Relações sociais são complexas, muitas vezes em quem mais confiamos são os que mais nos desapontam, porém, não podemos generalizar. A amizade é algo raro, quem encontrou um amigo verdadeiro, encontrou seu tesouro. E quem o tem, deve valorizar e preservar.

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E essa reflexão é sobre isso, o valor da amizade tendo como exemplo "O Coração de Cavaleiro". O filme é adaptado da obra "Lendas de Canterbury" (Os Contos da Cantuária em português), escrita por Geoffrey Chaucer, e a trilha sonora recheada de muito rock dos anos 80 com músicas de Queen, David Bowie, Eric Clapton, AC/DC e Robbie Williams.
Machado de Assis em O Último Dia de um Poeta (1867) escreveu:
Deitemos isto fora, que não presta: cartas de alguns indivíduos que se diziam amigos meus, no princípio, no meio e no fim. Não é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante; a amizade sente-se, não se diz... Mas a que vem esta filosofia? Deitemos fora, simplesmente, estas cartas.
Ou seja;
É incalculável o valor da amizade com laços
leais e sinceros. Um passaporte que abre portas para os que
valorizam caráter e ações coerentes.
Aqueles que têm essa sorte devem cultivar seus amigos como relíquias inegociáveis, e se eles estiverem ao redor, a
felicidade será dobrada e as dores serão menores. Gosto muito de uma frase atribuída ao Shakespeare: “Acho que você está errado, mas eu continuo do seu lado!”.
E esse privilégio é para poucos, porque nem
todos estão dispostos a aceitar o outro com sua cultura e juízo de
valores diferentes, sem gerar preconceitos e atritos e a manter uma
rede de relacionamentos saudáveis ao desenvolver sentimentos assertivos,
além de exercitar a via de mão dupla, sem se esquecer do autorrespeito.
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Certo.
Para algumas pessoas nunca seremos “bons” o suficiente por mais que esforçamos e da mesma forma. Assim como algumas não serão para nós também, por mais que o dizem. Há pessoas que não gostam nem de si mesmas.
As relações interpessoais exigem flexibilidade, focar mais nos pontos fortes e menos nos defeitos (pontos fracos), para transformá-los em fortes, o “orgulho”, por ex. o de não ser cruel, preconceituoso, mesquinho, desleal ou constranger pessoas, mas aprender a ouvir mais e se colocar no lugar do outro [empatia].
Sim, também há relacionamentos que fazem muito mal, são tóxicos, peçonhentos e abusivos. Por isso, devemos colocar numa balança, avaliar as ações e atitudes, como na frase do filme: “Você foi medido, pesado, avaliado e considerado insuficiente”. Se pender para o lado de ações duvidosas, afaste-se, tenha como prioridade o autorrespeito e o autocuidado.
Mesmo doloridos, seguir, mas olhando sempre para os lados, as perdas e frustrações nos ajudam a crescer, a amadurecer: “O que não mata só me fortalece”, segundo Nietzsche e para o que não tem solução, como diz o roqueiro Humberto Gessinger: “Perdoa o que puder ser perdoado e esquece o que não tiver perdão”.
Cedo ou tarde, cruzaremos com pessoas que almejam estar no time dos que somam, multiplicam e partilham interesses, afinidades, ideias até mesmo nas diferenças (os dispostos que se atraem), serão “unidas não por protocolos ou classes”, mas por coração, como diria Thomas More, e não é pieguice.
O que vale é o aprendizado, sem se apegar em pequenas coisas, nem nas opiniões, nem nos detalhes.
Viver é arriscar, estar sempre
alerta e em movimento constante no aprendizado e escolhas, porém, mais triste
será continuar em círculos, sem nunca dar nenhum passo para evoluir e continuar
a ser a mesma pessoa, enquanto a vida passa, sem piedade ou lentidão.
Sobre mim:
Bacharel em Administração de empresas com ênfase em MKT. O texto é uma compilação de ideias para reflexão sobre valores éticos para o módulo de “Desenvolvimento interpessoal”, do Curso voluntário que ministro, a fim de valorizar relações mais saudáveis e éticas no pessoal quanto no mercado de trabalho, afinal um ofício, qualquer pessoa aprende!