quarta-feira, novembro 20, 2013

Ser bom não é ser bobo

Algumas pessoas acabam por se colocar em situações difíceis que inicialmente não teriam razão de ser.

Imagem de 422694 por Pixabay


Consideram que ser uma pessoa boa significa se sujeitar aos escárnios. É certa a necessidade que temos de suportar dores, tolerar impropérios, sofrer com as mazelas, necessidades e carências das pessoas que convivem conosco, seja no lar, entre enamorados, noivos, casados, no trabalho diante de funcionários difíceis ou chefes irascíveis entre os amigos e no meio social que vivemos e com tudo isso, nos aperfeiçoarmos como seres humanos em busca de uma condição moral mais valorosa.


Indispensável ter a paciência, a resignação, renunciar clamores pessoais da vaidade, do orgulho e de todas as fraquezas características de um mundo de provas e expiações.

Mas é inexorável a necessidade que temos de não adotarmos essa postura diante da maldade gratuita ou dos que pretendem aproveitar-se de nossa bondade para cometerem perversos abusos, sejam de ordem física, moral, judicial ou de qualquer natureza.


O problema é que diante da bondade, a primeira tendência dos maus é considerar que o interesse das pessoas em se tornarem melhores, é um interesse insincero, crendo que ninguém é capaz de ser tão bom se não houver por trás disso uma intenção que o beneficie de alguma forma.


A segunda tendência é a de se aproveitar da bondade alheia, levando ao extremo a resistência do outro. E sentem-se de certo modo seguros, porque sabem que os princípios da bondade e da fraternidade sempre falarão mais alto no coração de quem assumiu o papel de agir no bem. Esse é o equívoco na conduta dos bons, que acabam por dispensar a previdência e não raro, tornam-se joguetes nas mãos dos aproveitadores perniciosos.

É preciso que saibamos nos guardar da devastação gratuita, mesmo que os maus considerem que sempre seremos bobos apenas porque nos dispomos a sermos bons; mas ser bom não significa ser bobo. Vou mais além: ser bom não significa ser parvo; ser bom é sim uma virtude que alguns parvos não compreendem.

A bondade deveria ser entendida como o altruísmo de dedicar uma parte de nós mesmos, de nosso tempo e recursos para a sociedade, uma causa, um ideal ou uma pessoa.

Mas para os desprovidos dos princípios elevados e do entendimento de que a vida é uma troca recebemos o que damos ser bom significa ser passível de ser enganado por alguém que utiliza consciente ou inconscientemente nossa boa vontade em benefício de si mesmo.


Daí a importância de nos mantermos no caminho do bem, mas sem sermos bobos
fugindo às aquiescências para os perversos.
Defendamos nossa cooperação no bem, ATÉ O FIM!
Ser bom não é ser bobo!

Por Anderson Coutinho.