Afinal, não foi essa a divergência entre os judeus e os cristãos? Não foi por isso que um certo Jesus apareceu e aboliu o velho e lançou
o novo testamento?
Não é questão de defender bandido. Seja qual crime for, todos são hediondos, merece repúdio e punição, porém como dizia Nietzsche “ao lutar contra monstros, devemos tomar cuidado de não nos transformar em um também”.
Quando dizem que a polícia não comparece em algum local para impedir tal crime devido aos Direitos Humanos, trata-se de mais um pensamento equivocado, estamos transferindo para a sociedade civil a responsabilidade de manter a ordem e segurança social, uma obrigatoriedade que seria o papel do Estado em garantir a proteção, a ordem e a paz, conforme reza a Constituição, sem arbitrariedades.
Os Direitos humanos visam dar ao acusado ou réu, suspeito, oportunidade de defesa e, em simultâneo, evitar o linchamento moral ou físico, mas nas normas da Lei, obter provas cabais e fazê-lo responder por sua contravenção.
Quando se altera o Estado de direito e vira exceção, qualquer pessoa é um alvo fácil, se na mira de um concorrente desleal, um adversário, um fofoqueiro ou invejoso dos seus bens, cargo ou família.
“A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos.”
Barão de Montesquieu.
Não devemos jamais ser coniventes com isso, não cabe ao cidadão virar justiceiros, nem ao juízo.
Estudo de Caso para reflexão:
Linchamento Moral baseado em testemunho e não em fatos comprovados. O caso dos donos da Escola Base e acusação de violência sexual após a inquirição feita por uma mãe ao filho de 4 anos, depois que ele fez um movimento com suposta conotação sexual, e essa mãe não somente induziu o filho, mas outras mães de alunos e a própria imprensa a acreditar em um abuso que não existiu, gerando uma falsa memória.
— Se fosse conosco ou um de entes queridos, onde uma pessoa criasse um prejulgamento e equivocado, — os Direitos Humanos fazem a diferença ou não? Como ficaria a nossa consciência para quem tem uma e segue os preceitos do bem sobre essas pessoas, se agirmos no calor da emoção, baseado apenas no “achismo” e nos argumentos equivocados, sem averiguar os fatos e as provas corroboradas?
Neste contexto que entra o tão mal compreendido e equivocado pela maioria sobre o que é o tal de Direitos Humanos.
Para ler na íntegra sobre o caso:
"Tornei-me, acaso, vosso inimigo, por que vos disse a Verdade?" (Gálatas 4,16).
Em 29/4/2013 Padre Marcelo Rossi disparou:
“Estamos voltando à Idade Média, o período mais terrível e negro da igreja” — a que período ele se refere?
Vejamos, o da Santa Inquisição. Então, façamos de conta que estamos na era medieval, e por um azar do destino, nascemos com cabelos vermelhos, verrugas ou sinais no corpo, canhotos, bonitos ou “desobedientes” com o sistema por pensar diferente e não aceitamos a luxúria ou romper com nossos valores, temos conhecimento de ervas para a cura, nascemos com alguma limitação física, mental, visual ou auditiva, e não depende de nós o poder da compaixão e nem da justiça imparcial, mas nas mãos daqueles que detém o poder [Estado e Igreja] sobre a ignorância, a ganância e a superstição, e um julgamento injusto como “filhos do demônio” e sem direito à vida, por simplesmente não se submeter ao formato que eles desejam?
— E se… tivesse os Direitos Humanos naquela época, alguém que estivesse acima do poder e da manipulação, vidas não seriam poupadas e injustiças desfeitas? A Igreja seria tão soberana ao ponto de decidir quem vive ou morre, por pensar e querer viver diferente?
Para saber mais, leia fonte:
Terceiro Exemplo:
Galileu foi condenado pela inquisição e teve que negar tudo no tribunal, por afirmar que a terra se movia em torno do Sol.
Morreu cego e condenado pela igreja, longe do convívio público. Somente 341 anos após a sua morte, em 1983, a igreja revendo o processo, decidiu pela sua absolvição, porque a teoria do cientista estava correta.
Ou seja, condenado pela ignorância, obscurantismo e por pessoas incautas, incultas ou espertas demais que usavam do medo, ignorância e sobrenatural para ter o controle sobre vidas e sistema.

Galileu Galilei frente ao tribunal da inquisição Romana (pintura de Cristiano Banti).