segunda-feira, 7 de junho de 2010

A roupa nova do Imperador

Era uma vez um imperador que gostava tanto de roupas novas e bonitas que gastava todo o seu tempo e dinheiro a vestir-se.



















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Um dia apareceram dois indivíduos com um ar suspeito que diziam
ser tecelões. Mas segundo eles, o tecido que fabricavam não só era extraordinariamente belo como tinha ainda propriedades mágicas:
Mesmo quando transformado em peças de vestuário, era invisível
para todas as pessoas que não desempenhassem bem as suas tarefas
ou que fossem particularmente estúpidas.
— Excelente! — pensou o imperador.

“Que bela oportunidade para descobrir quais os homens do meu reino que não devem estar nos lugares que ocupam e quais são
os espertos e os estúpidos!

Pois é, aquele material tem de ser tecido e transformado em roupa
imediatamente!”

E deu aos dois malandros uma grande quantia de dinheiro para começarem a trabalhar. Assim, os dois patifes montaram dois teares e agiram como se estivessem a trabalhar afanosamente, mas a verdade é que não havia nada nos teares.

Pouco depois, estavam a pedir o melhor fio de seda e de ouro, que meteram nos seus próprios bolsos, continuando a mover
os braços diante dos teares vazios pela noite dentro.

Ao fim de algum tempo, o imperador pensou:
“Gostava realmente de saber como vai aquilo!”

O fato é que ninguém queria admitir que não via roupa nenhuma,
porque isso significaria que eram estúpidos ou então incompetentes no seu trabalho. Foi quando se ouviu claramente uma voz espantada de criança: — O imperador não leva nada vestido!

Por fim, até o próprio imperador achou que ele devia ter razão, mas pensou para si próprio: “Não posso parar, senão estrago o cortejo”.
E lá foi andando com um ar cada vez mais orgulhoso, enquanto os cortesãos continuavam a segurar uma cauda que não existia.

Trecho do Conto - A roupa nova do Imperador – de Hans Christian Andersen.

Freud explica: "Existem duas maneiras de ser feliz nesta vida, uma é fazer-se de idiota e a outra é sê-lo."