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— Ah, que saudade de pescar... Foi com esse suspiro que o músico Almir Sater recebeu a equipe da Revista Pesca Brasil após a passagem de som do show realizado no final de agosto, em São Caetano do Sul – SP.
Nos bastidores, o violeiro também constrói em versos sua relação com a natureza: “Fui criado em Campo Grande – MS, cidade na qual as fazendas estão bem pertinho. A gente saía caminhando e já chegava naquela ‘chacrinha’. Eu sempre gostei muito de mato. A maioria dos pescadores, quando vai pescar, também está indo para o meio do mato, à procura de um pouco de paz, de contato com a natureza. Todo bom pescador que conheço gosta muito de preservar a natureza”, papeia. Mais importante do que fisgar o peixe é estar pescando, confessa Almir.
E se não pegar peixe? – “Sei lá eu... como um sanduíche, compro o peixe. Gosto é de estar num barco, sabendo que nesse dia ninguém vai me achar no meio do rio, e que não tem mais nada para fazer a não ser ficar dando comida aos peixes”. Durante muitos anos, Almir Sater criou a família na fazenda Campo Novo, em Aquidauana – MS, às portas do rio. Todo dia buscava peixe para o almoço e janta. Lá, nunca deixou de trazer peixe: — Nem que fossem piranhas, que é um peixe muito bom de comer.
Como gosta de pescar? “Eu gosto de pescar com linha de mão e uso uma câmara de bicicleta cortadinha como dedeira. Eu não gosto de ficar muito tempo segurando molinete, porque aquele rio nosso tem muito peixe. E molinete dá muito trabalho. E gosto de pescar com vara de bambu: aquela pescaria em que a gente solta o barco e vai descendo à beira do rio, fazendo de conta que é a frutinha que vai caindo. O peixe acha que é a frutinha, e a gente engana o peixe”, explica.
Durante muitos anos, seu instrumental de viola “Luzeiro” foi o tema musical de abertura do Globo Rural. Almir participou da novela Pantanal, hoje reprisada, Ana Raio e Zé Trovão, Rei do Gado — encenando o personagem Pirilampo, da dupla fictícia “Pirilampo e Saracura” — e Bicho do Mato. O último CD é o Sete Sinais — uma produção independente gravada em 2006. “Tudo é sertão, tudo é paixão, se o violeiro toca. A viola, o violeiro e o amor se tocam...” Pantaneiro.
Neste novembro, dia 14, Almir Sater completa 52 anos. Desde jovem toca violão, mas se apaixonou pela viola quando estudava Direito no Rio de Janeiro. Nascido na região Centro-oeste do Brasil, a influência musical vem de fora: folk americano, música paraguaia e andina. De dentro do país, Almir Sater autografa a Revista Pesca Brasil após entrevista. Os bonés — também autografados — serão sorteados aos leitores que fizerem assinatura Pesca Brasil.fim.
Serviço:
Quando: 12 de Setembro de 2015.
Onde: Festival do Peixe de Lagoa da Prata! Minas Gerais.
+ info: (37) 3261-1004 whatSapp: (31) 9561-1212
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