sexta-feira, novembro 21, 2014

12 Anos de Escravidão (analogia entre inteligência emocional x ineficácia)

 Uma analogia entre inteligência emocional x ineficácia embasada  no filme "12 Anos de Escravidão", história real sobre a vida de Solomon Northup, sequestrado e escravizado por indivíduos inumanos.  Apesar de toda desventura, agruras e sofrimento, injustiça, ainda teve que enfrentar a incapacidade intelectual e falta de visão do seu malfeitor que logo percebeu, não era páreo para a sua inteligência. 

   
"injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos." Montesquieu. 

Ao assistir o filme ontem, 20, sobre o inferno em que a vida de Solomon Northup se transformou ao ser sequestrado para trabalhar como escravo sendo homem livre e ainda teve
que negar a si mesmo e usar de toda a sua inteligência emocional para sobreviver num ambiente hostil, vil e anti-humano 
até ser resgatado uma década depois.

Um soco direto no meu estômago, em dado momento vomitei literalmente  e chorei por tudo que esse homem brilhante perdeu, não viveu. Teve a infelicidade de cair nas mãos de um monstro. Os mesmos que até hoje minimizam e renegam a escravidão (É só não pensar nisso). De forma perspicaz, aprendeu ligeiro que a “inteligência se torna uma ameaça” quando confrontada com pessoas que têm o ego maior que as ideias e controlam a situação ou dono delas. Isso está em todos os lugares, relacionamentos profissionais ou pessoais, nas redes sociais.

Reconheceu-se nesta situação? Já vejo [...]

Acontecem com as melhores pessoas, as de intenções visionárias, inconformistas, as ousadas, libertárias e geralmente atraem as piores pessoas: as ineficientes, acomodadas e inóspitas. E se você cruzou com alguém assim, fuja, pois, nem rezar vai adiantar, porque de alguma forma vai te sabotar, geralmente essa gente suga tudo o que há de melhor nos outros e faz com que se sintam horríveis.

Ou então possuir uma alma resiliente como a de Solomon, o que é raro. Ao invés de se intimidar, ele ainda busca soluções nos meios dos problemas que seus algozes não conseguiam enxergar, porque estes estão preocupados apenas com benefícios próprios, mas não em somar, em multiplicar.

Eles não se enxergam como parte do todo na organização, mas como parte de si mesmo. 
A visão destas pessoas é tão mas tão míope e prepotente, que elas preferem sabotar, desconstruir, ao invés de associar com aqueles que podem lhe ajudar na sua ignorância. 
E o pior elas não querem ajuda, o orgulho não permite, entretanto atrapalham, elas não constroem, mas destroem, elas não somam, mas sabotam só para permanecer na sua zona de conforto.

  Ao invés de usar a inteligência para o bem comum, a usam o pouco que tem para a maledicência. Elas não se despem da soberba jamais. E se sentem protegidas e confortáveis dentro dos ardis que criam. Como os feitores de Solomon, abusam da confiança que lhe és dada, porque acreditam que jamais o sinhozinho terá acesso as suas canalhices.

Certa vez, uma destas criaturas soltou a seguinte pérola:
"Mesmo que o músico fosse melhor que o maestro", quem comandava 
a orquestra era o maestro e ponto final. Como não se pode fazer uso 
mais do tronco, hoje o chicote é a língua e se destila toda a espécie de veneno. Como se assim fosse apagar a mente criativa, a beleza, a capacidade alheia, que sem os músicos comprometidos, o maestro nada é.

E não percebem que não é o caráter da outra pessoa que está em jugo, mas o seu próprio. 
Pessoas como essas teria por obrigatoriedade conhecer, Peter Drucker, o homem que reinventou a administração:


                                      

“Podemos comparar essa nova tendência da empresa do conhecimento, com uma orquestra sinfônica, na qual cerca de 30 instrumentos diferentes tocam juntos a mesma partitura, como um Time. Uma grande orquestra não é composta de grandes músicos, mas de músicos adequados que produzem em grau máximo. Quando um novo maestro é contratado para “levantar” uma orquestra que sofreu anos de inércia e negligência, ele só pode demitir alguns poucos membros, entre os mais estagnados. Ele tem que tornar produtivo aquilo que herdou. Os maestros bem-sucedidos fazem isso de perto trabalhando de perto com os membros individuais da orquestra e com grupos de instrumentistas. Logo, é a habilidade do maestro com as pessoas que faz a diferença. Líderes em empresas do conhecimento precisam dedicar tempo a profissionais promissores: conhecê-los e ser conhecidos por eles; orientá-los e escutar o que têm a dizer; desafiá-los e encorajá-los. Esse é o segredo da grandeza: procurar os potenciais das pessoas e dedicar tempo a desenvolvê-los. A partir daí, a característica decisiva de uma força de trabalho do conhecimento é que seus membros não são o trabalho, são o capital. E o que é decisivo no desempenho do capital humano não é quanto ele custa, mas sim a produtividade desse capital humano. Esse deve ser o foco dos negócios baseados no conhecimento. As empresas que praticam essa gestão do conhecimento têm sido bem sucedidas, nos ensinando uma premissa básica para administrar os funcionários”.

Portanto...

"Nenhum de nós é tão inteligente quanto todos nós juntos." (Warren  Bennis - autor americano).


Por fim, nada se compara ao sofrimento imposto a Solomon Northup, as humilhações, o jugo e sua dignidade perdida, como qualquer ser humano dessa terra é de seu direito.

Solomon deixa um legado: Grandes espíritos não se dobram facilmente, são resilientes mediante as adversidades, confiantes e sabem que em algum momento vão se levantar em toda a sua glória e com dignidade.

Para comprar o livro, acesse:  https://www.google.com.br/books

E você o que deseja para si mesmo (a) ou em sua organização, um Solomon criativo ou um feitozinho inapto, que lhe suga até a última gota? Uma sociedade justa e pessoas livres ou opressora e excludente?

 "A liderança é uma poderosa combinação de estratégia e caráter. Mas se tiver de passar sem um, que seja a estratégia." [Norman Schwarzkopf].