De Virada Cascavel que vamos: Antes da 00h00min que o galo cante, mas ninguém virou abóbora porque desta vez o encantamento era no som da viola e não havia magia que pudesse interferir no curso da emoção.
Segundo Reportagem da Assessoria da Prefeitura Municipal de Cascavel o
cantor, violeiro e compositor Almir Sater abriu a Virada Cultural Cascavel
2014, com um show que encantou a todo o público, de todas as faixas etárias,
realizado em frente à Prefeitura de Cascavel.
“Para mim é um honra tocar em Cascavel, na Virada Cultural. Não só o povo
daqui, mas de todo o Paraná tem muito carinho e aprecia a minha música. Um
momento tão importante, Virada Cultural, que é uma injeção de cultura, quase
que na veia, muito importante. Desses movimentos é que surgem vários artistas.
O contágio da cultura é impressionante, quando a gente cria um movimento de
show, de arte, isso contagia” afirma Almir Sater.
Reproduzido Site: foto e texto por :Portal da Prefeitura de Cascavel/ PR.
E uma Novidade, de primeira mão, em breve entrevista exclusiva
com Almir Sater, nas mãos da sempre competente e bela jornalista Sumaya, do Jornal
A Voz do Paraná. Aguardamos então!. \0/.
No mês de junho, o violeiro mais querido do País tem cerca de 20 shows marcados na sua agenda. Não dá para negar que Almir Eduardo Melke Sater seja uma pessoa apaixonante. Muito pelo contrário: além de ser bondoso e ajudar muitas pessoas, ainda é educado e sabe tratar todos iguais, desde um varredor de rua até um presidente da república.
É músico, violeiro, compositor, instrumentista, ator, enfim, é um artista completo e sabe tirar das pequenas coisas, valores imensuráveis; acontecimentos emocionantes e jamais esquecidos nesses 56 anos de vida, sendo 40 só de profissão.
Almir Sater poderia ter seguido a carreira jurídica, mas para sorte de todos, acabou abandonando o curso de Direito, e, sem saber aonde iria parar, acabou seguindo a carreira artística, onde canta e encanta, toca e emociona, compõe lindas músicas com os seus parceiros Renato Teixeira e Paulo Simões, e fala à nossa reportagem que não tem dúvida nenhuma sobre a ajuda da espiritualidade, sendo psicografadas algumas das suas músicas.
Esse homem de 1,85m que, a princípio parece durão, fala que se emociona demonstrando muito sentimento quando vê uma fã chorando em suas apresentações. Ele mesmo só não chora nesses momentos porque, segundo ele, homem não pode chorar.
O violeiro é um homem simples, espiritualizado, que sabe viver bem,
apesar de não lhe sobrar muito tempo para as coisas que gostaria de
fazer com mais assiduidade. O que ele também sente falta é de um rio para pescar e uma mata para repor todas as suas energias, depois de uma agenda lotada de shows pelo Brasil, nos quais, sempre com casa cheia, atrai fãs dos oito aos oitenta anos.
Almir Sater tem mais algumas paixões que ele mesmo não esconde: além da música, seus filhos Gabriel, que também segue o mesmo caminho do pai, a música; Ian (18) que faz faculdade de publicidade e, segundo o pai, toca muito bem, assim como o filho caçula Bento (15), e ainda sua esposa Ana Paula.
Num jeito descontraído e simples, conforme é o seu jeito de ser, saboreando um cacho de uvas, Almir Sater falou à nossa reportagem.
Jornal A Voz do Paraná: Qual foi sua primeira apresentação no palco?
Almir Sater: Eu tinha um grupo amador de amigos, lá de Campo Grande e estava na moda aquela música latino americana. Muitos artistas vinham do Peru, Bolívia, desciam e passavam em Campo Grande, então, fomos tendo contato com vários grupos que vinham com aquelas músicas folclóricas peruanas, chilenas. Por brincadeira, montamos um grupo e começamos a tocar charango, viola caipira.
O nome do grupo era Tupiara, e escolhemos esse nome porque passamos na frente de um centro espírita que tinha esse nome, então, o colocamos no nosso grupo. Nunca gravamos nada, era um grupo de brincadeira. Fizemos essa apresentação no teatro do colégio Salesiano, onde estudávamos.
Jornal A Voz do Paraná: Em algum momento da sua vida, você
pensou em desistir da carreira de músico?
Almir Sater: Não. Eu sempre achei muito difícil a carreira de músico. Eu não sabia se teria condições de sustentar a minha futura família, ou a mim mesmo.
Não sabia se eu poderia levar por muito tempo esse trabalho, mas eu tive sorte e as coisas foram acontecendo; comecei a trabalhar e não parei mais. Então, nunca pensei e nem quero desistir.
Jornal A Voz do Paraná: Você começou a estudar Direito e parou. Por que você escolheu a profissão de músico? Precisava de um retorno financeiro mais rápido, porque seria famoso, por amor à carreira ou por que descobriu que não levava jeito para a vida jurídica?
Almir Sater: Acho que em relação ao retorno financeiro, o Direito o trás mais rápido. Na música, nós fazemos menos inimigos, já o advogado sempre está contra alguém, é uma área meio barra pesada, enquanto que a música é mais suave. Eu tentei fazer Direito, porque achei que não iria conseguir fazer outra
coisa, e era o que mais combinava comigo. Já que eu não gostava de ciências exatas, acabei indo para o lado do Direito. Não que eu tivesse talento, até era algo que eu achava em que poderia trabalhar, mas nisso veio a música.
Jornal A Voz do Paraná: Em que estilo musical você define suas músicas e o que o levou a seguir esse ritmo?
Almir Sater: É muito difícil definir meu estilo musical. As pessoas querem saber e eu respondo que eu faço música popular brasileira com viola.
Jornal A Voz do Paraná: Você é um artista que continua fazendo sucesso até hoje, pois seus shows sempre lotam. A quê você atribui isso?
Almir Sater: À qualidade das composições, ao instrumento da viola caipira, cuja apreciação é quase unânime no interior do Brasil. As pessoas gostam muito do som da viola caipira, e apesar de ser um instrumento popular brasileiro, não vemos muitos violeiros na nossa frente. Eu, por exemplo, demorei muito para conhecer uma viola caipira. É um instrumento diferente, uma afinação aberta, que provoca um certo encantamento. Então devo muito à viola caipira.