quarta-feira, agosto 26, 2015
Reprodução internet/ filme
Eu assisti ao filme ontem (25) no Youtube, "O Homem que ri", baseado na obra fascinante do escritor francês, Victor Hugo, publicada em 1869. Há várias adaptações antigas, esta é a mais recente.
Ele conta a história de dois órfãos, Gwynplaine, um jovem lorde, que ainda bebê
foi sequestrado e desfigurado por ordem do rei pelos Comprachicos, compradores de crianças, e rasgam sua boca até as orelhas (cuja cicatriz no rosto dá a
impressão de que ele está sempre sorrindo) e depois abandonado.
Dizem que o personagem Coringa do filme Batman foi inspirado nele. No
meio deste cenário devastador, ele encontra Déa, uma menina cega em busca de
abrigo. Em pleno inverno, eles são acolhidos pelo grande Ursus, um alquimista
saltimbanco e passam a segui-lo.
Eles vivem pelas estradas até que os dois jovens decidem ganhar dinheiro por si mesmos e então promovem espetáculos, nas feiras e nos circos, onde o sorriso de Gwynplaine desperta a curiosidade dos trausentes.
Reprodução internet/ filme |
Numa dessas andanças é reconhecido como filho do Lord Clancharlie, nobre
proscrito, e único herdeiro de enormes propriedades e riquezas, dono de uma
cadeira cativa no Parlamento. E alheio às intrigas e perfídia do valete que
visa interesse próprio, em beneficiar a prima da rainha.
Através de uma rede de mentiras consegue separá-lo de seus verdadeiros
"familiares", os únicos que conheceu em toda sua vida e demonstram
por ele afeto verdadeiro, sem se importar com seu rosto deformado.
Levado ao uma corte cheia de hipocrisias entre cortesãos, damas e cavalheiros é
aceito por seu título, riquezas e poder, mas não por seu caráter empatia ou por
respeito, disfarçadas em dissimulações e omissões do escárnio e repúdio.
Gwynplaine, empolgado e ingênuo com a reviravolta em sua vida como Marquês de Clancharlie não percebe as artimanhas, mas visualiza a oportunidade como membro do Parlamento, o de expressar seus sentimentos em favor dos menos privilegiados, e toda a opressão que sofrem no abandono, de leis que não os favorecem.
Através da ironia e
do sarcasmo, Victor Hugo faz duras críticas à sociedade dominante; nobreza, monarquia e igreja sobre a exclusão dos menos favorecidos.
No Parlamento, o discurso intrigante causa vertigens, tão atemporal. Ele faz
uma analogia do seu rosto com a opressão do povo, tão à deriva e distantes dos
interesses do Estado e da classe dominante.
Para ler ou assistir, avaliar, refletir e se indignar com a mediocridade humana
que serve a vis interesses para o seu bel-prazer. Na verdade, "O homem que ri" faz chorar, sobre a dura realidade social, em que a minoria privilegiada usam de eufemismos e minimizam a fome, o desemprego a falta de oportunidades, ao apregoar uma falsa meritocracia no sistema.
Afinal, “é do inferno
dos pobres que é feito o paraíso dos ricos”, segundo Victor Hugo.
Apesar de o livro
ser de 🔗 "domínio público" não encontra em
português neste site, mas em francês e
em inglês.
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livro físico acesse 🔗 Google.com/pesquisa ou
🔗 download em PDF. Para ler online ou
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Capa do livro - original |
Discurso de Gwynplaine no Parlamento.
Vossa Majestade!
Senhores Parlamentares.
Entre vocês sou conhecido como o
Marquês de Clancharlie.
Mas meu nome verdadeiro é de um
pobre Gwynplaine.
Sou um miserável!
Talhado no estofo de um senhor,
por um rei, por sua obra e
graça.
Mas meu coração não está aqui.
Mas senti que precisava dirigir-me
aos senhores.
Por quê? - Para preveni-los.
Senhores! Vim confiar-lhes
uma notícia.
O gênero humano existe!
Baixem o olhar, olhem ao redor,
embaixo de vocês.
Estão marchando sobre cabeças
Atentem as leis que decretam!
O esgotamento do povo é terrível.
Por toda parte há desemprego.
Majestade!
O que fizeram com o meu rosto,
vós fazeis com o vosso povo.
O povo está sendo mutilado.
Deformaram lhe os seus direitos,
a justiça, a verdade, a razão,
a inteligência.
Como fizeram com minha boca.
Olha pra mim!
Majestade, o povo sou eu!
Um dia deixarão de ser os senhores!
Nada mais de prosternação
De baixeza
De ignorância
De cortesãos, de valetes, de reis!
Teremos homens livres! A luz!
Assista 👀 🎬 filme adaptado do livro 👇 e o discurso na íntegra:
Mais obras do autor: 📚
📚 Os Miseráveis
📚 O Corcunda De Notre Dame
📚 O Último Dia De Um Condenado
Leia também Os Miseráveis de Victor Hugo.
domingo, agosto 23, 2015
Segundo ela viajou até Minas Gerais, para compreender toda a essência da obra, pesquisa em campo e pessoas diversas. E o resultado da Narrativa ilustrada de forma singela. Li algum tempo, mas trata-se de um conto em forma de metáfora, narrado pelo filho sobre a história de seu pai, que constrói uma canoa, para morar na terceira margem do rio, em busca de isolamento. Nos faz questionar nossa existência - regras das quais seguimos à risca, e até que ponto vivemos realmente? (Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho), abrimos mãos de nossos valores, sonhos, em prol das responsabilidades, convivência social e familiar, quando na verdade, estamos solitários até a alma.
Talvez no descer e subir das águas, no vai e vem das águas intrépidas, ora remansas, que contornam obstáculos das pedras, está a resposta, de que a vida assim como o curso do rio, não deveria seguir numa única direção e estagnada.e, eu, rio abaixo, rio a fora, rio a dentro — o rio.
quinta-feira, agosto 20, 2015
Felicidade sim, Tristeza não mais...óh,
eu estou satisfeito!.
Thank You
Quem disse que mês de Agosto é só de desgosto ou do cachorro louco.
Há muitas coisas boas para celebrar.
Entre elas, o Aniversário do Deus Dourado do
Rock, Sir Robert Plant.
Um dos mais brilhantes artistas, o eterno frontman da banda
Led Zeppelin.
Então, todos os bons fluídos como ele dizia: "Cosmic Energy"
para ele, que assim seja, toda a energia do universo reverbere em vida longa, larga e farta em todos os campos da vida deste super profissional.
a galera, e como sempre emocionou. Com seu novo trabalho
"Rainbow" canções "híbridas" como ele as define e alguns dos
clássicos de Led Zeppelin.
domingo, agosto 16, 2015
O Dia do Filósofo é comemorado anualmente em 16 de Agosto, no Brasil. Já o Dia Mundial da Filosofia foi criado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO, e é comemorado anualmente na terceira quinta-feira de Novembro.
Sócrates -400ac.Eu não posso ensinar nada a ninguém, eu só posso fazê-lo pensar”
Seja qual data for não pode passar em branco. Filosofar é preciso. Dedicado a reflexões e questionamentos sobre a sociedade, política, ética, religião, estética e os mais diversos temas relacionados à vida, no mínimo impactantes.
"O bom cientista não é aquele que oferece respostas boas, mas aquele que faz boas perguntas, e se permite mergulhar nas pesquisas em busca de elementos que ampliem sua compreensão. O bom cientista é aquele que coloca o saber da ciência e da vida em movimento, renovando-o constantemente" . Assim aplico também a filosofia, é sair do senso comum e partir para um processo investigatório, em questionar, indagar, argumentar, duvidar e discorrer, com fundamento e embasamento, não mais à partir de um pensamento simplista, e de senso comum. Assim, ousaram os grandes pensadores, inconformados, curiosos, e desconfortáveis diante de certezas limitadas ou absolutas.
pois "Eu duvido, logo penso, logo existo". Descartes.
Nietzsche, Rousseau, Maquiavel, Sartre, Sócrates, Proudhon, Voltaire, Locke, Aristóteles, Freud, Habermas, Descartes, e tantos outros sábios pensadores, minha eterna gratidão por terem ido mais avante e revolucionado ideias, pessoas, fatos, e toda uma sociedade ao seu tempo.
sábado, agosto 08, 2015
Imagem: Reprodução
"Uma viva inteligência de nada serve se não estiver ao serviço de um caráter justo; um relógio não é perfeito quando trabalha rápido, mas sim quando trabalha certo." Luc de Clapiers Vauvenargues, marquês de Vauvenargues, moralista, ensaista e escritor francês.
Sob a visão dele, "O homem não pode ser visto como um ser individual", pelo contrário, ele é essencial para a sociedade num todo, ou seja, uma peça formadora de uma engrenagem e sendo assim uma "mola mestra", e vai desempenhar um papel importante, seja do ponto de vista positivo ou não, de acordo com suas atitudes repercutirá com intensidade em suas relações.
A Ética Aristotélica realiza uma interpretação das ações humanas fundamentadas em análises de meio e de fim, resultando da definição de determinadas práticas humanas onde o conteúdo moral estará relacionado à prática de ações específicas.
Portanto, façamos da justiça e das virtudes, um hábito.