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terça-feira, 11 de setembro de 2012

O verdadeiro amigo

A história de sacrifício de um verdadeiro amigo, Franz para fazer do outro, um famoso pintor.
"Quem encontrou um verdadeiro amigo, encontrou um tesouro" - diz o ditado bíblico. 
Se nós alcançamos nossos sonhos porque em algum momento, alguém nos ajudou a atingi-los ou renunciou aos seus e na maioria das vezes, não reconhecemos isso, porque são detalhes que aos nossos olhos são insignificantes, mas fizeram parte de nossa ascensão.



Por volta de 1490 dois jovens amigos, Albrecht Dürer e Franz Königstein queriam ser artistas, mas estavam enfrentando muitas dificuldades. Por serem pobres, eles trabalhavam para sustentar-se, enquanto aprendiam a pintar quadros. O trabalho tomava grande parte do tempo deles e, por conseguinte, o progresso nos estudos era lento. Um dia, chegaram a um acordo: tirariam a sorte, e aquele que perdesse trabalharia para sustentar os estudos do outro.

Albrecht foi o vencedor e continuou a estudar, enquanto Franz trabalhava em um serviço pesado. Pelo acordo, quando Albrecht se tornasse famoso, sustentaria Franz nos estudos.

Albrecht partiu para as cidades da Europa para concluir os estudos. Hoje, o mundo todo sabe que ele não tinha apenas talento; era um gênio. Quando ficou famoso, ele voltou para cumprir sua parte no acordo com Franz. Logo a seguir, porém, Albrecht constatou o preço enorme que Franz havia pago.

Por ter trabalhado com as mãos executando tarefas pesadas para sustentar o amigo, Franz ficou com os dedos rígidos e tortos. Suas mãos, antes esguias e sensíveis, estavam arruinadas para sempre. Ele não podia mais realizar as delicadas pinceladas necessárias para produzir uma bela pintura. Apesar de não poder concretizar seus sonhos artísticos, ele não se tornou uma pessoa amargurada.

Ao contrário, alegrou-se com o sucesso do amigo. Um dia, Albrecht encontrou Franz casualmente e o viu ajoelhado, com as mãos retorcidas em atitude de oração, suplicando silenciosamente pelo sucesso do amigo, embora ele próprio não pudesse mais ser um artista.

Albrecht Dürer, o grande gênio fez um esboço rápido das mãos de seu fiel amigo e, mais tarde, completou a magnífica obra-prima conhecida como "As Mãos em Oração". Hoje, as galerias de arte de todos os lugares exibem as obras de Albrecht Dürer, e essa obra-prima em particular retrata uma eloqüente história de amor, sacrifício, trabalho e gratidão.



Quadro de Albrecht Dürer

Nela, os povos do mundo inteiro também encontram conforto, coragem e força. - Extraído do livro "Histórias para o Coração United Press".

Albrecht Dürer (Nuremberga, 21 de maio de 1471 — Nuremberga, 6 de abril de 1528) foi um gravador, pintor, ilustrador, matemático e teórico de arte alemão e, provavelmente, o mais famoso artista do Renascimento nórdico, tendo influenciado artistas do século XVI no seu país e nos Países Baixos. A sua maestria como pintor foi o resultado de um trabalho árduo e, no campo das artes gráficas, não tinha rival. As suas xilogravuras, consideradas revolucionárias são ainda marcadas pelo estilo gótico . É considerado como o primeiro grande mestre da técnica da aguarela, principalmente no que diz respeito à representação de paisagens . Os seus interesses, no espírito humanista do Renascimento, abrangiam ainda outros campos, como a geografia, a arquitectura, a geometria e a fortificação .

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A Raposa e o Lenhador

Reza uma lenda que um lenhador acordava às 6 horas
da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha. 
Só parava tarde da noite. Ele tinha um filho, lindo, 


 

de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança.


Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa
cuidando de seu filho.

Todas as noites, ao retornar do trabalho, a raposa
ficava feliz com sua chegada.

Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era
um bicho, um animal selvagem, e portanto, não era 
confiável.

Quando ela sentisse fome comeria a criança.
O lenhador, sempre retrucando com os vizinhos, falava 
que isso era uma grande bobagem. 
A raposa era sua amiga e jamais faria isso.

Os vizinhos insistiam: 
“Lenhador, abra os olhos! A raposa vai comer seu filho. Quando sentir fome, comerá seu filho!”

Um dia o lenhador, muito exausto do trabalho e
muito cansado desses comentários, ao chegar em casa
viu a raposa sorrindo como sempre e com sua boca
totalmente ensangüentada. Olenhador suou frio e
sem pensar duas vezes, acertou o machado na cabeça
da raposa.

Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho,
no berço dormindo tranqüilamente e ao lado do berço
uma cobra morta!

O lenhador enterrou o machado e a raposa juntos.

Moral da História:

Se você confia em alguém, não importa o que os outros
pensem a respeito.
Siga sempre o seu caminho e não se deixe influenciar e,
principalmente, nunca tome decisões precipitadas,
pautadas em experiências do passado ou porque
convive ou já conviveu com gente ardilosa, dissimulada
e gananciosa.
Cada ser humano carrega em si suas vivências, cultura e princípios e valores.
Não podemos generalizar pessoas.
Quantas vezes, somos precipitados em julgar as pessoas, pelo que o outro vem nos dizer, sem nem mesmo questionar se de fato é a verdade sobre
tal pessoa ou argumento. Acostumados a desconfiança, medo de ser traído, passado para trás, 
seguimos em frente,  e cortamos relações pessoais ou profissionais, laços e elos essenciais para o nosso crescimento pessoal. 

Na Bíblia existe citações que fazem refletir sobre ao fazer um
pré-julgamento ou até embasados em opiniões de terceiros, que nem sempre representam a verdadeira, mas que agem de acordo com seu próprio interesse.

Eclesiásticos nos diz que "Todo o que é consultado dá o seu conselho, 
mas há conselheiros que só atendem a si próprios".

Vê bem com quem te aconselhas, informa-te primeiro quais são os seus interesses, 
porque eles pensam dentro de si próprio.

Uma palavra má transtornará o coração; porque nem todas as coisas convém 
a todos; nem todas as pessoas se comprazem das mesmas coisas.

Muitos de modo a preservar seus interesses, semearão dúvidas,
incertezas, medo, através de ardis para desqualificar o outro, gerando
desconfiança para levá-lo a falência moral. 

Assim como os que se sentiam incomodados pela
lealdade da raposa, existirá aqueles que virão e nos
dirão:
-Não te fies neste funcionário, futuramente ele pode vir
a colocá-lo em condições de prejuízos financeiros.
-Não confie neste relacionamento poderá ser traído(a),
e serás motivo de chacota ou vergonha, de grande amargura.
-Não leve esse projeto adiante, ele não está mesmo
apresentando resultados imediatos, não vale a pena.
-Não faça aquela viagem ela talvez não será fortuita.

Desconfiados ou até ressabiados por viver experiências semelhantes, acatamos por impulso, autopreservação, medo ou precaução, embasado na opinião, não em fatos.
Quando na verdade, tudo que um indivíduo assim
deseja é tirar do caminho o que considera a "pedra" no dele, talvez por ser menos evoluído, não se libertou 
ainda do egoísmo e das fraquezas de ser invejoso, ganancioso, materialista, individualista ou inseguro quanto às habilidades pessoais ou profissionais ou má formação de caráter.

"Quem decide um caso sem ouvir a outra parte não pode ser considerado justo, ainda que decida com justiça." (Sêneca).

Obs.: Trata-se de uma fábula de Esopo e de domínio público. 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

TENHO OU SOU AMIGO VERDADEIRO?





 
"A gente só conhece bem as coisas que cativou.

Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma.

Compram tudo prontinho nas lojas.

Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos.

Se tu queres uma amiga, cativa-me!
Os homens esqueceram a verdade.
Mas tu não a deves esquecer.
 

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!"

             (A Raposa para o Pequeno Príncipe)

Muitas pessoas se preocupam em ir para o céu se esforçam para um dia desfrutar dos benefícios que o céu pode oferecer.
Apesar de ser uma boa coisa querer ir para o céu e se esforçar para alcançá-lo, há uma coisa que pode ser feita na Terra que já antecipa as bênçãos que serão recebidas no Céu.
Trata-se da amizade. Interessante prestar atenção na qualidade que se empregaà amizade verdadeira.
Amizade verdadeira parece ser redundante, mas nem toda amizade é verdadeira. Há amizades falsas, pretensas, aparentes e superficiais.
Tanto uma como a outra tem profunda influência na
pessoa que dela participa.
A amizade verdadeira produz alegria, endorfina, calor e vida.
A pretensa amizade age lentamente, como um veneno,
um tóxico que imobiliza, congela e mata toda esperança
de ser feliz.
Uma é divina e outra é diabólica
É necessário escolher o tipo de amigo que se deseja ser e ter
Na amizade verdadeira há um aprofundamento da relação,
da intimidade, transparência, ou seja, você se mostra
cada vez mais na sua real maneira de ser, sem esconder o
que se pensa, sente, gosta, valoriza, prefere, aprecia.

Há uma abertura tal que você não tem medo de ser descoberto,
pego de surpresa, exposto pelo que é, defende ou acredita.
Porém, quando a amizade não é verdadeira,
há medo de ser diferente na maneira de pensar, sentir e agir perante os outros.
Numa amizade verdadeira, você é aceito, respeitado, considerado, valorizado, apesar de suas falhas, erros, deficiências e limitações.

Em uma relação assim não estão presentes a ameaça,
o perigo da rejeição, da crítica, do julgamento moral de
suas ações, de suas convicções ou de sua pessoa.
Mas se fazem presentes a segurança, a certeza do apoio,
da compreensão e da simpatia. Na verdadeira amizade,
você experimenta e vivencia uma relação de interdependência mútua.

Não é uma relação de intromissão, de invasão, interferência, mas de divisão, partilha, afeto e apoio.

Quando você permite que o outro pense, escolha, fale, sinta e aja por você, em nome da amizade, pode ter certeza de que a relação não é de amizade, mas de abuso, desrespeito e desconsideração.
Quando a amizade é apenas uma fonte de desgaste, cansaço, vazio, quando você se sente com uma carga nas costas, com raiva, irritado, quando está ou se afasta do amigo, sua amizade não está fazendo bem para você.

Não é verdadeira
Se você só sente sacrifício, desgaste e sofrimento na relação,
é hora de parar e reavaliar toda a dinâmica da amizade. Se, ao se separar do amigo, você está abatido no seu ânimo, desanimado nos valores, pesado na consciência, é porque a relação não está sendo mútua.

Você está sendo prejudicado
Isso porque numa relação de amizade verdadeira, a sua individualidade não é comprometida, o seu estado emocional é fortalecido e enriquecido.

Mas é preciso ter pelo menos consciência de você mesmo nos momentos de interação para ver se está mais seguro, apoiado, amado e valorizado
Na inversão de valores em que vivemos, a busca pela popularidade é muito mais propaganda do que amizade.
É muito comum, em um grupo, alguém querer
ser popular humilhando e ridicularizando um
amigo – só para ter a atenção de todos.

Não é de se estranhar que a seqüência dessa dinâmica
seja uma profunda sensação de estar só, algo experimentado
por aqueles que não conhecem os benefícios
de uma intimidade profunda em uma relação de
amizade.
É muito fácil saber quem é um verdadeiro amigo.
Basta observar e querer perceber,
basta prestar atenção ao seguinte: o verdadeiro amigo vibra com o seu sucesso,
enquanto o falso amigo “murcha”;
o verdadeiro amigo se empolga com a sua vitória,
enquanto o falso se desanima;
O amigo de verdade se alegra com os seus ganhos,
enquanto o falso se entristece;
o verdadeiro amigo se regozija com o seu progresso,
mas o falso se abate;
o verdadeiro amigo se identifica com o seu trunfo,
o falso amigo se desvincula
da sua felicidade.
O verdadeiro amigo está sempre ao seu lado,
e não se sente prejudicado, diminuído ou ameaçado
pelo seu crescimento.
Ele não sente ciúmes de suas vantagens,
nem inveja suas qualidades, não faz uso de você nem
do que é seu para benefícios e fins pessoais.
O verdadeiro amigo não controla você para
satisfazer seus próprios desejos,
para segurança pessoal. Ele não se prende a você como
uma cola, nem o fixa como o peixe no anzol ou a
âncora no barco.

Na verdadeira amizade, através de um respeito profundo
pelo outro, conserva-se a individualidade, mantém-se a separação, preserva-se a entidade independente e autônoma, e sustenta-se a integridade do ser do outro.

Uma reflexão importante deve ser: sou um amigo verdadeiro?
Que espécie de amigo sou?
Estou mais preocupado em ter ou ser um
verdadeiro amigo?
É na relação, sendo e tendo amigos, que como
seres humanos nos desabrochamos para
atingir ao máximo as potencialidades de que somos
capazes.

Fonte: Extraído de Amigo e Amigo (Revista Mocidade, janeiro de 1994).

domingo, 17 de agosto de 2008

Quem é Muito Querido a Mim







É muito querido pra mim
Aquele que não inveja
Que é amigo sincero
De todos os seres vivos
Que não tem senso de posse
Que tem a mesma atitude
Na tristeza ou na alegria
Que é sempre determinado

Tendo a mente e o intelecto
Harmonizados comigo

É muito querido a mim
Harmonizados comigo
É muito querido a mim

Quem nunca perturba os outros
Nem se deixa perturbar
Além da dualidade

Do sofrimento e prazer
Livre do medo e da angústia
Também é muito querido

Aquele que não se apega
Nem ao prazer nem à dor
Que não rejeita ou deseja
Ao que agrada ou aborrece
Renunciando igualmente
É muito querido a mim

Renunciando igualmente
É muito querido a mim

Quem age do mesmo modo
Com amigos e inimigos
E não muda de atitude
No ostracismo ou na glória
No sucesso ou no fracasso

Que nunca se contamina
E sempre fica contente
Com o que lhe é oferecido
Este me é muito querido
É muito querido a mim

(Geraldo Azevedo e Rogério Duarte)



Eu desejo ótimo fim de semana e que vocês
sejam sempre queridos na vida, mas 
saibam querer e fazer por
merecer também!