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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A Raposa e o Lenhador

Reza uma lenda que um lenhador acordava às 6 horas
da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha. 
Só parava tarde da noite. Ele tinha um filho, lindo, 


 

de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança.


Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa
cuidando de seu filho.

Todas as noites, ao retornar do trabalho, a raposa
ficava feliz com sua chegada.

Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era
um bicho, um animal selvagem, e portanto, não era 
confiável.

Quando ela sentisse fome comeria a criança.
O lenhador, sempre retrucando com os vizinhos, falava 
que isso era uma grande bobagem. 
A raposa era sua amiga e jamais faria isso.

Os vizinhos insistiam: 
“Lenhador, abra os olhos! A raposa vai comer seu filho. Quando sentir fome, comerá seu filho!”

Um dia o lenhador, muito exausto do trabalho e
muito cansado desses comentários, ao chegar em casa
viu a raposa sorrindo como sempre e com sua boca
totalmente ensangüentada. Olenhador suou frio e
sem pensar duas vezes, acertou o machado na cabeça
da raposa.

Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho,
no berço dormindo tranqüilamente e ao lado do berço
uma cobra morta!

O lenhador enterrou o machado e a raposa juntos.

Moral da História:

Se você confia em alguém, não importa o que os outros
pensem a respeito.
Siga sempre o seu caminho e não se deixe influenciar e,
principalmente, nunca tome decisões precipitadas,
pautadas em experiências do passado ou porque
convive ou já conviveu com gente ardilosa, dissimulada
e gananciosa.
Cada ser humano carrega em si suas vivências, cultura e princípios e valores.
Não podemos generalizar pessoas.
Quantas vezes, somos precipitados em julgar as pessoas, pelo que o outro vem nos dizer, sem nem mesmo questionar se de fato é a verdade sobre
tal pessoa ou argumento. Acostumados a desconfiança, medo de ser traído, passado para trás, 
seguimos em frente,  e cortamos relações pessoais ou profissionais, laços e elos essenciais para o nosso crescimento pessoal. 

Na Bíblia existe citações que fazem refletir sobre ao fazer um
pré-julgamento ou até embasados em opiniões de terceiros, que nem sempre representam a verdadeira, mas que agem de acordo com seu próprio interesse.

Eclesiásticos nos diz que "Todo o que é consultado dá o seu conselho, 
mas há conselheiros que só atendem a si próprios".

Vê bem com quem te aconselhas, informa-te primeiro quais são os seus interesses, 
porque eles pensam dentro de si próprio.

Uma palavra má transtornará o coração; porque nem todas as coisas convém 
a todos; nem todas as pessoas se comprazem das mesmas coisas.

Muitos de modo a preservar seus interesses, semearão dúvidas,
incertezas, medo, através de ardis para desqualificar o outro, gerando
desconfiança para levá-lo a falência moral. 

Assim como os que se sentiam incomodados pela
lealdade da raposa, existirá aqueles que virão e nos
dirão:
-Não te fies neste funcionário, futuramente ele pode vir
a colocá-lo em condições de prejuízos financeiros.
-Não confie neste relacionamento poderá ser traído(a),
e serás motivo de chacota ou vergonha, de grande amargura.
-Não leve esse projeto adiante, ele não está mesmo
apresentando resultados imediatos, não vale a pena.
-Não faça aquela viagem ela talvez não será fortuita.

Desconfiados ou até ressabiados por viver experiências semelhantes, acatamos por impulso, autopreservação, medo ou precaução, embasado na opinião, não em fatos.
Quando na verdade, tudo que um indivíduo assim
deseja é tirar do caminho o que considera a "pedra" no dele, talvez por ser menos evoluído, não se libertou 
ainda do egoísmo e das fraquezas de ser invejoso, ganancioso, materialista, individualista ou inseguro quanto às habilidades pessoais ou profissionais ou má formação de caráter.

"Quem decide um caso sem ouvir a outra parte não pode ser considerado justo, ainda que decida com justiça." (Sêneca).

Obs.: Trata-se de uma fábula de Esopo e de domínio público. 

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A roupa nova do Imperador

Era uma vez um imperador que gostava tanto de roupas novas e bonitas que gastava todo o seu tempo e dinheiro a vestir-se.



















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Um dia apareceram dois indivíduos com um ar suspeito que diziam
ser tecelões. Mas segundo eles, o tecido que fabricavam não só era extraordinariamente belo como tinha ainda propriedades mágicas:
Mesmo quando transformado em peças de vestuário, era invisível
para todas as pessoas que não desempenhassem bem as suas tarefas
ou que fossem particularmente estúpidas.
— Excelente! — pensou o imperador.

“Que bela oportunidade para descobrir quais os homens do meu reino que não devem estar nos lugares que ocupam e quais são
os espertos e os estúpidos!

Pois é, aquele material tem de ser tecido e transformado em roupa
imediatamente!”

E deu aos dois malandros uma grande quantia de dinheiro para começarem a trabalhar. Assim, os dois patifes montaram dois teares e agiram como se estivessem a trabalhar afanosamente, mas a verdade é que não havia nada nos teares.

Pouco depois, estavam a pedir o melhor fio de seda e de ouro, que meteram nos seus próprios bolsos, continuando a mover
os braços diante dos teares vazios pela noite dentro.

Ao fim de algum tempo, o imperador pensou:
“Gostava realmente de saber como vai aquilo!”

O fato é que ninguém queria admitir que não via roupa nenhuma,
porque isso significaria que eram estúpidos ou então incompetentes no seu trabalho. Foi quando se ouviu claramente uma voz espantada de criança: — O imperador não leva nada vestido!

Por fim, até o próprio imperador achou que ele devia ter razão, mas pensou para si próprio: “Não posso parar, senão estrago o cortejo”.
E lá foi andando com um ar cada vez mais orgulhoso, enquanto os cortesãos continuavam a segurar uma cauda que não existia.

Trecho do Conto - A roupa nova do Imperador – de Hans Christian Andersen.

O que podemos refletir sobre:

A burrice sempre ofereceu cenas e personagens cômicos, como no conto de Andersen acima. "O poder emburrece”, afirmava o filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Por quê? Quando estão no poder, as pessoas muitas vezes são induzidas a pensar que, justamente por ocuparem aquele posto, são melhores, mais capazes, mais inteligentes e mais sábias que o resto da humanidade.Além disso, estão cercadas de aduladores, seguidores e aproveitadores que reforçam o tempo todo essa ilusão. O poder – seja ele - político, econômico ou burocrático – aumenta o potencial nocivo de
uma pessoa burra.

Um exemplo extremo é dado no filme Dr. Fantástico, de Stanley Kubrick.
Nele, um grupo de estúpidos de grau máximo pensa em detonar
uma carga explosiva nuclear que levará ao fim do mundo, por uma simples frivolidade.


Por seu lado, o rei Luís 16, no dia 14 de julho de 1789 (a data da Queda da Bastilha, evento que deu início à Revolução Francesa), escreveu em seu diário: “Hoje, nada de novo.”

O mesmo obtuso e burro senso de invencibilidade fez o general George Custer supervalorizar suas forças e atacar os índios em Montana (EUA),
em 1876.Resultado: centenas de soldados do Exército norte-americano foram massacrados pelos índios sioux e cheyennes no riacho Little Big Horn.

Ou, ainda, levou Napoleão a atacar a Rússia em pleno inverno de 1812:
o Exército francês foi dizimado pelo frio e pela exaustão. Sem contar as previsíveis tragédias das guerras do Vietnã e do Iraque de hoje.

Em cada um de nós há um fator de burrice que é sempre maior do
que imaginamos. Isso não é, necessariamente, um problema. Ao contrário, a estupidez tem uma função evolutiva: serve para nos fazer agir precipitadamente, sem pensar muito, o que em certos casos se revela mais útil do que não fazer nada. (No que eu discordo e sou favorável ao argumento do Carlo Cipolla, Historiador e economista italiano: “Uma pessoa burra é aquela que causa algum dano a outra pessoa ou a um grupo de pessoas sem obter nenhuma vantagem para si mesmo – ou até mesmo se prejudicando.” Devemos ser ´útil e prestável à humanidade e responsáveis por atos, atitudes e opiniões que possam influenciar o senso comum, ao praticar a desonestidade intelectual, uma forma nociva para tirar proveito ou benesses em detrimento de outros).

A burrice nos permite errar, e na experiência do erro há sempre um progresso do conhecimento. Assim, o ponto-chave para anular a burrice está em reconhecer os próprios erros e se corrigir. (Concordo, Machado de Assis dissera: “Defeitos não fazem mal, quando há vontade e poder de os corrigir” . Porém, uma pessoa com incapacidade analítica, dificilmente fará um autoanálise, autocrítica a respeito, mas usará da soberba, ironia e pilhéria para desqualificar o oponente).

Como dizia o escritor francês Paul Valéry:
“Há um estúpido dentro de mim. Devo tirar partido de seus erros.” TODOS NÓS ESTAMOS prontos a admitir que somos um pouco loucos,
mas burros, jamais.

HÁ PESSOAS QUE chegam incrivelmente perto da verdade sobre si mesmas e a respeito do mundo. Elas têm uma percepção equilibrada,
são imparciais quandose trata de atribuir responsabilidades de sucessos e fracassos e fazem previsões realistas para o futuro.

Para ler na íntegra:
Fontes: https://www.luispellegrini.com.br/o-poder-da-burrice/

Equipe Planeta N° Edição: 432 


Freud explica: "Existem duas maneiras de ser feliz
nesta vida, uma é fazer-se de idiota e a outra é sê-lo."