Foto: Cristiane Nogueira |
”O que tem a ver Almir Sater, Keith Richards, Led Zeppelin ou Pink Floyd?
Tudo. Desde 2003 quando eu estive pela primeira vez no show de Sater, ao entrar no palco sob os acordes de "Cavaleiro da Lua", eu logo pensei:
Tudo. Desde 2003 quando eu estive pela primeira vez no show de Sater, ao entrar no palco sob os acordes de "Cavaleiro da Lua", eu logo pensei:
-Nossa que sonzeira rock é este?
-Em que lugar eu vivia que não sabia deste cara?
Bastou pesquisar sua obra musical, logo vi que tinha tudo a ver com Pink Floyd, Led Zeppelin, Bob Dylan, Jethro Tull, etc. Um roqueiro bluseiro.
Uma mistura de som folk irlandês, inglês, bluegrass e country americano, sem perde o purismo bucólico.
E hoje ao receber esse link do Júlio Bicalho, mineiro, fã de rock e de viola das boas, uma síntese perfeita a respeito de que, o rock e a viola, tem muito a ver com as bandas que citei acima, que eu literalmente curto, exceto Stones. Na matéria, o autor muito feliz por sinal em sua observação, fala a respeito, ao ler a biografia de Keith Richards, guitarrista de Rolling Stones e faz a comparação com solo que Almir Sater, Led Zeppelin, leia-se Jimmy Page “Black Mountain Side”
A seguir a matéria na íntegra:
Lendo a biografia do Keith Richards no livro “Vida”, a afinação da guitarra dos Stones me chamou a atenção. Em 1968, quando os Stones já estavam fazendo sucesso, Keith Richards descobriu a afinação aberta em Sol. É uma afinação, simples, primitiva, muito usada no blues e country acústico tradicional para tocar slide, aquele cilindro metálico ou de vidro que gera aquele belo som de aço rasgando. Nessa afinação aberta, só de bater as cordas soltas já sai um acorde de Sol Maior.
Keith Richards descobriu que, com essa afinação, poderia explorar outras sonoridades diferentes da afinação clássica, e arrancou a corda mais grave da guitarra, ficando apenas com cinco cordas, na afinação aberta em Sol. A partir dessa afinação saíram os famosos riffs dos Stones: Start Me Up, Brown Sugar, Honky Tonky Woman, Jumping Jack Flash e muitos outros. Jimmy Page também usou essa afinação na bela música “Black Mountain Side”, do primeiro disco do Led Zeppelin. Fiquei muito interessado e busquei tutoriais e aulas no youtube. Aprendi a tocar nessa afinação. É como tocar um novo instrumento. Isso me trouxe muita realização e prova que existe aprendizado depois dos quarenta. Aprendi algumas músicas e também compus algumas outras nessa afinação.
Keith Richards e a Viola Caipira
Durante minhas pesquisas, descobri que a Viola Caipira utiliza a mesma afinação do Keith Richards. É a afinação “Cebolão”, que tem esse nome porque faz a mulherada chorar quando o violeiro toca. É a afinação aberta de cinco cordas do Keith Richards, mas dobradas em mais cinco cordas mais finas que dão aquele brilho típico no som da viola.
Isso me atrai na música, a universalidade e a conexão, independente das fronteiras e estilos, a possibilidade de interação, mistura e criação, a possibilidade do surgimento de uma nova e diferente música a partir de uma improvável parceria entre Keith Richards e Almir Sater.
Sobre o Autor :
Leandro Pessoa é um profissional com larga experiência em Gestão de TI, Gestão de Pessoas e Gerenciamento de Projetos. Leitor assíduo e entusiasta de assuntos como liderança, gerenciamento do tempo, melhoria contínua, aprendizado organizacional, comportamento humano, tecnologia e inovação, também é músico nas horas vagas e faz gravações em seu homestudio.
Reproduzido do site: http://ideiasdegestao.com.br
Um comentário:
Uma pequena contribuição - a afinação é a de Rio Abaixo, amplamente usada pelo Mestre Almir. É chamada de afinação do Capeta. Richards também a usa nos Stones. DBGDG (do primeiro para o quinto par). Tem uma sonoridade misteriosa, intensa e encorpada. Com Almir, a viola caipira transcendeu-se. Cumprimentos !
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