quinta-feira, janeiro 23, 2014
Há um conceito no mercado pouco explorado ainda, mas muito usado no exterior, chamado de “culturalização de negócios” (valor agregado a partir de elementos intangíveis e culturais), uma estratégia de Marketing da economia criativa, através da “incorporação de elementos culturais e criativos ao negócio”.
"Culturalizar segundo dicionário 'Forjar
novos processos culturais'. É pouco explorado ainda, mas bem difundido
entre países europeus e visionários empreendedores. É criar um
sincronismo e somas".
Crédito: Rawpixel
Hoje produtos, bens tangíveis e serviços se assemelham entre si, então, como os diferenciar? Através dos bens intangíveis, associar a marca aos eventos culturais.
Acredito, que quanto mais autêntica seja a estratégia usada, mais chances de atingir os resultados no processo final. Dar oportunidade para os novos valores também. Apesar da mídia nos bombardear com suas escolhas, mas falta emoção, originalidade. Esse novo tipo de estratégia tem um apelo mais humanista, eu diria até, sem dúvida, uma forma de inovar nos produtos e serviços, envolve a população como parte do processo, com intuito de sensibilizar suas escolhas.
Ao investir nesse diferencial, além de alavancar a economia, as indústrias do turismo, artesanato serão bastante beneficiadas, pois, contribuirão para ampliar o mercado, e une diferentes segmentos.
Segundo o Blog AFINAL O QUE É ECONOMIA CRIATIVA? são 13 os setores da economia criativa em diferentes àreas: arquitetura, publicidade, design, artes e antiguidades, artesanato, moda, cinema e vídeo, televisão, editoração e publicações, artes cênicas, rádio, softwares de lazer e a música.
A música, por exemplo, é um chamariz independente de raça, credo, cor, dogma, política partidária, ela une pessoas. Das 7 artes é considerada a mais humana, porque ela penetra no coração, comove até as almas mais blindadas.
Segundo Daniel Pasqualucci “É importante dizer que, por focar em criatividade, imaginação e inovação como sua principal característica, a economia criativa não se restringe apenas a produtos, serviços ou tecnologias. Ela engloba também processos, modelos de negócios, modelos de gestão, entre outros”.
Crédito: Pixabay/free.
Uma empresa agrega mais à sua marca e valor, quando ousa “apostar no futuro”, sem deixar a tradição do lado, mas unir às duas vertentes numa só. Para ter esse “feeling” é preciso que o inovador, esteja atento a dinâmica do mercado.
Sensibilidade para ver, questionar e ouvir por meio de feedbacks (reforço “positivo quanto negativo”) entender das expectativas e das necessidades que precisam ser avaliadas e atingidas.
Assim como Peter Drucker definiu “encontrar essas oportunidades e transformá-las em soluções exige uma grande disciplina”, — eu acrescentaria, energia, determinação e sobretudo, acreditar por inteiro no que se propõe, muitas vezes, os resultados são a longo prazo. Para alguns especialistas, a curto prazo, no mínimo de um ano.
Ou seja, o marketing e suas estratégias são ferramentas usadas para novas oportunidades e não para fazer milagres. Requer além da criatividade, ousadia, dedicação, comprometimento e persistência, sobretudo, conhecer o produto da qual está disposto a trabalhar, além da remuneração.
Finalizando com o guru da administração moderna, Peter Drucker:
“Para ser eficaz, uma inovação deve ser simples e centralizada. O maior elogio que uma inovação pode receber seria alguém dizer: 'Isto é óbvio!' Por que motivo não pensei nisso antes?”
Além de fidelizar a marca, agregar valor e manter-se em evidência, não esquecer dos pós-vendas, muito importante, o feedback tem que ser via de mão dupla, não única, o consumidor, cliente merece atenção e retorno sempre até para medir os parâmetros da audiência, um diferencial nas redes sociais!
terça-feira, janeiro 07, 2014
imagem: Pixabay - gratuita |
99. O sol é para todos, de Harper Lee
98. The Home and the World, de Rabindranath Tagore
97. O guia do mochileiro das galáxias, de Douglas Adams
96. As mil e uma noites, de autor desconhecido
95. Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Johann Wolfgang von Goethe
94. Midnight’s Children, de Salman Rushdie
93. O Espião que Sabia Demais, de John Lê Carré
92. Cold Comfort Farm, de Stella Gibbons
91. O Conto de Genji, de Lady Murasaki
90. Under the Net, de Iris Murdoch
89. O Carnê Dourado, de Doris Lessing
88. Eugene Onegin, de Alexander Pushkin
87. On the Road, de Jack Kerouac
86. O Pai Goriot, de Honoré de Balzac
85. O vermelho e o negro, de Stendhal
84. Os três mosqueteiros, de Alexandre Dumas
83. Germinal, de Emile Zola
82. O Estrangeiro, de Albert Camus
81. O nome da rosa, de Umberto Eco
80. Oscar e Lucinda – Uma história de amor, de Peter Carey
79. Vasto Mar de Sargaços, de Jean Rhys
78. Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll
77. Ardil 22, de Joseph Heller
76. O Processo, de Franz Kafka
75. Cider with Rosie, de Laurie Lee
74. Waiting for the Mahatma, de RK Narayan
73. Nada de Novo no Front, de Erich Remarque
72. Dinner at the Homesick Restaurant, de Anne Tyler
71. O Sonho da Câmara Vermelha, de Cao Xueqin
70. O Leopardo, de Giuseppe Tomasi di Lampedusa
69. Se um viajante numa noite de inverno, de Italo Calvino
68. Crash, de JG Ballard
67. Uma curva no rio, de VS Naipaul
66. Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski
65. Dr. Jivago, de Boris Pasternak
64. A trilogia do Cairo, de Naguib Mahfouz
63. O médico e o monstro, de Robert Louis Stevenson
62. As viagens de Gulliver, de Jonathan Swift
61. Meu Nome é Vermelho, de Orhan Pamuk
60. Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez
59. Campos de Londres, de Martin Amis
58. Os detectives selvagens, de Roberto Bolaño
57. O Jogo das Contas de Vidro, de Herman Hesse
56. O tambor, de Günter Grass
55. Austerlitz, de WG Sebald
54. Lolita, de Vladimir Nabokov
53. A decadência de uma espécie, de Margaret Atwood
52. O apanhador no campo de centeio, de JD Salinger
51. Underworld, de Don DeLillo
50. Amada, de Toni Morrison
49. As vinhas da ira, de John Steinbeck
48. Go Tell It On the Mountain, de James Baldwin
47. A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera
46. O Apogeu de Miss Jean Brodie, de Muriel Spark
45. Le Voyeur, de Alain Robbe-Grillet
44. A náusea, de Jean-Paul Sartre
43. A tetralogia Coelho, de John Updike
42. As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain
41. O cão dos Baskervilles, de Arthur Conan Doyle
40. A essência da paixão, de Edith Wharton
39. Quando tudo se desmorona, de Chinua Achebe
38. O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald
37. The Warden, de Anthony Trollope
36. Os Miseráveis, de Victor Hugo
35. Lucky Jim, de Kingsley Amis
34. O sono eterno, de Raymond Chandler
33. Clarissa , de Samuel Richardson
32. A Dance to the Music of Time, de Anthony Powell
31. Suite francesa, de Irène Némirovsky
30. Reparação, de Ian McEwan
29. A vida: modo de usar, de Georges Perec
28. Tom Jones, de Henry Fielding
27. Frankenstein, de Mary Shelley
26. Cranford, de Elizabeth Gaskell
25. The Moonstone, de Wilkie Collins
24. Ulysses, de James Joyce
23. Madame Bovary, de Gustave Flaubert
22. Passagem para a Índia, de EM Forster
21. 1984, de George Orwell
20. A Vida e as Opiniões do Cavalheiro Tristram Shandy, de Laurence Sterne
19. A Guerra dos Mundos, de HG Wells
18. Scoop, de Evelyn Waugh
17. Tess of the D’Urbervilles, de Thomas Hardy
16. Brighton Rock, de Graham Greene
15. The Code of the Woosters, de PG Wodehouse
14. O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë
13. David Copperfield, de Charles Dickens
12. Robinson Crusoe, de Daniel Defoe
11. Orgulho e preconceito, de Jane Austen
10. Don Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes
9. Mrs Dalloway, de Virginia Woolf
8. Desonra, de JM Coetzee
7. Jane Eyre, de Charlotte Brontë
6. Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust
5. O coração das trevas, de Joseph Conrad
4. Retrato de uma Senhora, de Henry James
3. Anna Karenina, de Leo Tolstoy
2. Moby Dick, de Herman Melville
1. Middlemarch: Um Estudo da Vida Provinciana, de George Eliot
segunda-feira, dezembro 30, 2013
A arte de agradar reina em nossos costumes, uma vil e enganosa uniformidade, e todos os espíritos parecem ter sido jogados num mesmo molde; a polidez continuamente exige, o bom tom ordena, continuamente seguimos os costumes, jamais nosso gênio próprio.
Não mais ousamos parecer o que somos; e nesta perpétua coerção, os homens que compõem esse rebanho a que chamamos sociedade, colocados na mesma circunstância, farão todas as mesmas coisas, se motivos mais potentes não o impedirem.
Jamais, portanto, saberemos com quem estamos tratando; será preciso, pois, para conhecer o amigo, aguardar as grandes ocasiões, ou seja, aguardar que não haja mais tempo, pois é justamente para estas ocasiões que seria essencial conhecê-lo.
Que cortejo de vícios não acompanhará tal incerteza? Não mais haverá amizades sinceras; não mais estima real; não mais confiança fundada.
Esconder-se-ão as suspeitas, as desconfianças, os temores, a frieza, a reserva, o ódio, a traição sob este véu uniforme e pérfido da polidez, sob essa urbanidade tão valorizada.
Não se ultrajará grosseiramente o inimigo, mas será habilmente caluniado.
Haverá excessos proscritos, vícios desonrados, mas outros serão decorados com o nome de virtudes, não vejo aí senão o refinamento de intemperança tanto mais indigno do que meu elogio quanto a sua artificiosa simplicidade. Assim é que nos tornamos gente de bem.
— Jean Jacques Rousseau - Trecho do "Discurso sobre as Ciências e as Artes". "Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre Homens"
Imagem: Reprodução Google.
quinta-feira, dezembro 26, 2013
Para você ganhar belíssimo
Ano Novo cor do arco-íris,
ou da cor da
sua paz,
Ano Novo sem comparação
com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido).
Para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo,
remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas
do vir-a-ser;
novo até no coração das
coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior) novo,
espontâneo, que de tão perfeito
nem se nota,
mas com ele se come,
se passeia,
se ama, se compreende,
se trabalha,
você não precisa beber
champanha
ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber
mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa fazer lista
de boas intenções para
arquivá-las
na gaveta.
Não precisa chorar
arrependido
pelas besteiras
consumidas
nem parvamente
acreditar
que por decreto de
esperança
a partir de janeiro as coisas
mudem
e seja tudo claridade,
recompensa,
justiça entre
os homens e as nações,
liberdade com cheiro e
gosto de pão
matinal,
direitos respeitados,
começando
pelo direito augusto
de viver.
Para ganhar um
Ano Novo
que mereça este
nome,
você, meu caro, tem de
merecê-lo,
tem de fazê-lo novo,
eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente,
consciente.
É dentro de você que o
Ano Novo
cochila e espera
desde sempre.
por Carlos Drummond
de Andrade.
sexta-feira, dezembro 06, 2013
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
José Régio, pseudônimo literário de José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde em 1901. Licenciado em Letras em Coimbra, ensinou durante mais de 30 anos no Liceu de Portalegre. Foi um dos fundadores da revista "Presença", e o seu principal animador. Romancista, dramaturgo, ensaísta e crítico, foi, no entanto, como poeta. que primeiramente se impôs e a mais larga audiência depois atingiu. Com o livro de estreia — "Poemas de Deus e do Diabo" (1925) — apresentou quase todo o elenco dos temas que viria a desenvolver nas obras posteriores: os conflitos entre Deus e o Homem, o espírito e a carne, o indivíduo e a sociedade, a consciência da frustração de todo o amor humano, o orgulhoso recurso à solidão, a problemática da sinceridade e do logro perante os outros e perante a si mesmos.
sexta-feira, novembro 29, 2013
Hoje, 29 de novembro de 2013, 12 anos sem George
Harrison, e para eu que nunca fui fã dos Beatles, mas admiro
incondicionalmente George .
Eu faço questão de homenagear, a
inesquecível carreira como também ouso afirmar que, a música mais linda da
banda, foi escrita por ele, Something.
Não quero deixá-la agora
Você sabe que acredito e muito
Você me pergunta se meu amor vai crescer
Não sei, não sei
Fique por perto e você verá
Não sei, não sei...
Hoje, 29 de novembro de 2013, 12 anos sem George
Harrison, e para eu que nunca fui fã dos Beatles, mas admiro
incondicionalmente George .
Eu faço questão de homenagear, a
inesquecível carreira como também ouso afirmar que, a música mais linda da
banda, foi escrita por ele, Something.
Não quero deixá-la agora
Você sabe que acredito e muito
Você me pergunta se meu amor vai crescer
Não sei, não sei
Fique por perto e você verá
Não sei, não sei...
10 motivos para George Harrison ser o seu beatle favorito
George Harrison, certamente, não tinha a mesma grife da famosa dupla Lennon e McCartney, mas apresentava uma habilidade acima da média com os instrumentos de corda. Talentoso e muito dedicado à guitarra, Harrison é responsável pelos solos mais famosos das músicas dos Beatles. É dele o marcante riff de “Day Tripper” e o solo inicial da emblemática “Don’t Let Me Down”, que marcou a última apresentação do quarteto, em janeiro de 1969. George conseguia encaixar o solo certo na melodia certa. Sem eles, muitas das brilhantes composições de Lennon e McCartney ficariam irreconhecíveis.
Escrever canções melancólicas é algo bastante comum na música. Aliás, muitas são as composições brilhantes dos Beatles quando o tema é amor. No entanto, escrever “a mais bela canção de amor dos últimos 50 anos”, segundo Frank Sinatra, é tarefa para George Harrison. “Something” foi a primeira música de George a compor o lado A de um compacto dos Beatles. A canção é a segunda mais regravada na história do quarteto, perdendo apenas para “Yesterday”, de McCartney. Segundo o próprio George, a inspiração veio de uma música de Ray Charles, mas muitos acreditam que ela foi escrita para sua ex-mulher Pattie Boyd.
George Harrison lançou o primeiro vinil triplo da história da música. “All The Things Must Pass” (1970) reúne o material desprezado pelos Beatles nos últimos anos de banda. O disco é marca registrada de George e chegou às paradas de sucesso com canções como “My Sweet Lord”, “Isn’t It a Pity”, “Beware of Darkness” e “Let It Down”. O álbum é apontado por muitos como o melhor disco da carreira solo de um ex-beatle.
Em 1971, George Harrison organizou o Concerto para Bangladesh. O show humanitário, no Madison Square Garden de Nova York, contou com as presenças de Ringo Starr, Eric Clapton, Leon Russell e Bob Dylan, entre outros artistas. O concerto foi feito com a finalidade de levantar fundos para refugiados de Bangladesh. A apresentação acabou sendo um sucesso e arrecadou mais de US$ 250 mil. Depois do projeto de Harrison, outros grandes eventos em prol das causas humanitárias acabaram surgindo. É o caso do “Live Aid” (1985) e do “We Are The World” (1985).
George Harrison foi o primeiro beatle a visitar o Brasil. Ele não veio ao país, no entanto, para se apresentar, mas assistir ao Grande Prêmio de Fórmula 1. O músico era fã incondicional de corridas. George era amigo próximo do campeão mundial Emerson Fittipaldi.
Além da habilidade de George Harrison com o violão e a guitarra, o músico também aprendeu a tocar instrumentos poucos usuais na música ocidental, como a cítara e a tabla. A primeira canção dos Beatles em que George mostra sua técnica é em “Norwegian Wood”, do álbum “Rubber Soul” (1965). Posteriormente ainda viriam “Love You To” e “Within You Without You”. George ganhou sua primeira cítara quando os Beatles fizeram uma turnê pelos Estados Unidos. O mentor do britânico com o instrumento foi Ravi Shankar, que posteriormente lançaria um disco produzido por George.
Mesmo após a separação dos Beatles, George Harrison nunca deixou de dar aquela força aos ex-companheiros de banda. Ele participou da gravação do álbum “Imagine” (1971), de John Lennon, tocando guitarra nas músicas “Oh My Love” e a ácida “How Do You Sleep”, que faz duras críticas a Paul McCartney. Harrison ainda participou ativamente da carreira de Ringo Starr. Seu disco “Ringo” (1973), traz boas contribuições de George nas músicas “It Don’t Come Easy” e “Photograph”, as canções mais populares do baterista, depois do fim do quarteto. George ainda convidou Paul para tocar em “All Those Years Ago”, canção escrita por ele para homenagear John Lennon no CD “Somewhere in England”. Apesar de anos ofuscados por Lennon e McCartney, George nunca guardou ressentimentos, pelo menos quando o assunto era música.
Embora fizesse parte da maior banda de todos os tempos, George, quase sempre, desprezou o sucesso. “Ele não se importava muito com o material”, disse Martin Scorsese, diretor do recente documentário “Living in The Material World”, que aborda a vida do beatle. O que mais chamou a atenção do cineasta, entretanto, foi uma afetuosa carta escrita por George para a mãe dele quando tinha um pouco mais de 20 anos. “George expressava a ideia de que sabia que a vida não se limitava à riqueza e à fama”, revelou Scorsese.
Uma curiosidade pouco conhecida do público é a história por trás do filme “A vida de Brian” (1979), dos Monty Python. De tão fã do longa, George Harrison chegou a hipotecar sua casa só para garantir a produção. De quebra, o beatle ainda fez uma participação especial.
Ok, listas são sempre polêmicas, ainda mais quando o assunto é música. Em 2003, todavia, a Revista Rolling Stone listou os 100 melhores guitarristas de todos os tempos. George Harrison ficou em 21°.