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terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Saint Valentin - padre martirizado por defender o amor

Para quem não sabe ou não se recorda, Dia de “Valentin's Day“ ou "Dia dos Namorados" comemorado em toda Europa e Estados Unidos na data de hoje, 14 de fevereiro.

Não se trata de uma data meramente comercial, mas um significado relevante, segundo a história, um movimento social onde um padre ousou desafiar o decreto de um imperador cruel ao proibir seus soldados de se casarem, em detrimento da guerra.




Diferentemente do nosso comemorado em 12 de Junho que, foi criado pelo publicitário João Agripino Dória com o slogam “Amor com amor se paga” em 1949, coincidentemente na véspera de Santo Antonio, o “santo casementeiro” para alavancar as vendas de uma loja de roupas e passou a ser celebrado em todo o país desde então.

Conta a lenda ou história que ele viveu em Roma no tempo do Imperador Claudio II, o Gótico, que teria ordenado aos soldados romanos que não se casassem (ele acreditava que os soldados se recusavam a partir para a guerra em razão de suas esposas).













Um padre de nome Valentin, teria então casado jovens soldados, secretamente. Por sua desobediência foi degolado no dia 14 de fevereiro, véspera da celebração romana, o Festival de Lupercalia.

Depois da sua morte, o padre Valentin foi considerado santo. Quando Roma se tornou mais cristã, a igreja alterou a celebração da festa pagã de 15 de fevereiro para 14, como dia de Saint Valentin.

Dizem que na verdade são dois Valentins que viveram na mesma época, cada um ao seu modo promoviam o amor incondicional.

Neste dia é tradição mandar um cartão a pessoa que se ama. Normalmente estes cartões são anônimos e a pessoa que o recebe deve tentar descobrir quem o enviou.

Os namorados e os casais também oferecem cartões e presentes uns aos outros. Ao longo destes anos, o que não faltou foram os romances e amores envolventes, afinal, é esse sentimento, a mola propulsora que move à vida e nos dá novo fôlego para ir em frente e alimentando sonhos e esperanças.


“Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas,
só as de verão. — No fundo, isto não tem
muita importância. O que interessa
mesmo não é à noite em si, sãos
os sonhos. Sonhos que o homem sonha
sempre, em todos os lugares, em todas
as épocas do ano, dormindo
ou acordado. Sonhos de uma noite de verão".
— Shakespeare.


Shakespeare foi um destes escritores que tão bem escreveu personagens
latentes de paixão em seus livros, dramaturgias, sempre a presença de
grandes amores, irreais ou não, eles deixaram marcas, nem sempre com final feliz, mas como diria Fernando Pessoa: 
“Tudo vale a pena se a alma não é pequena", afinal, amor nunca é demais, vale a pena se embriagar e que "seja infinito enquanto dure", já dizia o poetinha.

Alguns personagens imortalizados em filmes, novelas e livros:
"Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram,
suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um a
o outro o motivo; assim que descobriram o motivo,
procuraram o remédio." Shakespeare

1) Persuasão - A 
história de amor entre Anne Elliot e Capitão Frederick Wentworth no romance de Jane Austen.
"Ele a amara ardentemente e nunca amara
outra mulher tanto quanto ela. Ela não
desistiria da sua própria mente mais elegante e
culta por todas as diversões das outras.”




2) "Minha Amada Imortal" filme sobre Beethoven.



"Meu anjo, meu tudo, meu próprio ser! Podemos mudar o fato de que és inteiramente minha e eu inteiramente teu? Fica calma, que só contemplando nossa existência com olhos atentos e tranqüilos podemos atingir nosso objetivo de viver juntos. Continua a me amar, não duvida nunca do fidelíssimo coração de teu amado Ludig. Eternamente teu, eternamente minha, eternamente nossos".

3) Tristão e Isolda -  lenda celta do século IX -
(Não se sabe se foi uma lenda ou uma história real, os textos mais populares pertenciam a dois poetas deste período, Tomás da Inglaterra e Bérou).




"Não há algo mais que só viver?
Algo mais que dever e morte.
Por que temos sentimentos,
se não podemos vivê-los?
Por que desejamos coisas, se não foram feitas
para nós? "


4) Romeu e Julieta - Shakespeare
"Não sei se a vida é maior do que a morte, mas o amor é maior do que ambas
".



5) Otelo, o Mouro. Shakespeare
“Ela me amava pelo perigos pelo que eu havia passado, e eu a amava por ter ela se compadecido de mim”. O amor de Otelo e Desdêmona separados por intrigas, interesses escusos e traições.



O que mais é o amor?
"A mais discreta das loucuras, fel que sufoca, doçura que preserva.”
"Que venham quantas tristezas vierem, que apagar não podem
a troca de alegria que sua vista num minuto me dá".

6) Marília e Dirceu - 
(Publicado em "O Amor Infeliz de Marília e Dirceu") por Tomás Antônio Gonzaga.
Eu tenho um coração maior que o mundo!
Tu, formosa Marília, bem o sabes:
Um coração..., e basta,
Onde tu mesma cabes.


Para conhecer a história de amor frustrada
entre eles..clique no link
MARÍLIA E DIRCEU

7) Jane Eyre - Charlotte Brontë
Dizem que Jane Eyre é a autobiografia da escritora entre 'ficção e realidade'.
Conta a história de uma mulher que ousou desafiar seu destino, “um ser humano livre, com uma vontade independente”.
Assim é, Jane, órfã de pai e mãe, vive infeliz na casa de uma tia que a detesta. "Disse que sou uma mentirosa, não sou. Se fosse eu diria que a Amo. As pessoas pensam que você é boa, mas você é má e sem sentimentos". [Jane quando menina falando verdades para sua tia dissimulada]
Após um confronto com ela, Jane é enviada para uma escola rígida a fim de aprender boas maneiras e subserviência. Depois de se formar professora, aceita um emprego em Thornfield Hall, como preceptora da jovem Adèle, pupila de Edward Rochester. Lá, ela conhece seu patrão, o sr. Rochester, um homem brusco e sombrio, por quem se apaixona.
Mas um grande segredo do passado se interpõe entre eles. Será o amor mais forte que a razão? "É muito melhor aguentar um martírio que só a gente sofre do que cometer uma ação cujas consequências irão atingir todos os que nos são caros."


Enfim! 
seja aqui, lá ou acolá, o amor é a energia que move em todo lugar,
então exagere no amor, uns não o entendem, uns não o reconhecem, mas quem disse que amor foi feito para entender, amor não se explica, se sente e pronto!



"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados
insanos por aqueles que não podiam escutar a música." Friedrich Nietzsche.

Crédito Fotos: Pixabay/grátis - Reprodução google
Fontes Pesquisa - Google Sites:

https://steemit.com/portugues/@marijo23/quem-e-valentin
https://sobrehistoria.com/el-da-de-san-valentn/cruzterrasanta.com.br


Post atualizado em 14/02/2021

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

CARTA DE AMOR - Drummond
















Encontrada no carro do metrô, e dizia assim:
—Estou pensando seriamente em declarar greve de mim a você, por tempo indeterminado. Não me pergunte os motivos. Você sabe. Ou é melhor que não fique sabendo, porque assim a greve é mais completa, e eu quero justamente ser um grevista mais total do que os outros grevistas que brigam por salário decente e condições decentes de trabalho.

Quero que você fique perturbada e confusa, sem saber o que eu estou fazendo ou deixando de fazer, e a todo instante a se perguntar: "Que greve é esta? Em que consiste? Quando vai acabar? Que coisa mais idiota."É isso mesmo: você achará idiota a minha greve, porque não a entenderá. Então, o menor gesto que eu fizer, a palavra mais sem significação, tudo se transformará para você em enigma, você me sentirá o cara mais misterioso do mundo, por que não dizer: o mais tenebroso.

Se pequenino e encantador cérebro de colibri dará voltas a si mesmo e não perceberá o sentido da minha abstenção oculta - de quê? E eu continuarei firme, inflexível, grevista, sem expor minhas reivindicações.
De jeito nenhum.

Então você se desmanchará em suspiros, se enrodilhará toda a meus pés, pedirá perdão de faltas não cometidas, e que eu não sabia que você fosse capaz de cometer. Confessará também as cometidas, mas eu não darei bola e continuarei a tratar você da maneira ambígua que estou anunciando. Você será um poço de petróleo repleto de amor, eu recusarei sondar esse poço inesgotável, ou finjo que estou sondando mas com vontade de não encontrar o menor indício de petróleo. Esta fase será curta, pois não quero abusar de sua amorosidade ofertada. Passemos à segunda fase.

Você se irritará comigo e, perdendo a paciência, me dirá duas ou três coisas ácidas. Jogará um copo na minha direção. Ou uma xícara, dessas do trivial do café. Eu desviarei o corpo do copo ou da xícara, e se você me jogasse em cima um samovar seria a mesma coisa: não desistiria da greve. Aí você adotava em princípio a idéia de enlouquecer. Só em princípio. Eu é que estou pinel - concluiria você. Conclusão provisória, a ser confirmada pelo psiquiatra, mas o psiquiatra, que é meu amigo, lhe responderia: Ele é assim mesmo, isso passa.

Não vai passar não, talvez minha greve seja eterna, e nunca mais seremos aqueles namorados que conquistaram o Oscar de melhor idílio no Festival de Angra dos Reis. Continuaremos, sim, dois namorados unidos por esse laço invisível da greve, como o empresário está cada vez mais preso ao assalariado, ou este àquele, quando entram em conflito de interesses, mas esta nossa categoria não dá prêmio.

A terceira fase... Haverá terceira fase? Você apelará para nossos amigos comuns, ou para o Ministério da Comunicação Social, que aliás não existe, existe só o Ministério, não a Comunicação? E que é que eles podem fazer para acabar com uma greve tão fechada, tão silenciosa, tão sutil, que nem a reforma da legislação trabalhista, por engenhosa que seja, lhe dará remédio?

Bem, se você faz mesmo questão fechada, se sua vida ficar dependendo da elucidação das causas primárias e outras, da minha greve, então eu deixo no carro do metrô um envelope lacrado com os seguintes dizeres (no verso):


Não adianta abrir, nessa emergência? Nem haverá quem abra o envelope? Quem sabe? Sempre resta um sobrevivente, ou vários. A Bíblia o demonstra. Eu não posso revelar o meu segredo nem diante de uma comissão de inquérito parlamentar. Minha greve é absoluta. Tenha paciência, garota, não faço por menos, nem admito intervenções no meu sindicato. Meu sindicato sou eu.

Tem uma coisa. Não deduza de tudo isto que estou declarando guerra. Guerra é guerra, greve é outra coisa, e a minha então é outríssima. Sem quebra, atenuação ou extinção de amor. Pois você não vê, boba, bobíssima, que isto ainda é amor, é mais amor do que amor, é minha forma de amar você, de um jeito só meu, que nem você mesma é capaz de aprender em sua mineral abismalidade? ‘Dio come te amo! Até.

Carlos Drummond de Andrade
Livro: Boca de Luar - 

sábado, 13 de junho de 2009

Imperfeição do Amor - Dia dos Enamorados



Eis a questão, como dizia Hamlet, acho que Shakespeare tem razão, "nossas dúvidas são traidoras". 
Namorar é verbo -Vem aí o Dia dos Namorados. Observe atentamente a construção das frases e perceberá que namorar é verbo: poder, querer, demonstrar, encontrar, reviver, compreender, redescobrir, traduzir, provocar, suspirar, sentir, fazer, reclamar, levar, imaginar, comemorar. E verbo é ação.. . Artur da Távola -1999
E ação pode coincidir com reação e coração!