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sexta-feira, 3 de março de 2017

Demolição - Pode um golpe de loucura ser a chave para novo destino?

Pitaco sobre Demolição, o filme!
Por vezes, a solução está no desconcerto.

Cartaz do filme
















“Para continuar a viver é importante rever e deixar para trás tudo aquilo que já não nos serve mais”.
Das críticas e análises que li sobre esse filme “Demolição” de Jean-Marc Vallée, uns torceram o nariz “será perda de tempo”, outros é detestável, compulsivo, confuso, depressivo, apático ou louco e alguns como eu acharam excelente.
E não sem razão, há um pouco disso tudo, o filme é denso, intenso, complexo, chocante, mas revisita as limitações, perdas, anseios e frustrações deles, e com os olhos voltados para o campo da psicologia.

A trama se dá em torno de Davis, um jovem financista bem-sucedido em uma vida metódica, casado com a filha do seu sócio, uma mulher perfeccionista, determinada e apegada aos valores morais e sociais.
Enquanto retornam para casa, em uma conversa de rotina, da geladeira quebrada ao pai dela no celular, em pressioná-la para fazer as pazes com a mãe, da qual não se falam há dias, devido a uma discussão banal, a princípio. Enquanto ela dirige, acontece o acidente de carro que fará mudar a vida do viúvo, a partir da reconstrução do seu eu. Seu sogro então compara o tempo do luto com um automóvel, “para consertar um coração humano é como consertar um carro, temos que examinar e montar tudo de novo”.


Veja também:








Talvez, a “suposta” indiferença de não ligar para coisas corriqueiras ou dificuldade em interagir ao redor estão relacionadas com “transtorno de déficit de atenção” subjetivamente incutido no filme, podemos entendê-lo melhor, entre eles, os seus sentimentos, apesar da perda e luto, descobre que não a amava como pensava. Ao se deparar com essa a verdade e prestes ao um colapso emocional, desperta interesses por coisas, pessoas e curiosidades que, não notara antes, sua cura, pode estar nesta desconstrução do que era sua vida até o momento, ao demolir coisas, objetos, a começar pela geladeira, se torna um ato libertador.




O seu destino mudará ainda mais, ao reclamar por carta do serviço de atendimento ao cliente de uma empresa sobre o não funcionamento da máquina de café, quando estava no hospital onde a esposa fora internada. Entre eles, nascerá uma relação mais fraternal do que afetiva, até improvável com a atendente da empresa (viciada, apática e presa numa relação dependente, abusiva e conturbada com o proprietário da loja) e o seu filho adolescente (revoltado e confuso com sua sexualidade), porém, um será a muleta do outro. Por mais que as reações de Davis sejam insanas e infantis, é na desconstrução que ele encontra força para mudar sua história: “Quando eu era criança e ficava doente, eu deitava no colo de minha mãe, ela passava a mão pela cabeça e fazia tudo melhorar — Será tarde para isso?”, questiona.
Como não podemos voltar no tempo e tampouco na segurança do útero materno, cada um tem que lidar da melhor forma com suas dores, mágoas e feridas, crescendo e evoluindo.




Juntos os três irão desenvolver uma relação de confiança e ambígua, suas feridas expostas e segredos se revelando gradualmente e a oportunidade de resgatar a criança interior tão ausente no adulto atual. Cada um, a sua maneira, vai se alinhando, com suas dores, frustrações, fragilidades, e com uma reflexão “as perdas sofridas perto de sermos nós mesmos, são até suportáveis”.
Lentamente os personagens vão se entrelaçando, e até nos surpreender com o final, onde nem tudo que aparentemente era perfeito é real, pois todos cometem erros, alguns mais, outros menos.
Mas algo em comum, no final, tudo que se espera é apenas redenção! Assim como qualquer um de nós!. Imagens: reprodução Internet/filme.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Cinema: A Governanta








Ontem, assisti um filme  
"A Governanta", por um acaso. 
Trata-se de um filme, 
mais ou menos antigo (1998), 
mas como se ambienta na 
Inglaterra e Escócia, 
me chamou atenção. 

Ao navegar na Internet, me surpreendi 
com o comentário do 
Marcelo Rubens Paiva, 
feito na época em especial para a Folha..
pasmem..risos, como 
sou insolente e atrevida..
ouso contestá-lo...?

Claro, é a opinião dele e 
merece respeito, 
mas tudo 
depende da forma 
com que 
interpretamos, 
ele assim diz...
"A Governanta" é 
um filme bom. 
Não é muuuuito bom. É razoável. 
Cansa às vezes. 
Às vezes é engraçado. 
Às vezes dá sono.
 A fotografia é boa. É muuuuito boa. 
O elenco é excelente. 
Muito bom mesmo. 
A historinha é que é 
mais ou menos. É bacaninha. ..
 Um dos temas é a fotografia 
e sua descoberta. 
O pai fotografa a governanta, 
que fotografa o pai...e por aí afora, 
ele diz..."

Ok, confesso que o filme, 
às vezes, 
chega a ser enfadonho, 
por causa até do marasmo 
em que 
a família vive, 
isolada de tudo e
 todos.

Os personagens, em estado de 
letargia, fatigados e 
indiferentes,
 pela mesmice do que 
vivem e convivem. 

Mas, se olharmos mais 
profundamente e 
com 
mais afinco, veremos que 
a historinha 
"não é mais ou menos assim", 
ela tem muito a acrescentar 
em reflexão. 

Eu enxergo alguns pontos 
determinantes:

Primeiro
O preconceito religioso,
a moça judia, que segue os 
preceitos judaicos 
se vê obrigada 
a omitir seu dogma 
o verdadeiro nome, 
para a família cristã, 
ao exercer a profissão 
de governanta, 
já que por um lance de azar, 
teve sua vida virada 
pelo avesso.

Segundo
A governanta, 
com sua irreverência, juventude, 
dá vida ao lugar e promove 
mudanças nas pessoas, 
quebrando a rotina,
 aquele marasmo em 
que viviam. 
Através de sua alma curiosa, 
consegue descobrir o que o 
dono da casa, 
então, cientista, 
tenta anos a fio 
sem sucesso, 
fixar a imagem 
e perpetuar a fotografia. 
Por causa desta afinidade, 
desenvolvem entre eles, 
um romance e 
inapropriado. 

Terceiro
Através da tenacidade da jovem 
sua criatividade, em pousar 
como modelo, 
consegue chegar ao tão sonhado 
aperfeiçoamento 
da imagem. 
Como toda pessoa jovem e 
sonhadora, 
acredita que fará parte 
da sociedade, 
já que foi a responsável pela 
descoberta do 
novo empreendedorismo. 

Quarto 
Na sua confiança jovial, 
e num gesto impetuoso resolve fotografar
 o amante em momento íntimo, 
causando a fúria e rompimento 
do relacionamento. 
Poderíamos até pensar que se 
trata de moralismo e 
família cristã,
 porém, 
era comum na época manter 
relacionamentos com 
serviçais ou cortesãs 
na sociedade. 
Época de frivolidades e 
falsas aparências. 
Na verdade, o que causa a
indignação do companheiro, 
é que a jovem se sobressai 
sobre 
a descoberta dele, 
com sua sensibilidade, 
consegue capturar imagens 
perfeitas e mostrar superioridade 
sobre seu criador, 
em inovação. 

O que provoca todo o descontrole,
 a ira e menosprezo por ela, 
pois o torna impotente diante 
do talento dela, 
que se torna 
uma ameaça. 

Por fim, 
vale a pena sim, assistir o filme, 
e a historinha fica bem mais 
do que pra menos,
 no final, a trama traz 
à tona 
os nossos piores medos, 
inseguranças, 
incertezas, egoismo, cinismo 
machismo. 
Ganhos e perdas 
é inevitável.
e uma lição de resiliência  
da governanta: 
" Se a vida nos deu um limão, 
faça dele uma boa limonada"!

sábado, 13 de outubro de 2012

Cinema: Bale em dose dupla

Flores do Oriente, um filme (maravilhoso) com Christian Bale, mas tenso, me levou às lágrimas em dose dupla com os dois de Bale: “Flores do Oriente” e “O Sobrevivente”, não é novidade que sou fã dos atores que não são americanos (clichês e canastrões).

Mas dos irlandeses, ingleses e no caso deste galês o mais completo, são eles os mais presentes nos filmes, principalmente, quando se trata de papeis que exigem maior entrega, talento, controversos, lá vão eles…

Reprodução - Filme 



 






Com exceção de Robert De Niro, na minha opinião, mas creio que os dois Colin (Farrel e Firth) Bale, PacinoHopkinsDay-Lewis, dominam o “set” das boas interpretações, até o “gladiador” (Crowel), também tem crédito.

Bale se destaca sempre pela entrega no papel, ou seja, se tem que fazer o serviço que seja bem-feito. Quem não se impressiona ao ver (Bale) em “O Maquinista” em estado de catarse pela sua aparência irreconhecível e esquelética?

Em “O Sobrevivente” também não fica atrás — sem contar — que ele também ressuscitou “Batman” — que estava às moscas desde do fracasso anterior.



“O Sobrevivente” discorre sobre uma história verídica, de um piloto da marinha, que foge da selva do Vietnã de modo espetacular, dá para levar algumas lições importantes:

Por mais que os obstáculos sejam difíceis, e tudo parecer ir contra
a correnteza, não podemos jamais perder a perseverança e a esperança
acreditar em nossos valores e sobretudo, encarar os desafios,
conhecer quem são os nossos “inimigos” no caso, as “fraquezas” que
nos faz recuar, acovardar e não permite que saímos do lugar para arriscar,
e muitas vezes andamos em círculos.

Sempre existirão aqueles que farão de tudo para nos desestimular,
pensar que não podemos que não somos capazes ou até colocar em dúvida a credibilidade do projeto, sempre haverá no meio de nós, os que por medo ou grau de dificuldade, vão querer que a gente desista, sem nem menos tentar, para saber onde nos levará.

Assim como aqueles, que tentarão nos inibir, mas não sem antes, se aproveitar de nossas ideias, das oportunidades que visualizamos, dos desafios e depois nos deixar à deriva, quando começar a colher os resultados, ou então, os que se acham tão autossuficientes e egoístas, que não precisam de ninguém e acham capazes de seguir em frente, sozinhos.


Sobre "Flores do Oriente":

Novamente, Bale arrasa neste filme, baseado também em realidade, impressiona porque nos faz repensar sobre valores, princípios e juízo de cada um: “Quem pensa que tem não tem, e de quem tudo foi tirado, tem”

Uma frase do filme marcante: “Às vezes a verdade é a última coisa que precisamos ouvir”. Cena forte, mas emociona, principalmente os humanistas, sensíveis e empáticos. Embora violento, degradante, imoral, cruel, intenso, mas a vil realidade que guerras só fazem mal.


Sinopse:



Na devastada cidade de Nanjing, em 1937, o perigo das ruas faz com que
um grupo inimaginável de refugiados se reunisse em uma igreja: um bando de crianças em estado de choque, algumas sedutoras e provocantes cortesãs e um renegado americano que se passa por padre para salvar a própria pele, ou pensa que se salvará. 

Emboscados por saqueadores, ao longo dos próximos dias, eles vão lutar não apenas para sobreviver, mas também para fazer o que parece ser impossível nestas circunstâncias-compreender e confiar um no outro para empreender uma fuga impossível.

Não esqueça do lenço e de tomar um chá de camomila, louro antes, pois, o mundo é cruel e as pessoas são más!