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sábado, 15 de abril de 2017

REDE DE RELACIONAMENTOS

Relações sociais são complexas, muitas vezes em quem mais confiamos são os que mais nos desapontam, porém, não podemos generalizar. A amizade é algo raro, quem encontrou um amigo verdadeiro, encontrou seu tesouro. E quem o tem, deve valorizar e preservar.



                     Reprodução: Internet

E essa reflexão é sobre isso, o valor da amizade tendo como exemplo "O Coração de Cavaleiro". O filme é adaptado da obra "Lendas de Canterbury" (Os Contos da Cantuária em português), escrita por Geoffrey Chaucer, e a trilha sonora recheada de muito rock dos anos 80 com músicas de Queen, David Bowie, Eric Clapton, AC/DC e Robbie Williams

Machado de Assis em O Último Dia de um Poeta (1867) escreveu:

Deitemos isto fora, que não presta: cartas de alguns indivíduos que se diziam amigos meus, no princípio, no meio e no fim. Não é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante; a amizade sente-se, não se diz... Mas a que vem esta filosofia? Deitemos fora, simplesmente, estas cartas.

Exato, assim diz o ditado "quem é amigo de todo mundo não é de ninguém", apenas enquanto durar o interesse. Acabou a necessidade, estará adulando o próximo e assim por diante. 

Analise quem você se sente à vontade para ser você mesmo, é um dos passos para saber se tens um bom amigo. 

Amigo de verdade não se melindra com qualquer coisa, sempre vai aparar arestas, construir pontes, ao invés de muros. 

Amigo não te deixa para trás e segue em frente, ao contrário, te leva na caminhada e olhando dos lados. 

Na trama do filme, o rei Edward, ao reparar uma injustiça e sagrar o jovem William, até então considerado um "farsante", com o título de Sir no torneio, disse: “Seus homens o amam. Se eu não soubesse mais nada a seu respeito, isso seria o bastante”. 





Ou seja;

É incalculável o valor da amizade com laços leais e sinceros. Um passaporte que abre portas para os que valorizam caráter e ações coerentes.

Aqueles que têm essa sorte devem cultivar seus amigos como relíquias inegociáveis, e se eles estiverem ao redor, a felicidade será dobrada e as dores serão menores. Gosto muito de uma frase atribuída ao Shakespeare: “Acho que você está errado, mas eu continuo do seu lado!”.

E esse privilégio é para poucos, porque nem todos estão dispostos a aceitar o outro com sua cultura e juízo de valores diferentes, sem gerar preconceitos e atritos e a manter uma rede de relacionamentos saudáveis ao desenvolver sentimentos assertivos, além de exercitar a via de mão dupla, sem se esquecer do autorrespeito. 

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Certo. 

Para algumas pessoas nunca seremos “bons” o suficiente por mais que esforçamos e da mesma forma. Assim como algumas não serão para nós também, por mais que o dizem. Há pessoas que não gostam nem de si mesmas.

As relações interpessoais exigem flexibilidade, focar mais nos pontos fortes e menos nos defeitos (pontos fracos), para transformá-los em fortes, o “orgulho”, por ex. o de não ser cruel, preconceituoso, mesquinho, desleal ou constranger pessoas, mas aprender a ouvir mais e se colocar no lugar do outro [empatia].

Sim, também há relacionamentos que fazem muito mal, são tóxicos, peçonhentos e abusivos. Por isso, devemos colocar numa balança, avaliar as ações e atitudes, como na frase do filme: “Você foi medido, pesado, avaliado e considerado insuficiente”. Se pender para o lado de ações duvidosas, afaste-se, tenha como prioridade o autorrespeito e o autocuidado.

Mesmo doloridos, seguir, mas olhando sempre para os lados, as perdas e frustrações nos ajudam a crescer, a amadurecer: “O que não mata só me fortalece”, segundo Nietzsche e para o que não tem solução, como diz o roqueiro Humberto Gessinger: “Perdoa o que puder ser perdoado e esquece o que não tiver perdão.

Cedo ou tarde, cruzaremos com pessoas que almejam estar no time dos que somam, multiplicam e partilham interesses, afinidades, ideias até mesmo nas diferenças (os dispostos que se atraem), serão “unidas não por protocolos ou classes”, mas por coração, como diria Thomas More, e não é pieguice.

O que vale é o aprendizado, sem se apegar em pequenas coisas, nem nas opiniões, nem nos detalhes.

Viver é arriscar, estar sempre alerta e em movimento constante no aprendizado e escolhas, porém, mais triste será continuar em círculos, sem nunca dar nenhum passo para evoluir e continuar a ser a mesma pessoa, enquanto a vida passa, sem piedade ou lentidão.

Sobre mim:

Bacharel em Administração de empresas com ênfase em MKT. O texto é uma compilação de ideias para reflexão sobre valores éticos para o módulo de “Desenvolvimento interpessoal”, do Curso voluntário que ministro, a fim de valorizar relações mais saudáveis e éticas no pessoal quanto no mercado de trabalho, afinal um ofício, qualquer pessoa aprende!