Vivemos numa sociedade ansiosa e com gente mais apressada ainda. Não há tempo para rever conceitos, valores sociais e coletivos ou ter empatia com os outros. Nem desacelerar. Vencer a qualquer custo.
A “internet” virou um campo minado, por muito pouco pessoas pulam na jugular das outras. Justamente num país onde segundo pesquisa Retratos da Leitura no Brasil lançada em 2020 e anteriores, o livro mais lido e conhecido entre os supostos leitores é o sagrado, a Bíblia, um paradoxo.
Portanto, conhecem de cor e salteado os 10 mandamentos cristãos.
Hoje, não se distingue mais quem é filho de Deus ou do capeta, engravatados, políticos, figuras públicas, artistas, pessoas comuns, mentores espirituais, religiosos e pudicos, pasmen, não se privam de nada. Tudo aquilo que antes era visto como pecaminoso, vulgar, boçal ou inadequado foi naturalizado. Justamente de onde deveria vir o exemplo, inclusive os da velha guarda e da comunicação.
Antigamente, se distinguia um cristão que se classificava como evangélico pelo linguajar, vestimenta e postura. Eles faziam questão de impor isso aos outros, como diferencial. Hoje, certos "religiosos" são as pessoas mais vulgares, com vocabulário de esgoto, e todos banalizam!
Nem as grandes corporações escapam deste contágio negativo que tomou conta no geral, em cumprir com a missão e objetivos, conforme propôs a fazê-lo atrelado a responsabilidade social. Isso ficou para trás. O valor agregado à marca mudou de patamar. Pelo poder e pela dominação vale tudo!.
Dizem
que o “empregado é a cara do patrão”, subentende-se
que o ambiente interno (“endomarketing”) influi em seu comportamento, sadio
(valores éticos, assertivos e coletivos) ou tóxico ( individuais, egoístas e
vis) determinará a sua postura perante a sociedade. Talvez, por isso,
falar em medo, demônios e crenças sobrenaturais é mais lucrativo que propagar
amor, respeito e união.
Jennifer Delgado, psicóloga espanhola especialista em “Neuropsicologia”, num de seus artigos publicados
no Yahoo, embasado em estudos científicos diz “todos nós podemos ser alvo de
comentários ofensivos, insensíveis ou rudes, sejam de estranhos, amigos
próximos ou familiares. No calor do momento, podemos lutar para
administrar a situação de forma assertiva. Podemos acabar ficando com
raiva e colocando lenha no fogo, ou podemos ficar paralisados e não fazer
nada, permitindo que a pessoa despeje sua hostilidade sobre nós”.
“Defeitos não
fazem mal, quando há vontade e poder de os corrigir.” Machado de Assis.
As circunstâncias se tornaram voláteis, a civilidade e polidez ficaram no passado, justamente o que distinguia o rude camponês da classe da “nobreza” na idade média, da qual se orgulhavam pelo diferencial, era essencial mesmo que fosse um verniz social, mas necessário para conviver na sociedade, com boas maneiras.
A vulgaridade, rudeza, descompostura, palavreado chulo eram coisas das classes mais baixas, dos aldeões, da leiteira, da taverna, hoje não têm mais disso não. São eles que incentivam as massas e minimizam a civilidade para atuar contra seus oponentes.
“Na verdade, hostilidade, comentários completamente inadequados e grosseria não apenas nos fazem sentir mal, mas afetam nosso desempenho e colocam nosso equilíbrio psicológico em xeque”, de acordo com estudo conduzido pela Singapore Management University “comportamentos rudes no trabalho geram muito estresse e podem causar problemas psicológicos e de saúde a longo prazo”.
A psicóloga também
cita o experimento da Universidade da Flórida onde reuniram alguns participantes
para uma pesquisa de 15 minutos e como resultado final “acreditam que a
grosseria e a hostilidade são tão contagiosas quanto à gripe, embora nem sempre
estejamos cientes disso. Se estivermos imersos em situações rudes ou
hostis, teremos mais probabilidade de nos comportar da mesma maneira com as
outras pessoas, o que alimenta emoções como raiva e frustração”.
“Não existe grandeza onde não há simplicidade, bondade e verdade.“ Liev Tolstói
Nem Educação, postura, compostura,
respeito, justiça e honra, ouso complementar. E respeito é uma via de mão
dupla.
Quando se acostuma
a um ambiente tóxico, seja pessoal, profissional ou virtual, a retroalimentação
será de emoções negativas e agressivas. Isso reflete que o “exemplo vem
de cima”.
Uma sociedade de padrões invertidos se torna uma sociedade doente, indiferente, grotesca, incivilizada. Sim, humanos têm rompantes, mas não podemos fazer dos outros, a nossa privada, assim como não se deve deixar confortável aquele que desrespeitou primeiro.
Ninguém é obrigado
a gostar de outra pessoa, mas entre o “gostar e respeitar” há uma linha tênue
que as separa, em que a segunda deve prevalecer. Ao difamar, caluniar,
injuriar, desqualificar, sabotar, cancelar, instigar pessoas ao ‘Cyberbullying’
(crime cometido por qualquer meio digital), muitas vezes por motivos
torpes, revela mais sobre o caráter e má índole do autor do que da pessoa a ser
descqualificada.
Para ler na
íntegra, acesse o link https://es.vida-estilo.yahoo.com/comentarios-groseros-fuera-de-lugar-como-responder-160522023.html , a psicóloga revela 5 segredos para responder de forma inteligente à
hostilidade, grosseria e insensibilidade.
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A vida é só um sopro, para que tanta vileza, egoísmo, inveja, julgamentos, medir as pessoas e coisas por nossa régua, quando na verdade são opiniões e conceitos de acordo com nossa cultura, vivência e aprendizado. Ao invés de regredir, devemos aproveitar o tempo que resta para evoluir, refletir e desenvolver sentimentos assertivos e coletivos. De acordo com Aristóteles, a virtude é algo que se adquire, praticando. Ou seja, rever nossos conceitos sempre.
Uma pitada de educação, um grama de paciência e uma boa dose de respeito não fará mal nenhum, ao contrário, só engrandece, mais civilizados e modelo para outros se inspirarem. Ser assertivo, justo e sincero não para agradar aos outros, mas para ter orgulho de si mesmo que não passou pela vida em vão e nem fez da vida dos outros, um inferno na terra, enquanto aguarda o paraíso!
Para seguir a psicóloga nas redes sociais acesse seu site Jennifer Delgado
Obs.: As fotos com licença gratuita do site Pixabay, exceto a última do site Pratique o bem, o que vem a calhar: Pratique o bem, você também!