Como no quintal de Casa - Fim de baile, fim de show. Feliz de quem curtiu. Um "bis" pra quem bailou o velho rock n´roll \m/. Almir Sater cumprimenta público acalorado no final do show. Momento especial sob o registro amador de Rosely Sousa, mas com sensibilidade e emoção, realizado no Sesc Pompeia. Casa cheia, público acalorado, encontro de dois artistas sagrados da Música Brasileira. O Palco do Sesc Pompeia, ficou pequeno diante da emoção, comoção e afinidades musicais dos Músicos. Em breve, fotos da lente sofisticada de Rita Araújo também. Aguardem..
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Almir Sater encerra agenda de shows anuais, sob forte emoção da plateia no SESC.
Como no quintal de Casa - Fim de baile, fim de show. Feliz de quem curtiu. Um "bis" pra quem bailou o velho rock n´roll \m/. Almir Sater cumprimenta público acalorado no final do show. Momento especial sob o registro amador de Rosely Sousa, mas com sensibilidade e emoção, realizado no Sesc Pompeia. Casa cheia, público acalorado, encontro de dois artistas sagrados da Música Brasileira. O Palco do Sesc Pompeia, ficou pequeno diante da emoção, comoção e afinidades musicais dos Músicos. Em breve, fotos da lente sofisticada de Rita Araújo também. Aguardem..
domingo, 7 de dezembro de 2014
Entrevista Almir Sater: "Eu me acho mais roqueiro do que sertanejo"

1] “Eu sei fazer o lê lê lê, se eu te pegar você vai ver” é apenas um dos muitos refrões do chamado “sertanejo universitário”. Como você vê essa micheltelonização da música sertaneja?
Eu tenho sentido em nível mundial, não é nem brasileiro, que depois das décadas de 60, 70 e 80, que foram fantásticas pra tudo que é tipo de arte e de cultura, nós estamos passando por uma entressafra. A entressafra do criador, aquela pessoa que nos emociona, que do nada tira um papel, escreve uma poesia na sua frente e te faz chorar. Então eu sinto falta desse criador. Acho que estamos precisando dessas pessoas. Vejo bons cantores, instrumentistas, boas escolas de música, mas aquela pessoa que independe de estudo, que é uma coisa de talento, eu sinto falta.
2] Se você tivesse que catalogar seus discos para colocar na seção de uma loja em qual categoria você se incluiria?
Essa é a pergunta mais difícil que existe. As pessoas morrem de rir, mas
eu não me considero sertanejo. Eu me acho mais roqueiro do que
sertanejo. Eu gosto muito da música pop mundial, assim como de Tião
Carreiro, Vieira e Vieirinha, Tonico e Tinoco. Eu sou da geração dos
Beatles, Rolling Stones, Pink Floyd, mas também Alceu Valença, Sá e
Guarabira, Renato Andrade. Minha mãe era professora de inglês, então eu
cresci cantando country music e blues. Ouço bastante música folclórica
chilena. Eu acho que eu misturo tudo isso.
3] “Pantanal” foi a primeira novela não global a fazer
sucesso e também a sua estreia na televisão. O que representou para a
sua carreira?
Eu divido a minha vida artística em antes e depois de “Pantanal.” Antes
eu até tocava melhor, mas era mais difícil levar minha música para
longe. Depois da novela, facilitou demais. As pessoas começaram a me
chamar para fazer show em todo o Brasil. É o que todo artista deseja. Eu
tive essa felicidade. Para mim foi o grande divisor de águas.
4] Depois disso você fez outras novelas, gravou comerciais e
tudo mais. Você já se considera um ator, capaz de interpretar e tudo
mais, ou sente que está ali apenas quebrando um galho?
Eu sou é violeiro. Na verdade, violeiro e compositor. Como eu compunha
muito, comecei a pegar o jeito de cantar minhas músicas. Eu não sou um
bom cantor, mas melhorei. A minha participação na novela era para ser
uma ponta, que acabou se esticando demais.
5] A sua ligação com o Pantanal fez com que seu nome ficasse
vinculado à defesa do meio ambiente. Você pensou ou pensa em seguir
carreira política com essa bandeira?
Mais ou menos. Uns anos atrás eu fui convidado lá em Mato Grosso para
disputar cargo majoritário. Eu pedi um tempo para pensar. Na época eu
estava morando no Pantanal e fiquei pensando se isso seria benéfico.
Depois acabei sendo presidente de uma Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público (Ocip) de defesa do Pantanal e não foi uma experiência
muito boa. Achei muito difícil. Eu acho que o artista tem que fazer
arte. As coisas administrativas e burocráticas são pra quem tem talento
para fazer isso.
6] O Ministério da Educação liberou mais de R$ 4 milhões para
Luan Santana e outros quase R$ 6 milhões para Cláudia Leite. Como você
vê isso?
Eu não sei. Se é legal eu não posso falar nada. O Luan Santana tem tanto
direito quanto o João das Couves ali na esquina. Se ele pode captar
esses recursos e as empresas preferem investir o dinheiro dos impostos
nele, fazer o quê?
7] Você não acha que esse dinheiro todo seria melhor aplicado
em artistas que não têm um público tão fidelizado ou então que
realmente possuem boa qualidade musical?
Aí é uma questão de preferência de quem está doando o dinheiro. Eu não
posso julgar. Se é legal, ele tem todo o direito. Não sei se é ético,
mas é legal.
Reproduzido do Site: 7P: Almir Sater | 21 de outubro de 2014
sábado, 6 de dezembro de 2014
Pitaco Cultural: Cris d´Avila solta a voz e encanta na Noite Paulistana!
![]() |
Fotografia: Rita Araujo/SP. |
Visite Site Oficial Cris d´Avila
Assessoria de Imprensa:Paulicéia do Jazz
A cantora Cris d´Avila sempre acompanhada por convidados nos shows anteriores e talentosos músicos, pra lá de alto astral. Desta vez, teve o privilégio desta nova parceria:
Ana karina Sebastião /baixo | Vinicius Nicoletti / Guitarra | Gilson Oliveira / percuteria, em mais uma das séries de shows apresentados na noite paulistana.

Registros especiais na câmera de Fernanda Moraes, sobre o Espetáculo ocorrido na quarta, 03, no Madeleine Bar. Cantora Cris d´Avila acompanhada pelos músicos:Ana karina Sebastião /baixo | Vinicius Nicoletti / Guitarra | Gilson Oliveira / percuteria, em mais uma das séries de shows apresentados na noite paulistana.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
Filosofia: Suba a montanha com Nietzsche
Nietzsche e a dolorosa jornada humana.
É nos infortúnios que moldamos o ser. É nas pedras do caminho que forjamos o caráter e a condição de superação. Suba a montanha com Nietzsche.
Por João Luís de Almeida Machado.

Imagem de aatlas por Pixabay
Friedrich Nietzsche (1844-1900), filósofo alemão, acreditava que ao escalarmos montanhas tínhamos uma clara compreensão do que é a vida. Os percalços da subida representariam justamente as dificuldades, dores, problemas, erros e infortúnios que enfrentamos.
A trajetória de subida, marcada por momentos de satisfação entremeados por estas "pedras" ao longo do caminho, no entanto, compensaria todo o esforço. Metaforicamente falava da existência humana como sendo uma peregrinação, uma caminhada, uma jornada.
As "pedras" ou infortúnios ganham força em suas obras por conta da própria vida acidentada e sofrida do filósofo. Nietzsche perdeu o pai, um pastor presbiteriano, quando ainda tinha 4 anos de idade.
Aos 19 contraiu sífilis, doença que lhe causaria inconvenientes até o fim dos seus dias como, por exemplo, a necessidade de sempre buscar locais onde o clima lhe fosse mais conveniente, fazendo com que se mudasse regularmente de cidade.
Aos 24 anos tornou-se professor universitário, mas sua carreira durou apenas 11 anos, tendo se aposentado desta função precocemente aos 35. Não conseguiu ser entendido pelos colegas e, ao não estabelecer bons vínculos, como autêntico "estranho no ninho", afastou-se do mundo acadêmico.
Seus relacionamentos amorosos não se consolidaram e, por conta disso, Nietzsche viveu só, angustiado também por conta de seus insucessos emocionais. Suas obras-como "Assim Falava Zaratustra", "Crepúsculo dos Ídolos", "Ecce Homo", "Além do Bem e do Mal", "A Gaia Ciência" - hoje consideradas marcos da filosofia contemporânea, não foram reconhecidas durante sua existência.
Não lhe renderam, apesar de publicadas, nem mesmo dinheiro suficiente para que tivesse uma vida confortável, legando-lhe uma vida modesta, sem grandes luxos. Por volta de seus 45 anos, teve um colapso nervoso e pensou ser Jesus, Napoleão, Buda e Alexandre Magno.
Foi então internado em um sanatório, onde permaneceu durante alguns anos. Morreu quando ainda tinha 56 anos. Infortúnios, portanto, não lhe faltaram. Na vida profissional, emocional, financeira, familiar, na saúde... Nietzsche colecionou problemas, dores e dificuldades.

Por conta disso, um de seus principais temas acabou sendo o sofrimento. Não como um lamento, como poderia se esperar.
Nietzsche não era o tipo de sujeito que se atiraria do prédio como ocorreu com investidores e empresários durante a Crise de 1929.
Pelo contrário, pensava que qualquer tipo de problema poderia ajudar as pessoas, ao invés de simplesmente significar a derrocada final, a derrota definitiva. Realista como era, dizia que todas as pessoas, sem exceção, passam por dificuldades de diferentes graus ao longo de sua existência.
Mesmo aquelas que nos parecem tão afeitas ao sucesso, em diferentes momentos de suas vidas passaram, passam ou passarão por infortúnios. Não é possível dividir os homens entre aqueles que são vitoriosos e os que não são.
Todos em algum momento têm seus êxitos e seus amargores. A forma como encaramos estes dissabores é que precisa ser revista segundo ele.Temos que pensar a derrota, a dor ou o problema como parte do aprendizado que a vida nos proporciona.
Nietzsche era tão consciente em suas reflexões quanto ao sofrimento como parte irremediável da existência humana que chegava mesmo a desejar que as pessoas passassem por infortúnios para que, depois, vivessem melhor.
Eu complementaria: "O que não mata só me fortalece" - Ave Nietzsche.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Cinema: A Governanta
![]() |
Reprodução: Inernet |
Ao navegar na Internet, me surpreendi com o comentário do Marcelo Rubens Paiva, feito na época em especial para a Folha, pasmem...? risos, como sou insolente e atrevida... ouso contestá-lo.
Claro, é a opinião dele e merece todo o respeito, entretanto, creio que tudo depende da forma com que interpretamos, ele assim diz: "A Governanta" é um filme bom. Não é muuuuito bom. É razoável. Cansa às vezes. Às vezes é engraçado. Às vezes dá sono.A fotografia é boa. É muuuuito boa. O elenco é excelente. Muito bom mesmo. A historinha é que é mais ou menos. É bacaninha...Um dos temas é a fotografia e sua descoberta. O pai fotografa a governanta, que fotografa o pai...e por aí afora, ele diz..."
Ok, confesso que o filme, às vezes, chega a ser enfadonho, por causa até do marasmo em que a família vive, isolada de tudo e todos. Os personagens, em estado de letargia, fatigados e indiferentes, pela mesmice do que vivem e convivem.
Mas, se olharmos mais profundamente e com mais afinco, veremos que a historinha "não é mais ou menos assim", ela tem a acrescentar em reflexão.
Eu pontuo alguns pontos cruciais, a seguir:
Primeiro - O preconceito religioso, a moça judia que segue os preceitos judaicos se vê obrigada a omitir seu dogma e o verdadeiro nome, para a família cristã, ao exercer a profissão de governanta, já que por um lance de azar, teve sua vida virada pelo avesso.
Segundo - A governanta, com sua irreverência, juventude, dá vida ao lugar e promove mudanças nas pessoas, quebrando a rotina, aquele marasmo em que viviam.
Através de sua alma curiosa, consegue descobrir o que o dono da casa, então, cientista, tenta anos a fio e sem sucesso, fixar a imagem e perpetuar a fotografia. Por causa desta afinidade, desenvolvem entre eles, um romance e inapropriado.
Terceiro - Por meio de sua tenacidade jovial e criatividade, em pousar como modelo, consegue chegar ao tão sonhado aperfeiçoamento da imagem.
Como toda pessoa jovem e sonhadora, acredita que fará parte da sociedade, já que foi a responsável pela descoberta do novo empreendedorismo.
Quarto - Na sua ingenuidade, e num gesto impetuoso resolve fotografar o amante em momento íntimo, causando a fúria e rompimento do relacionamento.
Poderíamos até pensar que se trata de moralismo e família cristã, porém, era comum na época manter relacionamentos com serviçais ou cortesãs na sociedade. Época de frivolidades e falsas aparências. Na verdade, o que causa a indignação do companheiro, é que a jovem se sobressai sobre a descoberta dele.
Por fim, vale a pena, sim, assistir ao filme, e a historinha fica bem mais do que pra menos,
no final, a trama traz à tona os nossos piores medos, inseguranças, incertezas, egoismo, cinismo e machismo. Ganhos e perdas é inevitável, e uma lição de resiliência da governanta:
"Se a vida te der um limão, faça dele uma boa limonada!"