Mostrando postagens com marcador Sociedade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sociedade. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, dezembro 30, 2013

Pitaco Filosófico: A arte de Agradar














A arte de agradar reina em nossos costumes, uma vil e enganosa uniformidade, e todos os espíritos parecem ter sido jogados num mesmo molde; a polidez continuamente exige, o bom tom ordena, continuamente seguimos os costumes, jamais nosso gênio próprio. 

Não mais ousamos parecer o que somos; e nesta perpétua coerção, os homens que compõem esse rebanho a que chamamos sociedade, colocados na mesma circunstância, farão todas as mesmas coisas, se motivos mais potentes não o impedirem. 

 Jamais, portanto, saberemos com quem estamos tratando; será preciso, pois, para conhecer o amigo, aguardar as grandes ocasiões, ou seja, aguardar que não haja mais tempo, pois é justamente para estas ocasiões que seria essencial conhecê-lo. 

Que cortejo de vícios não acompanhará tal incerteza? Não mais haverá amizades sinceras; não mais estima real; não mais confiança fundada. 

Esconder-se-ão as suspeitas, as desconfianças, os temores, a frieza, a reserva, o ódio, a traição sob este véu uniforme e pérfido da polidez, sob essa urbanidade tão valorizada. 

Não mais se realçará o mérito próprio, mas se rebaixará o dos outros. 
Não se ultrajará grosseiramente o inimigo, mas será habilmente caluniado. 

 Haverá excessos proscritos, vícios desonrados, mas outros serão decorados com o nome de virtudes, não vejo aí senão o refinamento de intemperança tanto mais indigno do que meu elogio quanto a sua artificiosa simplicidade. Assim é que nos tornamos gente de bem. 

— Jean Jacques Rousseau - Trecho do "Discurso sobre as Ciências e as Artes". "Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre Homens"

Imagem: Reprodução Google.

sábado, novembro 16, 2013

Cultura: A eloquência do poema árabe





A literatura árabe é rodeada de sabedoria,
imaginação e espiritualidade. Entre os árabes a eloqüência sempre foi valorizada,
era inclusive, uma condição exigida para se poder exercer a chefia da tribo
e, com certeza essas tribos primitivas eram imbatíveis na poesia.

Havia feiras anuais e gravava-se em ouro,
sobre folha de palmeira,as peças vitoriosas que
eram dependuras. Desde a infância,
aprendia-se a refletir e a descrever o camelo, o vento,
as montanhas, o deserto.

Dois componentes determinam a sabedoria:
o dom natural e o tempo, que sazona o homem, e essas características tornam
a literatura árabe privilegiada.

A sabedoria, que não é repartida entre todos os homens
e todos os povos, se expressaem livros como os Prolegômenos,
de Ibn-Alkhaldun, Libertação do Erro, de Al-Ghazzali, A Epístola do Perdão,
de Al-Maarri, O Profeta de Gibran, entre tantos outros.

A sabedoria se manifesta em anedotas, aforismos, provérbios, reflexões.
A literatura árabe é extensa e magnífica, conseguiu sobreviver a terrores,
os poetas que foram exilados ou mortos até hoje são lembrados.
É uma arte eterna de pura magia, que consegue atingir a alma,
e que chegando ao fundo dessa alma consegue escrever um poema dentro de qualquer coração. 

Por Cláudia Brino.

Um outro ponto a destacar é a sonoridade: os peculiares recursos fonéticos
da língua estão a serviço da expressão poética.
É o caso de um longo poema do príncipe dos poetas da época pré-islâmica, Imru Al-Qays, que contém um verso antológico nesse sentido.
O poema – um dos tantos da época, dedicados a celebrar o cavalo árabe –
começa descrevendo a sensação de cavalgar um portentoso corcel, dotado da força do vento.
É madrugada, os pássaros nem ainda
saíram de seus ninhos; é tal a imponência
do nobre animal que, se alguma fera o avista,
fica imediatamente paralisada,
estarrecida ante a fogosidade do puro-sangue. —
Seu tropel é belo e harmônico,
embora indomável como a rocha que a chuva precipita
em desabalada carreira desde o alto.
Ao descrever a impetuosidade
desse movimento, o poeta-cavaleiro
diz que sua montaria "avança, retrocede,
arranca e recua num mesmo ato"
o que, no original árabe, é toda uma onomatopéia:
Mikarrin, mifarrin, muqbilin, mudbirin, ma'an!
———————————————————————————

— Você tem o relógio, eu tenho o tempo!.
“No deserto, cada pequena coisa
proporciona felicidade. Cada roçar é valioso.
Sentimos uma enorme alegria pelo simples fato de nos tocarmos,
de estarmos juntos!
Lá ninguém sonha com chegar a ser, porque cada um já é.”
— Que turbante bonito!
É apenas um tecido fino de algodão:
permite cobrir o rosto no deserto
quando a areia se levanta e, ao mesmo tempo, você pode continuar
vendo e respirando através dele.
— Aqui, vocês têm o relógio; lá, temos o tempo.
No deserto não existe engarrafamento!

Por Moussa Ag Assarid
escritor, jornalista, contador de histórias e ator.

sexta-feira, junho 21, 2013

Sociologia: 'Saber mais é mudar relações de força'

terça-feira, maio 14, 2013

ADVOGADO ABSOLVE BOIADEIRO COM MÚSICA DE ALMIR SATER

Advogado absolve acusado com a  música de Almir Sater e Renato Teixeira, de forma surpreendente, a seguir:

A semana havia sido quebrada por um chamado especial do Juiz do Júri. Sentado em seu gabinete, ouvi com atenção o pedido para aceitar uma nomeação dativa para a defesa de um senhor. Beirando os sessenta anos de idade, ele havia largado sua profissão de boiadeiro. Por suas andanças, após ter filhos paraguaios, um romance com uma índia, e tantas outras histórias, acabou vendo a boiada embarcar em um caminhão. Não havia mais trabalho para o velho boiadeiro.



O destino então lhe trouxe para Curitiba, onde após alguns esforços, conseguiu o emprego de carpinteiro em uma construtora. Poucos dias de trabalho e acabou perdendo a mão em uma serra. Aposentado por invalidez restou-lhe o direito de viver em um pequeno barraco de uma das tantas favelas da Capital Paranaense.

O caso a ser julgado era de certa forma simples. Réu confesso, ele contava que depois de muito esforço, conseguiu mobiliar seu barraco, que tinha até televisão. Mas dentre todos os seus bens, gostava mesmo é de seu radinho de pilhas, que trouxe na bagagem de boiadeiro. Ali gostava de ouvir suas notícias, e aprender alguma coisa sobre o mundo novo que tão pouco conhecia.

Cerca de um mês antes dos fatos, viu com tristeza seu barraco ser invadido. De lá, retiraram a metade de seus poucos bens. Na favela, todos apontavam o autor, mas ninguém podia fazer nada contra ele. O autor do furto era elemento de uma gangue, cuja notoriedade foi alcançada pelas suas arruaças, roubos e violência.

Certa feita encheu o peito da coragem de boiadeiro, e foi até o meliante para pedir suas coisas de volta. Além de uns sopapos, não conseguiu mais nada. Agora voltava pra casa sem sua dignidade, e sem seu radinho de pilhas.

Tomado por sua justa revolta, ainda com a coragem de boiadeiro, resolveu ir à polícia e denunciar o furto e a gangue. Na delegacia viu uma jovem menina preencher alguns papéis, pedir-lhe para pregar os dedos sujos de tinta em alguns documentos, nada além disso.

Voltou pra casa estranhando aquilo. O Boiadeiro achava que ao dar a notícia, veria alguns policiais entrarem em uma viatura e irem até a favela para prenderem os bandidos. Pelo que percebeu as coisas não funcionavam por aqui exatamente como deveriam. Descendo do ônibus, rumou a passos pequenos e tristes para o seu barraco. Parece que mais um pouco de sua dignidade havia sido perdida na delegacia.

Quando entrou em seu barraco pela porta arrombada, deparou-se com a mais inusitada das cenas. Todo o resto de seus bens, das roupas ao colchão, havia sido roubado. Explodindo em revolta, foi até os vizinhos. Estes lhe informaram que foi exatamente o mesmo elemento que havia cometido o primeiro furto. A sua revolta tomou proporções insuportáveis. Durante uma semana toda viu o ladrão passar pela frente de sua casa com o sorriso irônico que confessava o furto. Aguardava o dia em que a polícia entrasse na favela e fizesse a justiça, mas ela não veio.

Em uma destas oportunidades, o ladrão cometeu um erro fatal. Passou pela frente do barraco ouvindo o amado radinho de pilhas. Quando o Boiadeiro foi até ele para tentar reaver seu bem foi agredido. Mas esta era a última vez. Tomado de um sentimento de vergonha e tristeza, cegado pela ira, o Boiadeiro frequentou os mesmos bares do meliante. Num destes bares, conseguiu comprar um revólver. O destino dos dois estava selado.

No dia dos fatos, quando a gangue do meliante passava pela frente da casa do Boiadeiro, carregando o mesmo ar sarcástico, ele não titubeou. De arma em punho saiu e descarregou a arma sobre o peito do ladrão.

A polícia se fez presente imediatamente, e procedeu a prisão em flagrante do Boiadeiro, que por questões de honra, confessou prontamente o homicídio. Levado à delegacia sem advogado e nem família, longe de sua índia, ele passou alguns meses preso, até que o juiz do Tribunal do Júri resolveu de ofício conceder-lhe a liberdade provisória.

Após aceitar e me preparar adequadamente para o processo, eu ainda não tinha uma tese sólida o suficiente para convencer os sete jurados. A Legítima Defesa baldaria diante do excesso. De nada valeria sustentar a excludente para ao final, chegar à mesma condenação. Um dia antes do júri, o promotor Celso Ribas (in memorian) , disse que não pediria a absolvição, porém, achava que os debates seriam riquíssimos se circundassem a Inexigibilidade de Conduta Diversa. Achei o tema interessante, mesmo que partindo do oponente, resolvi me preparar para sustentar aquela tese. Fui ao plenário sustentando Legítima Defesa, Homicídio Privilegiado e Inexigibilidade de Conduta Diversa.

A acusação feita sempre de forma magistral pelo saudoso Celso Ribas, pediu tão somente o afastamento das qualificadoras, requerendo aos jurados que condenassem o Boiadeiro nos moldes do Caput do artigo 121 – Homicídio Simples.

Na minha sustentação, passei rapidamente pela Legítima Defesa por questões técnicas. Logo entrei no privilégio e dele fiz as mais ardentes palavras. Eu não tinha dúvida da violenta emoção. No meio da sustentação, percebi que um dos melhores argumentos pelo privilégio, era exatamente o sofrimento moral diante da injusta provocação da vítima. E como argumentos compatíveis, privilégio e inexigibilidade de conduta diversa se avultaram diante dos jurados.

Percebendo a possibilidade de sucesso da tese defensiva, a Acusação decidiu fazer uso da réplica. Antes porém, o colega de plenário Celso Ribas, passou por mim e disparou: Preparou-se bem para a tese que lhe indiquei. Parabéns! Porém, creio que não devo mais trocar ideias com o senhor antes do júri. Ambos sorrimos, terminamos o café e voltamos ao plenário.

Na réplica, Celso Ribas foi exatamente aquilo que sempre se esperou dele. Brilhante. Com os cuidados que lhe eram peculiares, percebeu que precisava levar o julgamento para o lado emocional. A discussão técnica havia se tornado incompreensível para os jurados. E ele o fez com maestria.

Assumi a palavra na tréplica ainda contido, mas ao olhar para o Boiadeiro, depois de acabar a abordagem técnica, percebi que havia algo mais a ser dito naquele plenário. “A Constituição garante que os acusados serão julgados por seus iguais quando submetidos ao Tribunal do Júri. Os senhores jurados se sentem iguais ao acusado? Já trabalharam como boiadeiros?” O coração assumiu o controle das palavras. Então me lembrei dos tempos de músico. Lembrei-me da viola caipira, onde sempre gostei de tocar as modas pantaneiras de Almir Sater. Enquanto falava, sentia o peso do plenário e media o ponteiro do relógio. Havia ainda cerca de 10 minutos para a explicação dos quesitos e o encerramento.

Subitamente, percebi o quanto a música peão se aplicava ao caso. Do tempo restante resolvi fazer a declamação da letra de Almir Sater, cuja transcrição faço a seguir.

Peão
Almir Sater 


Diga você me conhece
Eu já fui boiadeiro
Conheço essas trilhas
Quilômetro, milhas
Que vem e que vão
Pelo alto sertão
Que agora se chama
Não mais de sertão
Mas de terra vendida
Civilização

Ventos que arrombam janelas
E arrancam porteiras
Espora de prata riscando as fronteiras
Selei meu cavalo
Matula no fardo
Andando ligeiro
Um abraço apertado
E um suspiro dobrado
Não tem mais sertão

Os caminhos mudam com o tempo
Só o tempo muda um coração
Segue seu destino boiadeiro
Que a boiada foi no caminhão

A fogueira, a noite
Redes no galpão
O paiero, a moda,
O mate, a prosa
A saga, a sina
O “causo” e onça
Tem mais não

Ô peão….

Tempos e vidas cumpridas
Pó, poeira, estrada
Estórias contidas
Nas encruzilhadas
Em noites perdidas
No meio do mundo
Mundão cabeludo
Onde tudo é floresta
E campina silvestre
Mundão “caba” não

Sabe, “prum” bom viajante
Nada é distante
“Prum” bom companheiro
Não conto dinheiro
Existe uma vida
Uma vida vivida
Sentida e sofrida
De vez por inteiro
E esse é o preço “preu” ser brasileiro.

Ao final do Júri, a sentença que reconhecia a primeira Inexibilidade de Conduta Diversa desde 1995 em Curitiba, além de absolver o acusado, sentenciaram este advogado a viver com a música. Músico e advogado em plenário, pois a Justiça, enquanto escrita com letras maiúsculas, é a mais doce das harmonias que um músico pode buscar.



— Autor: 
Advocacia Samuel Rangel
Facebook: https://www.facebook.com/AdvocaciaSamuelRangel
Padre Camargo, 185, Alto da Gloria, Curitiba
+ 55 (41) 87319969 - +55 (11) 9491-45670 

terça-feira, abril 09, 2013

Cultura Árabe e imagem distorcida sobre

imagem de Bente Jønsson por Pixabay








"Velho mundo, sob o passo do cavalo branco e negro dos dias e das noites. Vejo um cavaleiro que se afasta na bruma da tarde. Irá ele atravessar florestas, ou planícies áridas? Aonde vai? Não sei...” Por Omar Khayyam. 

Com a desinformação sobre novos conflitos, a imagem do árabe é distorcida e associada à de terrorista. 

Desde os anos 70 e principalmente a partir da década de 90, o brasileiro, incentivado por uma mensagem que se constrói lá fora,  enxerga os árabes como terroristas.

“Hoje a confusão se dá mais pelos conflitos recentes". A atual confusão feita é entre árabes e islâmicos. E como no Brasil  há também uma associação equivocada que liga islamismo e terrorismo, os árabes entram nessa equação como homens-bomba violentos.

“A imprensa ajuda nessa confusão, pois não define os termos com clareza. Eu já vi publicado que o Irã é um país árabe. Vi político dizendo que o problema na Palestina e Israel é que os dois povos estão brigando há mais de mil anos, mas na verdade não é isso.”

Para Foued Saâdaoui, da cidade de Kef,  na Tunísia, país árabe, os estereótipos no Brasil não escapam ao que acontece  em outros países. 

“Na cultura, se resume à dança do ventre,  na religião, ao islamismo, na política, a homens-bomba”. 

Ele, que chegou ao Brasil em 2001 e hoje dá  aulas particulares de árabe no Rio de Janeiro, culpa os noticiários, que “se concentram em notícias quer chamem a atenção,  enquanto projetos e culturas que não se refiram ao conhecido são ignorados”, e à indústria  do entretenimento em geral. 

“A novela ‘O Clone’(Rede Globo) ficou nove meses no ar e não acrescentou nada. 

Ficou presa à imagem da poligamia, do camelo, da dança do ventre”.

“Isso acontece, é claro que acontece. 

Fonte: André Gattaz publicou o artigo "O brasileiro não conhece e vai falar o quê? 

Vai falar aquilo que ele lê no jornal”,  afirma Safa Jubran,  adaptado de seu livro “Do Líbano ao Brasil,  história oral dos imigrantes”.

Site:http://www.icarabe.org/noticias/com-desinformacao-sobre-novos-conflitos-imagem-do-arabe-

PAULO DANIEL ELIAS FARAH

Professor na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP 

Tradutor de obras do árabe, persa, francês, inglês e alemão. 

Autor, entre outros, de O Islã e Glossário de termos islâmicos. 

"A Terra é minha pátria e a humanidade, minha família." (Gibran)

Fonte: Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro.  

sexta-feira, março 29, 2013

12 Semanas Para Mudar Uma Vida




LER É PRECISO
"Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro." Henry Thoreau.


Houve época em que tinha certas restrições, quanto a livros de autoajuda, que eles na verdade, beneficiavam mais (monetariamente) aqueles que os escreviam. Depois de certo tempo, reformulei o meu conceito a respeito, na verdade que tive a oportunidade de estar em um projeto social e voluntário, ministrava um curso de Motivação Pessoal, porque eles (também) mudaram a mim, ao repassar o conteúdo para os alunos, evoluí junto deles.

12 Semanas Para Mudar Uma Vida de Augusto Cury é um livro muito interessante, eu já o conhecia e inclusive no curso, outro livro de sua autoria 'Nunca desista dos seus sonhos" - e esse veio a calhar também, ele tem uma proposta interessante, na verdade, trata-se de um programa de qualidade de vida [PAIQ]

O livro traz ferramentas psicológicas que contribuem para educar a emoção, vencer o estresse e prevenir a ansiedade e outros transtornos psíquicos. Seu objetivo é enriquecer as relações e levar o ser humano a ter sabedoria, a contemplar o belo, a se apaixonar pela vida e pela espécie humana. É uma verdadeira prática existencial para ser exercitada por todos aqueles que querem conhecer o seu próprio ser e dar um salto na qualidade de vida. 

 A seguir, um trecho do livro:
Crédito Foto: Pixabay


 















SEJA AUTOR DE SUA PRÓPRIA HISTÓRIA.

Justificativas para um programa de qualidade de vida

Por sermos uma espécie pensante, temos tendência de cuidar seriamente daquilo que tem mais valor. Cuidamos do motor do carro para não fundir, da casa para não deteriorar, do trabalho para não sermos superados, do dinheiro para não faltar.

Alguns se preocupam com suas roupas; outros, com suas joias e, ainda outros, com sua imagem social.

Mas, qual é o nosso maior tesouro? O que deveria ocupar o centro de nossas atenções? O carro, a casa, o trabalho, o dinheiro, as roupas, as viagens?

Não! A vida. Sem ela, não temos nada e não somos nada. E sem qualidade de vida, ainda que estejamos vivos, não temos sentido encanto, saúde e prazer de viver.

Sem qualidade de vida, os ricos se tornam miseráveis; os fortes se tomam frágeis; os famosos vivem uma farsa. Mas será que cuidamos com seriedade da nossa qualidade de vida como cuidamos das outras coisas? Raramente.

Há graves contrastes nas sociedades modernas que estão diante dos nossos olhos e não enxergamos. Protegemos nossas casas com grades nas janelas e com fechaduras nas portas, mas não sabemos como proteger nossa emoção contra as preocupações e dificuldades da vida.

Milhões de pessoas acordam cansadas, não aquietam sua mente, se tornaram máquinas de trabalhar. São vítimas do sistema social, não param de pensar, não viajam para dentro de si mesmas.

Todo esse corpo de argumentos revela a necessidade vital e urgente de um programa de qualidade de vida que tenha profundidade e praticidade, capaz de ser aplicado amplamente nas mais diversas áreas da sociedade.

Procure a sabedoria, pois a vida é muito breve.

Vivemos a vida como se ela fosse interminável.

Mas ela é tão breve. Entre a meninice e a velhice há um pequeno intervalo de tempo. Olhe para sua história! Os anos que você já viveu não passaram muito rápido?

A vida é tão breve como os raios de sol que surgem sorrateiramente na mais bela manhã e se despedem sutilmente ao anoitecer sem deixar vestígios...

Para as pessoas superficiais, a rapidez da vida as estimula a viverem destrutivamente, sem pensar nas conseqüências dos seus comportamentos. Para os sábios, a brevidade da vida os convida a valorizá- la como um tesouro de inestimável valor. Que valor tem a sua vida para você mesmo?

Ser sábio não quer dizer ser perfeito, não falhar, não chorar e nem ter momentos de fragilidade. Ser sábio é aprender a usar cada dor como uma oportunidade para aprender lições, cada erro como uma ocasião para corrigir rotas, cada fracasso como uma chance para ter mais coragem. Nas vitórias, os sábios são amantes da alegria; nas derrotas, são amigos da reflexão.

Que você aprenda a ser um grande sábio! Um sábio que cuida carinhosamente da sua vida como um garimpeiro que descobriu a mais bela pedra preciosa depois de passar a vida toda removendo rochas e cascalhos.

Mudar a nossa personalidade significa reeditar o filme do inconsciente, ter habilidade para gerenciar os pensamentos, administrar a emoção e atuar no mais fantástico e complexo mercado, o mercado da memória. Reitero, é necessário aprendizado e treinamento.

Podemos fugir do mundo, mas não de nós mesmos. Para escrever nossa história precisamos conhecer nosso próprio ser.

Muitos levam para seus túmulos seus problemas e conflitos porque não sabem entrar dentro de si mesmos com serenidade e reescrever a sua história.


foto: pixabay
Para saber mais só lendo o livro até o fim...
bom feriado
Paz e Bem !!!.

quarta-feira, março 27, 2013

COMUNICAÇÃO: O CORPO FALA



 
"É verdade que se mente com a boca, mas a careta que se faz ao mesmo tempo diz, apesar de tudo, a verdade."  Nietzsche.
  Imagem: Pixabay
 Confundido, Mãos, Até, Dúvidas, Perplexo
O Corpo fala – a linguagem dos gestos - Eu vejo a LUZ!  
 Prof. Rosana Spinelli dos Santo.

O corpo grita, agita, chora, ri, sente e se emociona. É uma maneira misteriosa e não verbal de comunicação.Não é só por meio de palavras que a gente pode se comunicar. Muitas vezes nosso corpo dá sinais que dizem muito mais que nossa boca. O corpo mostra o que está latente no ser humano, expressa as nossas ansiedades, desejos e conquistas de forma natural mesmo que nossas palavras digam o contrário. Os gestos podem significar mais que você imagina!


O seu corpo é um espelho revelador do seu inconsciente, é a projeção da sua mente.Ele mostra através de gestos inconscientes, algo que estamos sentindo, ou mesmo tentando esconder ou disfarçar, e não queremos falar.


São muitos os sinais que o corpo pode dar (sorriso, postura do tórax, abdômen, cabeça, gestos das mãos, dos braços, dos pés, das pernas...) olhar, entonação da voz, dos ruídos e até mesmo da roupa que se está usando, revelando todo momento os seus sentimentos ou mesmo seus pensamentos.

Para que possamos entender o significado do gesto, precisamos fazer uma leitura corporal analisando o contexto da situação, que somente terá sentido quando os gestos apontarem uma congruência da comunicação corporal. Um gesto isolado não significa nada.


A linguagem corporal quando bem interpretada ajuda-nos a entender melhor o nosso semelhante, e nos permite agir de forma mais inteligente, para um melhor relacionamento familiar, profissional, social. Como também fornecem pistas que revelam quem você é, como pensa e vê o mundo, porque pensamento, palavra e ação transformam o destino.  


Linguagem Corporal:

•De acordo com as pesquisas, essa é a porcentagem do impacto de uma mensagem sobre o ouvinte:
07% - Verbal (o que a pessoa diz ou escreve)
38% - Vocal (tom de voz, inflexões e outros sons)
55% - Não Verbal (gestos e movimentos)


Dicas importantes:
•Evite posturas subservientes: ombros caídos, olhar para baixo, costas curvadas, expressão de desamparo.
•Evite posturas de superioridade: nariz empinado, olhos ameaçadores, queixo erguido, ar de superioridade.
•Olhe para as pessoas e não por cima de suas cabeças. Os olhos são responsáveis pelo diálogo silencioso.
•Quando se sentir tenso, procure relaxar até ficar mais seguro, a rigidez muscular interfere na harmonia dos gestos.
•Se o assunto ou a situação permitir, exiba o seu melhor sorriso, aquele que reflita seu lado mais bonito.
•Evite gestos exagerados, deixe suas mãos acompanharem a sua fala. Se não souber o que fazer com elas, deixe-as sobre seu colo de forma descontraída.

Não basta que o corpo se expresse, é preciso que ele se comunique!

O corpo é um instrumento que, se bem afinado, promove maior harmonia e maior credibilidade em sua pessoa.

Fontes:

Bibliografia:
•O corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não verbal -Pierre Weil e Roland Tompakow Editora Vozes.
•Quem mexeu no meu queijo – Spencer Johnson, M.D.
•Você é insubstituível – Augusto Jorge Cury – Editora Sextante.

Esse apontamento faz parte do curso voluntário sobre desenvolvimento interpessoal - módulo Comunicação Verbal/ Não Verbal administrado.