A vida em sociedade fica mais fácil se entendermos que dependemos uns dos outros para viver melhor. Administradores quando "sonhadores ou visionários" tendem a entendê-la como algo mais que gerir e liderar ou angariar lucros, e valorizam o que aprendemos na teoria como trabalho em equipe, espírito de empatia e a palavra "sinergia" que até hoje está grudada na minha mente, na prática.
É certo que, quando temos um professor que fala com propriedade sobre o assunto e é apaixonado por TGA (Teoria Geral da Administração), a ideia é absorvida com maior fluidez.
O que seria a tal de "Sinergia", pode ser definida como o "momento em que o todo é maior que a soma das partes", ou seja, as forças unidas se multiplicam, em 2 + 2 equivalem a 6.
Num sistema isolado, a soma dessas forças se subtrai, quando desordenadas, e ocorre o oposto da sinergia, 2 + 2 = 0, por exemplo.
Um exemplo disso, e cito aos alunos do meu curso voluntário, é o filme “FormiguinhaZ”, quando eles fazem uma escada formada por todas as formigas com o objetivo de fugir da colônia, aprisionadas no subterrâneo, no entanto, um simples erro de qualquer uma delas pode comprometer toda a fuga e o objetivo final, a liberdade.
Os diferentes também se aglutinam e, dessa forma, se assemelham e somam, assim como nas FormiguinhasZ.
Na “Era do Gelo” também, são seres diferentes em tudo: o mamute Manny, a preguiça Sid e o tigre-dentes-de-sabre Diego, no entanto, eles esquecem as diferenças, apesar das divergências, e se juntam para alcançar um mesmo objetivo, porque entendem que só unidos se completam, caso contrário, sozinhos, andarão em círculos, sem chegar a objetivo nenhum.
Foto: Reprodução internet. |
Para quem trabalha, cursou ou está mais familiarizado com Administração, Marketing ou Comunicação, essa palavra “feedback” soa bastante familiar, trata-se da “retroalimentação”. Pode ser definida como “um processo de fornecer dados, retornos para melhoria de desempenho, em atingir certos objetivos e alcançar a excelência”.
Para que isso ocorra, a comunicação entre as partes interessadas não pode haver ruídos e qualquer barreira a respeito deve ser rompida.
Como também não devemos encarar o feedback como algo negativo ou depreciativo, mas com bom senso, como mecanismo de melhorias, diálogo, ações e estratégias a serem adotadas para uma determinada situação, para que a sinergia ocorra.
Na administração moderna, ele é usado como ferramenta extremamente útil na condução das relações humanas. As pessoas se comunicam umas com as outras e dão feedback de suas ações e atitudes constantemente.
Para que um feedback se torne útil, é preciso que ele seja:
— Descritivo (que tenha a essência do tema).
— Específico (mostrando objetividade).
— Compatível com as necessidades do comunicador e do receptor (que atenda a cada um de maneira igualitária).
— Dirigido (não vale carapuça, é necessário indicar claramente a quem é dirigido o feedback).
— Solicitado (sempre estar disponível quando solicitado).
— Oportuno (para que haja fluência no relacionamento) e esclarecido (o outro lado precisa saber exatamente que se trata de um feedback).
A dificuldade de receber feedback está no fato de não aceitarmos nossas ineficiências e quanto menor o nível de feedback em uma organização, menor será o de transparência e consequentemente maior o índice de ineficiência, ainda que embutida.
Muitas vezes, o feedback é dificultado quando há conflitos de interesses, levando a situações pessoais indesejáveis para o bom andamento da empresa, por falta de discernimento e profissionalismo.
As pessoas, em sua grande maioria, não estão preparadas para receber feedback, sendo assim, as empresas e seus líderes devem estimular essa cultura entre seus funcionários, não como um ato de insubordinação (você é pago para fazer um serviço, não para pensar), uma atitude arcaica, mas como parte do processo no todo.
Para que as empresas superem esse formato autocrático, é preciso estabelecer relação de confiança entre os funcionários, reconhecer o feedback como um processo que leva tempo e uma boa educação corporativa, que engloba todos num mesmo processo de aprendizado, aprender a ouvir, a dialogar e entender emoções.
Feedback, ao contrário do que muitos pensam, não é a opinião de uma pessoa sobre outras, agressiva, mas uma observação objetiva, direta e respeitosa de uma pessoa em relação ao comportamento de outra, feita com a intenção de aprimorar o seu desempenho.
É um método para modificar o comportamento, melhorar o desempenho, lidar com o estresse e enriquecer os relacionamentos.
É verdadeiro apenas quando a intenção é a de ajudar, quando ela é comunicada ao receptor e ele está aberto a aceitar as informações e a usá-las de forma positiva, para que todos sejam privilegiados, atendidos e realizem seus objetivos. Todos ganham. Permite trabalhar a percepção de si e dos outros.
Nota: Em Administração e marketing, utilizamos muitas palavras em inglês, como "feedback", em virtude de que as referências bibliográficas mundialmente estudadas nas faculdades e universidades pertencem aos precursores da administração, como Frederick Taylor (Administração Científica), Henri Fayol (Teoria Clássica), Peter Drucker (Administração Moderna), assim como Philip Kotler, considerado o pai do Marketing, Michael Porter, David Aaker, entre outros. E também os brasileiros Idalberto Chiavenato (Teoria Geral da Administração) e Marcos Cobra (Áreas de marketing, serviços e vendas), essenciais para estudos e aprendizado.
Tema SinergiaPor Loira do Bem
Bacharel em Adm. de empresas com ênfase em Marketing.
Tema Feedback
Por Eliezer Leite da Silva Junior
Propagandista Farmacêutico, formado em Administração de empresas.
Sebrae.