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sábado, 4 de junho de 2016

ENTREVISTA ERIC SILVER – MÚSICA, SONS, AMIGOS E IRMÃOS.




                                                 
 










Em Entrevista ao Blog - Eric Silver fala 
de sua carreira, dos parceiros musicais 
a paixão pelo nosso país e pela música
dos seus amigos e influências e do seu 
recente Álbum 
“Bridges, Friends and Brothers” 
e como simples palavras, mas 
significativas de Sérgio Reis 
influenciou  
o projeto, e claro sobre o “AR” 
gravado por Almir Sater e Renato Teixeira 
que leva sua assinatura. 

Isso tudo aconteceu e os fatos que se 
deu faz parte da História.. e ao som da viola. 
O produtor norte-americano e Multi-instrumentista
é apaixonado por Música desde criança e 
pelo Brasil também. O responsável por essa 
segunda paixão é o Compositor, cantor 
e instrumentista, o violeiro 
Almir Sater. Amizade entre os dois vêm 
de longa data. Em 1989, Sater foi aos 
Estados Unidos participar do 
International Fair Festival 
e aproveitou para gravar o disco 
Rasta Bonito, em Nashville, 
considerada o berço do country americano, 
onde contou com a participação de 
Eric. Além do encontro da viola de 
10 cordas, popularmente conhecida 
como caipira, com o banjo americano 
nascia uma amizade e parceria 
que perdura até os dias atuais.




Convidado pelo amigo brasileiro 
para tocar em festivais de Música, 
Eric Silver passou a viver na ponte
aérea e desde então se divide entre
os dois países, seja para cantar, 
produzir ou tocar com grandes 
artistas renomados internacionais 
(já havia trabalhado como compositor, 
músico e produtor de artistas 
como Dixie Chicks, Shania Twain, 
Cindy Lauper, Donna Summer, 
Keith Urban) assim como brasileiros, 
entre eles o CD “AR” de Almir Sater 
e Renato Teixeira, lançado em 
Dezembro passado, pela Universal Music
Na lista como compositor, estão sucessos
com NX Zero, Titãs, CPM 22, 
Manu Gavassi e desde 2007 é o 
compositor americano mais gravado 
por aqui, mais de 
100 músicas.

                  
 

Ano passado, envolvido pela magia da 
música brasileira e seus amigos 
e parceiros, gravou pela Universal Music, 
o álbum "Bridges, Friends and Brothers" 
que traz canções inéditas e versões 
em inglês de grandes clássicos brasileiros 
como Vida Boa, Pássaro de Fogo, 
Romaria, Tocando em Frente, 
Um violeiro Toca, Epitáfio, 
Evidências e participações especiais
 de Almir Sater, Renato Teixeira, 
Sérgio Reis, etc, Além de artistas 
internacionais como Vince Gil 
(ganhador de 20 Grammys) e 
Victor Wooten (5 grammys, 
considerado um dos melhores baixistas 
do mundo), Kix Brooks, 
Dann Huff (Taylor Swift, Bon Jovi, Keith Urban 
e outros), Jay Demarcus (Rascal Flatts) 
e Andrea Zonn.


                     

Além de ser um artista multifuncional
Eric Silver deu um toque especial 
ao Show de Almir Sater, realizado domingo 
passado (29) no encerramento da 
Virada Cultural Mogi, em SP. 
O Músico com seu bandolim e violão folk 
se uniu a magistral banda de Almir 
e juntos abrilhantaram um espetáculo
exuberante. O violeiro que desde 
Março passado, acrescentou em
seus shows, as canções do novo CD, 
como "Bicho Feio", "D DE Destino", 
"Peixe Frito"
levou o público ao êxtase durante a 
apresentação. 
Em Maio passado, também participou 
da turnê "Tocando em Frente" 
no Espaço das Américas, SP em 
dois espetáculos com Almir Sater, 
Renato Teixeira e Sérgio Reis.    

            
                                




Conheça mais sobre esse artista multifacetado 
que agrada em cheios gringos e brasileiros, 
a seguir:

                            LDBSabemos que o encontro entre 
você e o Almir Sater aconteceu em 1989, 
quando o músico brasileiro convidado 
para participar do International Fair Festival 
em Nashville, e gravou o CD “Rasta Bonito”,
 da qual dizemos que houve a fusão da viola
de 10 cordas ou caipira com o banjo americano. 
— Qual foi sua sensação ao ver, 
pela primeira talvez, esse instrumento 
tão peculiar e ao mesmo tempo com 
ressonância incrível ¿.

Eric Silver — Na verdade, toquei muitos 
instrumentos durante minha vida. 
 Comecei com piano e violão. 
 Depois aprendi tocar baixo, bandolim, 
banjo e violino. Para mim não achei 
nada estranho o som da 
viola caipira. Ela parece um violão com 
outra afinação. Almir arrumou uma viola
caipira que eu toco menos a técnica
que ele usa na mão direita. Quando 
trabalhamos para gravar, trocamos 
muito nossos violões e violas.

LDB — Essa experiência entre músicos 
brasileiros e estrangeiros foi o que 
despertou o interesse em conhecer 
o País, em aprofundar parcerias. 
Conta como foi isso.

Eric Silver — Eu sempre gostei de viajar, 
gosto de conhecer pessoas. Antes do Brasil, 
viajei para trabalhar na Europa, Canadá, 
Japão, até Arábia Saudita. 
Almir me convidou a vir pro Brasil 
porque o empresário dele na época 
agendou alguns shows em uns festivais 
de música e eles me convidaram 
para tocar com minha banda 
dos EUA. Não sei por que, mas me 
apaixonei pelo país e comecei a viajar 
muito pelo Brasil. Almir, como eu, 
gosta de conhecer pessoas e lugares 
de um jeito mais pessoal e com calma. 
Então, neste sentido, combinamos bem 
e ele me mostrou muitos lugares e me 
apresentou muitas pessoas. Entre eles
 fiz amizade com Renato Teixeira 
e Sergio Reis. Todos eles se tornaram
minha família Brasileira.

LDB — De 2007 pra cá, li que você é o 
compositor mais gravado entre os 
artistas brasileiros, e nota-se que 
entre eles, há artistas sertanejos 
como Paula Fernandes, Roqueiros 
como NX Zero, Titãs, ou pop 
como Manu Gavassi, suas composições 
conseguem englobar diversos gêneros 
musicais, e emplacam da mesma forma, 
qual é a fórmula ?

Eric Silver — Se eu soubesse a fórmula, 
poderia ficar rico, hehehe. Tudo começa
com uma boa canção. Aprendi isso em
 Nashville, um lugar com muitos 
compositores incríveis. Bom, a base da 
música country sempre é a letra,
mas se uma pessoa não entende 
as letras, pelo menos a melodia e 
energia da música podem tocar 
a coração. Aqui, foi o Rick Bonadio
(produtor) que inicialmente ouviu 
minhas músicas e adorou 
meu estilo e começou gravá-las 
nos projetos dele, mais de 100 
canções. Ele abriu muitas portas para
mim no mundo musical do Brasil e
tive sorte porque ele gostou 
do meu “estilo”.
Não me acho tão perspicaz em
tantos gêneros. Existem alguns que
são obviamente diferentes, como 
o metal e folk. Temos outros mais sutis, 
como folk e bluegrass. Quanto mais 
você escuta e absorve alguma coisa, 
mais você vai se familiarizar com 
as sutilezas. Quando tinha 21 anos 
toquei com David Grisman, 
um artista de jazz, acústico e 
algumas músicas dele não eram
tão diferentes dos instrumentais 
que Almir toca. Então não precisei 
me adaptar muito para trabalhar 
com Almir. 
Rick sempre gostou muito 
da música dos EUA 
então meu estilo 
de compor e tocar combinou bem 
com ele. Acho que tive sorte em criar 
parcerias certas. Independente de 
qual estilo eu vá compor, a emoção 
é a coisa que sempre tem que 
estar presente para uma 
música funcionar. 
 Isso é uma coisa difícil de fingir.

LDB — Foi essa paixão e essa gama de 
gêneros musicais, das quais navega naturalmente 
que o levou a gravar o seu 
Álbum “Bridges, Friends and Brothers”, 
uma bela homenagem, sem dúvida aos
clássicos brasileiros. Fale um pouco 
mais deste CD que tem agradado 
em cheio os fãs brasileiros. Sua voz me 
lembra de James Taylor e achei 
muito interessante ouvir as letras 
dos clássicos brasileiros, versadas para o inglês, 
ficou instigante;

Eric Silver — James Taylor é meu herói
numero um. Não sei como tirar o som
dele de mim. Sobre o álbum, estava 
falando um dia com Daniel Silveira 
que trabalhou na minha gravadora na época 
(Universal), e discutimos essa ideia, 
de gravar músicas daqui no estilo 
e som de Nashville. Comecei a experimentar
com algumas músicas. 
Um dia fui para Serra Da Cantareira 
falar sobre o projeto com 
Sérgio Reis, que não via há 
muitos anos. Quando ele me encontrou,
ele pegou na minha mão, deu um beijo 
nela e disse, “Que saudades de você!”. 
Peguei meu carro e comecei a seguir 
ele para a casa e comecei chorar 
no carro, pensando em todos
os anos da vida que já passaram, 
e mesmo com todos os anos que 
passaram sem nos encontrarmos, 
com as mudanças na vida, 
nossa amizade ficou ainda 
mais forte. Aí surgiu a ideia de 
“Bridges, Friends and Brothers”. 
Comecei pesquisando músicas do Almir, 
Renato, Sergio e outros que 
fizeram sucesso e comecei a tentar 
traduzir e fazer versões em inglês 
que ficaram fiéis com as 
letras originais. Foi um trabalho que 
eu gostei por causa de desafio. 
Meu empresário na época, Beni Borja, 
que é um produtor e compositor 
(Biquini Cavadão, Kid Abelha) me 
ajudou bastante com repertório e 
me deu ajuda com as traduções. 
Outro grande produtor e muito 
meu amigo, Reinaldo Barriga, entrou, 
me deu muito apoio e me apresentou
 Chitãozinho e Xororó que sugeriram 
para eu gravar Evidências. Também 
durante o processo encontrei 
Paula Fernandes que curtiu o projeto e 
gravou Pássaro de Fogo (Firebird) 
comigo. No final das contas, me vi 
envolvido em grandes amizades com 
todo mundo, então a energia d
os “friends and brothers” cresceu 
ainda mais.

LDB — Em Dezembro passado, 
Almir Sater e Renato Teixeira 
despontaram com a grande novidade, 
um CD “irreverente”, o 'AR' também 
gravado pela Universal Music, e lançado 
no mesmo dia que o seu (11) 
nas plataformas digitais. Para nós, 
uma dupla felicidade. Como foi produzir 
esse disco, essa junção espetacular 
entre o country e a música caipira, 
o rock dos anos 70 e o bluegrass, 
fontes estas que bebe o Almir Sater, 
e com toque de “gringo”. 
Explique, por favor, essa conexão,
da qual sou suspeita, de tanto que 
me alegrei ao escutar pela 
primeira vez.

Eric Silver — Existe uma expressão que
 você tem que aprender todas as 
regras para depois poder 
quebrar todas. Com respeito à música, 
ajuda muito se você sabe como
tocar, cantar e compor bem. 
Quero dizer, nunca pensei muito 
em regras dentro da 
música. Tenho um surdo “virado” 
de Carlinhos Brown, e acabei tocando 
ele numa produção country que fiz. 
 Na verdade comecei usar “loops” 
eletrônicos em minhas produções, 
anos atrás que algumas pessoas 
acharam radical. Hoje em dia, 
quase não existem gravações 
country music de Nashville 
sem esse tipo de 
programação. Igualmente, gosto de cozinhar, 
mas nunca usei um livro para saber 
como fazer alguma coisa. 
(Coloco manteiga de amendoim em quase tudo, kkkk). Produção além de ser  um trabalho 
de organização, saber como capturar
sons de qualidade, você tem que fazer 
uma pintura áudio. Você coloca imagens 
de sons, mexe com elas, se distancia
 um pouco, volta, adiciona e tira coisas 
que você gosta ou não. Eu trabalho muito 
tempo em minhas gravações, mas, quando 
está na hora de parar eu sei, paro, e 
durmo melhor. O que você chamou de 
“irreverente” acho que é normal hoje 
em dia. A Música no geral está passando 
por uma fase com muitas coisas 
misturadas, particularmente nos EUA 
com pop, country e rap. Acho que 
neste caso, fora de nossas amizades, 
Almir e Renato gostaram muito do som 
que eu consegui com as músicas 
deles, o que ajudou na decisão 
para eu produzir. Também ajuda que 
somos amigos há muitos anos e 
conhecemos bem a personalidade 
do outro, nossos pontos fortes e fracos, 
então fica confortável.

LDB — Como produtor o que você acha 
do crescente universo da Música folk 
tanto no Brasil quanto nos EUA, 
e como é a reação dos seus amigos 
americanos quando você mostra 
o som do violeiro 
Almir Sater. 
(Pergunta feita por um amigo e grande 
fã de Almir Sater e seu naturalmente, 
o sul-mato-grossense Paulo Roberto Licht Kemper, 
professor de Biologia e apaixonado por
boa música, pelo som de viola e bandolim, 
toca ambos).

Eric Silver —Eu não sei se está acontecendo 
esse crescimento da música folk 
no geral. Esse mundo sempre existiu, 
não é “mainstream”, mas tem festivais 
e clubes e as rádios independentes 
que apoiam esses circuitos musicais 
e promovem novos artistas. Como eu
mencionei antes Nashville é cheio 
com “violeiros” com muitos tipos 
dos instrumentos então, o som da viola
 caipira não fica tão diferente, um pouco 
parecido do bouzouki (instrumento 
muito popular na música tradicional 
da Grécia). Os músicos que tocam no 
álbum gostaram bastante das composições
do Almir e Renato.

LDB — No CD “AR” de Almir Sater 
e Renato Teixeira, além de produzir, 
você também assina uma das mais belas canções, 
“Amor Leva Eu”, com os dois artistas. 
O que te atrai mais, compor, cantar, tocar, produzir, 
ou tudo junto e de preferência sempre 
cercado de “Pontes, amigos e irmãos”.

Eric Silver — Amo compor. 
É uma forma de expressão pessoal, 
meio terapêutica. Para mim, essas coisas 
de tocar, cantar, compor e produzir 
nunca estão separadas, uma complementa 
a outra. Por exemplo, ao compor e gravar 
uma música, eu quero o som de vocal 
e violão o melhor possível. Isso faz parte 
de produção. Cada elemento, a melodia, 
ritmos, o jeito em que os músicos tocam
 e o som dos vocais até a mixagem 
tem efeito na emoção que o 
ouvinte vai sentir e gosto de mexer 
com tudo isso. Mas, voltando ao início de novo, 
tudo tem que começar com uma bela
canção.

LDB — Talvez seja esse o caminho então, 
porque a parceria com o “AR” já começa 
a render frutos, entre os finalistas 
em duas categorias: 
“Melhor Álbum Regional e melhor dupla”. 
Em sua página, li e vi que recebestes 
a notícia com grande contentamento, 
afinal é uma conquista e tanto em 
pouco tempo de lançamento. 
Isso sem dúvida foi muito “cool”. 
Conte a respeito.

Eric Silver — Acho que todos nós e 
no geral, que pretendem criar e produzir 
músicas ou artes em formas diversas 
deseja que as outras pessoas gostem 
e respeitem os nossos trabalhos. 
Eu não gosto 
muito da ideia de pensar em artes 
como competição, mas se ganharmos 
um prêmio, seria legal porque é uma 
maneira de saber que mais alguém 
gostou de nossos trabalhos. 
Isso nos deixará felizes.

Para ouvir e comprar 
o CD "Bridges, Friends and Brothers"  iTunes
               

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