Imagem de Sophie Janotta por Pixabay
Será que diríamos a verdade sobre nós mesmos? Deixaríamos vir à tona, os nossos reais sentimentos, anseios, sonhos, objetivos, valores, o lado frágil, que sofre, que ri, que chora, que perde, que ganha, que maltrata, que destrata, mente, manipula, dissimula, julga, sente medo, solidão ou não? (...)
O que viria primeiro, as forças e oportunidades (virtudes e qualidades),
ou as fraquezas e ameaças? (defeitos e obstáculos). E como, enfim, construiríamos essa imagem, para que fosse aceita socialmente, mas sem deixar ser quem somos na íntegra?
O que viria primeiro, as forças e oportunidades (virtudes e qualidades),
ou as fraquezas e ameaças? (defeitos e obstáculos). E como, enfim, construiríamos essa imagem, para que fosse aceita socialmente, mas sem deixar ser quem somos na íntegra?
“Seja você mesmo. Todas as outras personalidades já têm dono.” Oscar Wilde.
Há muitas pessoas mundo afora levando uma vida que não lhes satisfaz,
às vezes, por seguir um caminho traçado pela família, às vezes por desejar atender as expectativas da sociedade. Oscar Wilde foi um mestre do individualismo. E quando falo em individualismo não me refiro a dar as costas ao mundo, mas a se relacionar com ele de forma autêntica, sendo o que de fato você é: uma pessoa única, genuína, impossível de copiar.
Quando assumimos nosso papel fica muito mais fácil nos movimentarmos pelos diversos cenários que o mundo proporciona a todo instante. Quando em Roma, faça como os romanos, mas não deixe de ser você mesmo. Descobrir quem somos e quais são nossas prioridades é uma das missões da vida – provavelmente a mais importante de todas.
Portanto, é preciso lutar pela própria identidade. Como já dizia Francisco de Quevedo no século XVII: “Se puderes, vive para ti, pois, ao morreres, morrerás apenas para ti”.
Qualquer um pode fazer uma coisa. O mérito está em fazer o mundo acreditar que foi você quem a fez.
Escolhemos um carro de determinado modelo, compramos roupa de certa grife, temos preferência por alguns artigos, mas marcas e selos de qualidade não são algo exclusivo a produtos.
Vale a pena nos fazer algumas perguntas: E eu, de que marca sou?
O que “vendo” aos outros? Que imagem projeto?
Em seu livro Y tú, ¿ qué marca eres? (E você, de que marca é?) numa tradução livre, a especialista em marketing - Neus Arqués - assegura que a marca pessoal se constrói de dentro para fora, nunca o oposto.
Não depende da roupa
que vestimos ou de imitar outras
pessoas, mas de transmitir
valores autênticos. Portanto, para
deixarmos nossa marca, devemos antes fazer
um exercício de introspecção e
descobrir o que há de mais
genuíno em nós. Conhecer nossos
valores e virtudes é o que nos torna
singulares e nos permite
comunicar essa singularidade
ao mundo.
Fontes:
Oscar Wilde para
inquietos - autor: Allan Percy
Neus Arqués: http://www.neusarques.com
Sobre a autora: Nasceu em Barcelona. É formada em
Ciências Políticas e especialista em Marketing e
Comunicação. Publicou Fem Bessons
(2002), relato sobre o secretismo da fertilização in vitro, e o manual Aprender
comunicación digital (2006).
Em "Um Homem de
Aluguer", o seu primeiro romance, interroga-se
acerca da forma como as mulheres gerir a invisibilidade e o desejo.