“É que às vezes o melhor a se fazer é esperar as coisas ficarem claras”, uma das frases do filme que eu assisti durante o isolamento: O Segredo: Ouse Sonhar! e nasceu essa reflexão.
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Em março fará um ano que a pandemia do Covid-19 se alastrou pelo mundo e tudo mudou para sempre em nossas vidas: os costumes, hábitos e principalmente o medo do desconhecido.
Também fará um ano que eu estou sem trabalho, o meu setor é um dos mais afetados, devido às aglomerações não serem viáveis.
Por isso, o auxílio emergencial é muito importante, principalmente para aqueles que trabalham na informalidade ou impedidos de exercer o trabalho em determinados setores que estão vetados devido à isso.
Quanto ao isolamento social não foi tão difícil para mim. Embora sinto falta da prosa olho no olho, de ir nos shows, de abraçar e estar perto das pessoas que amo, porém, todos moram longe, mas reservo um tempo para falar com eles sempre, diariamente.
Eu estou habituada com minha rotina caseira, trabalhar em horários alternados, faço alongamento, meditação, ouço muita música, leio livros quase que diariamente, aprendi até fazer bolinho de arroz, bolo de gengibre (delicioso), se interessar por plantas e cuido do meu jardim como me ensinou, Voltaire, mas nem por isso deixo de lado, a vaidade.
Para a autoestima faz um bem danado, enquanto preparo meu café, e claro, logo ligo o computador para ouvir minha lista que varia de Pink Floyd, Led Zeppelin, Roger Waters, Robert Plant, Bob Dylan, Zé Ramalho, Almir Sater, Raul Seixas, Humberto Gessinger, Bob Darin, Belchior, George Harrison, Jethro Tull, dentre outros, assim como música celta, os gêneros instrumental, gêneros Folk, Folk Rock, Rock, Bluegrass, MPB ou clássica.
Como sempre Nietzsche tem razão: “A arte existe para que a realidade não nos destrua”, se não fosse as artes, se não fosse a música, os livros, os filmes, os sonhos, eu já teria entrado em colapso com tudo que ando vivendo de anos para cá. Eu vivo na expectativa desse pesadelo terminar e com ela aumenta a ansiedade, enxaqueca, rinite alérgica de ordem emocional.
“Eu acho que passei tanto tempo aflita que eu me esqueci como ser feliz de verdade”.
Como não ficar? aflita, indecisa, insegura, estressada, ansiosa, se diariamente aparece um novo “monstro” para amedrontar nossa segurança emocional, financeira, física, mental e disseminar a incerteza, temor. Não está sendo fácil para ninguém essa fase da vida, um período conturbado e de muitas incertezas, medos, aflições. Uma sociedade sendo desmantelada e cada mais selvagem e inóspita. Se está confortável nele algo de errado tem.
“O que você prefere: 200 amigas virtuais ou cinco reais?” - Pergunta o personagem para a adolescente preterida. Eu sempre preferi as cinco reais, construídas ao longo do tempo, desde adolescência e perdura até hoje. Com elas, eu posso ser eu mesma, sem medo de falsidade. Como diz a frase alusiva ao livro "Por Quem os Sinos Dobram" de Ernest Hemingway: Quem estará nas trincheiras ao teu lado? ‐ E isso importa? ‐ Mais do que a própria guerra (...)
Não há como ficar leve numa sociedade de valores invertidos, gente odienta, frustrada e infeliz. Uns levam a sério e são responsáveis consigo e com os outros, outros não. Me solidarizo com quem perdeu seus entes queridos, amigos ou simplesmente desconhecidos. A vida é preciosa demais para ser desperdiçada, negligenciada assim.
A gente vive uma só vez na vida, mesmo assim vivemos como se nunca fôssemos morrer, ao invés de cultivar sentimentos bons e assertivos como empatia, solidariedade, amor, bom-senso, educação, justiça e imparcialidade, mas há quem prefere os destrustrutivos como os sentimentos mesquinhos, vis, egoístas, zombeteiros e gananciosos. Como se faltasse capacidade cognitiva ou preguiça para entender a dinâmica do sistema que cedo ou tarde, irá atingi-lo também.
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O que a gente sonha?
A gente sonha com dignidade, oportunidades, segurança, respeito, conhecimento, lazer, um futuro sem medo, sem desprezo e sem exclusão, em uma sociedade com pessoas mais humanizadas, civilizadas e que sejam exemplos para que se evolua para melhor.
Que se importa com os outros, só quem tem respeito por si mesmo terá pelos outros também. Não se cura uma dor existencial abrindo outras para compensar nossas frustrações, privações ou mágoas. Que a vacina chegue logo, que ela possa salvar, prevenir e poupar vidas, que possa devolver a esperança e os nossos sonhos de dias melhores, pessoas melhores e um futuro mais promissor.
A vida como ensinou Guimarães Rosa, quer da gente coragem, onde vamos encontrá-la, eu não saberei opinar, porque nem mesma eu sei onde vou chegar, mas vamos viver um dia por vez. Coragem então, para vencer nossos medos, coragem para vencer nossos obstáculos, libertar dos monstros e se cercar de gente do bem, assertivas e com empatia, mas sobretudo coragem para fazer o que é certo, justo e bom para todos!
Estamos só de passagem!
"Eu não quero que a vida seja fácil, eu quero que ela valha a pena” (...)
Para você, para os outros e para mim!
Imagem: Reprodução internet |
Para assistir 👇
Obs.: As frases entre aspas são do
filme “O Segredo: Ouse Sonhar”! romance adaptado do best seller
de autoajuda de Rhonda Bryne, "O Segredo", transformado em um drama familiar de
superação.
Imagens: Pixabay/ licença gratuita para uso.
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