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quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

O Ano que virá

Termina mais um ano e com ele a expectativa de que 2023 venha com mais esperança, empatia e oportunidades.



Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Cada ano que termina estamos mais distantes do passado e envelhecendo mais. Hora de refletir, olhar para dentro de nós e buscar a sabedoria, o bom senso.

Fique para trás os anos duvidosos, o mundo adoeceu mental, físico, emocional e espiritual simultaneamente, enfrentamos uma pandemia das mais terríveis, muitas vidas se foram, me solidarizo com quem passou pela dor da partida dos seus entes amados, conhecidos e me compadeço delas por não conseguir salvação a tempo. E ainda não estamos livres, temos que ser cautelosos.


Reprodução: Internet 













A vida é frágil, as coisas são passageiras e as mudanças sempre vem, tudo é impermanente, não há como parar a roda do tempo. É preciso entender o ontem e prestar atenção à paisagem.

Se caminharmos apressados só em linha reta, não enxergamos a curva ou à paisagem nas laterais, se deixarmos uma obra inacabada, nunca saberemos o que seria dela se a tivéssemos terminado. 

Conserve seu medo
Mas sempre ficando
Sem medo de nada
Porque nessa vida
De qualquer maneira
Não se leva nada
Ande pra frente
Olhando pro lado...
( Raul Seixas) 

Nem sempre o acaso vai nos proteger, uma incógnita, "O acaso é um deus e um diabo ao mesmo tempo", segundo Machado, porque nunca se sabe o que virá pela frente depois.

Às vezes tudo o que precisamos não é um caminho novo, mas um novo jeito de caminhar, de enxergar as coisas sobre um novo prisma ao aprender com os erros passados e perdoarmos por nossos equívocos.

Como diz Machado de Assis: “Defeitos não fazem mal, quando há vontade e poder de corrigir”. Tempo de introspecção, reaproximação e despertar o lado bom da gente, humanidade.

Estamos só de passagem, nada levaremos conosco quando partimos deste mundo. Fica para trás a ambição, o egoísmo, a mesquinhez, a raiva, a ganância, o preconceito. Mas as coisas boas que plantamos e espalhamos ao nosso redor, farão a diferença para outras pessoas. 

Assim como haverá momentos bons, felizes, recompensas, também haverá de dores, conflitos, atritos, medos, incertezas, desapontamentos, perdas, atos falhos, afinal, "Sobre todos nós, um pouco de chuva precisa cair" segundo Led Zeppelin, mas temos que ser resilientes enquanto respiramos: carpe diem quamminimum credula postero ou “colha o dia e confie pouco no amanhã”, é o sábio conselho do filósofo Horácio.

Se não puder ajudar, não atrapalhe.

Enquanto aproveitamos o presente nos esforçarmos para evoluir, em amar mais, odiar menos. Não cabe sermos verdugos uns dos outros. Viemos neste mundo para termos o direito de escolha e imposição, afinal, se "Deus se deu ao incômodo de nos dizer oitocentas vezes para ficarmos contentes e alegres era porque queria que nós também o disséssemos uns aos outros" (Eleanor H. Porter - Pollyanna).

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Que venha 2023 carregado de boas energias e um novo despertar para nós todos!

Imagem de Pixabay /free












Agradeço por todos os leitores pela audiência e pela confiança há mais de uma década.
Bons ventos o trazem, que bons ventos o levem!
Boas Festas! Até breve, assim espero.
Blessed Be!