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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Almir Sater e Renato Teixeira indicados para o Grammy Latino

Almir Sater e Renato Teixeira estão entre os brasileiros indicados ao 17º Grammy Latino 2016 anunciado ontem, quarta-feira (21) pela Academia Latina de Gravação, em duas categorias:
MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA DE RAÍZES BRASILEIRAS
"AR", de Almir Sater & Renato Teixeira.
MELHOR CANÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA "D De Destino", de Almir Sater, Paulo Simões e Renato Teixeira, que abre o disco, e foi o primeiro single disponibilizado nas plataformas digitais.

                                              Foto: Eduardo Galeno / Agencia Produtora.
 
Gravado entre o Brasil e Nashville (EUA), com produção do norte-americano Eric Silver, reúne 10 canções inéditas compostas por Almir Sater e Renato Teixeira e tem sido muito elogiado pela crítica especializada e fãs no geral. Os Artistas, já haviam sido agraciados no 27º Prêmio de Música Brasileira de 2016, como “melhor dupla regional”.

Sater em seus shows, já incluiu desde o início do ano, no repertório – as canções Bicho Feio, Peixe Frito e D De Destino, faixa que abre o disco e a música de trabalho, que inclusive, concorre na categoria acima como Melhor canção.  Abaixo, o vídeo amador em que Almir Sater canta durante show a música que foi indicada ao Grammy Latino.



 E, pelo visto, “viver muito além das fronteiras” longe das pedras de atiradeira, é o desejo também, do presidente da Academia Latina da Gravação, Gabriel Abaroa, que ressaltou a qualidade e a diversidade dos indicados à 17ª edição do Grammy Latino, e destacou o bom momento e o crescimento da música hispânica, especialmente nos Estados Unidos. "Não há muro algum que possa ser construído que detenha o poder da música. Jamais. A música não conhece muros", disse Abaroa em entrevista por telefone à Agência Efe.

Em sua página oficial no Facebook, Renato Teixeira   compartilhou o link da Agencia Produtora, representante do artista, parabenizando-os, pelas indicações.


A premiação ocorre no dia 17 de novembro, T-Mobile Arena, em Las Vegas Que venha então, o Grammy para Almir Sater e Renato Teixeira, ícones brasileiros e merecedores disso, pois levo a certeza no meio do peito.
CD AR – disponível nas plataformas digitais e nas Melhores Lojas e Sites Virtuais.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Robert Plant: O processo por plágio, uma tremenda perda de tempo


                                        Photo: Phil Dawson - Alamy
 
Até de bermuda parece um gentleman. Robert Plant chega com o The New York Times na mão e sem indício de ressaca depois da brutal apresentação da noite anterior. Às 10h30 da manhã e desperto, como provam seus olhos que seguem cada mulher que se move pela piscina de seu hotel de Cascais. Robert Plant (1948, Inglaterra) sente-se um sobrevivente de uma época em que o provável, em sua profissão, era bater as botas. A seus quase 68 anos – que completa em agosto – o vocalista e letrista do grupo Led Zeppelin (1968-80) continua na estrada a seu ritmo. Desde a separação do Led Zeppelin, trabalhou com o guitarrista do grupo, Jimmy Page (1994-98), com a cantora country Alison Krauss (2007-08) e com diversas bandas. Desde 2012 é acompanhado pela banda Sensational Space Shifters, com quem se apresenta na quinta-feira 14 de julho em Madri dentro da programação das Noches del Botánico, “colidindo” o som duro de seu lendário grupo com músicas africanas e do Mississipi.

Pergunta. Um astro do rock acordado às 10 da manhã!
Resposta. Realmente os tempos são outros. Os heróis modernos precisam estar sempre ativos. Se quer continuar trabalhando nestes dias em que a música passa por tantas mudanças, tantas inovações, precisa estar acordado, muito atento, e precisa amar este mundo. Não é mais como nos anos 1970 em Los Angeles.

P. A época de seu grande sucesso com o Led Zeppelin?
R. Sim, mas também com experiências dramáticas. Sofri um acidente de carro muito grave; perdi um filho de cinco anos... Não fiquei apegado ao país das maravilhas; não acredito que seja possível se esconder da realidade... Mas, de repente, você se torna mais consciente de seu talento, do que consegue fazer e do que não. Compreendi que não podia ser apenas um cantor, que tinha de ser algo mais para me estimular mesmo. Não espero que ninguém o faça por mim.

P. Sua voz, escolhida em várias ocasiões como uma das melhores da história do rock, continua intacta. Não me diga que toma mel antes de deitar-se?
R. Claro que sim. Mel, limão e gengibre toda noite. Mas também estou com um grupo que deixa espaço para que eu me expresse e eu deixo espaço para que eles cresçam, por isso posso visitar velhas canções e mudá-las de cima a baixo. Ainda são incríveis, mas aparecem de diferentes ângulos, com outra energia, e isso faz cantar com esse dinamismo. Quando você chega a determinado ponto da vida, precisa dar sentido ao que diz. E precisa saber repeti-lo com a mesma energia sempre, precisa ser crível. Precisa conquistar as pessoas.

P. Dezesseis apresentações em oito países só em julho. Muito para seu corpo?
R. Não, esta é uma das turnês fáceis. Não é o trabalho de um herói, é o trabalho de um pragmático. Se demorar muito entre um show e outro, você perde a motivação, o ritmo, a adrenalina das apresentações. Esta é uma turnê tranquila, mas como obviamente não sou mais jovem, para mim está bom assim.

P. O formato atual dos festivais é muito diferente de uma apresentação exclusiva para seus fãs. É mais complicado se conectar com o público.

R. É verdade que em festivais onde há tanta mistura de grupos, as pessoas muitas vezes não conhecem essa música. É preciso entender quem está ali na frente. É como um mágico que vai tirando os elementos da cartola. Com o Sensational Space Shifters cada um faz seu papel.

P. Entre o rock duro do Led Zeppelin e a sensibilidade do Raising Sand com Alice Krauss há vários mundos. Como se chega a essa transformação?
R. Um dia meus filhos me disseram: “Pai, você vem para Ibiza?”, e eu respondi: “Não, vou a Louisiana”. Minha obsessão é encontrar os rastros da história da música norte-americana, a música cajun, tipo Bon Ton Roulá, as últimos sombras desse black blues extraordinário que se fez nos anos 1940 e 1950, Carl Perkins, música dos montes Apalaches, e juntar com sons mais contemporâneos. Você tem um tecladista como o do Massive Attack e um cara que toca um violino de uma só corda. Consegue uma colisão, não está compondo aquela merda de música bonita, mas uma colisão incrível.

P. O que resta do seu lado inglês?
R. Quando fui à América, bebi daquela música afro-americana, voltei e deixei de lado os ingleses, a pobre, velha e esgotada Inglaterra, com todos os seus pecados e seus ridículos. Deixei o chá das cinco, o futebol e voltei a trabalhar neste projeto com a Sensational, onde misturamos tudo.

P. Um grande salto, em todo caso...
R. Veja só, eu posso fazer coisas muito diferentes e trabalhar em qualquer parte do mundo. Não dá para trazer a Alice Krauss a um festival que reúne uma multidão e tocar música de violino, seria perigoso. Isto é energia pura; mas nós trabalhamos muito bem juntos. Eu gosto de cantar com mulheres.

P. Todo artista luta entre duas forças antagônicas: continuar fazendo o que pedem os fãs ou entrar no desconhecido. Como lida com isso?
R. É verdade. O mais importante é a criatividade; a autossatisfação vem em primeiro lugar; o público é só um voyeur. Pode olhar e ficar com o que vê ou deixar para lá. Um artista precisa ser honesto e poderoso e precisa misturar. Conheço, e é muito triste, muita gente famosa que me diz “Robert, você pode fazer isso, você é livre”‘. E é verdade.

P. Sempre foi livre?
R. Fui livre durante os últimos 36 anos [desde a separação do Led Zeppelin em 1980], quando comecei a estabelecer minhas próprias regras.

P. Há anos lhe ofereceram um cheque de 200 milhões de dólares para fazer uma turnê com o Led Zeppelin e você recusou; mas não se recusa a cantar músicas de seu antigo grupo.
R. Claro, fiz um bom trabalho no Led Zeppelin. Eu sou Led Zeppelin, cantei, escrevi as letras...

P. Há algumas semanas foi absolvido de plágio pela emblemática Stairway to Heaven...
R. Foi uma loucura, uma insanidade, uma tremenda perda de tempo. Existem doze notas fundamentais na música ocidental, e você se dedica a movê-las. Não precisávamos ter chegado aos tribunais, mas era nossa música. Falei com o Jimmy [Page, coautor da música] e dissemos: “Vamos enfrentá-los”. Se você não defender seus direitos, o que vai fazer? Nunca imagina que vai passar por isso. Você se senta de um lado da colina, olha as montanhas, escreve uma música e 45 anos depois saem com essa. Deus do céu!


P. Como lida com a Internet, a pirataria...?
R. Não me importo com a pirataria. Faz parte de como tudo está se abrindo. Adoro o desconhecido e a Internet ajuda porque permite descobrir coisas que você não vai ouvir no rádio nem na mídia internacional; música dark, muito bonita, que você não vai escrever porque é underground, e aí começou o Led Zeppelin. A pirataria não é o fim do mundo.

P. Mas não pagam?
R. Hehehe, eu já fui pago. Agora meu pagamento é sentir-me bem com o que faço. Certamente, para mim, é fácil dizê-lo.
Por Javier Martín

sexta-feira, 8 de julho de 2016

"AR" DE ALMIR SATER E RENATO TEIXEIRA PARA OUVIR DE OLHOS FECHADOS

      
         Em dezembro (11) do ano passado Almir Sater e Renato Teixeira
despontaram com a novidade no fim de ano ao lançar nas plataformas digitais o mais novo CD “AR” e leva as iniciais dos seus nomes.

       Apesar de amigos e parceiros musicais, é a primeira vez que eles lançam um CD juntos. Gravado entre o Brasil e Nashville (EUA) com produção do norte-americano Eric Silver, o álbum traz 10 músicas inéditas compostas por eles, e copartipação de Paulo Simões (D De Destino), Rodrigo Sater (Bicho Feio) e Eric Silver (Amor Leva Eu), agraciados no 27º Prêmio de Música Brasileira de 2016, como melhor dupla regional.

      "AR" já se enconta disponível nas plataformas digitais:
https://umusicbrazil.lnk.to/DDeDestino e nas Melhores Lojas e Sites virtuais.



      Capa de AR - Imagem de Eduardo Galeno 

        Um trabalho ousado e inovador que navega pelas vertentes do
Country ao Folk, Rock anos 70, sem perder sua essência, agrega o purismo da música caipira e seus ritmos genuínos. Como eles afirmam em uma das canções: "Viver além das fronteiras".

        Cada vez mais seguros em suas trajetórias Almir e Renato em belos
duetos de vozes reavivam a nossa alma para aqueles tempos idos, onde falar
de amor, lealdade e natureza ainda vale a pena.Um verdadeiro elixir para
os tempos difíceis em que vivemos (É preciso amor para pulsar).

        Sem dúvida, um disco ímpar e contagiante que agrada em cheio todas as
gerações. Com distribuição da gigante Universal Music através do selo "Som de Gringo",  está entre os mais procurados.
 
    Imagem: Eduardo Galeno

Almir Sater e Renato Teixeira - AR 
Universal Music 
Faixas:
1. D De Destino
2. Espelho D'Água
3. A Primeira Vez
4. A Flor Que A Gente Assopra
5. Juro
6. Bicho Feio
7. O Amor Tem Muitas Maneiras
8. Peixe Frito
9. Amor Leva Eu
10. Noite Dos Sinos

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Novo Canal de Divulgação | Facebook Almir Sater

Tocando em Frente.
Sigamos então....A casa é sua - pode entrar - há muito que plantar por aqui!   https://www.facebook.com/oalmirsater/
Almir Sater Compositor e Violeiro 
É sabido que o artista Almir Sater  gosta de ter mais contato físico com os fãs, ao invés de comunicar por redes sociais. Recentemente, até declarou em entrevista ao Jornal de Bauru, que todos os perfis e páginas criadas são extraoficiais, nenhuma delas são autorizadas por seu escritório exclusivo. Mas, felizmente graças, aos 10 anos de lisura, coerência e bom senso nas redes sociais, obtive essa permissão do seu escritório, para criar uma página - onde o conteúdo é confiável e exclusivo sobre o artista, que considero um dos mais completos e que merece muito Respeito. Almir é um artista mais reservado, eu diria menos comercial.
É um equívoco visar deslumbramento ou vantagens apenas, porque a obra de Almir Sater visa coração, emoção e simplicidade, sobretudo comprometimento ético e paixão pelo que faz. Para falar sobre ele, precisa conhecer sua essência musical, pesquisar, entender e assimilar. Isso demanda tempo e responsabilidade. E, mesmo nestes 10 anos, ainda sou aprendiz. Mas tenho a sorte de contar com as demais pessoas que o admiram. 

E, o fato dele não estar presente, aumenta esse compromisso, porque é preciso estar em nivelamento com sua arte, ideias e estilo de vida. E um dos motivos de sua ausência, está ligado com o respeito, para com o público, fãs e admiradores no geral. O violeiro, anos atrás, mencionou que seria educado interagir e responder todas as mensagens aos seus seguidores, em carinhos iguais, pois contribuem para seu sucesso, ao longo de sua carreira sólida, há mais de 30 e poucos anos. Para isso demanda tempo, da qual devido as suas inúmeras atividades artísticas e pecuárias, além da familiar, seria impossível cumprir. 

Então, assumo essa responsabilidade de estar o mais próxima possível, de sua honradez e lealdade para com todos. E, por esse motivo, convido todos a curtir esse novo espaço – feito com dedicação, apreço e muito carinho, para divulgar o novo projeto “AR” em parceria com Renato Teixeira, disponível nas plataformasdigitais e sobre novidades, agendas e shows, além das fronteiras. E, certamente, o Álbum dos fãs, aquele momento sagrado com Almir Sater – porque é o público quem compra os discos, prestigia os shows, alavanca a carreira do artista, então merece um lugar especial sempre.

Foto: Patrícia Diniz / BH

“Não tem nada melhor do que eu posso fazer do que sair "Tocando em frente". Me emociona mais que isto. Nem acredito que vai aparecer, porque é tão grande a emoção que eu sinto em sair tocando em frente por aí, que dificilmente eu.. eu vou parar de fazer isto, eu gosto de muitas coisas no mundo, eu acho legal, mas o meu combustível mesmo, que me impulsiona que me faz feliz, que cria minha família, é sair pelo Brasil Tocando em frente”. - Almir Sater.

sábado, 4 de junho de 2016

ENTREVISTA ERIC SILVER – MÚSICA, SONS, AMIGOS E IRMÃOS.




                                                 
 










Em Entrevista ao Blog - Eric Silver fala 
de sua carreira, dos parceiros musicais 
a paixão pelo nosso país e pela música
dos seus amigos e influências e do seu 
recente Álbum 
“Bridges, Friends and Brothers” 
e como simples palavras, mas 
significativas de Sérgio Reis 
influenciou  
o projeto, e claro sobre o “AR” 
gravado por Almir Sater e Renato Teixeira 
que leva sua assinatura. 

Isso tudo aconteceu e os fatos que se 
deu faz parte da História.. e ao som da viola. 
O produtor norte-americano e Multi-instrumentista
é apaixonado por Música desde criança e 
pelo Brasil também. O responsável por essa 
segunda paixão é o Compositor, cantor 
e instrumentista, o violeiro 
Almir Sater. Amizade entre os dois vêm 
de longa data. Em 1989, Sater foi aos 
Estados Unidos participar do 
International Fair Festival 
e aproveitou para gravar o disco 
Rasta Bonito, em Nashville, 
considerada o berço do country americano, 
onde contou com a participação de 
Eric. Além do encontro da viola de 
10 cordas, popularmente conhecida 
como caipira, com o banjo americano 
nascia uma amizade e parceria 
que perdura até os dias atuais.




Convidado pelo amigo brasileiro 
para tocar em festivais de Música, 
Eric Silver passou a viver na ponte
aérea e desde então se divide entre
os dois países, seja para cantar, 
produzir ou tocar com grandes 
artistas renomados internacionais 
(já havia trabalhado como compositor, 
músico e produtor de artistas 
como Dixie Chicks, Shania Twain, 
Cindy Lauper, Donna Summer, 
Keith Urban) assim como brasileiros, 
entre eles o CD “AR” de Almir Sater 
e Renato Teixeira, lançado em 
Dezembro passado, pela Universal Music
Na lista como compositor, estão sucessos
com NX Zero, Titãs, CPM 22, 
Manu Gavassi e desde 2007 é o 
compositor americano mais gravado 
por aqui, mais de 
100 músicas.

                  
 

Ano passado, envolvido pela magia da 
música brasileira e seus amigos 
e parceiros, gravou pela Universal Music, 
o álbum "Bridges, Friends and Brothers" 
que traz canções inéditas e versões 
em inglês de grandes clássicos brasileiros 
como Vida Boa, Pássaro de Fogo, 
Romaria, Tocando em Frente, 
Um violeiro Toca, Epitáfio, 
Evidências e participações especiais
 de Almir Sater, Renato Teixeira, 
Sérgio Reis, etc, Além de artistas 
internacionais como Vince Gil 
(ganhador de 20 Grammys) e 
Victor Wooten (5 grammys, 
considerado um dos melhores baixistas 
do mundo), Kix Brooks, 
Dann Huff (Taylor Swift, Bon Jovi, Keith Urban 
e outros), Jay Demarcus (Rascal Flatts) 
e Andrea Zonn.


                     

Além de ser um artista multifuncional
Eric Silver deu um toque especial 
ao Show de Almir Sater, realizado domingo 
passado (29) no encerramento da 
Virada Cultural Mogi, em SP. 
O Músico com seu bandolim e violão folk 
se uniu a magistral banda de Almir 
e juntos abrilhantaram um espetáculo
exuberante. O violeiro que desde 
Março passado, acrescentou em
seus shows, as canções do novo CD, 
como "Bicho Feio", "D DE Destino", 
"Peixe Frito"
levou o público ao êxtase durante a 
apresentação. 
Em Maio passado, também participou 
da turnê "Tocando em Frente" 
no Espaço das Américas, SP em 
dois espetáculos com Almir Sater, 
Renato Teixeira e Sérgio Reis.    

            
                                




Conheça mais sobre esse artista multifacetado 
que agrada em cheios gringos e brasileiros, 
a seguir:

                            LDBSabemos que o encontro entre 
você e o Almir Sater aconteceu em 1989, 
quando o músico brasileiro convidado 
para participar do International Fair Festival 
em Nashville, e gravou o CD “Rasta Bonito”,
 da qual dizemos que houve a fusão da viola
de 10 cordas ou caipira com o banjo americano. 
— Qual foi sua sensação ao ver, 
pela primeira talvez, esse instrumento 
tão peculiar e ao mesmo tempo com 
ressonância incrível ¿.

Eric Silver — Na verdade, toquei muitos 
instrumentos durante minha vida. 
 Comecei com piano e violão. 
 Depois aprendi tocar baixo, bandolim, 
banjo e violino. Para mim não achei 
nada estranho o som da 
viola caipira. Ela parece um violão com 
outra afinação. Almir arrumou uma viola
caipira que eu toco menos a técnica
que ele usa na mão direita. Quando 
trabalhamos para gravar, trocamos 
muito nossos violões e violas.

LDB — Essa experiência entre músicos 
brasileiros e estrangeiros foi o que 
despertou o interesse em conhecer 
o País, em aprofundar parcerias. 
Conta como foi isso.

Eric Silver — Eu sempre gostei de viajar, 
gosto de conhecer pessoas. Antes do Brasil, 
viajei para trabalhar na Europa, Canadá, 
Japão, até Arábia Saudita. 
Almir me convidou a vir pro Brasil 
porque o empresário dele na época 
agendou alguns shows em uns festivais 
de música e eles me convidaram 
para tocar com minha banda 
dos EUA. Não sei por que, mas me 
apaixonei pelo país e comecei a viajar 
muito pelo Brasil. Almir, como eu, 
gosta de conhecer pessoas e lugares 
de um jeito mais pessoal e com calma. 
Então, neste sentido, combinamos bem 
e ele me mostrou muitos lugares e me 
apresentou muitas pessoas. Entre eles
 fiz amizade com Renato Teixeira 
e Sergio Reis. Todos eles se tornaram
minha família Brasileira.

LDB — De 2007 pra cá, li que você é o 
compositor mais gravado entre os 
artistas brasileiros, e nota-se que 
entre eles, há artistas sertanejos 
como Paula Fernandes, Roqueiros 
como NX Zero, Titãs, ou pop 
como Manu Gavassi, suas composições 
conseguem englobar diversos gêneros 
musicais, e emplacam da mesma forma, 
qual é a fórmula ?

Eric Silver — Se eu soubesse a fórmula, 
poderia ficar rico, hehehe. Tudo começa
com uma boa canção. Aprendi isso em
 Nashville, um lugar com muitos 
compositores incríveis. Bom, a base da 
música country sempre é a letra,
mas se uma pessoa não entende 
as letras, pelo menos a melodia e 
energia da música podem tocar 
a coração. Aqui, foi o Rick Bonadio
(produtor) que inicialmente ouviu 
minhas músicas e adorou 
meu estilo e começou gravá-las 
nos projetos dele, mais de 100 
canções. Ele abriu muitas portas para
mim no mundo musical do Brasil e
tive sorte porque ele gostou 
do meu “estilo”.
Não me acho tão perspicaz em
tantos gêneros. Existem alguns que
são obviamente diferentes, como 
o metal e folk. Temos outros mais sutis, 
como folk e bluegrass. Quanto mais 
você escuta e absorve alguma coisa, 
mais você vai se familiarizar com 
as sutilezas. Quando tinha 21 anos 
toquei com David Grisman, 
um artista de jazz, acústico e 
algumas músicas dele não eram
tão diferentes dos instrumentais 
que Almir toca. Então não precisei 
me adaptar muito para trabalhar 
com Almir. 
Rick sempre gostou muito 
da música dos EUA 
então meu estilo 
de compor e tocar combinou bem 
com ele. Acho que tive sorte em criar 
parcerias certas. Independente de 
qual estilo eu vá compor, a emoção 
é a coisa que sempre tem que 
estar presente para uma 
música funcionar. 
 Isso é uma coisa difícil de fingir.

LDB — Foi essa paixão e essa gama de 
gêneros musicais, das quais navega naturalmente 
que o levou a gravar o seu 
Álbum “Bridges, Friends and Brothers”, 
uma bela homenagem, sem dúvida aos
clássicos brasileiros. Fale um pouco 
mais deste CD que tem agradado 
em cheio os fãs brasileiros. Sua voz me 
lembra de James Taylor e achei 
muito interessante ouvir as letras 
dos clássicos brasileiros, versadas para o inglês, 
ficou instigante;

Eric Silver — James Taylor é meu herói
numero um. Não sei como tirar o som
dele de mim. Sobre o álbum, estava 
falando um dia com Daniel Silveira 
que trabalhou na minha gravadora na época 
(Universal), e discutimos essa ideia, 
de gravar músicas daqui no estilo 
e som de Nashville. Comecei a experimentar
com algumas músicas. 
Um dia fui para Serra Da Cantareira 
falar sobre o projeto com 
Sérgio Reis, que não via há 
muitos anos. Quando ele me encontrou,
ele pegou na minha mão, deu um beijo 
nela e disse, “Que saudades de você!”. 
Peguei meu carro e comecei a seguir 
ele para a casa e comecei chorar 
no carro, pensando em todos
os anos da vida que já passaram, 
e mesmo com todos os anos que 
passaram sem nos encontrarmos, 
com as mudanças na vida, 
nossa amizade ficou ainda 
mais forte. Aí surgiu a ideia de 
“Bridges, Friends and Brothers”. 
Comecei pesquisando músicas do Almir, 
Renato, Sergio e outros que 
fizeram sucesso e comecei a tentar 
traduzir e fazer versões em inglês 
que ficaram fiéis com as 
letras originais. Foi um trabalho que 
eu gostei por causa de desafio. 
Meu empresário na época, Beni Borja, 
que é um produtor e compositor 
(Biquini Cavadão, Kid Abelha) me 
ajudou bastante com repertório e 
me deu ajuda com as traduções. 
Outro grande produtor e muito 
meu amigo, Reinaldo Barriga, entrou, 
me deu muito apoio e me apresentou
 Chitãozinho e Xororó que sugeriram 
para eu gravar Evidências. Também 
durante o processo encontrei 
Paula Fernandes que curtiu o projeto e 
gravou Pássaro de Fogo (Firebird) 
comigo. No final das contas, me vi 
envolvido em grandes amizades com 
todo mundo, então a energia d
os “friends and brothers” cresceu 
ainda mais.

LDB — Em Dezembro passado, 
Almir Sater e Renato Teixeira 
despontaram com a grande novidade, 
um CD “irreverente”, o 'AR' também 
gravado pela Universal Music, e lançado 
no mesmo dia que o seu (11) 
nas plataformas digitais. Para nós, 
uma dupla felicidade. Como foi produzir 
esse disco, essa junção espetacular 
entre o country e a música caipira, 
o rock dos anos 70 e o bluegrass, 
fontes estas que bebe o Almir Sater, 
e com toque de “gringo”. 
Explique, por favor, essa conexão,
da qual sou suspeita, de tanto que 
me alegrei ao escutar pela 
primeira vez.

Eric Silver — Existe uma expressão que
 você tem que aprender todas as 
regras para depois poder 
quebrar todas. Com respeito à música, 
ajuda muito se você sabe como
tocar, cantar e compor bem. 
Quero dizer, nunca pensei muito 
em regras dentro da 
música. Tenho um surdo “virado” 
de Carlinhos Brown, e acabei tocando 
ele numa produção country que fiz. 
 Na verdade comecei usar “loops” 
eletrônicos em minhas produções, 
anos atrás que algumas pessoas 
acharam radical. Hoje em dia, 
quase não existem gravações 
country music de Nashville 
sem esse tipo de 
programação. Igualmente, gosto de cozinhar, 
mas nunca usei um livro para saber 
como fazer alguma coisa. 
(Coloco manteiga de amendoim em quase tudo, kkkk). Produção além de ser  um trabalho 
de organização, saber como capturar
sons de qualidade, você tem que fazer 
uma pintura áudio. Você coloca imagens 
de sons, mexe com elas, se distancia
 um pouco, volta, adiciona e tira coisas 
que você gosta ou não. Eu trabalho muito 
tempo em minhas gravações, mas, quando 
está na hora de parar eu sei, paro, e 
durmo melhor. O que você chamou de 
“irreverente” acho que é normal hoje 
em dia. A Música no geral está passando 
por uma fase com muitas coisas 
misturadas, particularmente nos EUA 
com pop, country e rap. Acho que 
neste caso, fora de nossas amizades, 
Almir e Renato gostaram muito do som 
que eu consegui com as músicas 
deles, o que ajudou na decisão 
para eu produzir. Também ajuda que 
somos amigos há muitos anos e 
conhecemos bem a personalidade 
do outro, nossos pontos fortes e fracos, 
então fica confortável.

LDB — Como produtor o que você acha 
do crescente universo da Música folk 
tanto no Brasil quanto nos EUA, 
e como é a reação dos seus amigos 
americanos quando você mostra 
o som do violeiro 
Almir Sater. 
(Pergunta feita por um amigo e grande 
fã de Almir Sater e seu naturalmente, 
o sul-mato-grossense Paulo Roberto Licht Kemper, 
professor de Biologia e apaixonado por
boa música, pelo som de viola e bandolim, 
toca ambos).

Eric Silver —Eu não sei se está acontecendo 
esse crescimento da música folk 
no geral. Esse mundo sempre existiu, 
não é “mainstream”, mas tem festivais 
e clubes e as rádios independentes 
que apoiam esses circuitos musicais 
e promovem novos artistas. Como eu
mencionei antes Nashville é cheio 
com “violeiros” com muitos tipos 
dos instrumentos então, o som da viola
 caipira não fica tão diferente, um pouco 
parecido do bouzouki (instrumento 
muito popular na música tradicional 
da Grécia). Os músicos que tocam no 
álbum gostaram bastante das composições
do Almir e Renato.

LDB — No CD “AR” de Almir Sater 
e Renato Teixeira, além de produzir, 
você também assina uma das mais belas canções, 
“Amor Leva Eu”, com os dois artistas. 
O que te atrai mais, compor, cantar, tocar, produzir, 
ou tudo junto e de preferência sempre 
cercado de “Pontes, amigos e irmãos”.

Eric Silver — Amo compor. 
É uma forma de expressão pessoal, 
meio terapêutica. Para mim, essas coisas 
de tocar, cantar, compor e produzir 
nunca estão separadas, uma complementa 
a outra. Por exemplo, ao compor e gravar 
uma música, eu quero o som de vocal 
e violão o melhor possível. Isso faz parte 
de produção. Cada elemento, a melodia, 
ritmos, o jeito em que os músicos tocam
 e o som dos vocais até a mixagem 
tem efeito na emoção que o 
ouvinte vai sentir e gosto de mexer 
com tudo isso. Mas, voltando ao início de novo, 
tudo tem que começar com uma bela
canção.

LDB — Talvez seja esse o caminho então, 
porque a parceria com o “AR” já começa 
a render frutos, entre os finalistas 
em duas categorias: 
“Melhor Álbum Regional e melhor dupla”. 
Em sua página, li e vi que recebestes 
a notícia com grande contentamento, 
afinal é uma conquista e tanto em 
pouco tempo de lançamento. 
Isso sem dúvida foi muito “cool”. 
Conte a respeito.

Eric Silver — Acho que todos nós e 
no geral, que pretendem criar e produzir 
músicas ou artes em formas diversas 
deseja que as outras pessoas gostem 
e respeitem os nossos trabalhos. 
Eu não gosto 
muito da ideia de pensar em artes 
como competição, mas se ganharmos 
um prêmio, seria legal porque é uma 
maneira de saber que mais alguém 
gostou de nossos trabalhos. 
Isso nos deixará felizes.

Para ouvir e comprar 
o CD "Bridges, Friends and Brothers"  iTunes
               

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