terça-feira, outubro 30, 2012

Robert Plant emociona na despedida do Brasil



Publicada em 30 de Out de 2012 - 00h00min 
Um Gigantinho quase lotado por 10 mil pessoas ficou aos pés de um mito do rock como há muito tempo  não se via.
Ex-líder do Led Zeppelin mostrou velhos clássicos com cara nova no Gigantinho. 
Crédito: Ricardo Giusti


















Sir Robert Plant, no alto de seus 64 anos, voz praticamente intacta desde os tempos de Led Zeppelin, se despediu da turnê brasileira com um show vigoroso na noite desta segunda, em Porto Alegre. O mítico vocalista, acompanhado pela sua The Sensational Space Shifters, com instrumentistas tarimbados na lida dos palcos, agradou todo mundo, até os mais "xiitas" fãs do Led, por conta de suas versões bem diferentes para os clássicos da banda inglesa.
O show foi aberto por Renato Borghetti e sua gaita-ponto. A apresentação de cerca de 30 minutos do músico gaúcho foi bem recebida pelo público, que acompanhou com palmas a música Merceditas.Plant e banda subiram ao palco às 21h35min, para delírio total de roqueiros de todas as idades.
Estava iniciando ali a realização de um sonho para muitos deles, de pais que cresceram ao som da banda a filhos que foram educados na música com os solos do "arquiteto" Jimmy Page, as vocalizações inigualáveis de Plant, o baixo preciso de John Paul Jones e bateria demolidora de John Bonham.
Mas o cantor que estava ali, cabelo desgrenhado, cavanhaque já esbranquiçado, muitas rugas na cara, tinha uma nova história pra contar. Plant há muito vem se debruçando sobre as raízes musicais da América que assombraram quando ainda era um adolescente na Inglaterra e que o empurraram para a formação de um quarteto que, rapidamente, passou a ser chamado de "Os Monstros Sagrados do Rock".
A noite foi aberta com "Tin Pan Valley", seguida por "Another Tribe", já de sua nova fase. 
O primeiro cover da noite foi dar na alma rural americana com o "Spoonful", do bluesman Howlin' Wolf. Mas Plant desafia os puristas e, sabendo que o blues vem da África oprimida, dá as cores necessárias com a inclusão do ritti, um violino africano de um só corda e com o sorriso contagiante de Juldeh Camara, que até duela com um dos guitarristas da banda. 
Os outros covers da noite ficam a cargo de "Song to the Siren", de Tim Buckley, e o blues "Fixin' to Die", de Bukka White.A essa altura o público já está quente e vem o primeiro momento Led com "Friends". Tods cantam em coro com o astro.
 Logo adiante, mesmo que irreconhecível nos primeiros acordes, Plant faz todo mundo gritar em "Black Dog". Antes de apresentar "Bron-Y-Aur Stomp" e "Ramble On", Plant mostra mais um pouco de sua nova fase com "The Enchanter". E quando ele cai definitivamente no Led, delírio total no Gigantinho e muita gente às lágrimas com "Whole Lotta Love".
Antes do bis, o artista pede para a plateia cantar "Parabéns a você" em português para um amigo.Robert Plant deixa o palco e, no bis, acalma o público com o hino acústico "Going to Califórnia". Depois, se despede no melhor estilo Led, com "Rock and Roll" muito mais puxada para o rockabilly, para enfim dizer adeus às 23h15min.Plant queria mostrar uma outra música e foi agraciado com uma vibração que só quer dizer uma coisa: "você está fazendo a coisa certa!"
Fonte: Daniel Soares / Correio do Povo
Fonte da notícia: Correio do Povo

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