 2014
Nesse dia nesse dia, em 1810, a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil, quando então foi inaugurada a Biblioteca Nacional .
Dia Nacional do Livro. Imagem: CDBB.
quinta-feira, outubro 16, 2014
“Como não foi genial, não teve inimigos.”
“Posso resistir a tudo, menos a tentações.”
“As mulheres bonitas não têm que ter ciúmes dos seus maridos.
Estão demasiado ocupadas com os ciúmes
que têm dos maridos de outras mulheres".
“Tenho gostos simples. Me satisfaço com o melhor.”
“O mundo é um palco, mas o elenco é mal escolhido.”
"Um moralista e, quase sempre, um hipócrita;
uma moralista invariavelmente, um bagulho."
"Viver é a coisa mais rara do mundo.
A maioria das pessoas apenas existe."
"Não sou jovem o bastante para saber tudo."
— "Sou a única pessoa no mundo
que eu realmente queria conhecer bem."
sábado, maio 17, 2014
APOIADO e Integralmente o Prof. Alcides Villaça, literatura brasileira da USP, vide polêmica gerada pela então escritora paulista Patrícia Engel Secco, sobre em "simplificar" o Obra do Imortal Machado de Assis vide link http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/de-machado-de-assis-a-shakespeare-quando-a-adaptacao-diminui-obras-classicas
Cara escritora, me perdoa por não conhecê-la até então, mas usando de suas próprias palavras, faço as minhas, "As redes sociais estão cheias de exemplos de prejulgamentos e linchamentos baseados em equívocos de interpretação”, a começar pela sua infeliz ideia.
—A Arte nunca deveria aspirar à popularidade, mas o público deve aspirar a se tornar artístico. Oscar Wilde.
Machado de Assis mais “simplesinho”?
A você, que acha que sabe por que os jovens não gostam de ler Machado de Assis e entende ser necessário “simplificar” os seus textos:
Machado de Assis não é pra ser “gostado” como sorvete de limão ou chocolate. Machado é um problema pra qualquer criatura inteligente (por favor, tente se preocupar). Ele relativiza os valores que servem de colchão pras nossas vidas. Ele aprendeu na prática (era mulato, meu bem) que é duro nascer pobre e sem voz. Ele viu e entendeu logo todas as falcatruas de quem está no poder. Pior que isso: ele não achava que as classes subjugadas tivessem qualquer outra intenção que não a de serem classes dominantes. E se aparelhou para sobreviver, e viver bem. Ele viu e entendeu que talvez não valha a pena tanto esforço por idealismos condenados ao fracasso, conforme a História Política (que Maquiavel estudara tão bem) já provou. Ele imaginou que o esforço de ser sublime não compensa na barganha da próxima esquina. Ele piscou o olho para nós porque sabia muito, e também não sabia o que fazer com suas melhores intenções, e sua secreta poesia, e seu inconfessável sentimento do trágico. E ele nos provou que tudo isso só passa a existir com o aparelhamento certeiro de uma linguagem, de uma fala absolutamente pessoal, com um sujeito já dentro.
E aí vem você é quer “facilitar” tudo isso, minha cara? Você não sabe o quanto custou para aquele mulato lúcido nos mostrar o mapa das nossas minas mais íntimas, da sociedade violenta que cochila dentro de nós? Pois saiba que os jovens leitores para quem apresento, como professor, os textos de Machado, se revitalizam com essas questões e agradecem pelo fato de que existe um artista que lhes dá forma e expansão. Com o texto dele, começam e recomeçam as mais vivas discussões.
Caso queira aprender a redigir sem “dificultação”, sugiro começar com a fórmula sujeito + verbo + complemento, até atingir outras sequencias possíveis e enfim começar a ler - é o que te desejo - um texto do verdadeiro Machado de Assis. Do autêntico. Qualquer falsificação jogue imediatamente no lixo.
Por Prof. Alcides Villaça, docente em literatura brasileira da USP.
Fonte: Perfil Facebook.
quarta-feira, abril 23, 2014
"Ser ou não Ser ? eis a questão". As eternas dúvidas de Hamlet, mas hoje é dia de Shakespeare, seu criador, e portanto não há dúvida quanto à essencialidade de sua obra.
Infelizmente, aniversário de sua morte, mas por que não lembrar deste, que soube através de suas dramaturgias, explorar emoções tão complexas latentes em nós?. Shakespeare nasceu em 1564, em Stratford-upon-Avon, na Inglaterra. E faleceu na sua cidade natal, em 1616, aos 52 anos, no dia 23 de Abril. Chamado frequentemente de poeta nacional da Inglaterra, ele foi um artista respeitado em sua própria época, mas sua reputação só atingiu o auge no século 19. Suas peças permanecem populares hoje em dia e são estudadas, encenadas e reinterpretadas em todo o mundo.
Entre seus livros e incontáveis romances e peças estão "Romeu e Julieta", "Othelo", "Hamlet", "Macbeth", "Sonho de uma noite de verão" e a "Tempestade" foram os que eu li ou assisti filmes adaptados deles, "A Megera Domada", transformada em um folhetim da Globo, adaptada como "O Cravo e a Rosa". Ou seja, nada se cria tudo se copia. Embora, não com a mesma genialidade do autor.
Através da sagacidade de Shakespeare, ao ler e assistir Othelo, uma reflexão sobre ego, insegurança, manipulação, inveja e ganância:
“De todas as poderosas armas de destruição que o homem foi capaz de inventar, a mais terrível e a mais covarde é a palavra”.
Quantas vezes por intriga e interesse vil de outros, cheios de perfídias nos encara como “pedras no seu caminho” e semeiam dúvidas, quanto ao caráter. Quantos relacionamentos rompemos e sem dar chance de explicações, amoroso, uma sociedade, parceria, uma amizade, porque "Iagos" da vida insistem em cruzar os nossos caminhos, envenenando a alma, sem chance de defesa, colocando em dúvida a capacidade, a lealdade, a fidelidade de sentimentos, o caráter pelas circunstâncias que criaram, e não verdadeiras?.
E nós, por vezes, cegos, impulsivos, emotivos ou dominados pelo ciúme, dúvida, orgulho, cometemos os mesmos erros de Otelo, sem se dar conta que fomos manipulados por essas pessoas, o tempo todo, inseguras ou ambiciosas e dotadas de inveja, com o intuito de eliminar o obstáculo que segundo imaginam, quando na verdade, poderiam, ser somado às forças, e não fragmentadas? .
Na ficção a justiça, no final, sempre vence e a honra também.
.. Tudo que se espera é que embora existam muito Iago(s), manipuladores e vis, Emília (s) corrompidas, também há muitos “Cássio” (s), sonhadores, leais e idealizadores ao nosso lado, assim como algumas Desdêmona(s), fidedignas aos seus princípios e laços firmados, que mediante a fealdade da alma, preferem ainda a beleza da honra.
quinta-feira, junho 13, 2013
No mundo de hoje, ser sincero com quem não tem a mesma reciprocidade é um tiro no próprio pé, às vezes na ânsia de ser transparente, nós fornecemos a arma para nos aniquilar. E foi assim que me ocorreu no ano passado, por usar de franqueza excessiva.
Como dizia Oscar Wilde: "Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal".
A partir desta experiência ruim e minha mente associativa, eu me lembrei desse poema e tornou o meu favorito pelo constrangimento que passei, assim como de um livro de romance histórico que eu li, a seguir: "Oh, Deus, nunca aprenderia a manter a boca calada. Podia quase ouvir sua mãe dizendo: "O único recurso do tolo é o silêncio, criança." [Duquesa por Acaso - Sandy Blair]
No "Poema Em Linha Reta", Pessoa, derruba o muro da hipocrisia, da aparente moralidade, honradez e ética.
Em algum momento da vida, nós erramos nas escolhas, mas na ocasião eram as mais certas para um empreendimento, uma sociedade, uma amizade, uma aquisição, um amor ou um relacionamento.
No entanto, estamos expostos as mudanças sociais, econômicas e vontades alheias, daquelas que não dependem de nós e os nossos erros, equívocos por mais que sejam passados e até superados nunca alcançam redenção.
Afinal, «Quem tem telhados de vidro não atira pedras ao do vizinho.»
Como diz Pessoa: "Eu sou a sensação minha. Portanto, nem da minha
própria existência estou certo. Só disfarçado é que sou eu."
Ou seja, somos sempre uma contradição de nós mesmos, mas no fim "tudo vale a pena se a alma não é pequena".
terça-feira, abril 30, 2013
— Gosta de ser pastor?
— Se eu gosto? — Mas que pergunta estranha! Por que perguntas isso, minha menina?
— Nada. Pelo modo como olhava. Fez-me lembrar o meu pai. Ele costumava ter esse ar, às vezes.
O homem sorriu tristemente.— E o que é que ele dizia? — Claro que ele dizia sempre que sim, mas dizia também que não continuaria a ser pastor nem mais um minuto se não fosse por causa dos “textos de júbilo”.
— Era assim que o pai costumava chamar-lhes — disse ela a rir. — É claro, que a Bíblia não lhe chama assim, mas são todos aqueles que servem para animar e reconfortar as pessoas: Uma vez quando o pai se sentiu muito triste contou-os. Havia oitocentos textos desses.
— Oitocentos?
— Sim, textos que dizem às pessoas para ficarem contentes, para se alegrarem. Era a esses que o pai chamava “textos de júbilo”. — Ele dizia que se sentia logo melhor quando os contava. Dizia que se Deus se deu ao incômodo de nos dizer oitocentas vezes para ficarmos contentes e alegres era porque queria que nós também o disséssemos uns aos outros.
"O que as criaturas querem é encorajamento. Em vez de censurar constantemente os defeitos dum homem, falai às suas virtudes. Procurai tirá-lo da senda dos maus hábitos. Sustentai, fortificai o melhor do seu eu, a parte boa que não ousou ou não pode ainda manifestar-se. A influência dum belo caráter é contagiosa, e pode revolucionar uma vida inteira... As criaturas irradiam o que trazem no cérebro e nos corações. Se um homem se mostra gentil e serviçal, os seus vizinhos pagarão na mesma moeda e com juros...Quem procura o mal, esperando encontrá-lo, certo que o encontra. Mas quando alguém procura o bom, certo de encontrá-lo, encontra o bom".
— Deus que me ajude. – vou tentar! exclamou animadamente o pastor. Em seguida tomou as notas já escritas, rasgou-as e lançou-as para o ar, de modo que no chão, dum lado da cadeira, se podia ler: “A maldição eterna desça sobre voz” e do outro lado: “escribas, fariseus e hipócritas” e foi assim que o reverendo Paul Ford pronunciou no domingo um sermão famoso, verdadeiro toque de clarins em apelo ao que havia de melhor no imo de cada homem, de cada mulher, de cada criança que o ouviu.
Pollyanna é um romance de Eleanor H. Porter publicado em 1913 e considerado um clássico da literatura infantojuvenil, republicado nos anos 90, narra a menina órfã que através do "Jogo do Contente" ensinado por seu pai, desenvolve sempre uma atitude otimista, mediante o pessimismo e os intempéries da vida.
Moral da História: “Não posso imaginar um Deus a recompensar e a castigar o objeto de sua criação." Albert Einstein.
quinta-feira, fevereiro 14, 2013
Foto:Reprodução internet - Wilde e Lord Douglas
Eu adoro Oscar Wilde, sem
dúvida, um dos maiores escritores do século, através de sua genialidade,
perspicácia e "língua afiada" em forma poética e cínica, ousava
contradizer a hipocrisia da sociedade da época [da qual não está tão diferente de
lá pra cá] e suas atitudes, eram consideradas um tanto quanto audaciosas,
irreverentes e até amorais, desafiaria ainda mais a aristocracia inglesa quando
sua vida pessoal foi exposta e passou a ser motivo de imoralidade pública, sua orientação sexual, até então, era velada e
os seus ferrenhos bajuladores o seguiam por toda a parte.
"De
Profundis" trata da carta escrita para Lord Douglas (‘Bosie’ como
Wilde costumava chamá-lo) durante os dois últimos meses de cárcere, em seu
período na prisão, repensou sobre as atitudes e ações que o levaram ao estado
de letargia, sofrimento, decadência moral, social e financeira, pelos mesmos
que até então o reverenciava em toda a sua genialidade, atos.
Nas palavras de Wilde: "Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e
muita sinceridade é absolutamente fatal". O escritor pagou um preço
alto demais pelo enfrentamento ao um par do reino, influente e poderoso.
A seguir a introdução:
“É preciso que eu diga a mim mesmo que fui o único responsável pela minha ruína e que ninguém, seja ele grande ou pequeno, pode ser arruinado exceto pelas próprias mãos. Fui um homem que se colocou em relação simbólica para com a arte e a cultura do seu tempo. Os deuses me concederam quase tudo: eu possuía o gênio, um nome, posição, agudeza intelectual, talento. Fiz da arte uma filosofia e da filosofia uma arte, não havia nada que dissesse ou fizesse que não provocasse a admiração das pessoas.
Tratei a arte como a suprema realidade e a vida como uma mera ficção. Despertei a imaginação do século em que vivi, para que criasse um mito e uma lenda em torno da minha pessoa. Resumi todos os sistemas numa única frase e toda a existência numa epígrafe. Além de todas essas coisas eu ainda tinha algo diferente. Mas me deixei atrair por longos períodos de ócio sensual e insensato. Divertia-me ser um flâneur, um dân-di, um homem da moda. Cerquei-me de naturezas menores e de inteligências medíocres.
Esqueci que cada pequena ação cotidiana pode fazer ou desfazer um caráter e que tudo aquilo que fazemos no segredo da alcova teremos que confessá-lo um dia, gritando do alto dos telhados. Deixei de ser senhor de mim mesmo. Já não era mais o comandante da minha alma e não sabia. Permiti que o prazer me dominasse e acabei caindo em terrível desgraça. Agora só uma coisa me resta: a mais absoluta humildade. Estou há quase dois anos na prisão”.
Nota: A expressão "De Profundis" é comumente utilizada em referência ao Salmo 130, na qual o salmista em grande sofrimento implora a Deus pela misericórdia que, quando experimentada, leva a uma concepção mais profunda da divindade.
Para lê-lo em PDF: livrosgratis
Para Adquirir o livro físico: https://www.google.com
Obs: Segundo a Convenção de Berna, o prazo mínimo geral é de 50 anos após a morte do autor. No Brasil, as obras são protegidas por 70 anos após a morte dos autores, com exceção das obras fotográficas, audiovisuais e coletivas, que duram por 70 anos contados da publicação. Fonte: http://www6.ensp.fiocruz.br/repositorio/node/368252
segunda-feira, fevereiro 04, 2013
No Grande Sertão: Veredas, Rosa nos apresenta também o seu conhecimento sobre a vida e a dificuldade de viver e conviver. Em várias páginas desta obra, a vida marca as pessoas e esta marca oferece a oportunidade para a reflexão sobre si e sobre os outros. Ele diz: “o senhor sabe: o perigo que é viver…”; “Viver é um descuido prosseguido”